Notas Iniciais: Após séculos, finalmente temos um novo capítulo de Wally e o desejo de Jirachi, onde os eventos do último contest levaram o garoto a delegacia e ele terá de responder por seus...crimes?
Capítulo 5: O que eu faço com a minha voz?
O barulho de mãos
batendo contra o teclado preenchia a sala da delegacia de Verdanturf. A
iluminação vinha de uma lâmpada de led no teto que clareava bem acima da mesa,
o armário e os demais móveis presentes na sala pequena como senão quisesse
deixar escapar uma pista.
Wally estava
sentado em uma cadeira de couro sintético de frente a oficial Jenny da cidade,
ele olhava para o semblante preocupado da mulher frente ao desktop e logo
depois para os organizadores com protocolos de casos, sem saber aonde deveria
focar.
“Eu vou
perguntar novamente, o que aconteceu naquele contest? Já vi casos de
adolescentes brincando com bombinhas nessa cidade, mas explodir uma área
inteira acho que já passou dos limites!” A mulher comentou sem olhar para ele e
franzindo o cenho para o que enxergava na tela.
“E eu já respondi! Fomos atacados e quase mortos por um pokemon laranja! Eu estava...pegando um ar junto da Audino quando aquela coisa apareceu do nada! Você quem deveria estar falando com as autoridades para ver do que se trata!” Acusou o menino impaciente por estar ali, tentava não pensar em todas aquelas pessoas o olhando, mas quanto mais tentava ignorar mais sua mão se fechava sobre o seu joelho.
“Olhe como
fala comigo! Você só vai sair dessa sala quando Mike me conceder os registros
das câmeras de segurança” A oficial intimou mantendo o tom de voz, retraindo os
lábios para a esquerda impaciente.
“E por que eu?
Sabe o Leon, o campeão de Galar, lutou com a criatura, ele não seria um
depoimento muito mais convincente?” Wally perguntou erguendo o braço e apontando
para a porta atrás de si.
Lembrou que
sua mãe provavelmente já estava sabendo e provavelmente já havia chegado a
delegacia, aguardando na recepção do outro lado daquela porta assim que a
abrisse. Voltou a apertar o joelho por cima da calça, o aperto foi firme o
suficiente para que o corte em seu braço direito avisasse que ainda estava ali.
“Bem faz
exatamente uma semana que vi você correndo em direção a floresta, explosões
aconteceram lá e mal consegui achar vestígios tirando suas pegadas e agora
novamente explosões associadas a você é no mínimo...curioso, espero acessar o
vídeo pra...consegui!” A mulher suavizou a expressão do rosto assim que o
computador emitiu um barulho de confirmação.
“Agora
vejamos...o-o que é isso?” A policial arregalou os olhos ao ver uma das câmeras
capturando um registro da criatura balançando seus braços pela lateral.
Na filmagem, a
qualidade da câmera não era das melhores. O ângulo onde o dispositivo estava
posicionado permitia ver a cerca do estádio e parte da praça de alimentação. Era
possível ver a criatura levitando do chão como se nascesse dele naquele
instante. Ao avançar o vídeo a policial viu o rosto e metade do corpo de Wally erguidos
pelos poderes psíquicos da criatura, que ainda estava parada sem se mover.
“Eu não faço
ideia...mas será que eu posso ser liberado agora?!” Wally comentou já
impaciente.
“Eu nem sei o
que dizer sobre isso, a-acho que é um caso para alertamos o campeão..., você
está liberado por enquanto, mas tome cuidado, deixe seu registro de
identificação e o número do pokegear, você tem a obrigação de atender caso
entremos em contato!” A Oficial Jenny frizou.
Ela apertou o
clipe metálico da prancheta que mantinha juntas as fichas de identificação,
retirando uma e entregando para a Wally.
Do lado de
fora, a maçaneta girou para a esquerda, quando o menino empurrou a porta e esta
moveu-se para frente arrastando contra o chão. Provavelmente estava inchada
devido ao período chuvoso recente.
Ao sair da
sala e virar à direita no corredor, o garoto pôde ver Audino sentada nas
cadeiras de couro sintético com Ponyta ainda dormindo em seu colo. De pé, ao
lado dela, estava a pessoa a qual não queria nem imaginar ver: Isabel.
Baixou a
cabeça. Um sentimento de vergonha e arrependimento o consumiu ao passo de não
conseguir olhar para cima. Andou até a mãe embalado por um silencio
constrangedor quebrado apenas pelo som oco dos seus passos contra o piso
esbranquiçado da delegacia.
“Eu não sei
nem o que dizer para vocês dois! Ainda bem que o Leon teve o cuidado de te
acompanhar, mas pedi para ele e o Hop irem embora. Falei tanto para você que
deveria ficar quieta e Wally! A última coisa que eu imaginaria seria buscar um
filho na delegacia!” Seu tom de voz finalizava as frases carregado com uma irritação
a qual pouca vezes havia presenciado daquela forma.
As palavras da
mãe ressoaram aos ouvidos do menino de cabelos verdes, cortando qualquer força
nascente para responde-las. De cabeça baixa e olhando para os próprios pés, ele
tinha sua mente vazia de pensamentos. Apenas o seu peito ressoava com um sentimento
que se dividia em finas camadas fazendo sentir-se minúsculo.
Apenas
dirigiu-se a pokemon rosa, pegando o unicórnio em seus braços e os três se
puseram a caminhar para casa. Audino escutara as palavras de Isabel, mas estas
não lhe afetaram como outrora, andava na rua de cabeça erguia: o que fora dito
por Jirachi ainda ressoava dentro de si.
