Notas iniciais: Wally finalmente decide enfrentar sua mãe após obter a confiança que precisava, do outro lado da região Liza parece estar enfrentando problemas relacionados a sua forma de ver o mundo.
Capítulo 6: Você
Parece Confusa.
Ao adentrar a
cozinha da casa de Wally nesse momento, era possível ver sua mãe de costas,
enquanto um barulho de fritura se fazia presente pelo local. Haviam armários
logo ao lado pendurados a parede como se fossem uma peça de um jogo de tetris,
eles guardavam panelas, depósitos e outros utensílios.
Abaixo dos
armários, um suporte com colheres de diferentes materiais e espessuras estavam
dispostas. No entanto, havia uma espátula faltando, espátula essa que Isabel
agora utilizava para virar o pão sob a frigideira, sua expressão parecia
agitada ao manusear o utensílio, com um crepitar soando pelo cômodo o outro
lado do alimento começava a dourar.
Ela foi em
direção aos armários, colocando a espátula sob a pia e pegando uma outra colher
num movimento brusco. Audino observava tudo da sala, seus olhos não se
importavam em acompanhar os movimentos dela, pois sabia que a mulher costumava
fazer o mesmo lanche todas as tardes e portanto, seria o momento ideal para
falar.
Sentia seu
peito subir e descer conforme a chegada do momento em que as ações que
planejara em sua mente se tornariam reais. Ameaçava dar o primeiro passo com
sua perna esquerda e, quando o fizesse, teria de ir até o final.
Com passos
tímidos, avançando apenas um pouco, ganhando mais confiança e caminhando até a
entrada da cozinha, ela passou pela mesa redonda e adentrou a cozinha ficando
ao lado da geladeira decorada com diversos imãs de padrões florais.
“Isabel...nós
precisamos conversar!” Ela chamou pela mulher que não deu muita importância a
sua presença ali, continuando de costas, ela foi até a bancada próxima a pia
pegando os ingredientes para o seu lanche.
“Você achou o
Wally?” Perguntou ela enquanto passava uma espátula sob um creme de oran berry
recolhendo um pouco do conteúdo e passando sob o pão.
Ouvir o nome
do garoto naquela situação fez a pokemon enjirecer a expressão, seu peito
estabilizou e mantendo o olhar ereto para as costas de Isabel, continuou:
“Não, é sobre
mim. Eu vim dizer que estou fora! Irei embora amanhã de manhã, eu já...” Audino
começou, mantendo-se ao lado do eletrodoméstico, o cômodo mergulhou em um
silêncio marcado apenas pelo barulho do motor da geladeira e da fritura do
fogão.
“Como assim?!
Você não pode! Eu tenho um contrato com o instituto médico e você deve
cumpri-lo!” Isabel girou a boca do fogão com um movimento brusco e a chama se
apagou com um som oco.
“De fato, mas
as cláusulas do contrato são claras quanto a tratamentos com risco moderado,
como é o caso do Wally agora, trocas das profissionais podem acontecer desde
que comunicadas com um dia útil de antecedência!” Audino concluiu e viu os
olhos de Isabel saltarem do rosto quando ela lhe encarou incrédula.
“O que está
fazendo Audino?! Você não pode me deixar, você não pode deixar o Wally!” A
mulher gritou contraindo os dedos das mãos e apontando ao peito, a atitude
formou um nó na garganta da pokemon rosa.
“Wally já sabe
se virar muito bem sozinho, ele deixou isso bem claro e acho que para mim é
hora de procurar novas coisas” Ela virou-se buscando evitar qualquer tipo de
discussão.
“Coisas
novas?! O que você quer dizer com isso? Você só está assim porque agora pode
falar, antes disso acontecer com você tudo estava ótimo! Não pode esperar que
todas as possibilidades do mundo vão se abrir, você ainda é só um pokemon!”
Isabel disparou e a pokemon interrompeu sua caminhada.
“Estava tudo
ótimo?! Eu sempre falei, a diferença é que agora você é obrigada a me entender!
Eu sempre tentei o meu máximo para agradar, para te ajudar, eu vi seu
sofrimento por conta do Wally e me esforcei pra dar o melhor com o que estudei,
mas desde então e principalmente agora eu entendo que você nunca quis me
enxergar!” Audino virou-se para ela com as palavras saindo entredentes.
“O que você
queria que eu fizesse por você?! Eu paguei para ter você aqui, trabalhei horas
e horas na loja pra poder custear até que finalmente conseguíssemos apoio para
o tratamento, que ainda não deu resultado! Wally continua doente!” O julgamento
presente nas palavras da mulher vinha com mais gordura que a fritura feita por
ela, impregnando os ouvidos de Audino.
“E desde
quando isso é minha culpa?! Você precisa acordar e ajudar o Wally a conviver
com isso e não rejeitar cada parte dele! Ele consegue viver, contanto que você
o deixe! Mas infelizmente estou cansada de ficar em um lugar que quer que eu
viva suprimindo uma parte de mim!” A pokemon virou-se novamente para ir até a
sala, porém levantou o olhar surpresa ao ver o garoto ali acabando de chegar a
cozinha.
“W-Wally! Onde
você estava?! Como pôde fazer isso, eu fiquei morrendo de preocupação! Você
estará de castigo!” Isabel perguntou, a voz num misto de alívio, irritação e
indecisão sobre o que fazer, o garoto detestava a ideia de desafiar sua mãe,
mas reuniu coragem.
