Notas Iniciais: Estou muito feliz com esse capítulo! Sinto que é uma progressão muito legal para a história e estou muito animado para saber o que vão achar.
Capítulo 4: Tudo
o que restou foi apenas...eu!
A lua brilhava
iluminando o céu escuro. Apenas ela testemunhava o que acontecia próximo a
cerca de proteção da área de alimentação no estádio de Contest de Verdanturf.
Ondas psíquicas preenchiam o espaço ao redor, com seu poder denso, forçavam a
escuridão a assumir um tom arroxeado escuro quase hipnótico.
O único foco
de luz pura era o que vinha de dentro da incubadora. O objeto estava seguro nos
braços de Wally, enquanto o ovo contido nele brilhava, anunciando a chegada do
momento em que nasceria.
No entanto, o
garoto estava sendo erguido do chão, flutuando a alguns centímetros do piso de
madeira. Wally sentia sua garganta fechar conforme a energia da criatura a sua
frente o forçava a mover o pescoço para trás.
A dor do
esforço começava a irradiar por seu corpo como se alguém o apertasse por
dentro. Por mais que fechasse suas mãos em torno da capsula de vidro, sentia
que podia largar o ovo a qualquer instante com seus braços ficando dormentes.
Em
contrapartida, a fonte daquele poder psíquico não esboçava qualquer interesse
em Wally, mantinha seu olhar fixo em Audino. A pokemon tinha seus pés presos
por ondas psíquicas em formato de correntes, seu rosto sentia a textura da
madeira fria enquanto a dor da queda ainda permanecia em sua bochecha.
Forçada a
olhar para o garoto do chão, com os braços rente ao corpo, desesperava-se por
não conseguir realizar qualquer movimento para mudar aquilo.
“Wally! Em
nome de Arceus, eu preciso tira-lo daqui! Mas não consigo me mexer...eu preciso
daquele poder!” Desesperada, a Pokémon tentava reunir forças sacudindo o corpo
no chão, mas só o que conseguia era arranhar seu corpo contra o piso.
Rangendo os
dentes, olhava de baixo para cima a silhueta da criatura coberta pela luz do
luar. Ela continuava apenas balançando os braços como se soubesse que já havia
vencido. Ao notar essa atitude, a pokemon rosa arqueou suas sobrancelhas
mudando sua expressão.
“O que você
quer?! Deixe o em paz, ele não tem nada a ver com isso!” Audino gritou
conseguindo a atenção da criatura.
O núcleo no
centro do corpo daquele ser reluziu em resposta. A luz enviou novos pulsos de
energia que acordaram as correntes em suas pernas com estalos estridentes.
Estas eletrizaram por seu corpo como uma cadeia de fios arroxeados marcando
suas veias e a apertando dentro de seu próprio ser.
Atingindo com
ondas de choques nos nervos de seu corpo irradiando uma dor intensa que a fez
arfar.
“Charizard,
Fire Blast!” A voz de Leon se fez presente conforme o barulho de uma pokebola
se abrindo surgiu.
“Wally! O que
está acontecendo?!” Hop gritou indo até ele.
“Hop, não! Pra
trás!” O campeão de galar colocou um braço em seu caminho e o puxou para de
trás de si pela barra da camisa.
“O Wally está
em perigo! Precisamos ajuda-lo agora!” Com a voz alterada e falhando, o
galariano contestou com as mãos cerradas.
“E você também
vai ficar se entrar lá sem saber o que é aquela coisa! Seu Mudkip não pode
lutar, se quer ajudar vá e bloqueie a entrada para que ninguém mais entre
aqui!” Foi incisivo com o irmão que pareceu recobrar a consciência ficando
atrás dele incomodado.
O lagarto de
fogo ao sair da pokebola, abriu as asas deixando uma lufada de vento soprar
pela área com o bater delas. Algumas cadeiras arrumadas ali caíram uma por cima
da outra ao serem atingidas pela ventania causando um estrondo.
Charizard
estufou o peito sentindo sua garganta arder. As chamas escapavam por suas
presas, quando ele abriu os braços e inclinou o pescoço. Cuspiu uma torrente de
chamas em formato de estrela que rumou em direção ao oponente conseguindo sua
atenção.
Reagindo
rápido, a criatura laranja fechou os braços em torno de si. Produziu uma
barreira azulada ao reunir as ondas psíquicas que havia dispersado no ambiente.
Resultando num escudo hexagonal em tom verde mar, o fogo lambeu as barreiras do
escudo sem conseguir trespassa-lo.
Logo tudo resultou
em uma explosão que o empurrou contra a cerca. Queimando algumas estacas de
madeira no processo.
Com a energia
psíquica cessada, Wally foi jogado próximo de uma das cadeiras arremessadas
pelo vento. Caindo por cima da incubadora sujando o casaco claro ao rolar pelo
chão e batendo a cabeça. Ainda consciente, o menino tentava usar o objeto próximo
como apoio para se levantar. Sentia o ar faltar para cima enquanto suas pernas
fracas não respondiam ao seu comando.
“Aquilo foi um
protect...então é um pokemon e podemos lutar! Charizard Pressione-o com Air
Slash!” Percebendo uma brecha o campeão continuou.
“Rápido saiam
daí, corram!” Hop gritou com o peito acelerado.
Levantando voo
e aproximando-se da criatura com cautela. O pokemon de fogo abriu as asas
envoltas por correntes de vento que brilhavam em um tom esbranquiçado.
Flexionando as asas para frente ele disparou lufadas afiadas contra o oponente
que soltando pulsos de ar fazendo tremer as estruturas de ferro das barracas
próximas.
Este não
parecia rápido o suficiente para desviar delas, mas as encarava de frente. As
ondas psíquicas que antes formavam seu escudo, agora eram atraídas por ele moldando
uma cadeia de poder reluzindo em um tom púrpura.
Audino
recobrou a consciência e logo se pôs de pé percebendo que Wally não conseguia
levantar sozinho. O ovo continuava brilhando enquanto o menino o segurava
debaixo do braço esquerdo quase cobrindo-o totalmente com o casaco sujo e com rasgos
pelo braço.
A pokemon
normal levantou-se, suas mãos capturavam partículas quadriculadas coloridas
estruturando-se em um conglomerado delas. A pokemon as expandiu em um pulso de
cura neutralizando as dores do menino, este abriu os olhos a enxergando
conforme ela o estendia a mão.
“Eu...” Wally
começou a balbuciar.
“Vai dar tudo
certo, confie em mim!” Comentou a pokemon.
Neste momento,
a criatura, envolta em todo o seu poder irradiou seu núcleo conforme sua cabeça
ganhava um tom iridescente de roxo. E num míssil ela disparou subjulgando os
cortes de vento lançandos por Charizard como se mal os sentisse.
“Charizard
libere o vento ao seu redor e use-o como escudo para amortecer o dano!” Pediu o
homem.
“O que é
isso?!”.
“Que barulho é
esse? Está vindo dali!“ Algumas pessoas começavam a conversar.
O lagarto
abriu as asas liberando as correntes de vento que havia reunido. Elas formaram
um vórtice ao seu redor que logo deu vida a um tornado fazendo os cabelos do
campeão de galar voarem. A força do vento raspava contra o chão provocando
rachaduras enquanto atirava mais cadeiras e mesas pelo local acertando as
barracas de comida e danificando suas fachadas.
Atravessando
sem ser afetado, a carga de poder psíquico do oponente colidiu bem no centro do
movimento.
“Não desista!
Force-o para fora do tornado!” Comandou o campeão com a mão cerrada em punho
enquanto a outra esforçava-se para segurar o boné.
“Wally! Você
precisa sair dai!” Hop gritava atrás do irmão desesperado com a situação, era
para ser a sua estreia, mas não entendia o que estava acontecendo.
Uma luz
arroxeada nasceu do meio do tornado e expandiu em uma explosão que emanou um
pulso de ondas psíquicas por todo o local. Leon e Hop apenas sentiram o vento em sua direção e sem que pudessem correr foram atirados contra a
parede próxima ao corredor enquanto Charizard fora jogado pra mesma direção.
O Barulho de
cadeiras se partindo e estruturas de metais caindo atraiu a atenção dos
espectadores que correram para longe do local enquanto a fumaça não deixava as
pessoas entenderem o que estava acontecendo.
Wally e Audino
que tentavam sair foram pegos pela explosão e atirados contra a cerca. Caindo
por cima dela que cedeu tombando abaixo do nível da praça de
alimentação onde estavam. Dali era possível ver a colina e o caminho para o
centro da cidade.
Percebendo os
dois separados e em uma posição vulnerável. A criatura flutuou rápido surgindo
acima deles. Seu núcleo faiscou uma vez parecendo ter problemas para ativar, piscou
uma, duas, três vezes até que abriu os braços com a luz arroxeada num clarão.
Reunindo suas
ondas psíquicas e criou uma redoma que prendia ele, Audino e Wally com o ovo em
um único espaço. Dentro dela a visão era distorcida sendo possível apenas o
vislumbre das árvores e da silhueta das casas que parecia derreter nas paredes
da redoma.
“Eu não quero
morrer aqui! Quero virar um coordenador e...e esse ovo vai morrer e a culpa ainda
vai ser minha!” Wally chorava com o lábio inferior tremendo.
Ele corria para a extremidade da redoma
psíquica, suas pernas doíam pela queda. Havia um corte em seu braço direito e segurava
a incubadora com as duas mãos contra o peito.
“Acalme-se
Wally!” Tentou acalma-lo, mas a própria pokemon não sabia o que fazer, olhava de um lado para o outro
aturdida, mas não havia saída.
Não conseguia parar pela dor. Seu pelo estava sujo de fuligem, terra e havia um pouco de grama presa em suas orelhas. As ondas psíquicas exerciam uma pressão em si e era difícil manter o olhar aberto.
A criatura fez
contato visual com ela, o olhar de ambos se encontrou. O ser alaranjado emanou uma
quantidade ainda maior de poder fazendo com que a pokemon e o menino ajoelhassem sob o chão. Audino foi forçada a levantar a cabeça e tudo...parou.
Um vazio
preencheu sua visão e ela teve a certeza de que iria morrer. No entanto, uma
sensação terrível tomou conta de si: era como se o aquilo estivesse procurando
algo dentro de si, como alguém revirando uma caixa em busca de um objeto
importante que perdeu.
“ONDE...ONDE
ESTA?! VOCÊ DEVERIA TER! DEOXYS...PRECIS...TMAR FORMA!” Rugiu a criatura dentro
da sua mente a desestabilizando até que a pokemon estivesse novamente na
realidade.
“Porque isso está
acontecendo agora?! Eu só queria ter uma vida normal...” Choramingava o garoto
encolhido num canto com o ovo.
Audino olhou
acima de si enquanto a criatura perdia a paciência. Exibia estalos como o de
um sistema dando defeito, e logo, posicionou seus braços a frente do corpo. Seu
núcleo reluziu em um roxo mesclado com tons escarlates encantando as ondas
psíquicas de uma só vez e fazendo nascer ainda mais.