Logo estavam
diante de casa, sendo saudados pela pintura de um Taillow desenhada na madeira
da porta. Entretanto, a última coisa que Wally sentia era conforto enquanto aguardava
para entrar, levou a mão esquerda ao abdômen sob a camisa sentindo um frio na
barriga que o dizia: sua noite ainda não havia acabado.
Sua mãe colocou
as chaves na fechadura, girando-as para o sentido horário. Wally passou pela
entrada e logo ergueu o braço direito para pendurar o casado no cabideiro atrás
da porta, movendo o rosto para a direita enquanto acompanhava Isabel
interromper o andar no meio da sala. De cabeça baixa e os ombros fixos em uma
só posição.
Audino entrou
logo em seguida, sentindo que precisava dormir logo antes que pensasse mais
loucuras sobre o acontecido naquele dia, passando pelo sofá e dobrando a
esquerda indo em direção ao banheiro.
Wally fechou a
porta atrás de si, mas sua mãe continuou no mesmo lugar, sem entender aquele gesto
ele apertou ainda mais o abraço de Ponyta em seu colo, no momento em que os
dedos da mãe começaram a tamborilar no braço do sofá.
“Wally, você
vai devolver essa Ponyta” Isabel disse irredutível e o mundo por um instante
pareceu ficar menor para o menino, a copa escureceu e tudo que restava era sua
mãe, o sofá e o espaço entre a porta e onde ela estava.
Os móveis
observaram o menino tentando articular os lábios para responder algo, mas assim
como eles, Wally continuou inerte, pois nenhuma frase tinha corpo o suficiente
para refletir suas decisões manchadas por medo em sua feição trêmula.
“Sei que foi
um presente do Hop, mas acredito que não temos condição de lidar com isso, você
ainda nem melhorou completamente e acho que vai se esforçar demais cuidando de
um pokemon, então para evitar maiores dores de cabeça é melhor devolver” A
mulher continuou virando-se para trás e o fitando rapidamente, seus olhos
mantinham o olhar como se soubessem que ele havia aceitado.
Tudo passou muito rápido. Ele se dirigiu ao quarto com Ponyta em seus braços, abriu a porta com o cotovelo e colocou a pokemon para descansar sob o poof verde de frente para a sua cama, olhou pela janela: não era possível ver a lua.
Ficando de costas para a cama, ele arregaçou as mangas da camisa e abriu a porta do guarda roupa. Dentro do móvel havia suas roupas penduradas em cabides, uma divisão abrigava estudos e revistas sobre flores que sua mãe o fizera ler. Ao lado estavam as coleções de álbuns de figurinha das temporadas de contest passado.
Wally respirou
fundo e remexeu mais afastando uma foto dele e de Hop na praça da cidade, outra
foto dele e de uma garota de bandana, também havia uma foto de um garoto de
gorro branco, mas o menino as ignorou. Até finalmente tirar um caderno de capa
dura vermelho com uma fechadura de pressão.
Sentou na
cama, abriu o fecho do caderno e foleou as páginas: 12/04/2022, a data a qual
deixara de frequentar a escola de Rubstoro e tudo havia mudado. Ele levou a mão
a garganta, as crises haviam aumentado naquela época e, como naquela época, o
nó em sua garganta mal o deixava respirar
“Era para tudo
ter mudado!” Wally constatou para si mesmo, tirou os olhos do caderno e
voltou-se ao pôster de Lisia estampado ao lado da janela.
“Toda vez que tenho uma chance...algo sempre acontece...demorou tanto, mas era pra ser a minha vez!” As lágrimas surgiram no canto ao observar Ponyta dormindo tranquilamente em seu poof.
“E-eu quero
ser alguém também!” Balbuciou o garoto escorregando da cama para o chão,
juntando os joelhos contra o peito, sentiu o ar faltar, mas ele o capturou
novamente inspirando antes de baixar a cabeça sobre os braços e as lágrimas
irromperem.
Sua mão
direita segurava o caderno aberto nas últimas anotações da aula da professora
Roxanne: Tema - Planejando sua carreira.
Apesar das
lágrimas, o tempo não pareceu se compadecer com a tristeza do menino. Antes que
pudesse se dar conta os raios de sol incidiam sobre a colcha de tons verdes em
seu quarto, levantando a cabeça e virando-se para trás Wally observou pela janela
o céu iluminado.
Um impulso de
coragem preencheu seu peito, sentiu algo o cutucar ao seu lado, ao virar-se viu
o unicórnio psíquico desperto. Ambos encararam um ao outro, e de alguma forma,
Wally sentiu que aquela Ponyta o compreendia de alguma forma.
“Vamos, não
podemos ficar aqui! Preciso fazer alguma coisa!” Wally disse ao pônei e este
assentiu, o garoto se levantou ainda com as roupas de ontem.
Foi até as prateleiras pegando o pokegear sob o vidro, digitando uma mensagem para Hop, antes de abrir a porta do quarto e sair com Ponyta logo no seu encalço.
O centro
pokemon de Verdanturf ficava logo na entrada da cidade, o espaço médico fora
projetado para integrar bem o aspecto arbóreo e natural da cidade com os
cuidados de saúde. A fachada exibia a tradicional logo em formato de pokebola e
bem ao lado das portas arbustos podados decoravam a entrada enfeitados com
flores que formavam um símbolo médico de cada lado.
Um pouco a
frente, uma área de vivência dispunha de bancos em formato de L com mesas de
madeira próximos a eles para socialização dos treinadores. Neste momento, uma
garota com uma bolsinha rosa caminhava pela entrada passando a vista de um lado
para o outro.