“Me desculpe,
mãe! Mas preciso que me escute e que me entenda, eu quero sair numa jornada
pokemon!” Wally falou de uma só vez, sentindo como se tivesse tirado o band-aid
de uma ferida.
Em um novo
instante, a cozinha voltou a estar mergulhada em silêncio. Os pisos brancos no
chão observavam os pisos em tom creme que compunham as paredes esperando por
uma resposta, a mãe do garoto sentiu o espaço ficar cada vez menor ali, como se
os móveis a pressionassem a falar o que não queria.
“Wally,
querido, eu entendo que você queira uma jornada, mas isso não é possível
agora...o tratamento ainda não está finalizado...” Começou, mas o garoto a
fitou com um olhar diferente do que ela já vira, a deixando surpresa.
“Eu sei, o tratamento não está completo...mas eu já estou melhor! Não estou 100%, mas eu estou bem melhor do que já estive há 3 anos! Consigo fazer caminhadas, sobrevivi a dois ataques de coisas desconhecidas e tenho as bombinhas de ar!” O menino respondeu enquanto sua mão apertava o tecido do sobretudo que usava.
“Há 3 anos,
você me tirou da escola e não me deixou voltar quando melhorei, e eu estou
cansado! Estou cansado de ter perdido meus amigos, de ficar vendo contests
apenas pela televisão, de não ter histórias para contar como o Hop...eu
capturei a Ponyta, eu tive uma batalha e eu me senti...diferente!” Wally
comentou e a fitou nos olhos, num misto de determinação e súplica de que ela
entendesse.
“Wally eu
entendo você e meu maior desejo é que você faça tudo isso, filho, mas não posso
permitir! Você não sabe o sacrífico que fiz para que você ficasse bem! O quanto
foi assustador quase perder você e imaginar que algo poderia te acontecer lá em
Rubstoro e eu não estaria perto de você...Eu...” As lágrimas surgiam pelo canto
dos olhos conforme ela tentava conter a emoção.
Observando a
situação de longe, a pokemon sabia que não deveria ter se compadecido, mas se
compadeceu. Lembrara das crises de respiração em que os batimentos de Wally
ficavam no limite e Isabel chorava noite após noite durante a internação.
As recordações
do início do tratamento também voltavam a Audino, o menino chorando encolhido
com medo da nebulização, dos acessos nas veias para a medicação e a espera de
uma melhora nos diagnósticos.
“Eu vou junto
com ele” Audino interrompeu e ambos a fitaram surpresa como se tivessem
esquecido que ela estivera ali.
“Também quero
ir em uma jornada para entender melhor quem ou o que eu sou agora...e posso
manter o tratamento do Wally vivo com meus poderes estando mais fortes” Explicou
a pokemon.
“Mas e se algo
atacar vocês dois?!” Isabel perguntou por fim, ainda limpando as lágrimas com
as costas das mãos.
“Eu trouxe ele
vivo das duas vezes em que aconteceu, acho que posso conseguir de novo” Brincou
a pokemon normal, buscou o olhar do menino, mas este não a olhou de volta
concentrado na reação de sua mãe.
“Eu ainda sou
totalmente contra essa ideia, mas acho... que podemos fazer um experimento e
você pode ir na sua jornada até Mauville pro próximo contest” Isabel confirmou
e o menino abriu um sorriso.
“Como você
sabe que teria um contest em Mauville?” O garoto de cabelos verdes perguntou.
“Passou um
anúncio na televisão na hora da novela” A mulher sorriu indo em direção ao
filho, passando os braços pelo seu ombro e o puxando para um abraço.
“Mas ao chegar
em Mauville você terá que procurar uma clínica e fazer um check-up!” Alertou a
mãe.
“Tudo bem!”
Sorriu o garoto.
Entretanto,
Audino apenas observou a cena, o nó em seu peito voltou a se instaurar e ela
observou a própria mão, será que havia feito a escolha certa?
Em mossdeep
city, o sol começava a esconder-se por trás de um grande edifício. O prédio
ficava localizado no ponto mais alto da ilha e sua sombra caia por sobre a
cidade, em contraste com as pequenas casas dos pescadores e coletores de frutas
daquela porção de terra.
Contando com
mais de 7 andares lotados de cientistas olhando o tempo todo para as estrelas.
O prédio era construído com vidros espelhados que estabilizavam a luz em um tom
verde-oceano, no entorno da construção havia uma área de vivência que quase
podia ser confundida com um parque.
Onde as árvores e arbustos estavam
distribuídos através de uma praça onde um letreiro com cada letra tendo o
tamanho aproximado de uma pessoa formava: SPACE CENTER.
Se subisse
pela escadaria de concreto que levava ao parque de frente, contemplaria as gigantescas
bases construídas com vigas avermelhadas de aço comportando protótipos de naves
sendo desenvolvidas para explorar o espaço. As naves se erguiam tão alto que
faziam o prédio parecer pequeno perto das invenções.
Iniciando a
descida pelos degraus que levavam a estrada de volta para a cidade, o
pesquisador chefe Brandy Almeida, despido de seu jaleco, utilizava uma camisa e
calça social, junto de um sapato que fazia parte do mesmo conjunto. Andava
apressado e seus olhos focavam a sua frente, como se fizessem força para
permanecer focado.
“Não acredito
que vai embora! E em uma excursão na Meteor Falls? Você não sabe o quanto esse
local é importante para a história de Hoenn!” Liza o seguia com passos firmes
sob a grama, mantinha suas sobrancelhas arqueadas enquanto o questionava.