Elas uniam-se
uma as outras como fios e selavam-se tão rápido dando vida a uma bola massiva
de poder psíquico distorcendo o ar ao seu redor. Audino arregalou os olhos e
reunindo a pouca coragem que possuía levantou-se e ergueu os braços para
frente.
Uma partícula quadriculada
ganhou vida e ela se expandiu dando vida a uma barreira de proteção colorida,
no mesmo momento o oponente disparou seu poder. O tiro carregado de feixes
espectrais psíquicos estalaram contra a barreira de Audino.
Reverberaram
por seu corpo, possuindo um peso e uma pressão a qual a pokemon não sabia ser
possível existir. Sentia como se estivesse tentando erguer um prédio, ao passo
que sua barreira rachava ao que ela forçava a regeneração.
“Meu desejo,
ele devia ser o suficiente, mas não é! Eu vou morrer aqui e ainda vou arrastar
o Wally junto disso...Jirachi...não sei o que você é, não sei quem é você, mas
eu estou pedindo por você me ajude! Eu não consigo sozinha! Eu tentei sentir de
novo o que aconteceu antes, mas foi embora! Tudo o que restou foi apenas EU!”
Audino sentiu uma lágrima descer em seu rosto enquanto ajoelhava-se diante da
pressão do oponente sentindo suas mãos serem atingidas pelas faíscas do golpe.
“Audino...” O
garoto a lançou um olhar surpreso.
“Nos
encontramos de novo, Audino! Você está sentindo o que é certo, você conseguiu
compreender o fluxo tão cedo, seu desejo esta eletrizando. Hoenn deseja que
exista uma chance de lutar e isso pede não só um desejo, mas a verdade da sua
natureza!” Uma voz soou aos ouvidos da pokemon que arregalou os olhos enquanto
suas lágrimas brilhavam.
“O fluxo...eu
preciso do fluxo!” Repetiu para si mesma e o embargo que sentia em seu peito
foi desatando como um nó a medida em que refazia sua barreira.
Foi como se um
raio tivesse passado por si e reverberado por todo o seu ser. Ela conseguia
sentir, eram como faíscas saltando da grama, para o ar, percorrendo a parede
das casas e ressoando com as decorações de madeira. Porém o que estava a sua
frente não era parte daquilo
.A cerca
atingida pelo poder daquele ser não fazia mais parte do fluxo a redoma onde estavam
bloqueava boa parte dele. Mas ela precisava sair dali, o fluxo precisava
continuar! E como se nascesse dela uma faísca surgiu de dentro de si reunindo
todo a energia natural que agora era canalizada de si para fora.
A criatura
sentiu seu núcleo faiscar diversas vezes e tentou mudar seu poder. Almejando agora absorver a energia da pokemon normal.
As orelhas de
Audino cresceram, suas antenas aumentaram, seu casaco rosa expandiu-se cobrindo
toda a extensão da sua barriga a medida em que sua cauda pomposa também
aumentava. Seu olhar suavizou conforme ela respirava aliviada ao sentir que
estava encontrando consigo mesma de novo.
“Você é parte
do fluxo disfrute da mega evolução!” A voz de Jirachi enfraqueceu ao finalizar.
“Vamos acabar
com isso!” Falou sentindo uma faísca por seus dedos, fortificando sua barreira
que reluziu em um tom rosa ao ponto de explodir o movimento inimigo.
“FORMA!” Rugiu
a criatura, porém seu núcleo faiscava diversas vezes como se tivesse com
defeito, as ondas psíquicas perdiam seu formato e a redoma que os prendia
perdia a forma.
A pokemon
agora com sua nova forma. Moveu seus braços para a lateral do corpo reunindo faíscas
rosadas que concentravam-se na palma de suas mãos. Pisando no solo com suas
novas botas ela encantava o solo com partículas rosas.
Movendo os
braços para frente ela atirou um raio rosado que serpenteou em direção ao
oponente o atingindo e impedindo seus movimentos. O oponente de repente sentiu
como se perdesse o controle de sua própria forma, enquanto seu núcleo
continuava a falhar.
Reunindo as
mãos em oração acima do peito. Audino fechou os olhos conforme sentia o fluxo
natural ao seu redor concentrar-se em torno de si. Deixando seu poder fluir em
camadas ela começou a reluzir.
Seu casaco
esvoaçava ao redor de si, enquanto ela abriu os braços e direcionava com uma
mão apontando para a criatura. A luz ao seu redor moldou-se em flechas
multicoloridas que disparavam em peso contra o oponente numa saraivada de
ataques arrancando barulhos da criatura.
Os ataques
continuaram até que uma explosão o derrubasse contra o chão. Desfazendo a
redoma ao seu redor e fazendo o corpo da criatura desintegrar em partículas laranjas,
sumindo, como se nunca estivesse estado ali.
Wally ainda
assistia tudo aturdido, sentiu como se toda a sua vida tivesse passado diante
dos seus olhos. Seu coração palpitava em seu peito e ele levou a mão por cima
da camisa sem conseguir mudar de posição. A equipe de organização do contest
observava toda a situação sem saber o que fazer, enquanto a polícia local
também aproximava-se.
Leon e Hop
estavam observando da praça de alimentação, Urbain averiguava a situação
escondido por trás de uma das casas e por cima do estádio no teto, Ryuuki
lançava um olhar interessado abaixo.
O menino de
cabelos verdes pensou em chorar, pensou em gritar, o que sua mãe diria? Quando o
brilho da incubadora intensificou em seu colo e ele arregalou os olhos.
“Está
nascendo!” Audino virou-se voltando a sua forma normal.
“Esta
nascendo!” Wally constatou, ignorando todo o resto, pressionou o botão do
objeto fazendo com que a redoma de vidro abrisse.
Audino
sentou-se ao seu lado e os dois observaram o ovo reluzir uma, duas, três vezes até
que sua forma tornou-se totalmente iluminada. Uma cauda felpuda tomou forma
diante da luz, o corpo do novo ser aumentou com as patas tocando o colo do
menino o fazendo rir por sentir cócegas.
Ajeitando sua
postura com sua calça suja de fuligem da fumaça, o menino viu quando um pequeno
chifre tomou forma no rosto equino do seu novo pokemon. Parando de brilhar
finalmente.
“Pooonyyy!”
Uma Ponyta natural de Galar balançou sua crina o observando com os olhos
brilhantes.
“Oi, muito
prazer, eu sou o Wally!” Disse um pouco confuso sobre como deveria se
comportar.
“E eu sou a
Audino!” A outra também cumprimentou o filhote psíquico.
Este aconchegou-se
no colo do menino, adormecendo novamente.
“Nasceu! É uma
ponyta de galar, gostou da surpresa?! Quando soube que iria iniciar sua
jornada, pensei nela ser perfeita pra você, ela tem poderes curativos e um bom
coração, não consegui não pensar em você quando ouvi falar sobre ela...” Hop
comentou energético ao se aproximar.
“E ele me fez
andar por toda a floresta atrás de um ovo de uma Rapidash, tivemos que pedir
permissão pra Opal pra poder trazer até aqui” Leon coçou a cabeça.
“Ahren! Com
licença, sem querer estragar o momento de vocês, mas vocês terão que ir à
delegacia de Verdanturf explicar o que houve para que possamos averiguar o caso”
Uma polícia comentou.
Ao mesmo tempo
em que o combate de Verdanturf finalizava, em um dos laboratórios de pesquisa
do centro espacial em Mossdeep city. Brandy Almeida, pai de Liza e Tate estava na sala junto de
outros 2 pesquisadores e Steven Stone o campeão da região de Hoenn.
Os indicadores
em verde do computador começaram a se agitar, clicando no mouse e em seguida interagindo
com a tela. Brandy estreitou o olhar para analisar mais de perto.
“É uma leitura
de energia, mas diferente do de antes é como se estivesse se estabilizando” Uma
das pesquisadoras comentou a respeito.
“O primeiro
rompante foi a energia se expandiu em uma força urgente e rápido. Mas agora é
como se tivesse sido interrompida e forçada a voltar” Concluiu o pai dos
líderes de ginásio.
“Precisamos
organizar uma expedição até a Meteor Falls!” Steven concluiu a fala.
Notas finais: Ponyta esta entre nós! Esse capítulo foi muito especial e estou muito feliz que a Ponyta finalmente nasceu, ao mesmo tempo que audino e outras questões foram reveladas, o que será que esta por vir?
Notas Iniciais: Estou muito animado com esse capítulo. Ele foi o que pensei quando decidi que queria escrever essa história e espero que gostem! Wally enfrenta problemas enquanto o contest de Verdanturf finalmente acontece.
Capítulo 3:
Tudo que fiz foi assistir!
Uma semana havia
se passado em Hoenn. Graças a isso o dia que todos esperavam finalmente chegou:
O Contest de Verdanturf. A manhã iniciava e um garoto de pele escura estava de
costas para a porta enquanto terminava de se arrumar. Conferia seu cabelo
cacheado no espelho do guarda-roupa, no fundo do quarto, e o organizava em
cachos grandes acima de sua testa.
No espelho
havia uma foto impressa dele com um balde pipocas junto de Wally segurando sua
bomba de ar em Mauville, quando assistiram um contest juntos. Finalizou vestindo sua jaqueta
azulada, indo até a porta e agachando para pegar sua mochila caída atrás do móvel. Logo desceu as escadas
com pressa enquanto avisava ao Senhor Musshiro que estava saindo.
Fechava a
porta com o cuidado de não deixar o caseiro que cuidava do imóvel trancado
novamente igual no ínicio da semana. Hop contemplou o ambiente ao redor
observando que as nuvens no céu se apresentavam em uma camada espessa filtrando
a luminosidade do sol, o que também permitia um clima ameno. Enquanto andava uma
brisa fresca soprava pelas ruas de Verdanturf Town.
“Eu vou querer
um bolo com semente de girassol, por favor!” Diante de uma mesa lotada de
opções para o café da manhã o menino apontou para um dos pacotes na ponta do
móvel.
“Ainda bem que
falou, pois eu já estava preparando a sua fatia do bolo de limão assim que o vi,
vai levar pra viagem ou vai comer aqui mesmo?” Perguntou Maria Claúdia enquanto
pegava o doce com delicadeza para não machucar os outros.
“Vou levar
para um amigo, e esse é o preferido dele!” Debaixo da placa da barraca de Maria
Claúdia feita com estacas de madeira. Hop respondeu e em seguida fez bico ao
olhar para a tela do pokegear.
Clicou em um
botão verde para atualizar e...nada. Já fazia três dias que Wally não respondia
suas mensagens, os dois haviam se visto pela última vez na terça feira, quando
tomaram sorvete em frente ao lago. Lembrava do amigo contando acerca do ovo não
ter chocado e o quanto já estava chateado com a situação.