“Estranho,
achei que estaria mais movimentado por aqui, não era hoje o contest?” A menina
se perguntou mexendo em seu cabelo castanho.
Disposta a
conseguir mais informações, adentrou o local. Assim que as portas de vidro
azulado abriram-se revelando o local, ela pôde ver a bancada da Enfermeira Joy
logo a esquerda. Haviam também lojinhas de produtos para pokemons a direita
junto de outros estabelecimentos de produtos típicos da cidade, mas não estava
interessada neles.
“Aquele ali
deve bem ser coordenador”.
“Bom dia! Me
chamo Tyla Haru e só me confirma uma coisa, o contest é hoje né?” A menina
perguntou com a mão na cintura a um garoto de cabelos coloridos.
Ele estava
sentado em um sofá banco acolchoado acoplado a estrutura do jardim de inverno
no centro do local. Haviam flores de pecha e nanab berry por ali e por trás do
vidro era possível ver a escada que daria para o segundo andar do local.
“Contest? Acho
que você chegou um pouco atrasada, o contest foi ontem a tarde, eu até
participei dele” Urbain respondeu sem olhar nos olhos da menina, erguia o
pescoço focando em observar algo na janela que dava visão pro quintal do centro
pokemon.
“Foi ontem?
Misericórdia! Eu estava pronta pra testar as minhas possibilidades! O que eu
vou fazer?” Ela levava as mãos ao rosto desolada.
“Ir embora
desse fim de mundo, eu mesmo vou assim que conseguir uma resposta que preciso”
Revirando os olhos, o garoto observou o celular ainda sem nenhuma atualização,
voltando-se para a janela novamente.
“Hmm, então já
que você também é um coordenador, que tal fazermos uma batalha?!” Tyla
perguntou ao menino que a fitou interessado.
Na área do
quintal, o gramado era adornado por um caminho de pisos feitos de pedra
colocados com o espaçamento de uma pisada entre um e outra. Aproveitando o
largo espaço, o centro pokemon dispunha de um pergolado com bancos de madeira e
um espaço para fogueira.
Bem ao meio da área havia uma fonte de água com formato de Roselia feita por um artista em Kalos, de frente para a ornamentação haviam bancos de cimento onde Wally, Ponyta e Hop estavam sentados
“Não sei o que
fazer, ela quer que eu devolva a Ponyta a você simplesmente porque ela acha que
não tenho condições de cuidar dela, sendo que ta, eu não estou cem por cento,
mas nunca mais tive crises como antes!” Wally desabafou projetando o corpo para
frente apoiando os antebraços sob os joelhos, Ponyta o observou preocupada
sentindo uma energia acumular em seu chifre.
Hop virou-se
para ele cruzando os pés sob o banco, o fitou preocupado, não gostava de ver o
amigo assim e sabia como Wally ficava vulnerável nesses momentos, respirou e
inspirou enquanto escolhia as palavras certas.
“Calma, nós
vamos pensar num jeito, você já tentou falar com ela o que está sentindo?” Hop
perguntou colocando a mão sob o ombro do amigo que o olhou com os olhos
arregalados.
“Claro que
não! Quando ela me tirou da escola, não perguntou o que eu queria e nem me
escutou naquela época! Faz 3 anos que não faço nada, os meus amigos todos da
escola são treinadores, coordenadores, pesquisadores e nenhum deles sequer
mandou uma mensagem por eu ter ficado simplesmente parado! Nem do contest daqui
eu consegui participar!” O garoto fechou os olhos deixando as palavras rasgarem
sua garganta, ponyta o observou assustada com seu chifre reluzindo faiscando em
púrpura.
“Wally, as
coisas não precisam ser assim, você precisa pensar com calma!” O galariano
suavizou a expressão enquanto passeou a mão do ombro de Wally até chegar nas
mãos dele e as segurar, porém o garoto de Verdanturf fazia força para
permanecer com elas rígidas.
“Eu não
aguento mais ficar parado! Todos os dias sinto minha respiração se alternar,
sonho com o dia em que ela vai se estabelecer pra que finalmente possa fazer
algo, mas ele nunca chega e até lá eu continuo sendo ninguém!” As lágrimas
apareceram no canto do olho.
“Você é alguém
para mim! Você sempre será alguém importante para mim!” Hop falou a ele o
puxando para um abraço desajeitado.
Passou uma mão
pela cintura do amigo e a com a outra o puxou para si, Wally deitou a cabeça
sob o ombro do menino e então afrouxou a força em sua mão com as palavras do
amigo o tirando do transe anterior.
“Lembra de
quando fomos a Mauville ver o contest porque seria a copa Wallace? Como sua mãe
foi contra a ideia desde o princípio alegando que era demais para você, mas
conseguimos que Audino fosse e tínhamos até bombinhas de oxigênio extra” Começou
o garoto evocando a memória.
“Sim...nós até
enganamos a Audino dizendo que iriamos ao banheiro, mas fomos no andar de cima
de Mauville observar o parque e voltamos dizendo que você passou mal! Mas não
lembro como minha mãe deixou que eu fosse...” O garoto sorriu com a lembrança
vendo o menino de cabelos roxos exibir os dentes ao mesmo tempo com a lembrança.
“Nós
insistimos até ela deixar! Wally você costuma esquecer que por mais que goste
das pessoas, elas não vão saber o que você quer se você não falar e mesmo assim,
você ainda vai ter que lutar para sustentar o que quer, as coisas são
complicadas” Hop o aconselhou enquanto a pônei roçava a cabeça em sua barriga
por cima da camisa.
“Acho que tem
razão...mas ainda não sei se consigo...” Wally iria começar, mas foi
interrompido.