Parando no
terceiro degrau, o homem suspirou juntando o indicador e o polegar sob a testa,
virando-se enxergou as árvores balançando atrás da filha e então iniciou
tentando manter a voz num tom agradável.
“Liza, nós já
conversamos sobre isso, é uma leitura de energia jamais vista antes, pode ser o
que precisamos para continuar nossa pesquisa no espaço!”.
“Os livros que
li do Góduel falam sobre como aquele lugar é importante...nós já estamos
dificultando a vida das pessoas daqui da ilha, não quero que faça mal a outro
lugar também!” Liza começou a falar, mas ao encarar os olhos do pai, suas
palavras pareciam perder o poder que tinham dentro da sua cabeça.
“Como assim
fazer mal? Liza, nossa pesquisa é importante! E toda pesquisa de uma forma ou
de outra, pode acabar em perdas, mas acredite filha a vida dessas pessoas mudou
desde que o Space Center foi fundado!” Brandy explicou ainda no terceiro degrau
da escada, atrás dele era possível ver a pequena estrada de terra que levava a
cidade de Mossdeep.
“Se ela
tivesse gasto mais tempo...se dedicando ao curso de Pesquisa Científica do
Space Center ela entenderia...os motivos das nossas pesquisas, mas ela prefere...ficar
perambulando pela cidade quando não temos lutas!” Tate contou em pausas
enquanto mantinha as mãos sobre os joelhos flexionados devido a corrida para
alcançar os dois.
“Isso é
verdade, Liza?!” Seu pai a questionou e os olhos da garota alternavam do irmão
para o homem.
“Não é sobre
i-isso que eu estou falando aqui!” A garota insistiu.
“Isso é
verdade, Liza?!” O tom de voz foi mais severo e ela deixou de encarar o irmão
voltando-se apenas para o pai.
“Eu...eu tenho
me dedicado ao ginásio sim, mas...não tenho ido as aulas com frequência”
Confessou a garota sentindo como se todos os argumentos de outrora não fossem
mais o bastante diante dessa falha.
Olhando para o
pai, a menina viu seu olhar a encarando com mais profundidade e sua expressão
enrijecendo, a mão apertou a alça da bolsa que usava e de repente o parque não
tinha mais uma atmosfera tão agradável quanto outrora. Liza sentia como se
fosse uma criança que fez xixi nas calças e todos podiam ver e comentar, pois
não teria como desmentir.
“Liza, estou
decepcionado com você! Você e Tate sabem muito bem como as coisas funcionam,
podem ser os líderes de ginásio para sustentar nossa parceria com a liga
pokemon, mas é dever DOS DOIS estudar para no futuro manterem o space center
com nossa linhagem de pesquisadores! Vocês são treinadores e pesquisadores,
quando eu voltar da , se você não tiver feito pelo menos metade dos módulos de
pesquisa iremos montar um cronograma focado apenas no space center e batalhas
serão apenas quando necessário!” O pesquisador comentou com o tom de voz firme.
“M-Mas semana
que vem é a classificação dos ginásios de Hoenn! Você prometeu que assistiria
dessa vez!” Liza comentou por último dando um passo para a frente, sua voz
ficara mais fina e as palavras saiam apressadas.
“Pelo que Tate
me contou da última classificação e com esse seu desempenho no space center,
por qual motivo eu teria pra ver essas batalhas?! Agora já chega! Eu estou de
saída e você volte para a academia! Tate continue com o bom resultado, quando
voltar iremos começar a sua iniciação científica!” O pai deu as costas indo em
direção a um carro que Liza nem se dera conta que estava ali, o motorista
trajando um sobretudo preto abriu a porta e o homem adentrou o veículo.
“Espero que
você finalmente crie algum senso de responsabilidade, já passou da hora de
brincar, Liza, precisamos ajudar!” O irmão comentou vendo o carro sumir na
estrada de terra, um vento forte carregado com o cheiro do mar soprou sobre os
irmãos fazendo os cabelos de liza balançarem enquanto ela encarava a sombra do
veículo desaparecendo.
“E-Eu acho que
vou até a praia!” Liza comentou observando as nuvens no horizonte da estrada de
terra, ela não conseguia mais ver o pai, mas suas palavras ainda permaneciam
ali.
“O que?! Mas e
os estudos?!” Questionou o menino, mas a garota não ligou começando a descer a
escada.
Ele a acompanhou virar à esquerda e tomar o caminho que levava a pequena praia na costa da montanha ao qual era construído o complexo do Space Center. Normalmente, Tate deixava Liza ter suas crises, mas estava cansado daquilo e hoje seria diferente: iria atrás dela.
Seguindo pelo
caminho onde a terra arenosa e avermelhada se encontrava com um montante de
areia do mar. Os dois tipos de solo se misturavam em uma descida na estrada que
levava a praia, Liza respirou fundo sentindo a maresia entrar, com a esperança
de que trouxesse de volta sua empolgação.
A pequena
faixa de terra se prolongava em uma meia lua, surgindo na encosta do nível mais
baixo da formação rochosa ao qual o Space Center fora construído. A pequena
praia era cercada por rochas que continham a vinda das águas, estas quebravam
contra as pedras e produziam uma atmosfera particularmente sensacional para a
líder de ginásio.
Aquele
costumava ser o local onde dedicara para si, nos últimos meses esteve
particularmente ocupada em tentar entender mais sobre a ilha onde ela mesma
morava. Já havia estudado livros e mais livros no Space Center, mas um belo dia
ao lutar contra um desafiante que lhe perguntou o que tinha para fazer após a
batalha a garota constatara: não sabia nada sobre o local onde morava.