Hop pretendia
surpreende-lo com as combinações que treinou durante a semana toda, sendo
difícil achar um assunto que não fosse seus treinos para conversar naquele
dia. No entanto, desde quinta Wally não o respondia. Franzindo o cenho, o
menino de galar, começou a rolar as mensagens antigas em busca de alguma pista
que o ajudasse.
“Sun-Sunflora!
Sun!” Uma Sunflora balançava seus braços enquanto apontava para duas garrafas
“É verdade, já
estava me esquecendo! Vai querer café ou chá para acompanhar? Temos um novo
sabor feito com Revival Herb que encomendei de uma estufa orgânica lá em
Sinnoh, até a Cynthia gosta de botar a Garchomp dela pra tomar esse chá aos
domingos” Ofereceu a senhora enquanto fechava a tampa circular de papel
laminado terminando de embalar o bolo, em seguida, pegou uma cartela de
adesivos nas caixas debaixo da mesa.
“Hm, acho que a mãe do Wally gosta de chá,
então eu vou querer uma garrafa também!” Hop concluiu.
O garoto de
galar dirigiu-se até a casa do amigo localizada no meio da cidade, passando
pelo laboratório de medicamentos naturais e pela praça central onde ficava a
placa do Shroosmish. Um pokemon que era obcecado pelo monumento ao ponto de
montar um acampamento e atacar qualquer um que ousasse o tirar dali.
A casa de
Wally ficava em uma rua de frente a praça. Chegou diante da porta e parou por
alguns instantes, sempre ficava em dúvida acerca de qual o melhor modo de
chamar alguém nestes casos, após olhar ao redor, fechou o punho e deu três
batidinhas bem abaixo da pintura de Taillow decorada na madeira.
“Ah! Oi Hop,
Bom dia, o que o traz aqui?” Isabel perguntou com sua voz habitual, utilizava
uma blusa onde uma flor minimalista era estampada a direita do seu peito e
calças jeans.
“Bom diaa,
Dona Isabel, eu vim ver o Wally, faz três dias que ele não me responde,
aconteceu alguma coisa?” Hop perguntou erguendo as sobrancelhas surpreso,
normalmente ela estaria na loja.
“Olha, somos
dois que não sabem então, desde quinta feira de noite ele se trancou naquele
quarto e só está comendo porque Audino está levando a comida” Revirando os
olhos enquanto falava, a mulher afastou-se enquanto o menino adentrava a casa e
fechava a porta atrás de si.
“A senhora
tentou falar com ele?” Entrou deixando a bolsa sobre o sofá junto da sacola com
o bolo e a garrafa de chá, abrindo um sorriso involuntário ao observar a
estante da televisão.
Havia um porta
retrato com uma foto dos dois tirada no festival das flores, alguns meses
depois de se conhecerem quando o menino viera passar suas férias em Hoenn pela
primeira vez.
“Tentei, mas
ele me falou para ir embora, insisti mais um pouco e até me atrasei pra ir à
loja, mas não vou mais insistir nisso, fique à vontade para tentar” Isabel
falava enquanto entrava em uma porta a direita, pegava sua bolsa e ia em
direção a saída da casa.
Ele passou
pela televisão, então estava no corredor pequeno onde ficavam as portas para os
quartos, bateu na da esquerda e esperou alguma resposta.
“Wally, sou
eu, Hop, sei que esta ai dentro vamos conversar!”Falou apoiando a mão no móvel.
“Vai embora,
Hop! Eu não quero falar com ninguém agora!” Respondeu o garoto de dentro do
quarto com a voz abafada.
Virando de
costas e baixando a cabeça, o galariano deu um pequeno suspiro. Virando a
cabeça de uma vez ao ver a porta no fim do corredor ser aberta. Audino saia do
banheiro com uma toalha amarela em suas orelhas, uma outra azul em sua cintura
e um pote de ativador de cachos feito com essência de Lilligant Hisui form, a
logo dizia: para dar um giro na sua aparência.
“Oi, ele está
triste, o ovo que você deu não chocou e ele não vai participar do contest,
Isabel não considera que isso é importante e estamos nessa situação” A pokemon contou
enquanto passava por ele conferindo as instruções de uso
“Obrigado...eu
acho, ainda não me acostumei com você falando...mas dê batidinhas enquanto
aplica, o resultado pode ficar melhor” Aconselhou o menino de cabelos roxos.
“Nem eu, mas
valeu pela dica, vou tentar!”.
Voltando-se para a porta, respirou fundo e
encostou a mão na madeira com delicadeza, então começou:
“Escuta, sei
que não vai conseguir participar do contest de hoje, mas...”.
“Não acredito
que a Audino te contou! Aquela nojenta! Não precisa jogar na minha cara que
você vai e eu não!” Bradou de dentro do quarto.
“Eu vou
ignorar essa ofensa!” Audino gritou do outro lado da casa.
“Wally, não
seja idiota! Ela só me contou porque se preocupa, e eu também me preocupo. Além
disso nós sempre assistimos contests juntos desde sempre...é lógico que eu
queria que participasse comigo na estreia, mas não teve um dia que não
estivesse pensando na sua reação ao ver as combinações que treinei!” Hop
comentou tentando ser o mais sincero possível.
Um momento de
silêncio, o menino de pele escura abriu um sorriso sabendo que estava
conseguindo.
“Terão outros
momentos para você participar e vamos competir juntos, tenho certeza. Sinto
muito que o ovo não tenha chocado, mas quero muito que me assista, vem cá eu
trouxe café da manhã e podemos comer juntos!” Ofereceu apoiando-se de costas
contra a porta e pondo as mãos nos bolsos da jaqueta.
Ouviu um
barulho de chaves tintilando à medida que o garoto de cabelos verdes
destrancava a porta pelo lado de dentro. Hop afastou-se quando o menino abriu a
porta, ele usava um casaco tom de cinza e calças num tom verde pálido. O fitou
de cima com as sobrancelhas franzidas pela irritação e o rosto avermelhado.
“Eu trouxe um
bolo com semente e girassol!” Anunciou o outro sorrindo ao vê-lo.
“Droga, é o
meu preferido!” Ainda vermelho por ter cedido, o garoto sorriu, carregando a
incubadora ele se dirigiu a mesa rústica de madeira junto com Hop.
Em Mossdeep
city, uma cidade no leste da região de Hoenn. Conhecida pela região devido ao
seu laboratório que estudava as causas espaciais. Os pesquisadores emitiam um
boletim espacial documentando fatos descobertos do espaço e demais informações
de acordo com o avançar dos estudos.
A cidade
contava também com um ginásio, ao qual era subsidiado pela liga e também
continha fundos de investimento do laboratório. Especializado em tipos
psíquicos, os treinadores e pokemons que ali treinavam utilizam sua energia
para colaborar na pesquisa.
Os atuais
líderes do ginásio eram Tate e Liza, irmãos gêmeos e filhos do pesquisador
Brandy. Um renomado cientista que desenvolvia seus projetos envolta das
constantes quedas de meteoros na região. Desde pequenos os dois mostraram
grandes aptidões para batalhas e uma sensibilidade com o sobrenatural que
favorecia suas conexões com os tipos psíquicos.
Neste exato
momento, o pai assistia da arquibancada um combate dos filhos contra um
treinador que desejava se classificar para a liga. O ginásio assemelhava-se a
uma cúpula e era composto por plataformas circulares entalhadas em pedras.
Orbes brancos conectavam as plataformas entre si vazando para o campo principal
onde agora ocorria a batalha.
O campo tinha um formato circular com a
textura sendo de cimento, com o design de uma pokebola pintado com uma tinta
metalizada. A batalha estava quase definida com Liza tendo dois pokemons em
mão, sendo um em campo e o outro ainda na pokebola, enquanto Tate possuía
apenas seu Solrock em batalha.
Seu oponente
possuía apenas dois pokemons restantes, sendo um Sceptile e um Torkoal. O
menino utilizava uma touca branca e vestia uma camisa vermelha com detalhes
pretos. Seus olhos alternavam entre estrela do mar e o pokemon sol a sua frente
para os dois gêmeos ao fundo tentando descobrir uma forma de
derrota-los.
“Esta batalha
não irá se prolongar por mais tempo, Starmie mais um Cosmic Power!” Liza
comandou direta, seu corpo sem realizar gesto algum enquanto seu olhar parecia
inquieto.
“Liza, não
pode falar desse jeito com o desafiante!” Murmurou Tate a fazendo revirar os
olhos em resposta.
“Preciso de um
golpe rápido que acabe isso, Sceptile avance com Leaf Blade e vá em direção a
Starmie, Torkoal dê o suporte com Smokescreen!” O Desafiante investiu erguendo
as duas mãos.
A estrela do
mar a frente da líder de ginásio passou a emitir barulhos constantes. O núcleo
no centro do corpo de Starmie reluzia e passou a manifestar uma poeira cósmica,
que a envolveu conforme fortificava suas defesas ao ponto do tom roxo de seu
corpo chegar num tom iridescente.
No mesmo
instante, a tartaruga de fogo exibiu as marcas de seu casco que reluziam como
lava expelindo de um vulcão. Projetando a cabeça para trás e logo após para
frente cuspiu uma torrente de fumaça que tomou conta de todo o campo de
batalha.
Os gêmeos se
concentraram. De dentro da fumaça conseguiam ouvir o passar rápido do lagarto
de grama e o fraco brilho que exibia de suas foices revestidas por energia
natural. Assim que sentiram um perturbar na harmônia com o seu salto, era o
momento.
“Agora
bloqueie com Zen Headbut!” Tate pediu unindo os dedos e erguendo o braço como
se desferisse um corte no ar.
“É agora!
Sceptile, troque para Leaf Storm!” Brendan comandou erguendo o punho para cima.
Sceptile
surgiu com sua cauda esvoaçando por trás de si, suas foices estavam empunhadas
conforme ele encarava Solrock. O pokemon pedra do sol fez brilhar os oito
espinhos de seu corpo em um tom arroxeado exalando seu poder psíquico ao ponto
da luz inflamar aos olhos. Partindo em direção do lagarto.
Seguindo o
comando de Brendan. Sceptile desfez as foices brilhantes em seus braços,
enquanto sua cauda em formato de pinheiro brilhava e duplicava de tamanho
jorrando energia natural. Ele deu vida a folhas mágicas que orbitavam com mais
e mais velocidade até se tornarem num furacão que mais parecia uma tempestade.
Ele a lançou
contra solrock quando este investiu e os dois passaram a disputar seu
movimento. A pedra do sol girava para partir as folhas e não sofrer maiores
danos, enquanto Sceptile criou esferas de energia em suas mãos controlando o
tornado e o pressionando contra o oponente.
“Devo admitir
que trocar o movimento do seu Sceptile mostra como o criou, mas você não está
lutando sozinho. Starmie Hydro Pump” A garota comandou levando uma mão a
cintura.
A estrela
psíquica girou em torno do próprio eixo. Partículas de água se levantaram e
reuniram-se ao redor do núcleo no centro do seu corpo. Uma esfera foi formada e
logo se desfez em uma torrente d’água afastando a fumaça e revelando Torkoal no
mesmo lugar.