“Hey! Vejo que
o pokemon do seu ovo finalmente nasceu!” O menino de Mauville aproximou dos
dois com um sorriso confiante.
Junto dele estava uma garota de cabelos
castanhos a qual Wally desconhecia. Atrás deles a fonte de Roselia jorrava água
dos dois botões de flores concedendo ao lugar uma atmosfera calma.
“Urbain?! O que
você esta fazendo aqui?!” Surpreso pela abordagem, o menino voltou-se para ele
a sua frente e soltando do abraço de Hop.
“Você conhece
ele?!” Hop perguntou lembrando do garoto que o derrotou no contest e assumindo
uma expressão séria.
“Quem são
esses dois?” A menina perguntou também confusa.
“O Wally
conheci numa rota enquanto treinava pro contest e aquele ali eu derrotei na
primeira fase de batalhas” Urbain explicou enquanto erguia o queixo.
“E perdeu logo
a seguir, não esqueça de relembrar” O menino de pele negra complementou fazendo
o outro enrubescer.
“Enfim, Tyla
me desafiou para uma batalha, mas vendo vocês dois aqui, pensei que seria mais
divertido fazer uma batalha em duplas, que tal?” Propôs Urbain com um sorriso
confiante.
“Mas a ponyta
ainda não é oficialmente minha poke-...”
“Nós
aceitamos!” Hop cortou o amigo que o olhou confuso.
“Ótimo, Wally
você será a dupla do Urbain e você vem comigo, vamos logo!” Tyla definiu
passando pelos bancos de cimento e indo em direção ao campo de batalha que
ficava na parte final daquela área.
Wally
voltou-se para o amigo confuso.
“Eu ainda nem
tenho pokebola, como vou lutar?!”.
“O Leon
costuma dizer que a melhor forma de decidir o que fazer é depois de uma
batalha, então vamos lá, vai ser legal, e se o problema é pokebola pode usar
uma minha, só perguntar pra Ponyta se ela quer lutar com você!” Hop explicou se
levantando e colocando a esfera nas mãos do amigo antes de partir para o campo
de batalha.
“Pony-Pooon?!”
A pokemon o olhou sem entender o objeto nas mãos do menino que finalmente
pareceu enxerga-la naquele momento.
“Ponyta...me
desculpe, eu estou tão acostumado com as coisas darem errado, que quando elas
dão certo eu nem sei mais como reagir...e nem me preocupei com o que você
estava sentindo!” Wally constatou para si mesmo fechando a mão sob a pokebola e
voltando seu olhar para ela.
“Pony!” A
pokemon sorriu sentindo o nó energético em seu chifre ficar menor, como se
pudesse finalmente andar diante dos sentimentos do garoto que para ela eram
como ondas energéticas ressoando ao seu redor.
“Você nasceu!
Isso é incrível, esperei por semanas para que acontecesse, você é meu primeiro
pokemon e sempre sonhei com isso na época da escola e nem tive tempo de
apreciar. Obrigada por estar aqui comigo!” O garoto virou-se para ela abrindo
os braços sem saber se ela gostaria.
“Ponyta!” A
pokemon saltou em sua direção e ele passou as mãos pelo corpo da pônei,
sentindo a maciez da sua cauda e o calor do seu corpo.
Foi como um nó
desatando em seu peito, afrouxando até ficar fraco, o que ressoou para Ponyta
em ondas de sentimentos aos quais ela ainda não conseguia compreender, mas que
permitiu com que ela confiasse e se sentisse melhor naquele turbilhão de emoções
aos quais estava exposta.
“O que eles
estão fazendo? Porque ele está demorando tanto?” Tyla perguntou semicerrando os
olhos na direção dos bancos.
“Só dê mais um
tempinho pro Wally” Hop respondeu com um aceno de calma com as mãos.
“Eu gostaria
de me tornar o seu parceiro, se você quiser podemos tentar estrear na nossa
primeira batalha juntos, o que acha?” Perguntou Wally olhando nos olhos da
pokemon.
“Pony Pony
Ponyta!” Relinchou a pokemon animada, tocando na esfera com o chifre e sendo
sugada para o objeto que balançou algumas vezes até brilhar sinalizando a
captura.
“Obrigado,
vamos começar nossa jornada juntos!” Wally disse para ponyta dentro da
pokebola, ainda não sabia como lidaria com a sua mãe e esses pensamentos pairavam
como uma nuvem sob sua cabeça, mas precisava começar por algum lugar.
Levantou-se do
banco e foi em direção ao campo de batalha.
O campo de batalha localizado na extremidade do quintal no centro pokemon de Verdanturf tinha uma arquibancada ao fundo que também servia como definição dos limites do muro de proteção. Wally e Urbain colocaram-se do lado direito próximos de um poste de iluminação desligado enquanto Tyla e Hop estavam do lado opostos, os quatro treinadores se encaravam.
“Bem, vamos
começar! Docinho, é o seu momento de navegar!” Tyla anunciou erguendo uma
pokebola azulada e com um giro atirou a esfera, Wally a fitou confuso, conhecia
aquela frase de algum lugar.
“Tokito, é com
você!” Hop encarou Wally com um sorriso determinado levando o braço para trás e
soltando a esfera em direção ao campo.
“Ímola,
construindo nosso próprio futuro!” Urbain levou a pokebola ao rosto e com um
beijo a destravou libertando sua parceira.
“Vamos
batalhar juntos, Ponyta!” Wally pegou a esfera desajeitado, e jogou o objeto em
direção ao campo.