“E meus meses
tentando descobrir alguma coisa não serviram de nada, não consigo contrair e
sobressair ele...é como se minhas palavras não tivessem força o suficiente”
Confessou para si mesma enquanto escalava uma rocha, sentando sobre ela e
encarando o horizonte.
Ela ouviu
histórias de que era comum ver Wailmer’s e Wailords passando por ali nessa
época do ano, os pokemons baleia costumavam interagir com as pessoas em suas
migrações ou enquanto ensinavam os mais novos sobre a vida marinha. No entanto,
a garota mal conseguia ver um Magikarp dali.
Uma onda
quebrou contra as rochas e os respingos vieram ao seu encontro, erguendo sua
cabeça para cima, fechando os olhos imaginou uma garrafa onde tudo o que estava
sentindo cabia perfeitamente. Mas antes que pudesse atirar sua garrafa
hipotética ao mar, Liza ouviu passos afundando na areia e virou-se.
“Tate?! O que
está fazendo aqui?! Eu quero ficar sozinha!” Protestou a garota ao ver seu
irmão aproximando-se quase como se fosse um invasor.
“Não acha que
está na hora de crescer Liza? Não entendo o que você tem, passa a maior parte
do seu tempo se escondendo nesse lugar, poderia estar fazendo algo muito
melhor!” Tate começou abrindo os braços como se a convidasse a pensar como ele,
a olhando com a cabeça erguida.
“Eu estou
muito bem obrigada, só sinto que tenho mais a oferecer para a cidade conhecendo
ela com meus próprios olhos do que trancada em uma sala repleta de números!”
Liza disparou enquanto apoiava as duas mãos sob a rocha, flexionando o braço
para descer sob o solo novamente.
“Tem sido
insuportável ultimamente! Você falta aulas, você discute com desafiantes, some
de repente e a única coisa que faz é vencer batalhas, alguma vez você já pensou
que só tem tempo para conhecer esse lugar porque alguém está trabalhando por
você?!” Tate apontou para a irmã gêmea, seu senso do que era certo parecia
revestir suas palavras abrindo caminho por entre a faixa de terra.
“Você quer que
eu ajude a destruir sem nem conhecer um pouco do lugar onde nasci?! Estou
tentando descobrir o que eu posso fazer em meio a isso! Além do mais, você sabe
que o ginásio só tem ido bem, pois eu tenho me esforçado o que também mantêm os
recursos vivos!” Ela disparou para o irmão enquanto mantinha-se na mesma
posição, o mar pareceu abrir espaço para ambos permanecendo calmo em meio a
colisão dos dois.
“O que?! Só
você? Então vamos descobrir!” Tate ergueu uma pokebola e apontou contra a irmã
“Além do mais, você fala como se tivéssemos destruído a casa das pessoas, você
sabe que o terreno do space center foi comprado e acordado!”.
“Por mim tudo
bem, você não aceita que eu queira fazer as coisas de um jeito diferente do que
você considera certo!” A menina pegou uma esfera do bolso, preparando-se para o
combate.
Da pokebola do
menino surgiu um pokemon porco psíquico com a cauda enrolada e duas pérolas sob
a sua testa, enquanto sua irmã libertou Starmie que se colocou diante dela
encarando seu oponente e brilhando o núcleo do centro do seu corpo.
“Grumpig vamos
mostrar a ela o que um trabalho realmente constante pode fazer, Psyshock!”
Gritou o menino erguendo o braço para a frente.
“Starmie
responda com Hydro Pump!” Liza contra-atacou com sua voz se erguendo sob a
quebra das ondas atrás de si.
O porco
psíquico remexeu o corpo realizando uma dança enquanto suas pérolas se
iluminavam, sentindo-se carregar com a energia. Conforme pisava sobre a areia, suas pegadas se iluminavam com faíscas psíquicas dando vida a centelhas ao seu redor, em seguida, ele as agrupou e enviou um raio arroxeado.
Raspando
contra a areia e fazendo-a espalhar em torno de si, Starmie girava reunindo
partículas de água em torno de seu corpo formando uma bola de água. Parando seu
movimento ela disparou uma torrente de água em direção ao oponente.
Os dois
movimentos se chocaram, Grumpig embuia energia em seu ataque, mas a potência da
água sobrepujava seus esforços, vencendo a disputa e indo em sua direção para
um golpe direto.
“É como você
funciona, quer o tempo todo ter o ataque mais forte! Grumpig salte agora e use
power gem!” O irmão comentou com franzindo as sobrancelhas e erguendo o braço
acima da linha do ombro.
A água
disparou contra o oponente, mas este utilizou sua cauda em formato de mola
contra o chão atirando-se ao ar. O movimento seguiu acertando o chão e
estourando enquanto levantava um pulso de vento carregado de terra para todos
os lados.
“Droga! Cuidado use Cosmic Power!” Liza levou uma mão ao olho protegendo-o da poeira.
“Mas isso tudo
é apenas uma desculpa para você parecer estar no controle, na primeira
oportunidade só o que sabe fazer é se defender!” O garoto disparou conseguindo
captar o olhar da irmã como se este visse através dela.
No ar, Grumpig
sorriu malicioso enquanto suas pérolas energizavam em um tom de cobre. Erguendo
as mãos ele guiou um conjunto de pedras brilhantes faiscando com seu movimento
e as atirou em cadeia contra a estrela.