“Droga!
DESVIE!” Brendan tentou, mas a tartaruga não tinha mobilidade e foi pega na
enxurrada sendo forçada até a parede. Gritando de dor enquanto a água o
pressionava contra a extremidade do ginásio até deixa-lo inconsciente.
“Sceptile,
você pode vencer essa disputa, eu acredito em você!” O menino pediu.
“Solrock,
mantenha o movimento!” Tate pediu ao seu pokemon.
O embate do
lagarto e da pedra do sol continuou até que ambos os movimentos colidiram em
uma explosão que arrastou ambos para o campo de batalha novamente, dando a Liza
uma nova oportunidade.
“Acreditar nem
sempre é o suficiente, Starmie finalize Stored Power!” Liza comentou erguendo a
mão enquanto seu cabelo balançava.
O lagarto caiu
no chão apoiando-se com uma mão enquanto arfava, logo voltou-se para frente com
o olhar assustado. Starmie brilhava com seu corpo roxo agora num tom quase
rosa, enquanto ao seu redor bolas maciças de energia purpura surgiam e eram
alimentadas dos buffs que conseguiu na batalha.
“SCEPTILE!”.
Girando em
torno do próprio eixo, ela enviou cada uma das esferas como meteoros que acertaram
em cheio o lagarto e o atiraram ao chão com uma explosão que o deixou
inconsciente.
A garota se
voltou para ver a reação do pai, mas notou que ele estava ao telefone.
“Steven! Sim,
sim, Pode falar! Uma reação na meteor falls? É uma leitura de energia diferente?!
Já estou indo ao laboratório!” O homem comentou levantando-se da arquibancada e
acenando para os dois.
Tate acenou de
volta sorridente, enquanto a expressão de Liza que já não era das melhores,
enrijeceu e ela ergueu sua pokebola retornando Starmie.
“Finalize as
coisas no ginásio, Tate, eu vou até a praia” Anunciou a garota.
“Ei, você não
pode me deixar desse jeito! Nós dois somos o líder de ginásio isso não é
profissional” O garoto a chamou, mas a jovem psíquica o ignorou deixando o
ginásio logo após a saída do pai.
Um projétil
ganhava altitude no ar queimando incandescente até explodir em fogos de
artifícios pintando o céu azul das 16:00 da tarde. Explodindo em um padrão de
cores verde musgo e verde limão alternados formando a figura da fita do torneio
pokemon da cidade de Verdanturf que acabava de iniciar.
Pelos dois
corredores centrais que davam para as duas entradas do estádio pessoas corriam
segurando baldes de pipoca, outra parte do público conferia o hall da fama dos
coordenadores que já haviam saído vitoriosos de competições naquele estádio, a
foto de Wallace era quase uma obra de arte e estava presente em todas as arenas
da região.
Alguns
coordenadores esbarravam-se uns nos outros ao andarem para o camarim. Seus
olhares variando de deboche a medo de se apresentarem. Enquanto outros apenas
desfrutavam calmamente de uma refeição na varanda localizada no lado oeste do
local. Onde restaurantes famosos por Hoenn serviam suas refeições e possuíam
cadeiras personalizadas.
O estádio
tinha um palco central no formato de uma folha onde, na extremidade superior,
estava o corredor por sairiam os participantes. Do lado oposto era possível ver
a cabine de avaliação dos três jurados ornamentada com flores características
da cidade.
“Você tem
certeza que foi uma boa ideia trazer isso pra cá?” Audino perguntou referindo-se
a incubadora que o menino segurava sob seu colo.
“Levei ele
ontem no Centro Pokémon e a enfermeira Joy disse que ele pode nascer a qualquer
momento! Não posso deixa-lo sozinho em casa!” Wally retrucou ajeitando-se no
acento e arrumando a manga do seu casaco que cobria seu punho.
Virou a cabeça
com as mechas de seu cabelo verde caindo sob sua orelha. Olhar o cenário a sua
volta com pessoas de diferentes tipos, algumas conhecidas de vista, outras não fazia ideia de quem eram. Todas ali por um motivo em comum que o enchia de uma emoção,
sentia como se seu peito abrisse e ele conseguia acessar uma área mais profunda
de si mesmo. Ficando deslumbrado por encontrar afora algo que reverberava
tanto dentro dele.
Mas logo seu
olhar tornou-se vazio ao voltar-se para frente e fitar o ovo ainda ali dentro
da incubadora. Desejou que ele se movesse, um sinal, qualquer coisa, mas as
paredes transparentes revelavam o objeto ainda intacto. Seu sorriso se desfez e
suas mãos afrouxaram um pouco o aperto.
No palco as
nervuras desenhadas acenderam-se em um tom dourado atraindo o olhar do público.
Uma plataforma circular marcou-se no chão revelando Lilian a apresentadora com
seu traje típico. A mulher possuía um microfone de chão a sua frente, segurando
com a mão esquerda pelo cabo e usando a direita para saudar a plateia ao abrir
o braço.
“Sejam muito
bem vindos ao Torneio Pokemon de Verdanturf! Um dos primeiros torneios de
abertura dessa temporada, onde os sonhos de novos coordenadores irão
desabrochar a medida em que os veteranos irão provar se estão cuidando direito
de suas mudas!” Comentou enquanto andava pelo palco recebendo a entusiasmo do
público.
“Para me
ajudar durante o torneio, peço que recebam três figuras já conhecidas! O
Presidente da associação de contest o Senhor Contesta! O Presidente do fã clube
pokemon o Senhor Suziko e é claro a Enfermeira Joy de Verdanturf!” Lilian pediu
ao público e apontou para trás de si conforme os holofotes exibiam seus focos de
luz.
Os três
jurados surgiram juntos acenando para o público que os saudava com aplausos.
“É um prazer
estar em Verdanturf novamente! Um local cheio de belezas, acabei de ver uma
Illumise usando Tail Glow, o mundo é incrível!” A voz do senhor contesta era
amplificada pelo seu microfone grudado com fita em seu terno.
“Passem na
barraca dos Brownies da Leticia! Ela faz uma receita vegana baseado nos vídeos do
Poketube de uma garota de Kalos, então se passarem mal processem ela! Espero
ver pokemons notáveis!” Suziko acenou para a plateia sorrindo.
“Espero ver
pokemons saudáveis e combinações criativas, estou muito animada com esse
convite!” A enfermeira Joy continuou.
“Como será que
está o Hop?” Perguntou Wally em voz alta enquanto observava o iniciar
do evento.
“Espero que
ele tenha conseguido treinar uma combinação boa” Audino comentou.
“Credo não
seja tão pessimista” Comentou o garoto a olhando de canto de olho.
“É a verdade,
devem ter muitos coordenadores bons e é o primeiro contest dele, isso me lembra
como foi a minha primeira prova na escola de medicina...” A pokemon comentou,
mas sacudiu a cabeça deixando as memórias se esvaírem entre as suas palavras.
No camarim do
estádio, uma sala que ficava nos bastidores por trás do palco, estavam cerca de
50 coordenadores que desejavam estar entre os 8 melhores daquela competição. A
sala era equipada com guichês separados por divisórias. Em uma delas Hop estava
sentado em um banco de frente para o espelho.
Nas diagonais
e no centro dos guichês haviam televisões que transmitiam a competição ao vivo,
ele utilizava uma camisa preta com detalhes em laranja na manga e direcionava
seu olhar para a tela. Sua bolsa estava perto dos seus pés e dela escapava um
tecido laranja acolchoado.
“Está quase
para começar...será que o Lee vai conseguir vir?” Perguntou o menino enquanto
apertava o boné que havia ganhado do irmão.
Nas laterais
das salas haviam bancos acoplados a parede que contornavam o formato da sala.
Um garoto de cabelos coloridos alternando entre loiro e rosa estava sentado com
o pé apoiado sob o acento. Sua jaqueta marrom estava mais brilhante que antes,
conforme assistia a transmissão mantinha seu cotovelo descansando no joelho
erguido.
“Que menino
esquisito! Mal posso esperar pra sair dessa cidade!” Urbain comentou notando
outro garoto no fundo da sala, encostado contra a parede.
Suas roupas
possuíam um vermelho brilhante, somando-se aos detalhes em amarelo e os
espinhos que remetiam a dragões davam a ele uma imagem que se destacava entre
os outros coordenadores. Porém o coordenador não parecia estar se importando
muito com a opinião alheia.
(mantenha em loop).
“E sem mais
delongas, vamos começar essa festa! Chamaremos ao palco a primeira coordenadora
a se apresentar e o nome dela é Marisol, deem todas as boas-vindas!” Lilian
comentou enquanto dava espaço no palco e uma garota surgia de trás do corredor.
As nervuras do
palco acendiam e a garota entrava segurando um guarda-chuva ainda fechado,
porém logo Wally teve sua concentração no evento interrompido.
“Wally! Eu não
cheguei atrasado né?!” Uma voz conhecida ao menino perguntou.
“Leon?! O que
você está fazendo aqui?” Wally perguntou surpreso ao reconhecê-lo.
“Vim ver
o...como vocês chamam mesmo?...Isso o debut do Hop! Nossos pais estão furiosos
por ele ter rejeitado o patrocínioda Magnólia, mas ele parece tão feliz com
isso que não quis perder...mas você sabe ser campeão e pegar voos nem sempre é
fácil! Manda uma mensagem pro Hop avisando que cheguei” Leon sorriu para ele
pondo uma mão atrás da cabeça. O homem negro utilizava uma camiseta preta justa
em seus braços com uma calça cargo também preta e sapatos brancos.
“Mando sim...e
nossa não achei que o Hop enfrentaria esse tipo de problema em casa...” O
menino de hoenn comentou sem saber como continuar aquele assunto enquanto digitava
em seu pokegear.
“Típico de
você...” Murmurou Audino para que ninguém ouvisse.
“Bom, nem
sempre as coisas são fáceis...mas hey, ele ainda não nasceu?” O campeão de
galar comentou referindo-se a incubadora a qual Wally ainda mantinha em seu
colo.
Diante da
pergunta, o menino baixou o olhar e negou com a cabeça. Mesmo que não fosse sua
culpa, a vergonha tomava conta de si ao confirmar aquele informação diante de
alguém. Ele sentia as emoções em seu peito amarrando e apertando todas as
coisas que visualizava ao redor.
“Hah! Hop me
fez ir até os confins de Ballonlea em busca de um desses, sei como é a
ansiedade de esperar para algo acontecer, mas vai dar certo, logo você vai
estar competindo ali e vou poder torcer pelos dois!” O homem confirmou
ajeitando o boné em seu cabeça.
Suas palavras
carregaram uma simplicidade tão genuína, ao qual tocou o Wally e o nó que se
formava em seu peito se desfez. Levantando a cabeça e o olhando nos olhos, o
menino sorriu, quando a voz de Lilian anunciou:
“E o nosso
próximo coordenador é um iniciante, seu nome é Hop e ele vem da região de
Galar!” A apresentadora sorriu com um giro segurando o microfone para
acompanhar seus movimentos.