Os quatro
pokemons foram libertados sob o campo, o Mudkip cumprimentou o pokemon peixe
coração de Tyla que flutuava sobre o solo. Do lado direito, Ímola sorria como
se estivesse sendo fotografada por diferentes flashes enquanto Ponyta mantinha
as quatro patas esticadas encarando seus oponentes a frente, sentindo as ondas
energéticas intensificarem-se.
“Só pra
constar essa é minha primeira batalha, e a propósito, porque não me contou que
o contest de Verdanturf era o seu primeiro?” Wally questionou o menino de
Mauville que arregalou os olhos surpresos.
“Ahrem...bom
pelo menos temos a vantagem de tipo, já que você não tem experiência cuidado
com a ofensiva e me dê suporte, precisamos reduzir a vantagem! Ímola
poisonpowder e combine com Vine Whip!” Erguendo o braço o menino comandou o
primeiro ataque.
Chikorita
sorriu jogando a folha para a direita, e em seguida a girando produzindo uma
névoa roxa brilhante que levantou-se como uma cortina cobrindo boa parte do
campo, Hop focou sua visão a frente, vendo a névoa ser dividida em dois pilares
de fumaça acoplados aos chicotes da pokemon verdejante.
Com um giro
ela disparou duas chicotadas sob o chão que dispersaram o gás envenenado de uma
vez contra os oponentes.
“Prestem
atenção, Docinho responda com Aqua Ring, e você combine algum movimento de água
comigo!” Tyla pediu ao galariano tomando a frente.
“O que?...
tudo bem, Tokito use Water Pulse no Docinho!” Acompanhou o menino.
Encarando o
ataque vindo em sua frente, o pokemon coração emitiu um pulso de aura
capturando a umidade ao seu redor, seus olhos brilharam em azul enquanto o
peixe tecia um véu translúcido dispersando as gotículas de água ao seu redor.
Tokito moldou
uma esfera de água pulsante reunindo água em um vórtice em sua boca e ao
completar o movimento disparou na direção de Luvdisc com a cauda. A esfera
chocou-se com o véu turbinando a potência da água mudando a textura do
movimento.
“Como
treinamos!” Tyla sorriu confiante.

A pokemon
peixe manteve a concentração, e o que antes era um véu agora converteu-se num
escudo de água, as gotículas filtravam as toxinas do movimento de Ímola e
brilhavam em roxo como resposta neutralizando o movimento e dando a docinho um
brilho arroxeado.
“Como pensei,
é a combinação do Wallace! O Water Shield, ela também usou a mesma frase que
ele costumava utilizar para iniciar as batalhas...” O menino de Verdanturf
comentou reconhecendo o movimento.
“Muito legal,
muito bonito isso, mas você perdeu um turno! Não pode ficar só olhando! Ela
trocou o efeito de cura, pra fazer essa combinação...” O loiro chamou atenção
de Wally que enrubesceu ao perceber que não havia comandado.
“Não pode
entregar a batalha, Wally! Tokito use Mud Shot na Ponyta!” Hop comentou
erguendo a mão cerrada em um punho numa ofensiva direta.
“Docinho não
perca tempo, acompanhe o movimento e já prepare o Sweet Kiss!” Tyla respondeu
logo em seguida.
O axolote
iniciou uma corrida em direção a ambos os pokemons, abriu a boca enquanto
disparava uma sequência de disparos de lama contra a unicórnio, ao seu encalço
Ludvisc nadava sobre o ar logo atrás do peixe preparada para o momento.
“Ponyta
use...droga o que seria melhor?...Fairy Wind para bloquear!” O menino comandou
com a voz vacilante.
Sem saber se
sua decisão era a melhor, o menino sentia as palavras de seu comando saírem
indecisasa, o que ressoou para Ponyta em uma onda de sentimentos que a
confundiam em meio a todas as ondas sensoriais que existiam naquela batalha.
Seu chifre
falhou, piscando e apagando, até que
ela mantivesse mais concentração e reunisse energia em torno de si, encantando
as correntes de ar ao redor, o unicórnio criou uma ventania brilhante, com
dificuldade e mantendo suas quatro patas sob o solo, lançou o vento mágico
contra os torpedos de lama.
Os golpes
colidiram causando um pulso de vento ao redor, entretanto, alguns torpedos
passaram pelo movimento acertando o pônei que recuou sofrendo alguns danos.
Tokito saltou e por trás dele Luvdisc preparava seu movimento.
“PONYTA!” Gritou o menino vendo sua parceira vulnerável.
“É covardia
atacar quem não pode se defender! Vine Whip Ímola e o gire no ar!” Urbain
comentou com um sorriso.
Antes que
Docinho pudesse concluir seu movimento, Ímola fez crescer os botões em seu
pescoço fazendo surgir seus chicotes, movendo a cabeça para frente ela laçou o
pokemon coração e o levou ao ar girando-o e o desconcentrando no processo.
“Luuuuv!”
Gritou o pokemon sentindo as dores com o aperto.
“Não acredito,
livre-se daí agora!” A garota pediu incomodada com a situação.
“Wally!”
Urbain chamou.
“Ponyta, C-Confusion!” Wally comandou com mais certeza.
Ponyta sacudiu
a cabeça, seu pelo agora manchado de marrom devido ao movimento, ela manteve
novamente as quatro patas fixas no chão. O comando de seu treinador fora mais
certeiro, mas a energia ao redor ainda lhe desconcentrava causando um incomodo
na ponta do chifre.
Ainda assim,
ela fez com que este brilhasse em um tom purpura e disparasse um feixe psíquico
reluzente acertando Luvdisc e a arrancando alguns gritos, ao ver seu comando
dar certo, Wally sentiu algo mudar dentro de si.