A aquática
seguindo o comando de sua treinadora, manteve-se fixa em seu lugar. Seu corpo
brilhou adquirindo tons semelhantes ao de galáxias iluminando uma grande zona
de areia, o movimento fortaleceu suas defesas enquanto as pedras acertavam contra
o seu corpo a empurrando para trás e causando alguns danos.
“Do que você
esta falando?! O Space Center fez bem para as pessoas é óbvio, mas essas
pessoas não são pesquisadoras, essa ilha é uma ilha de pescadores, de coletores
e virou um ponto turístico sem que essas pessoas estivessem preparadas. O custo
de vida tem aumentado e os turistas que veem conhecer sobre o espaço não estão
preocupados com eles! Starmie aproxime-se com Psycho Cut!” Liza ergueu a mão.
“Grumpig dance
para esquivar!”.
Com o núcleo
em seu centro reluzindo em um tom avermelhado, Starmie deixou fluir seu poder
psíquico enquanto girava indo em direção a grumpig. Os braços da estrela reluziram
num tom roxo formando uma faixa de poder ao seu redor.
O porco
observando o aproximar da estrela do mar, ativou o poder de suas pérolas.
Deixando sua energia psíquica aflorar começou a sacudir o corpo com movimentos
desajeitados enquanto mantinha os olhos fixos na estrela.
“Ele vai
tentar controla-la, raspe o movimento contra o chão e o distraia!” Liza pediu.
“Mantenha a
concentração!” O gêmeo respondeu.
Girando em uma
velocidade impressionando a estrela raspou contra o solo, a faixa de poder
psíquico cortava contra o solo causando faíscas e levantava poeira enquanto ela
rodeava o pokemon esperando uma abertura.
Grumpig
continuava sua dança focando na energia que sentia em suas pérolas, ele
observava sua oponente enquanto continuava sacudindo os braços mantendo o
controle sobre seu poder, fazendo Starmie girar ao seu entorno conforme ele
queria.
“Droga, precisamos
reagir, Starmie saia do controle dele e avance de uma vez!” Liza pediu abrindo
a mão.
“Suspenda o
controle e defenda com Charge Beam!” Tate sorriu encarando a líder de ginásio
que arregalou os olhos.
Starmie girou
ainda mais rápido conforme a faixa que a circundava reluziu em um tom purpura
almejando sair do controle do oponente. Ela disparou fazendo força para sair do
controle bem no momento em que Grumpig cessou seu controle. Ele levou as duas
mãos as pérolas em sua cabeça conforme elas eletrificavam.
Criando uma
esfera elétrica entre suas mãos ele a ergueu com os braços para cima, em
defesa, no momento em que a estrela do mar o acertou. Os dois pokemons
disputaram seus movimentos, conforme o porco sorria, seu movimento aumentava o
poder de seu ataque conforme era disparado, e ele descarregou as faíscas pelo
corpo de Starmie que fraquejou.
Uma explosão
logo surgiu atirando um pulso de poder que enviou Starmie contra a parede de
rochas, a pokemon bateu emitindo um estrondo e caiu sob o chão em seguida.
“Starmie!
Levante-se e use Hydro Pump!” Liza pediu correndo em direção a pokemon.
“Encerre com
Charge Beam!” Tate comandou sem desviar o olhar do combate.
As faíscas ainda percorriam o corpo de Starmie, está fez força para levantar, no entanto, Grumpig sentia seu poder de ataque aumentar. As pérolas em sua cabeça deram vida a uma esfera elétrica ao qual ele agarrou na frente de si e logo apontou para frente.
A esfera
tornou-se num feixe elétrico que ao ser disparado aumentou ainda mais o poder
do porco psíquico. O ataque acertou Starmie em cheio e está emitiu um barulho
de dor vindo do núcleo ao sentir as faíscas contra o seu corpo resultando em
uma explosão, atirando areia para todos os lados e fazendo um buraco na areia
onde a pokemon revelou-se inconsciente.
“Você não presta atenção na sua retaguarda porque lutamos juntos e eu estou lá por você, não somos um projeto de caridade e estamos fazendo mais do que um bem para a cidade, estamos fazendo um bem para a região! Descobrimos mais sobre o Rayquaza, estamos obtendo progresso e colocamos Mossdeep com destaque no mapa de hoenn, já viu os registros dessa ilha antes do Space Center? Você pode ser parte disso, Liza, você é parte disso!” A voz do garoto se elevava com o orgulho e apreço que sentia pelo projeto, enquanto Liza abaixada ao lado da pokemon não sabia se gostaria de fazer parte disso.
Cerrando sua
mão sob a areia, a menina retornou sua parceira a agradecendo pelo combate e
tirando outra pokebola do bolso, pressionando seu núcleo e libertando ao seu
lado Gardevoir. O vestido da pokemon esvoaçava ao vento junto dos cabelos da
garota.
“Eu quero
fazer parte do meu próprio jeito! Tudo mudou em mossdeep desde que o Space
Center começou a ter mais prestígio, conversei com os moradores, fiz amigos que
me contaram histórias sobre as plantas que já não existem mais, os pokemons que
estão se afastando, o lixo se acumulando com os turistas e a falta de procura
pelos produtos que eles oferecem, isso não te interessa? Goduel também diz que
deveríamos gastar um tempo olhando para o chão ao invés de apenas para as
estrelas!” Liza comentou levando uma mão ao coração.
“Góduel
escreveu mais livros de ciência do que de contos de fadas por um motivo!
Grumpig Power Gem!” Com o maxilar travado ele comandou de uma vez.