“E ai pessoal!
Vamos ter um contest time!” Hop surgiu correndo em disparada enquanto alternava
os braços a frente do corpo, havia lido a mensagem de Wally e estava radiante
por tanto ele quanto seu irmão estarem assistindo.
“Não acredito
que ele fez isso...” Leon comentava com as bochechas corando ao mesmo tempo em
que sorria orgulhoso do irmão.
“Hop...ele
parece estar tão radiante!” Wally comentou projetando o corpo para frente da
cadeira buscando ver mais.
“É muito
contagiante” Audino comentou em voz alta ao observar o garoto pegando impulso e
saltando com o punho erguido.
“Pera a Audino
acabou de falar?” O campeão arregalou os olhos derrubando o boné no chão.
“Quanto antes
você aceitar, mais normal fica” Wally respondeu dando de ombros.
“É o nosso
momento, Tokito!” O garoto comentou enquanto atirava a pokebola para o alto, além
do boné e calças pretas com detalhes laranjas. Ele agora vestia uma capa com
uma pelugem espessa ao redor do pescoço.
A pokebola
ganhou altitude até parar e liberar um feixe de luz rodeado por raios
amarelados. Os raios caíram sobre o chão reverberando um efeito estático pelo
campo contrastando com a pele azulada de Mudkip que surgiu e logo voltou seus olhos
para o chão.
“Não se
preocupe, eu estou com você! Como praticamos lembra? Use Rock Throw e atire
para o alto!” Hop comandou erguendo a mão vestida com uma luva nos mesmos tons
da roupa.
“Kip...muud!”
O pequeno tremia não conseguindo encontrar um ponto em sua mente para utilizar
o movimento. Ao virar e encontrar o sorriso do coordenador ganhou um novo
brilho em sua feição.
“E ora vejam
só, o que será que ele pretende?!” Lilian perguntava enquanto Mudkip passava a
correr com sua cauda brilhando em um tom laranja intenso. Contornando círculos
ao redor do palco ele deixava um rastro de poeira que se unia pouco a pouco
dando vida a um grande cascalho.
Após forma-lo,
desengonçado, o axolote utilizou a cauda para rebater a pedra para o alto de
baixo para cima. Parando de subir o cascalho se partiu em diversos fragmentos
que voltavam a cair em direção ao palco.
“É agora!
Tokito feche os olhos e use Supersonic!” Girando Hop empunhou o braço com a
capa esvoaçando atrás de si.
Fechando os
olhos, o aquático ergueu sua barbatana que passou a vibrar exibindo um tom
ciano. As ondas se propagavam ao redor do palco iluminando-o com um brilho
pastel, enquanto sua cauda passava a se mexer utilizando as ondas como um
radar.
A medida em
que as pedras iam caindo, Tokito identificava o local e andava de olhos
fechados pelo palco sem ser atingido pelos destroços que caiam ao seu redor.
Era como observar um jogo de longe, o público fitava a apresentação curioso.
“Incrível uso
da habilidade natural do Mudkip, é agoniante ficar pensando que esse pequeno
pode ser acertado a qualquer momento” A enfermeira Joy comentou.
“Uau, ele
realmente esteve treinando algo incrível! Isso é tão a cara dele!” Wally comentou
não conseguindo se conter e abriu um sorriso.
“Vamos
finalizar agora com Water Pulse direto no chão!” Hop comentou com o indicador
levantado para cima.
“Mud Mud
MUDKIP!” Abrindo os olhos e saltando em direção ao centro do palco. Mudkip
reuniu em sua boca partículas de água em uma esfera pulsante e a levou com a
boca enquanto pousava. Pressionando-a contra o chão até ela explodir numa
torrente de água para todos os lados.
A água
pulverizava os destroços de pedra levantando um brilho azulado para cima
enquanto Mudkip posava a frente de Hop que acenava contente para o público.
“Certamente
Hop tem um grande carisma, uma apresentação criativa e que transmitiu sua
alegria de estar no palco! Poderia ter aproveitado um pouco mais o tempo, mas
ainda assim uma ótima estreia!” Sukizo o elogiou.
“E Hop marca
20 pontos na fase de apresentação! Meus parabéns!” Lilian comentava.
“É a segunda
maior nota até agora” Comentou Audino desejando que o menino continuasse na
competição.
“Ele foi
incrível! Não entendi porque não deram 30 pra ele, que injusto!” O homem
galariano comentou com o maxilar enrijecido pela indignação.
“Calma, ele
foi sensacional mesmo, mas ele ainda é um iniciante” O hoenniano tentava
acalma-lo, voltando-se para o palco sorridente, adorava a sensação de que tudo
podia acontecer naquele palco.
“E estamos
quase nos aproximando do final das apresentações, recebam com carinho, mais um
debutante Urbain é seu momento!” Lilian comentou, agora estava próxima do
corredor de onde os coordenadores saíam.
“Debutante?
Ele havia dito que já tinha competido em dois contests!” Wally comentou com a
voz um pouco mais aguda ao perceber a mentira contada pelo menino.
“A
reconstrução é agora! Vamos construir nosso próprio caminho, Ímola!” Caminhando
em um tom normal, o garoto surgia do corredor com uma atmosfera contida.
Levantando sua
mão acima do rosto, ele exibiu uma pokebola segurando-a com três dedos enquanto
fazia um V com os restantes. A jaqueta marrom ressaltava o brilho do seu cabelo
na luz do palco, Urbain pôs uma perna a frente e atirou a pokebola num
movimento elegante.
A pokebola
libertou sobre o campo a pokemon verdejante junto de feixes de luzes em tons
violetas que a contornaram. Com um sorriso ela cumprimentava todos enquanto
rebolava a folha acima de sua cabeça.
“Uma
apresentação de verdade se constrói! Comece usando PoisonPowder!” Comentou
observando as costas da sua mão.
Imola
respondeu rápido, pisando firme sobre o palco. Girou a folha em sua cabeça
expelindo um gás arroxeado que estabilizou-se num tom purpura. A nuvem não
demorou para rodear a pokemon levantando partículas brilhantes enquanto
Chikorita sorria para o público.
“Essa
Chikorita certamente gosta de estar no palco, vejam o modo como ela sorri!” O
Senhor Contesta comentou impressionado.
“Urbain deve
tomar cuidado, o movimento é bonito, mas queremos ver mais da Chikorita!” A
Enfermeira Joy comentou também.
“Vocês não
perdem por esperar! Imola ergua a folha e purifique tudo com Synthesis!” Ele comandou abrindo a mão rente ao ombro.
Firmando-se
nas duas patas dianteiras e abaixando um pouco a cabeça. Imola ergueu sua folha
e está passou a cintilar rodeada por partículas douradas até tornar-se
completamente brilhante com um brilho regenerativo.
Chikorita
estava no centro de uma nuvem tóxica. Porém passou a irradiar uma luz dourada e
com ela partículas brilhantes desprendiam-se do vegetal e flutuavam até o cerco
purpura que a rodeava.
Estas
estouravam como explosões de pinta e purificavam as massas de conteúdo tóxico
ao redor, pintando pouco a pouco do meio do movimento. O que antes era roxo
agora ia apresentando um degradê de amarelo variando até o verde. A revelando
no centro do movimento com o olhar focado e a folha em destaque.
“SENSACIONAL!
E chikorita demonstra todo o seu poder natural bem diante dos nossos olhos!
Vejam como as partículas nascem de sua folha e aos poucos pintam esperança em
uma nuvem de toxicidade!” Lilian comentava com a plateia encantada com o
movimento.
“Uau, ele é
bom mesmo. Achei muito criativo! Me deu até uma ideia para testar na minha
próxima batalha” Leon comentou impressionado.
“É verdade,
ele conseguiu mesmo melhorar o movimento!” Wally comentou em um tom de
admiração sem conseguir tirar os olhos.
Audino então
notou que suas mãos mantinham o aperto na incubadora ainda mais firme
“Nimbasa é uma
cidade de Unova referência por seus parques de diversão e entretenimento
sustentável! E aqui vai a minha homenagem, Chikorita pegue tudo isso e use
Razor Leaf!” Girando ele colocou uma mão no peito e estendeu a outra com os
dedos unidos em oferenda.
“Chikoooo!”
Sorrindo, ela passou a correr em direção a extremidade do palco, sua folha
agora guiava a nuvem de fumaça que se dispersou do formato circular e passou a
contorna-la como um rastro.
Imola absorvia
todo o movimento e a silhueta e o vegetal em sua cabeça agora brilhava em um
tom vibrante. Interrompendo a corrida, sacudiu a cabeça disparando por meio de
sua folha lâminas naturais douradas e brilhantes que preenchiam o espaço acima
dela. As fagulhas ressoavam com o verde natural da pokemon vegetal.
“Mas como diz
o ditado, tudo que é bom, dura pouco! Acabe com toda de uma vez usando Vine
Whip!” Urbain comandou correndo em direção a Chikorita.
A pokemon
saltou e ergueu seu pescoço, os botões explodiram em vinhas prolongadas ao seu
redor. Ela os empunhou como chicotes e açoitou todas as folhas no ar com um
corte em formato de X destruindo-as de uma só vez. Imola voltava em direção ao
chão, quando Urbain a segurou no ar e finalizou acenando para o público
conforme a chuva de partículas chovia sobre eles.
“Simplesmente
contagiante! A apresentação de Urbain demonstrou um grande potencial de
combinação pra sua primeira vez, mostra o compromisso e a dedicação!” O Senhor
Contesta analisou.
“E Urbain
marca 25 pontos nessa apresentação! Sendo a nota mais alta desse torneio até
então, meus parabéns!” Lilian congratulava o garoto.
“Era óbvio que
conseguiríamos!” O garoto comentou com sua parceira.
Hop assistia
as outras performances do camarim, havia passado cerca de meia hora desde que
se apresentara. De início havia tentado anotar as notas dos outros
coordenadores em um bloquinho e comparar com a sua, mas se perdera no meio de
tantas. Os competidores ao redor também estavam passavam a olhar uns aos outros
tensos a medida que a última performance se aproximava.
“E chegamos a
última apresentação dessa competição, após faremos uma pausa de 10 minutos para
computarmos o resultado, mas por enquanto recebam também, Ryuki, neto de Drake
da Elite dos 4!” Anunciou a mulher enquanto do corredor, o garoto andava com
seu cabelo balançando atrás de si.
Seu penteado
fazia uma sombra sobre seu rosto permitindo ver apenas o brilho dos olhos.
Cerrou o punho ao ouvir a menção ao avô, mas logo relaxou lembrando de onde
estava e do porque estava ali. Abrindo um sorriso com seus caninos pontiagudos
amostra, tirou uma pokebola do bolso da calça e a atirou em direção ao palco.
“O que será
que esse esquisito pode fazer num palco” Comentou Urbain agora em um dos
guichês arrumando seu cabelo para disfarçar o nervosismo do próximo round.