“Isso foi
incrível Ponyta!” Wally sorriu para a psíquica que retribuiu o gesto.
“Não comemorem tão cedo! Tokito Rock Throw e liberte o Docinho!” O galariano pediu aproveitando a oportunidade.
“Ponyta
proteja a Imola com Tackle!” Interveio o menino de cabelos verdes.
Tokito raspou
a cauda no solo reunindo um punhado de poeira e o atirou para cima, a poeira
logo imbuiu-se com o poder do axolote tornando-se numa rocha do tamanho do
aquático, com um salto e uma pirueta ele atirou a pedra contra Imola que
arregalou os olhos.
Enquanto a
pedra percorria seu caminho Ponyta galopou e se lançou na direção da parceira
de batalha acertando o movimento e o atirando contra a extremidade lateral do
campo.
“Docinho,
aproveite a abertura, use Draining kiss e se solte!” Vendo uma possibilidade, Tyla se aproveitou.
“Poderia ter
sido mais gracioso, mas obrigado, Imola modo Synthesis!” Urbain estalou os
dedos.
Luvdisc
brilhou em um tom rosa, a pokemon uniu os lábios como se desse beijos no ar disparando
uma sequência de corações brilhantes. Estes caminharam até Imola acertando a
pokemon que afroxou o aperto nas vinhas permitindo a pokemon escapar
“Droga,
mantenha o Synthesis Ímola!”.
“Vamos comigo,
Tyla! Tokito use tudo o que você tem num Water pulse direto no chão!” Hop
comentou erguendo a mão.
“É bom que isso dê certo, combine o seu Water Pulse com o dele!” Tyla girou fazendo um movimento de ondas com o braço.
Com seus chicotes de grama para cima, a pokemon reluziu em dourado curando-se e espalhando a energia pelas extensões dos seus botões. Os chicotes brilharam em um tom intenso mostrando o poder da pokemon.
Tokito saltou
unindo-se a Luvdisc no ar, ambos reuniram gotículas de água presentes no ar
formando duas esferas de água, o Mudkip disparou a sua contra o chão criando
uma onda d’água em direção aos dois pokemons enquanto Luvdisc disparou a sua
dentro do movimento. O pulso de água encheu ainda mais o movimento em uma
torrente de água.
"Não era bem isso que eu tinha em mente...mas tudo bem!" Hop comentou decepcionado ao ver o resultado do golpe.
“Estamos
encurralados! Use Razor Leaf e desfaça esse movimento!” O coordenador de
Mauville apontou o indicador.
A chikorita
recolheu seus chicotes e com eles a energia restante do Synthesis que circulava
por seu corpo. Sentindo o poder da energia restante do golpe, sua folha reluziu
em um tom cintilante de verde quando a pokemon verdejante abriu a boca criando
uma esfera luminosa composta de energia natural.
“É energy
ball...construímos um novo movimento...!”
Com um giro
ela atirou o movimento contra a torrente d’água, o ataque se chocou contra o
liquido resultando em uma explosão com uma nuvem de fumaça fina que logo foi
afastada pela água que continuava seu caminho.
“Ponyta use
Confusion e desfaça o movimento!” Pediu o menino tomando a frente do combate.
Ficando à
frente de Imola, Ponyta baixou sua cabeça enquanto seu chifre reluzia e emanava
ondas psíquicas, a pokemon buscou envolver toda a torrente com seu poder para
controla-la, mas era difícil.
Mantendo as
quatro patas rígidas no chão, por mais que tentasse, a pônei não conseguia
lidar com o movimento inteiro, era como tentar rasgar um tecido espesso.
“É demais para
ela!” Urbain constatou virando-se para Wally, o garoto apenas observava sem
saber o que fazer.
Sem conseguir
suportar, a água voltou a se mover e uma enxurrada acertou a unicórnio que foi
arrastada até a extremidade do campo inconsciente, enquanto gotículas de água
choviam pelo campo após a colisão.
“PONYTA!”
Gritou o menino indo até a parceira.
“Um já foi,
agora Ludvisc aproveite a chuva artificial e vá em direção a Imola!” A garota
indicou o caminho.
“Droga, Imola
use Vine Whip e salte!” Antecipou o garoto.
Wally
agachou-se acolhendo a unicórnio com os braços e molhando suas roupas no
processo, algumas lágrimas surgiram em seu olho, a unicórnio o fitou triste.
“Você me ouviu
mesmo diante dessa confusão...obrigado” Wally comentou e os dois voltaram-se
para acompanhar a batalha.
Tyla acompanhou enquanto Luvdisc flutuava pelo ar, porém ao entrar em contato com as gotículas que caiam semelhante a uma chuva, a peixe ganhou ainda mais velocidade indo em direção a oponente, no entanto, Ímola exibiu seus chicotes e com um golpe rápido lançou-se ao ar.
“Bem onde eu
queria, Urbain! Supersonic!” O garoto de cabelos roxos comentou sorrindo o que
irritou Urbain.
“E-Energy
Ball!” Gritou tentando uma defesa.
Tokito abriu a
boca começando a gritar com as ondas sonoras alaranjadas projetando-se até
Imola e a deixando desorientada, lembrava do comando do treinador, mas ao mesmo
tempo parecia muito distante em sua memória.
“Vamos
finalizar Docinho combine Water Pulse e Aqua Ring!” Tyla comandou erguendo os
dois braços e os cruzando.
Luvdisc que
ainda nadava em velocidade devido a chuva, brilhou os olhos em azul reunindo as
gotas ao seu redor, desfazendo seu formato e criando um anel translúcido.
Abrindo a boca ela fez o anel ir em direção a chikorita.