“Gardevoir
Psychic e os atire de volta!” Liza pediu erguendo uma das mãos.
Grumpig
sorria, sua pérola reluzia de poder em um preto intenso devido aos buffs
anteriores. Ele reuniu energia criando rochas iluminadas e faiscantes duas
vezes maiores e com um só movimento disparou todas em cadeia contra a oponente.
Gardevoir abriu os braços e seu vestido esvoaçou, um pulso de poder surgiu e tomou contra da área a sua frente e as pedras todas pararam no ar, com um floreio de suas mãos ela as enviou contra o oponente o acertando em cheio e o jogando aos pés do irmão.
“Deve haver um
jeito de fazer isso, não estou tentando ignorar tudo o que construímos, só
quero...uma forma melhor! Levante Psychic Terrain!” Liza a sua parceira.
Caminhando
alguns passos à frente, seu vestido esvoaçava sob a areia enquanto seus passos
energizavam sobre a terra envolvendo toda a extensão da praia em um terreno
psíquico com nuvens arroxeadas cercando o local.
A água do mar
refletia o brilho do terreno e as rochas ganhavam contornos roxos.
“Você continua
sem pensar muito né?! Aproveite e ataque-a com Psyshock com força total!”
Gritou o irmão.
“Meu desejo é
que cresçamos juntos, se olhamos para o espaço como um futuro, o que podemos
fazer para que o presente também melhore, ensinar a população, aprender com
eles e quem sabe unir nossos costumes?! Gardevoir use Wish e em seguida
controle as rochas para defesa!” Liza pediu olhando no fundo dos olhos dele.
Com o poder
psíquico ainda maior, Grumpig realizou sua dança movendo os braços enquanto
suas pérolas davam vida a faíscas que tornavam-se esferas elétricas de poder
psíquico. Devido ao efeito do terreno elas se uniram em um feixe serpenteante
que disparou com um estrondo contra a fada.
Deixando seu
poder fluir pelo terreno que criou, Gardevoir uniu os braços em oração. O
coração em seu peito reluziu em um tom dourado conforme o desejo que fizera era
lançando aos céus. Em seguida, ergueu seus braços envolvendo as pedras as quais
Liza estava sentada com feixes psíquicos.
Ela moveu os
braços como se desenhasse ondas no ar fazendo com que os minerais levitassem
para defende-la.
O feixe acertou
as pedras as destruindo, o porco psíquico não desistiu e seguiu buscando a
oponente que continuava reunindo mais rochas acima de si. As faíscas reluziam
conforme continuavam explodindo as rochas como se fossem feitas de vidro,
conforme Gardevoir parecia dançar pela areia embuindo as pedras com sua magia.
“Agora
controle os destroços das pedras e atire contra ele!” Liza pensou erguendo a
mão.
Acendendo seus
olhos, a pokemon deixou uma aura roxa encantar as pedras. Ela ergueu seus
braços e as rochas dispararam contra Grumpig como se fossem atraídas até ele
acertando o pokemon em cheio que não teve tempo para reagir ao movimento.
“Não deixe!
Ataque-a com Charge Beam agora!” Tate pediu sem tempo para mover os braços.
“Eu não
deixarei de lutar pelo que eu acredito! Gardevoir com todas as minhas emoções finalize-o
com Expading Force!” Gritou a garota.
Seu vestido esvoaçou
conforme a pokemon abriu os braços e os uniu de uma só vez, no centro do
terreno uma bola de poder começou a se formar como um vórtice sugando as
partículas de poder para aquele único ponto.
Antes que
grumpig pudesse se recuperar, ele próprio fora sugado em direção ao vórtice que
irradiou uma luz arroxeada para em seguida expandir todo o poder acumulado em
um pulso de poder. As ondas psíquicas colidiram umas contra as outras
explodindo em uma nuvem de fumaça com o grito de dor do porco psíquico que caiu
inconsciente.
“Gosto da
forma como você distorce os acontecimentos para que você nunca esteja errada,
mas já que você não me escuta, eu irei fazer com que perceba a diferença!
Solrock use Cosmic Power!” Retornando o pokemon com o braço esquerdo, o líder
de ginásio ergueu a outra pokebola com o direito e libertou seu pokemon
principal.
Conforme o
desejo que Gardevoir fizera caia novamente sobre ela como uma estrela cadente,
a pokemon sentia a energia que gastou voltando de volta a si, Solrock surgiu em
uma luz azulada girando enquanto seu corpo queimava em tons alaranjados
semelhante a um sol, sendo até difícil de olhar diretamente.
“Dê a volta
nela e use Cosmic Power!” Gritou o garoto.
“O terreno vai
ficar ativo por mais três movimentos, precisamos cansa-lo! Não deixe com que se
aproxime e expanda Psychic!” Liza gritou erguendo as mãos.
Levitando e
disparando em direção a oponente, Solrock voltava a reluzir como se fosse um
sol em combustão, os minerais de seu corpo endurecendo e suas defesas físicas e
especiais em mais um estágio.
Com um canto,
Gardevoir abriu os braços e seu vestido voltou a esvoaçar, de seus pés um pulso
de poder roxo surgiu fazendo com que a areia da praia ao seu redor fosse
repelida. O pokemon sol sentiu seu corpo ser controlado pela energia e atirado
para perto de Tate novamente, no entanto, os danos foram reduzidos.
“Agora vamos
começar isso, mergulhe com Flare Blitz!” Tate pediu com a mão aberta.
“Defenda-se
controlando a areia!” Liza pediu inclinando o rosto.