“Rugindo
sempre feroz, pode surgir, Druddigon!” O garoto bradou conforme levava a mão ao
peito, em seguida, abrindo os braços e flexionando os joelhos, dobrando os
dedos como se fossem garras.
A pokebola
abriu-se revelando estrelas amarelas que giraram e chocaram-se no centro do
campo fazendo surgir o dragão que surgiu entre o brilho deixado por elas.
“Comece
cruzando os braços e use Metal Claw!” Ryuki pediu erguendo a mão com os dedos
ainda dobrados como garras.
“DRUUUU!”
Rugindo o pokemon atraiu a atenção de todos, fechou os olhos e cruzou seus
braços azulados e todos acompanharam apreensivos.
O dragão
fechou os olhos conforme fagulhas metálicas nasciam ao redor do pokemon e
percorriam como foguetes em direção aos espinhos vermelhos em seu corpo.
Acendendo não só as escamas em seus braços, mas em suas pernas e cauda também,
agora Druddigon possuía pontos prateados brilhando por toda a extensão de si.
“Que controle
de movimento, Druddigon um pokemon conhecido por ser feroz, mas mostrou um controle
preciso e minucioso de seus poderes, que contraste incrível!” A Enfermeira Joy
comentou impressionada.
“Dragon
Pulse!” O treinador de cabelos brancos e vermelhos pediu erguendo o braço de
baixo para cima como se fosse agarrar algo.
Abrindo os
olhos, Druddigon movimentou o pescoço para trás e abriu a boca. Sua garganta
brilhava incandescente quando ele disparou uma chama multicolorida que se
moldou com uma silhueta de dragão, a atenção do público se voltou para o
movimento à medida que este se elevava para o alto. Deixando os jurados prontos
para uma nota ruim.
“Encare de
frente com Scary face!” Ryuki pediu pisando no chão e seu cabelo balançava
atrás de si quase como um lenço.
Sem descruzar
os braços, Druddigon rugiu, o poder das suas escamas prateadas exibiu faíscas
metálicas que destacaram seu corpo azulado. Porém uma energia dracônica em um
tom cinza, revestiu sua cabeça com uma figura de um dragão duas vezes maior e
com grandes dentes.
O feixe
multicolorido voltava para si, porém desacelerado devido ao efeito do
movimento. Parecia ter medo de o encarar, mostrando a dominância do dragão
sobre o palco enquanto a plateia já estava curiosa para o desfecho.
“Minha nossa,
é como ver um efeito de câmera lenta acontecendo diante dos nossos olhos,
Druddigon mostra seu controle preciso dos movimentos, mas como isso vai
acabar?” Lilian se perguntou agarrando o cabo do microfone.
“Prepare-se
para o abraço!” O coordenador girou e finalizou erguendo o braço.
Abrindo os
braços, mas contendo o poder metálico. Druddigon correu em direção ao movimento
que rumava lento em sua direção. Adentrando as camadas de energia, com um abrir
de braços lento o dragão abraçou a silhueta do movimento arrancando um suspiro
de surpresa conforme a energia o envolvia.
“Finalize,
Libere Metal Claw!”.
“DRUUUU!”
Rugindo de dentro das massas de poder, ele liberou o que havia acumulado e as
escamas por todo o seu corpo cresceram para fora tornando-se espinhos metálicos
que absorviam o movimento durante o abraço de Druddigon e passavam a brilhar
variando entre vermelho, azul e roxo.
Abrindo os
braços e flexionando os músculos, Druddigon desfez o dragon pulse numa cortina
de um brilho roxo. Finalizou orgulhoso exibindo sua forma para o público em
meio as fagulhas que caiam e arrancando aplausos da plateia.
“Um trabalho
excepcional! Conduzir um Druddigon em uma apresentação lotada de detalhes é um
trabalho de coordenação maravilhoso!” A Enfermeira Joy elogiou o garoto que
sorriu para o parceiro.
“E Ryuki
conquista nos detalhes a nota mais alta desse torneio, 26! Com esta última
apresentação encerramos a primeira fase, fiquem ligados, pois em 10 minutos
retornaremos para iniciar a noite de batalhas e definirmos o coordenador
vencedor da fita de Verdanturf!” Lilian anunciou para o público que gritou eufórico.
“Amei a
apresentação do Hop, mas detesto admitir que ele foi realmente incrível. Já
lutei contra Druddigons e nunca esperei ver um que controlasse os movimentos
dessa forma” Leon comentou com um sorriso bobo deixando-se envolver pela
atmosfera do evento.
“Eu adoro esse
tipo de coisa nos contests! O coordenador pode mostrar sua visão dos movimentos
e de como enxerga as coisas...porque seus pais não gostam?” Wally perguntou
voltando o olhar para Leon que olhava para o palco acendendo, de repente o homem
parecia estar vendo além daquilo.
“Não é que
eles não gostem, mas veja bem, nossa família tem um certo legado e meus pais
sempre tiveram prestigio. O que aumentou ainda mais depois que me tornei
campeão, Hoenn é pra ser nosso local de férias, mas Hop encontrou-se
aqui...para eles é como se ele estivesse apenas evitando a realidade” Tentou
explicar a situação enquanto gesticulava com as mãos.
“Eu...acho que
entendo, espero que eles consigam de alguma forma perceber que tudo isso
importa pro Hop” Falou o esverdeado sem saber o que falar diante daquela
revelação.
“Eu acho que o
Hop provavelmente vai ter dificuldade, mas quem sabe um dia ele não consiga
falar com os pais de uma forma mais...direta” Audino comentou sorrindo enquanto
observava uma dupla de irmãos fãs de contests indo pegar uma pipoca com uma
vendedora acompanhada de sua Skitty.
“Sim, só me
preocupa o que ele terá de aprender nesse meio tempo...mas espero que ele fique
bem” Leon concordou, enquanto o garoto ficava em silêncio.
“Você foi
incrível! Como conseguiu esse movimento com o Druddigon?!” Uma garota
perguntava.
“O Drake
desviou dinheiro da liga pokemon pra pagar o jatinho para você vir até aqui?!”
Perguntou outro coordenador.
“Ei ei!
Calmem, também não é assim, legal a admiração, mas quero meu espaço também!”
Ryuki os afastava balançando as mãos como se afastasse insetos.
“Como eles são
ridículos, ele nem merecia tudo isso! Mas deve bem ser o clima dessa cidade, se
estivéssemos em um local mais sofisticado como Motostoke isso não aconteceria!”
Urbain comentou em voz alta sentado em uma das poltronas de frente para uma
televisão no fim da sala.
“Motostoke é
legal, mas confesso que o cheiro de carvão e o barulho das engrenagens
frequentes fica difícil de suportar as vezes! Prefiro o clima calmo de
Verdanturf!” Hop comentou enquanto jogava uma embalagem de batatas chips no
lixo ao lado da poltrona.
“Você já foi
para Motostoke?! E está aqui nesse fim de mundo?” Comentou o lançando um olhar
com uma sobrancelha arqueada enquanto mantinha os braços cruzados atrás da
cabeça.
“Sim, eu sou
de Galar, mas costumo passar as férias aqui! Amo ver a vegetação, as flores da
vendinha da Dona Isabel e os corais que ficam próximos a Mauville, é lindo!
Achei sua performance muito boa por sinal, assim como a do Ryuki” O galariano
comentou ficando ao lado dele enquanto Lilian anunciava a volta na televisão.
“Deve ser bem
rico para estar tão de bem com a vida assim! Agradeço o elogio, não me leve a
mal, mas você podia ter aproveitado um pouco mais do tempo com o seu Mudkip”
Urbain o criticou fechando os olhos, enquanto o menino de cabelos roxos
virou-se para ele com os olhos abertos.
“Eu me
diverti, é o que importa para mim! Você está tão falante sobre os outros e nem
foi o melhor!” Respondeu antes da voz de Lilian o cortar.
“E estamos de
volta com os resultados! Os oito coordenadores com as melhores notas serão
revelados, bem como as chaves das batalhas!”.
“Hop você
precisa conseguir!” Leon cruzava os dedos.
Ryuki levantou
o queixo, entrelaçou as mãos atrás de si enquanto encostava na parede ao ver
sua foto surgir como o primeiro colocado. Queria aproveitar a sensação enquanto
podia. A foto de Urbain surgiu logo depois e ele apenas lançou um olhar
debochado para Hop que cerrou o punho e raspou os dentes nervoso.
As fotos
continuavam surgindo, e nenhuma delas era sua, passadas 5 era chegado de ver o
último colocado:
“Após um
empate entre as notas, os jurados analisaram os critérios técnicos e o último
coordenador que terá a chance e disputar a fita desse torneio é o Hop! O
sistema organizou os 8 colocados e definiu que esses serão as chaves de
batalha, dentro de instantes já começaremos a segunda rodada!” Lilian comentou
empolgada apontando para o telão onde ali indicavam que a primeira batalha
seria uma disputa entre o galariano e o natural de mauville.
“Bem, nos
vemos no palco então!” Sorriu o menino de cabelo colorido.
“Faremos uma
ótima batalha!” Hop devolveu com a mesma intensidade do olhar.
“Ele passou!
Meu deus, Wally, ele conseguiu! Mas como o mundo é injusto ele já vai lutar de
primeira” O campeão de galar reclamava indignado enquanto sacudia o menino.
“Ele passou
mesmo!” Comemorou o menino “Ele passou mesmo...” Wally repetiu com as palavras
falhando a cada pronuncia, o menino pegou sua bombinha de ar no bolso a colocando
entre os dentes.
Audino o
observava de canto olho, feliz por Hop. Entretanto uma sensação esquisita
acumulava-se em sua garganta, como um nó ao qual ela não conseguia desatar.
“E aqui
estamos nós para a primeira luta do segundo round do Torneio de Verdanturf, do
meu lado direito esta Urbain que veio da cidade de Mauvile e do meu lado
esquerdo, natural de Galar, esta Hop!” Lilian apresentou os coordenadores que
encaravam um ao outro.
O menino de
pele escura olhava ao redor, a voz do público contagiava aquele lugar criando
uma atmosfera totalmente diferente do que imaginava. Era até difícil concentrar
seus pensamentos, mas estava mesmo ali e tinha a chance de conseguir a fita.
Urbain por sua
vez, apenas o lançou um sorriso de canto de boca, mal dedicando um olhar a ele.
“Vocês tem 5
minutos para tirar a maior quantidade de pontos do oponente ou incapacita-lo de
combater, prontos? Que a batalha comece!” A mulher anunciou erguendo e baixando
a mão.
“Nossa
primeira batalha oficial num contest! Tokito é seu contest time!” Hop anunciou
e atirou a pokebola em direção ao campo.
“E
infelizmente será a sua última de hoje, Ímola construa a sua vitória!” Com um
giro o loiro soltou a pokebola.
De um lado a
esfera de Hop atirou uma sequência de raios eletrizantes, este choveram sobre o
campo levantando o efeito estático. Mais acostumado com o palco, Mudkip surgiu
com um sorriso em meio ao brilho do selo.