Em seguida, a
pokemon criou uma esfera de água pulsante reunindo a umidade ao seu redor, e
com um giro disparou o movimento, incorporando a energia e criando um anel
d´água que prendeu Imola e a atirou contra o chão.
"Aquele foi o Anel tornado! O Wallace usou na última batalha contra a Fantina!" Wally reconheceu novamente o movimento.
“CHIKOOO!” A
pokemon gritou presa pelo movimento.
“Finalize agora
com Rock Throw!” O galariano pediu confiante.
Mudkip raspou
a cauda no chão num movimento semelhante ao de break, e com uma cambalhota
soltou um punhado de terra acima de si, a poeira deu vida a uma rocha brilhante
e envolvida por uma luz alaranjada. Animado, o pokemon saltou e acertou com
força o ataque que rumou na direção da oponente.
Sem poder se
mexer, Imola foi acertada pela rocha que levantou uma nuvem de poeira e atirou
a pokemon aos pés de Urbain inconsciente, dando a vitória para o lado esquerdo.
“Conseguimos
Tokito, nós vencemos, você é o melhor!” Hop comemorou agachando-se e erguendo
as mãos para o pokemon que correu até ele.
“Ao menos
conseguimos uma vitória, agora é ir pra Mauville em busca do próximo contest!”
Tyla disse enquanto retornava seu parceiro.
“Vocês tiveram
sorte por eu não ter um parceiro decente comigo! Num contest de verdade vocês
verão a diferença!” Urbain retornou sua parceira e virou-se para Wally que se
levantava com Ponyta em seu colo.
“Desculpe,
Urbain, eu não queria ter te feito perder” O garoto disse baixando a cabeça.
“Pony...” A
unicórnio também estava triste com a derrota.
“Argh...foi
sua primeira batalha, então eu posso relevar, agora me dá licença que eu vou pro
meu quarto!” Passando pela fonte o garoto seguiu reto em direção ao centro
pokemon.
“Vou recuperar
a Luvdisc e já vou também, espero que estejam no próximo contest para que eu
possa derrota-los!” A garota despediu-se em seguida.
-pare a música se estiver ouvindo-
Fazendo
carinho no queixo de Tokito que estava em seu ombro, Hop aproximou-se do amigo,
colocando as mãos para trás da cabeça e abrindo um sorriso travesso ao qual
Wally conhecia bem.
“Nossa
primeira batalha juntos! E eu venci! Não é Tokito?” Provocou o garoto.
“Mud Mud
Mudkip!” Concordou o pokemon.
“Claro, além
de ser a minha primeira vez, você tem um irmão que é campeão!” Retrucou o outro
também abrindo um sorriso.
“Pony
Pony-Ponyta!” Entristeceu-se a pokemon que foi consolada pelo garoto.
“Só fala isso
quem está procurando desculpas...seu olhar esta diferente, esta se sentindo
melhor?” Perguntou o galariano.
“Eu...estive
acostumado a observar de longe, e demorei a entender que estava fazendo parte
dela, mas senti algo diferente enquanto comandava Ponyta e pensava em como eu
podia realmente mudar os rumos da batalha com minhas decisões...eu...eu acho
que já sei o que vou fazer! Vou falar com a minha mãe!” Wally concluiu sentindo
uma brisa o saudar cumprimentando seu cabelo e fitando Hop nos olhos enquanto
acariciava a crina de Ponyta.
“Fico feliz
que tenha voltado ao normal, da próxima vez que lutarmos vai ser em um contest
pokemon! Mas antes é melhor levarmos o Tokito e a Ponyta no centro pokemon, que
tal comermos na lanchonete enquanto esperamos?” Perguntou o menino de pele escura.
“Não é muito
caro as coisas ai no centro pokemon?” Rebateu o de cabelos verdes.
“Se você e eu
pedirmos um salgado cada eu consigo pagar!” Hop informou contando as moedas do
seu bolso enquanto o outro sorria.
Bem longe
dali, perpassando a área oceânica da região de Hoenn chegando mais precisamente
na rota 131, o mar era mais violento com correntes poderosas capazes de
arrastar embarcações despreparados, ficava localizado a cidade pacific log. Uma
cidade marítima conhecida por sua atividade pesqueira e atividade comercial em
parceria com Slateport City, no entanto, o foco não era ali.
Indo um pouco
mais ao norte, chegaria em uma área com zonas profundas, nadar ali sem pokemons
experientes era quase impossível, pois o caminho era fechado com pedras que
traçavam um caminho até uma caverna.
Do outro lado
da caverna, em terra firme, estaria diante do Sky Pillar, uma grande torre que
não era só um monumento, mas também o lar de um povo tão antigo quanto as
lendas da região, os Draconids.
A torre era feita de um pedregulho com uma textura marcante e um tom acinzentado, mas
ao olhar para cima era como se flutuasse em direção ao céu, rasgando as nuvens
e senão fosse o topo da construção em formato de triângulo era quase como senão
tivesse fim.
No topo da
construção, uma garota dava o último passo com o pé direto no fim da escadaria
acompanhada por um dragão azulado com asas em um tom vermelho sangue. O altar
de pedra era o pico mais alto de toda a região de Hoenn, a garota prostrou-se
diante dele colocando uma pedra multicolorida como oferenda.
Em seu pescoço,
ela usava um colar feito de um material semelhante a escamas de dragões que
reluziam com a luz do sol, o pingente era formato por um orbe vermelho com duas
cabeças em formato dracônico.
Unindo as duas
mãos e fechando os olhos, a pedra a sua frente passou a irradiar energia. De olhos
fechados, a garota sentiu seu corpo sendo preenchido pela energia, conseguindo
enxergar o fluxo, mas desejava ir além dele e então tudo em sua visão escureceu,
restando apenas ela e seu pokemon Salamence.