Girando
novamente o pokemon entrou em combustão conforme seu corpo pegava fogo, as
chamas intensificaram indo de um vermelho até um tom azulado ao qual ele
disparou de uma só vez contra a pokemon fada.
Esta manteve
suas mãos na altura da cintura apontando para o chão conforme envolvia a areia
com seus poderes, ao observar o aproximar do oponente, Gardevoir ergueu uma das
mãos como se abrisse uma cortina e levantou uma nuvem de areia que cercou o
oponente.
“Agora
afunde-o com Psychic!” A garota pediu com a voz concentrada.
“Sei muito bem
que quer acabar com essa batalha rápido, mas não é bem assim que as coisas
funcionam! Absorva a areia e use Stone Edge!” Com os dedos contraídos como
garras o menino comandou.
Solrock parou
enquanto era cercado por uma tumba de areia controlada pelo poder psíquico de
Gardevoir, a psíquica tentou finalizar seu movimento, mas o sol foi mais
rápido. Desfazendo suas chamas ele embuiu a poeira ao seu redor com seu poder
moldando sua tumba em pilares de pedra ao redor.
Desfazendo a
combinação da oponente e atirando as pedras contra Gardevoir, esta levou as
mãos ao rosto sendo acertada pelo ataque que a arrancou um grito de dor. A
psíquica foi atirada ao chão com grandes danos, mas movida pelo sentimento de
Liza não iria desistir.
“Não seja
ingrata, lembra que se você tem acesso a esse conhecimento, você deve ao space
center, se você pode ser uma líder de ginásio você deve ao space center e sua
Ralts foi capturada pelo papai através do programa de ginásio do space center
com a liga pokemon!” Provocou o menino almejando desconcentra-la.
“Gardevoir
prenda-o com Expanding Force!” Ela pediu ignorando as provocações do irmão,
tentando aproveitar o último momento do terreno.
“Proteja-se com
Cosmic Power!” Tate investiu confiando nas proteções que havia subido anteriormente.
Ajoelhada sob o
chão, Gardevoir sentiu seu poder psíquico a preencher. Com o que restava do
terreno ela fez surgir um vórtice acumulando as partículas de magia ao redor
como se fosse um buraco negro. Solrock sentiu-se ser arrastado pelo ataque, mas
manteve a concentração começando a queimar sua energia cósmica.
Sua luz era
consumida pelo vórtice que almejava engoli-lo na medida em que o pokemon
reluzia em um brilho dourado como o sol. O pulso de poder acumulado expandiu-se
e as ondas psíquicas explodiam contra ele causando um grande estrondo que
levantou poeira e pedaços de rochas para todos os lados.
Liza e Tate
cobriram os olhos com os braços enquanto tentavam enxergar o que havia
acontecido, a medida em que a explosão passava, ambos conseguiam vislumbrar
Solrock com alguns danos, mas ainda de pé, enquanto Gardevoir arfava também de
pé.
“Avance com Zen
Headbut!” Gritou o menino erguendo a mão.
“Psychic e
pare-o!” Liza não podia perder ali.
Solrock
embuiu-se de poder, uma camada de energia psíquica arroxeada o envolveu quando
ele disparou como um míssil em direção a Gardevoir. A pokemon sentia seu corpo
pesar, mas manteve as mãos acima da linha do ombro e liberou suas ondas
psíquicas.
Contagiando o
ar ao redor, ela criou um espaço buscando repelir o oponente. O pokemon sol
sentiu seu corpo ser controlado pela pokemon fada, mas utilizava a natureza de
seu poder buscando uma fenda a qual pudesse continuar.
“Solrock
combine seu movimento com Flare Blitz agora!” Tate gritou abrindo a mão.
“Droga, não vai
dar tempo dela acompanhar...proteja-se com a areia e pare-o!” Gritou a garota
torcendo para que funcionasse.
Girando seu
corpo, o pokemon sol adicionou a energia psíquica que o envolvia um blitz de
chamas explodindo de dentro para fora do seu corpo até estabilizar na cor azul.
Com a diferença de energia, abriu a brecha que precisava e disparou contra
Gardevoir num míssil incandescente.
Sem desistir,
ela baixou os braços e pisou sobre o solo o encantando. Levantando os braços
novamente ela ergueu um mar de areia com duas vezes o seu tamanho e levando um
braço para trás e empunhando um para frente ela planejava afundar seu oponente.
“SOLROCK
AGORA!” Tate gritou erguendo o punho.
“GARDEVOIR, NÓS
VAMOS CONSEGUIR!” Liza gritou em resposta.
O pokemon sol
seguiu enquanto o mar de areia caia em sua direção como uma parede buscando-o
aterrar, porém ele permaneceu utilizando da energia acumulada com suas defesas.
O blitz de chamas combinado com a energia psíquica afastava os blocos de areia
e mantinha seu poder aceso.
Fixou seu olhar
na crista da onda de areia, por ser o local com menos areia disparou por entre
ele cortando o caminho de baixo para cima irrompendo poeira para todos os
lados, atravessando o controle da oponente e a acertando na barriga em cheio.
Solrock descarregou seu poder fazendo com que as chamas atingissem Gardevoir. Esta ao sentir as chamas acertando seu corpo gritou de dor. A energia psíquica a envolveu ao mesmo tempo em uma explosão, a atirando contra uma das poucas rochas ali com um barulho oco e em seguida a fada tombou sob o chão inconsciente.
Dando a vitória do combate para Tate.
“E então? Vai
continuar?” Desafiou o garoto olhando para a irmã que tremia o lábio enquanto
retornava sua parceira.