Laços
arroxeados saltaram para fora da pokebola e rodearam o feixe de luz que deu
forma a Chikorita, esta ergueu sua folha encarando seu oponente.
“Vejam só, uma
batalha de iniciais! Agora como será que os dois irão se sair?” Sukizo
comentou.
“Tokito vamos
iniciar a ofensiva com Water Pulse!” Hop comentou empunhando um braço para a
direita.
“Temos a
vantagem desse combate, Ímola destrua com Vine Whip!” Respondeu o outro de
imediato.
Mudkip ergueu
a cabeça e um vórtice de água em sua boca sugou partículas para formar uma
esfera pulsante. Esta acendeu-se num tom azul turquesa conforme o pokemon girou
e a atirou em direção a Chikorita, mas sua performance não foi o bastante para
tirar pontos.
Ímola deu
alguns passos à frente conforme seus botões estendiam-se como vinhas, ela
balançou o pescoço os enviando em direção a esfera. Usando seus chicotes,
pressionou a esfera contra o chão o que a explodiu numa onda de água pelo
campo.
Os pontos de
Hoy foram reduzidos.
“Mas como pode
ele ter perdido pontos!” Leon comentou apontando para o placar.
“Urbain
quebrou o movimento de Hop e prejudicou a performance do Mudkip, ele tem que
tomar cuidado com movimentos impensados” Wally analisou a batalha.
“Rápido, vá em
direção a água aproveite para ganhar velocidade!” Hop pediu erguendo o punho.
“E vejam só,
Mudkip aproveita os restos do Water Pulse, é incrível a velocidade que ele
alcança dentro d’água! E com isso Hop consegue alguns pontos de Urbain!” Lilian
comentou a medida em que Tokito atravessava a onda em meio ao palco na direção
de Chikorita.
“Razor Leaf!”
Gritou Urbain.
“Não dê chance
pra ela reagir, Rock Throw!”.
De dentro da
onda, a cauda de Mudkip brilhou em laranja. O brilho reverberou pela água
acendendo-a por completo. O axolote reuniu poeira dentro do líquido moldando um
grande cascalho.
Com uma
cambalhota na água ele disparou a pedra a empurrando com sua cauda. O cascalho
saiu com um grande SPLASH desfazendo a onda e acertando Ímola em cheio enquanto
Mudkip saltava em meio as gotículas de água, os pontos de Urbain caíram ainda
mais.
“Imola!”
Cerrando os punhos, o garoto viu sua pokemon cair sob seus pés.
“Vamos
precisar de mais do que isso, mas acho que sei o que fazer! Poisonpowder
Ímola!” O coordenador de Mauville iniciou.
“Use
supersonic para tentar afastar a poeira!” O galariano pediu tentando manter
seus braços junto ao corpo, já havia assistido inúmeras lutas de Leon e ainda
assim era complicado manter seus pensamentos em ordem.
Imola
levantou-se e sacudiu a folha em sua cabeça construindo uma nuvem de poeira
tóxica ao seu redor. A chikorita logo passou a girar o vegetal em sua cabeça e
disparou o gás na direção do oponente.
Mudkip
respirou fundo e soltou um grande grito. As ondas materializavam-se em padrões desconexos,
mas eram constantes o suficiente para manter a fumaça afastada com anéis
sonoros de tom turquesa. O movimento exigia energia a concentração de Tokito e
ele não conseguia performa-lo resultando nos pontos dos dois coordenadores
sendo reduzidos.
“Bem aonde eu
queria, aproveite que ele está distraído e impulsione-se com Vine Whip!” Urbain
gritou erguendo a mão para a direita.
Com seus
chicotes, a pokemon os usou para chicotear o chão e se lançar ao alto ganhando
uma grande altitude. Acima da nuvem tóxica e das ondas sonoras, a pokemon
aproveitou para sorrir para o público arrancando mais pontos e igualando a
situação de ambos.
“Estamos na
metade da batalha e os dois lados respondem com investidas criativas, mas agora
Urbain encontrou um modo de pressionar Hop e os pontos estão igualados!” Lilian
narrava o combate.
“R-Responda
com M-Mud Shot!” Pediu erguendo o punho.
“Isso é um
contest e não uma batalha comum, lace os pés dele!” O coordenador de cabelo
colorido anunciou abrindo a mão e a fechando em seguida.
Com a
vantagem, Chikorita sacudiu o pescoço e enviou os cipós até o aquático, este
preparava-se para trocar de movimento. Não sendo rápido o bastante nem para atacar
ou fugir, as vinhas amarraram seus pés.
“Droga, foi um
belo movimento contra ele, Hop faça alguma coisa!” Wally comentou levando uma
mão a boca.
“MUUUD!”
Gritou agoniado perdendo mais pontos.
“Merda! Tokito
concentre-se e forme Water Pulse para se soltar!” O semblante do garoto mudou,
com sua sobrancelha arqueada ao ver seu pokemon naquele estado.
“Imola sei que
é resistente o suficiente, use o impulso da queda para lança-lo ao ar!” Urbain
respondeu sem tirar os olhos do combate.
“SENSACIONAL!
Vejam enquanto Chikorita tira poder da própria queda para erguer Mudkip no ar,
e que imagem incrível do controle dela de suas vinhas e também dos pontos de
Hop!” Lilian anunciava conforme a pokemon verde voltava ao solo, a queda
forçava suas vinhas a pressionaram os pés do Mudkip, arrastando Tokito pelo
chão e o erguendo com suas vinhas no ar.
O axolote debatia-se formando um vórtice em sua boca, partículas azuladas uniam-se a ele
formando uma esfera d’água pulsante em sua boca. Os pontos de Hop continuavam a
cair, mas ele ainda continuaria lutando.
“Hop...você
consegue!” Leon comentava fechando ambas as mãos preocupados.
“Não vamos
desistir! Atire nela agora!” Gritou o menino.
Com a esfera
brilhando em sua boca, Tokito usou toda a sua concentração e disparou a esfera
de uma só vez. Acertando a pokemon e levantando uma enxurrada sobre ela.
“Aprendemos
com batalhas anteriores que somos bem resilientes, Ímola Synthesis!” Pediu o
garoto de jaqueta com a mão na cintura.
O ataque fez
com que os pontos de Urbain caíssem, mas ele ainda continuava a frente. Após a
enxurrada o corpo de Chikorita que deveria estar completamente molhada,
secava-se cintilando em dourado. Sua folha estava ereta no ar dando vida a
partículas de cura que revitalizavam sua energia e a destacavam no campo de
batalha.
“Droga...o que
eu posso fazer...suje a com Mud Shot!” O menino de cabelos roxos pediu com a
voz vacilando e torcendo para que funcionasse.
“Não tão
rápido, incorpore Synthesis em seus cipós e vamos finalizar!” O tom de voz de
Urbain se empunha sob qualquer comando do oponente.
As partículas
desprendidas de sua folha agora injetavam-se em seus cipós. Estes reluziam em
dourado junto dela compondo uma visão espetacular. Imola sorria enquanto girava
ao redor do próprio eixo reproduzindo o movimento com seus cipós e fazendo com
que Tokito perdesse a concentração de seu golpe.
Com um
movimento final, ela soltou o pokemon no ar e sacudiu seu pescoço enviando os
cipós e açoitando-o pokemon no ar. Descarregando as partículas brilhantes numa
explosão dourada que o levou ao chão com um grito e grandes danos.
“TOKITO!” Hop
gritou por ele.
“E acabou! Os
pontos de Hop chegaram ao limite, o que significa que Urbain avança para a
semifinal, meus parabéns!” Lilian anunciou com todo o público vibrando pela
performance do menino, enquanto Imola voltava para perto dele
“A chikorita
apresentou uma variedade incrível de movimentos! Nunca havia visto um modo de
usar synthesis assim!” Comentou o senhor contesta.
O galariano
ajoelhado no chão segurava o seu pokemon entre os braços, enquanto observava a
sua foto sumir e dar lugar apenas a de Urbain no telão. O garoto sorriu para
ele enquanto voltava para o camarim pelo corredor.
“Você lutou
bem, ele tinha a vantagem de tipo, e ainda assim foi seu primeiro contest! Você
conseguiu passar do primeiro round!” Wally tentava consolar o amigo que agora
estava junto dele e de Leon na arquibancada.
“Eu...não
consigo explicar a sensação, foi ótimo competir e saber que tive a chance, mas
foi tão frustrante ver as combinações dele funcionarem e eu não conseguir
aplicar as minhas!” Hop comentou debruçado sobre os braços e fazendo bico.
“Eu imagino,
perder nunca é fácil, mas lembre-se de que está sentindo isso porque tentou!
Você é um competidor agora, perdeu pois tem um objetivo e não está mais parado,
use as batalhas dos seus rivais para melhorar as suas...pelo menos isso
funcionou para mim” Leon o aconselhou dando de ombros.
“Acho que
entendi o que quis dizer, obrigado por vir aqui para me ver e você também
Wally!” Hop sorriu para os dois, apesar de ainda estar emburrado ao lembrar da
expressão de Urbain.
No entanto, as
palavras do homem pareceram afetar Wally de alguma forma, ele continuava
observando o ovo na incubadora. Nenhum sinal de que chocaria.
“A semifinal
vai começar!” Audino anunciou para todos, Ryuki, Matheus e Soldre haviam
passado junto de Urbain e agora ele enfrentaria Ryuki na primeira luta da
semifinal.
“Vocês já
sabem como funciona, 5 minutos no relógio e que a batalha para definir o
finalista COMECE!” Anunciou Lilian.
“Vamos
construir nosso caminho, Ímola!” Saltando com uma mão no peito e a outra em tom
de oferenda, o coordenador atirou a esfera fazendo surgir os laços arroxeados e
dando vida a Chikorita.
“Rugindo
feroz, surja Druddigon!” Ryuki bradou e de sua pokebola surgiram um arco de
estrelas que giraram e chocaram-se fazendo surgir entre os brilhos o dragão que
encarou Chikorita.
“Não
conseguiremos ganhar em força, teremos que ser espertos! Poisonpowder Imola!”
Urbain inicou a ofensiva empunhando o braço para o lado.
“Dragon Pulse
do chão!” Ryuki comandou erguendo o braço.
Chikorita
passou a girar sua folha soltando a nuvem tóxica ao seu redor. Parando o giro
ela balançou a folha enviando a nuvem toda de uma só vez, o dragão respirou o
pó sentindo seu corpo ficar mais dormente e dificuldades para mover. Os pontos
de Ryuki caíram um pouco.
Respondendo ao
comando de seu treinador, Druddigon abaixou-se tocando no palco. Concentrou seu
poder nas mãos partindo áreas do chão ao meio e liberou um pulso de poder que
preencheu o solo e ergueu-se na forma de um dragão.
“Não podemos
ser atingidos! Use os cipós para ir ao ar agora!” Respondeu de imediato.
“Você está bem
nervoso em comparação com as outras batalhas” Provocou o garoto de cabelos
brancos.
“Você que
pensa!” Retrucou o menino de Mauville.