“Zinnia!
Finalmente respondeu, estamos com problemas!” Uma voz etera chamou dando vida a
estrelas na projeção dentro da mente da garota.
“Latios me
contou, Jirachi está tentando recrutar outros, ele perdeu o contato com uma
nova escolhida em Verdanturf e falhamos com os outros dois, precisamos agir e
contornar, falhar novamente é arriscado demais!” A garota respondeu com sua
capa esvoaçando por trás de si.
“Ouvi dizer que o eletrizante está despertando! Temos que encontra-los!” Salamence, o dragão, comentou.
“Ficaremos de
olho! Jirachi pensou que poderia proteger Groudoun e Kyogre para sempre, mas
ela é limitada ao fluxo, vamos continuar atrás de um jeito de quebra-lo! E
justamente por isso, preciso que vá até a Meteor Falls e não demore!” A voz
tornou a repetir enquanto as estrelas se acendiam.
“O caso de
Verdanturf está recente e próximo do eletrizante, e se...usássemos os
escolhidos para nos levar até os amaldiçoados?” Zinnia perguntou com uma
esperança de sua sugestão ser atendida.
“Nem pensar! Enquanto tivermos você e draco
estaremos em vantagem, mande Latios e Latias lidarem com isso e garantir que
esse ocorrido suma, afinal é culpa deles, não podemos correr o risco e deixar
que hoenn tenha tantos escolhidos por ai!” A voz ecoou autoritária e a garota
apenas assentiu.
me deixaram sonhar com a prisão do wally pelo machismo com a audino
ResponderExcluireu amei realmente esse capitulo, acho que ele ficou muito agradável e visual, me conectei bastante com os personagens aqui e acho que a batalha realmente condensou tudo isso, não acredito que vou falar disso mas o Leon disse algo certo para o Hop sobre batalhas ajudarem a tomar decisões, acho que ela foi fundamental aqui além de ter ficado bem divertido ver os 4 se enfrentando, 4 coordenadores ou 3 e meio já que o wally ainda não debutou
adorei o segmento na delegacia a ponyta nasceu já depondo e isso diz muito sobre a sua historia KKKK eu amo esse universo com todas as minhas forças, e teremos steven envolvido nisso que delicia, será que ele é um escolhido também ou um amaldiçoadoh? eu falando sem nem saber o que são as duas coisas, mas assumi que o wally é um escolhido bem como zinnia, porque o salamence dela fala e a audino também, então ele deve conseguir atingir a forma mega que não é mega, ai quero sentir o fluxooo, e do que será que jirachi está protegendo groudon e kyogre? se a voz que falou com zinnia era rayquaza, será que rayquaza é uma piranha aqui? será que tem varios deoxys e eles são os amaldiçoados? a nova escolhida que perdeu o contato deve ser audino ner, quem serão os outros dois, será que são brendan e may? ou será que liza está envolvida, queremos uma ribombee enxergando o fluxo
o colar da zinnia sendo o regidrago será que é só um pingente mesmo ou é o próprio bicho? tipo a encantrix de ben 10 que tinha as pedrinhas tipo talismãs ou totens e elas cresciam com magiah, bem fiquei curioso com essa parte toda do plot mas vou me focar mais no desenvolvimento pessoal do wally que achei lindinho e é o capitulo que mais gosto com ele, a conversa com o hop foi um momento gay e mágico, acho que o hop deu conselhos sólidos e perfeitos e até bem inspiradores, sobre lembrar que ele precisa falar o que quer e ainda assim vai ter que lutar, me marcou bastante ler isso e acho que vou ficar pensando um pouco a respeito tbm sobre como isso impacta o wally, esse capitulo marca um momento de tomada de decisão depois do wally flertar com possibilidades - tyla haru se controle - do que ele pode vir a ser, e acho que finalmente ele está disposto a lutar por isso, mas como será que a audino está? porque wally levou um tempo para perceber isso, bastante até considerando os anos que se passaram e audino nessa posição, estou curioso para ver os coordenadores sofrendo nos próximos capitulos
amei tyla haru ela encaixou como uma luva nessa historia, as imagens que usou dela são tão você que eu acho que esse momento estava destinado a acontecer, DOCINHO É MALUCA, ela copiando as combinações todas do wallace koharu vc é nojenta, mas se bem que é interessante ne ela é uma iniciante tbm a principio e é um jeito de aprender, tentar replicar, a surra em tokito que é afeminada
adorei imola e seu energy ball, AMO O MODO SYNTHESIS, e imaginei ela soltando umas folhas douradas agora, meu deus como pode chikorita ser tão diva e mulher? eu amo ela, estou curioso também se PONYTA terá um apelido já que apelidos são para gays e os coordenadores todos são gays por requisito
e por falar em ponyta eu gostei muito de como descreveu seu confusion e como narrou a batalha também de um certo jeito que parecia conectar com os povs de cada um dos envolvidos pokemon, foi uma das mais legais que já li e amei as combinações, como pode contests serem tão superiores a tudo? ficou mesmo muito divertido e amei a escolha musical do capitulo todo mas vou te dar um tapao porque a musica do wally decidindo falar com a mae tem 5 minutos e a cena nao dura nem 1 minuto sua rapariga eu queria ouvir a musica toda -chora-
mas amei mesmo a trilha aqui e acho que marcou como um dos capitulos mais divertidos e recheados da sua história, quero o fim das roselia e a redução do preço dos salgados nos centros pokemon de hoenn, e A ISABEL É UMA VADIA
amei