“E-Eu...argh...” A menina segurava uma
pokebola em suas mãos, estas estavam geladas, enquanto ela olhava para o irmão
e Solrock ao seu lado.
“Por favor, por
favor, por favor Lunatone, eu preciso de você!” Liza pediu com todo o seu
coração fechando a mão sobre a esfera e a atirando em direção ao alto.
E nada
aconteceu. A esfera caiu sob a areia travada, como todas as outras vezes e ao
olhar a cena a garota soube da derrota. Caindo de joelhos sob o chão, ela
observou o estado do lugar que mais trazia paz: destroços de pedras, um buraco
onde starmie fora derrotada, montes de areia desnivelada por todo o lugar e ao
virar-se Tate ainda a encarava.
“Acho que isso
diz muita coisa não é? Você é o motivo pelo qual não fazemos batalhas totais de
verdade, é o motivo pelo qual estamos nos atrasando nas pesquisas, prefere
gastar seu tempo com qualquer outra coisa e até no ginásio que você diz que se
dedica, você falha, talvez esteja na hora mesmo de repensar o que anda fazendo,
você parece muito confusa” Tate finalizou dando as costas a garota.
Vendo a
pokebola travada a sua frente, suas parceiras derrotadas, as palavras do seu
pai voltaram-lhe a mente conforme o sentimento em seu peito diminuiu até ela
quase não sentir a si mesma. Levando as mãos a frente do peito enquanto usava a
mão esquerda para afagar as costas da mão direita, Liza derramou suas lágrimas.
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você parece confusa
ResponderExcluirmas quem é que não está confusa hoje em dia? eu achei que a ponyta fosse aprender confuse ray e fazer a isabel alucinar que o wally é uma colher de pau pra ele sair em jornada e ainda levar a audino, mas afinal não foi isso, a confusa do dia era a liza e meu deus quantas coisas temos para comentar
primeiro, eu gosto muito dos diálogos desse capítulo, eu os acho muito pontuais e bem colocados, nenhum está a parte do que quer contar e principalmente a discussão entre audino e isabel é muito boa, cheia de verdade e com palavras tão certas que eu pude me sentir ali no sofá só vendo a cena, é triste e emocionante ler a audino expressar que sempre falou, mas a isabel que se recusava a ouvir, isso é bem bonito também, e por mais mesquinha e puta que a isabel seja, dá para simpatizar com a dor dela e perceber a casca que criou para ser tão severa com suas decisões, só podia tratar melhor a audino que não tem culpa realmente, me lembrou bastante aquela música da Marceline em Obsidian, acho que é "Monster", a que eu usei pro Gastrodon da Leuri no arco do sibilante. Em pt br é "endureci pro amor nunca me machucar... mas te amar me ajudou a mudar", essa parte de endurecer pra não se machucar por amor é muito boa e acho que dialoga bem, ainda gosto muito da escolha musical daqui
acho que esse é um capítulo de tomada de decisão e pontos de partidas para as duas situações apresentadas, e com coreografias interessantes para isso, com os 3 na sala da casa de wally e tate e liza frente a frente em pedras na praia. vamos wally icone doentchy, parabéns por conseguir falar com a sua mãe e agora partir em jornada, as situações do capitulo passado surtiram efeito <3 amei e boa sorte para audino que vai andar com ele, no mais, gosto da motivação de ambos e da preocupação da isabel, espero que ela fique bem tbm
agora a liza, eu senti vontade de ter visto mais antes do que forma o ponto de vista dela, o mesmo para o do tate, acho que teria se traduzido melhor nessa batalha se tivesse uma apresentação anterior
ResponderExcluirjá tivemos vislumbres da liza antes mas aqui a vemos em ação, com bem mais destaque e expondo seus argumentos, ai juro ela é muito paciente, eu já teria mandado o tate tomar no cu e jogava ele no mar, nossa que garoto chato enfia o space center no rabo garoto, ai mas que lavagem cerebral é essa que o brandy almeida fez com ele, ele não conhece nem a própria cidade imagina conhecer o espaço, liza está certíssima e a lunatone se trancou na bola tenho até medo do motivo mas aposto que ela era uma pescadora e ficava nesse terreno aí vendo o wallace e o steven meterem com vista pro mar, mas aí construíram o space center em cima e ela pegou depressão, agora a liza tem que usar uma gardevoir e a diantha não gostou disso, nem todas as mulheres podem ter uma gardevoir, mas apenas mulheres podem, fica a reflexão
gosto de como os argumentos dos dois se chocam numa batalha que quando caminhou para o segundo pokemon da liza eu não entendi se precisava se prolongar tanto, até perceber que precisava sim, principalmente quando o tate fala sobre a situação dela no ginásio, que eles não tem feito full battles, acho isso legal pq mesmo em emerald eles usam 4 pokemon, não 6 tbm, mas aí temos alguma treta com a lunatone que estou curioso para ver o que é, pela cena final fiquei tocado e parece algo sério que afetou a relação das duas
como sempre liza, lunatone e mini humilhando tate, solrock e pulu
and amei os movimentos dessa batalha, o psycho cut, o cosmic power, o flare blitz, todos muito bem descritos, bem visuais e é uma batalha cheia de empolgação, sinto que ela juntamente com a batalha do capitulo anterior apontam para alguma direção que deve ser a que veremos no desenrolar da história, estou mto intrigado também com a meteor falls e o que vai acontecer lá
também teorizo que a isabel seja lésbica
continue por favor <3