Erguendo suas
vinhas, Chikorita as usou para impulsionar seu salto as forçando contra o chão.
Desviando do movimento que explodiu atrás de si arrancando mais pontos de
Ryuki.
“E Urbain
abriu uma grande vantagem, como Ryuki vai responder a isso agora que Druddigon
esta envenenado!” Lilian comentou deixando o público intrigado.
“Agora salte e
agarre os cipós dela!” Ryuki pediu.
Em meio a
fumaça, Druddigon rugiu surgindo de dentro dela em direção a Chikorita que
havia deixado os cipós para baixo. Num movimento rápido o dragão agarrou em um
deles atraindo o olhar de Urbain assustado.
“Razor Leaf,
livre-se disso!” Com a voz vacilante, ele pediu de imediato.
“Quebre a
combinação dele, puxe-a para si e ataque com Dragon Tail!” O neto de Drake
pediu ao seu pokemon.
Ainda no ar, o
pokemon dragão puxou o cipó obrigando Ímola a ir de encontro a ele. Com uma
agilidade surpreendente virou seu corpo exibindo sua cauda que brilhava em
verde destacando suas escamas. Acertou um movimento em cheio contra a oponente
disparando-a contra o chão com grandes gritos.
“Minha nossa!
Isso é que é poder! Usando os movimentos de chikorita contra ela, Ryuki leva
metade dos pontos de Urbain e assume a liderança!” Lilian comentou deixando
Urbain irritado.
“Não vou posso para você! Preciso conseguir o quanto antes! Levante-se e use Synthesis, precisamos recuperar o dano!” Comandou o
garoto abrindo a mão tentando assumir o controle do combate.
“Sua chikorita
é durona, mas não iremos deixa-la descansar! Druddigon avance com Metal Claw!”
Seu oponente comandou.
Chikorita
levantava-se com dificuldade, havia sofrido grandes danos com a queda. Ergueu
sua folha ereta e passou a realizar sua Synthesis. Porém Druddigon rumava em
sua direção, seu corpo inteiro brilhou em um tom roxo devido ao veneno, porém
suas garras metalizadas contrastavam com o status do dragão.
“DRUU!” Rugiu
ignorando o veneno por ainda não ter tomado grandes danos, reduzindo os pontos
de Urbain ainda mais.
“E vejam só
isso! Druddigon ignora o veneno e junto daquelas garras de metal brilhando no
meio desse roxo no seu corpo dão uma aparência tão assustadora que é impossível
não olhar!” A apresentadora comentou.
“IMOLA!” O
menino gritou vendo o dragão raspar as garras no chão e acertar um golpe de
baixo para cima que fez sua parceira ser jogada para o alto.
“Dragon Pulse
finalize-a!” Com os caninos saltados para fora com um sorriso, ele pediu com os
dedos dobrados como garras.
“NÃO! Razor
Leaf, agora!” Urbain tentou a ofensiva.
Druddigon
jogou a cabeça para trás carregando uma bola de energia dracônica. As cores
vibrantes indo do purpura ao rosa e ao vermelho misturavam-se, quando o dragão
agarrou a esfera com as mãos tirando-a de dentro da própria boca.
Com um giro
ele a jogou como um jogador de beisebol. Pouco antes do movimento acertar em
Imola, a esfera tornou se uma silhueta de uma serpente que abocanhou a pokemon
verdejante causando uma explosão de brilho intensa como fogos de artificio. Em
seguida a atirando no chão inconsciente.
“E com uma
abordagem intensa e variadas formas de seu Dragon Pulse, Ryuki leva a melhor e
garante seu lugar na grande final!” Lilian comentou.
“C-Como é
possível eu ter perdido assim...passei a semana inteira treinando!” Cerrando o
maxilar, o menino ergueu a pokebola retornando sua parceira.
“Suas
combinações são bem construídas, mas você leva muito a sério essa questão de
construir, acho que precisa explorar um pouco mais desse estilo”Ryuki aconselhou com as mãos no bolso.
“Não me lembro
de ter pedido um conselho!” Urbain devolveu, saindo do palco olhando a pokebola
de sua parceira, mas sem baixar a cabeça.
O torneio
seguiu com as batalhas da final, até que Ryuki finalmente se tornasse o
vencedor durante uma disputa acirrada de seu Druddigon e um Skiploon do
oponente. Wally, no entanto, começou a sentir um grande incômodo em seu peito e
assim que o evento encerrou pediu desculpas para Leon e Hop, alegando que
precisava ir ao banheiro.
Notando a
força com que segurava a incubadora. Audino o seguiu preocupada passando por
entre as pessoas que conversavam sobre as performances e seus coordenadores
preferidos. A pokemon normal observou o menino sumindo pelo corredor que levava
ao hall do estádio, então apressou-se em segui-lo.
Atravessando
até o final da passagem, virou a cabeça para os dois lados tentando
localiza-lo. Conseguiu ver um vestígio da sua sombra sumindo à oeste indo em
direção ao espaço dedicado aos restaurantes, então o seguiu. O que movimento de
antes dera lugar as cadeiras e mesas vazias junto da fraca iluminação que vinha
do salão principal do estádio.
O local
possuía diversas barracas montadas por marcas inscritas para divulgar os
produtos no serviço. Audino conseguiu ver Wally passar pelos móveis agora
arrumados para esperar o pessoal da logística os transportar. Sua sombra
contornou o chão em direção a cerca branca que contornava e dava uma forma de
elipse a praça de alimentação.
As tiras de
madeira ficavam na altura do peito, possibilitando apoiar-se nelas para ter uma
visão da colina que ambos subiram uma semana atrás. O menino colocou a
incubadora apoiada em cima delas, agarrando firme o tecido da camisa por baixo
do seu casaco. O olhar buscava algo para firmar-se, e tudo na sua mente
amaldiçoava os eventos que o levaram até ali.
“Sempre essa
colina! Que droga!” Praguejou achando-se ridículo por estar ali.
“Wally...o que
aconteceu? V-Você tem agido estranho o torneio todo” Ela o perguntou e o garoto
virou-se para ela com lágrimas surgindo no canto do seu olho e o aperto firme
na camisa, o ar começava a faltar, mas ele não ligou dessa vez.
“Eu...estou
cansado de ficar para trás em tudo! Todos estão andando pra frente e eu pensei
que...pensei que dessa vez eu fosse conseguir acompanhar!” Ele tentava
organizar seus pensamentos e a cada palavra fechava os olhos com a intensidade
dos sentimentos.
“Do que está
falando? Acompanhar quem?” Audino perguntou sem saber se deveria chegar perto dele
ou não.
“Você não
entende mesmo não é?! Hop vem aqui de férias, e sempre me conta como ele
terminou a escola em galar, seus pais conseguiram um patrocínio e ele recusou,
ainda assim ele está aqui competindo!” Sua mandíbula aberta enquanto as
palavras saiam carregadas de mágoa.
“Mas...”
Tentou, mas fora interrompida.
“Eu não
consegui concluir a escola por conta do inferno dessa doença, soube que Brendan
está competindo pela 7 insignia e May além de treinar pra ser líder de ginásio está
tendo sucesso como maquiadora, era pro tratamento ter sido rápido, mas estamos eu
e você aqui!” Wally abriu os braços apontado para o entorno vazio.
“Com esse ovo
pensei que tivesse a chance...senti esperança de que eu teria uma experiência
com os outros, mas óbvio que não, não consegui participar dessa merda de
contest e fiquei SÓ ASSISTINDO!” Colocando as mãos no rosto, as palavras saiam
e junto delas o sentimento.
“Wally...eu
sinto muito por isso estar acontecendo...” Audino começou chegando perto dele.
“Não! Você não
entende como eu me sinto! Você...você nem conseguiu fazer o seu trabalho
direito! Era pra tudo ter melhorado em 1 ano e já fazem TRÊS que estamos nisso
e eu continuo com o mesmo problema!” Wally gritou empunhando o braço para a
direita.
Ao ouvir as
palavras do garoto, sentiu como se o tempo tivesse congelado. Seu olhar
enxergava o menino a sua frente, seus olhos fixos em um ressentimento maior do
que ela. Ao seu lado suas memórias transportavam o garoto de 7 anos curioso e
alegre que conhecera e se dedicara por todo esse tempo para o lado.
Ambos os Wally
os observavam, mas havia algo diferente dessa vez. As memórias eram apenas
sobre ele, mas não era o único personagem daquela história. Ela também tinha
seu papel e apesar dos resultados não serem perfeitos, trabalhara todos os dias
para que ele tivesse qualidade de vida.
Ela lembrou-se
do poder que sentiu a uma semana, o fluxo que agora era capaz de sentir e a voz
que continuava reprimindo. Sob a luz da lua, todas essas experiências eram
parte dela e desejava que não fosse mais reprimida.
“É uma pena
que você tenha que descobrir que NEM TUDO É APENAS SOBRE VOCÊ! As coisas não
podem ser sempre resolvidas num passe de mágica!” A pokemon elevou seu tom de
voz o encarando diretamente surpreendendo o garoto que a fitou com os arregalados.
“V-Você...”
Wally começou, mas foi interrompido ao ambos escutarem um barulho seguido de um
iluminar fraco.
Ambos se voltaram
para trás. A incubadora tremia conforme uma rachadura aparecia sobre o ovo de
Wally, os dois fitaram incrédulos enquanto o objeto começava a reluzir e apaga
sua luz. Faíscas roxas surgiram ao redor dele enquanto ele ansiava por tomar
forma.
“Vai nascer...Vai
nascer!” Wally exclamou empolgado indo na direção do ovo.
“W-Wally
cuidado!” Audino gritou.
Quando o
garoto segurou a incubadora em suas mãos. Uma sombra o encobriu, e ao levantar
o rosto encontrou uma criatura acima de si. Sua silhueta cobria a forma da lua,
seu corpo robusto majoritariamente laranja com tentáculos azulados estavam
abertos conforme pairava sobre o ar.
“O-O que é...”
Começou, mas as palavras morreram em sua garganta quando o núcleo no peito da
criatura cintilou expandindo um pulso de poder psíquico.
As ondas
percorreram por toda a extensão da praça de alimentação a acendendo em um tom
roxo espectral. A energia fixou-se em seu corpo e ele sentiu o perder do
controle conforme era obrigado a erguer o pescoço para cima sem conseguir
falar, mantendo seu maior esforço em continuar segurando a incubadora.
“WALLY!”
Audino gritou começando a correr até ele, mas notou que a criatura focava o
olhar em si, tratando o menino apenas como algo no caminho.
As ondas
psíquicas no ar foram até as pernas dela, a prendendo no mesmo lugar. Audino
tombou sob seus próprios pés, do chão a sombra agora cobria os dois e a única
luz vinha do reluzir do ovo que ansiava por nascer.
Notas finais: Estava muito ansioso pra terminar esse capitulo, espero que gostem, deu MUITO trabalho, mas finalmente a história esta ganhando corpo e estou muito ansioso pro próximo, obrigado por lerem.