Notas Iniciais: Gente me empolguei com esse capítulo, fiquei muito feliz com o resultado pois ele ficou do modo como eu o imaginava, mas espero muito que gostem! Wally começa sua jornada e encontra Urbain entrando em um Daycare no caminho, enquanto isto do outro lado de Hoenn Lisia parece ter dificuldades durante um contest!
Capitulo 7:
Aonde eu assino?
Wally havia
levantado cedo, às 5:30 da manhã, abria o guarda roupa feito de linho, o móvel
ficava de frente para a cama. Procurando embaixo das prateleiras que abrigavam
seus livros, revistas e documentos o menino remexeu até tirar de lá uma
mochila.
“Pony Poo?!” A pokemon unicórnio perguntou ainda na cama, sonolenta apenas erguendo levemente a cabeça, não havia despertado o suficiente para se importar com seu chifre captando as emoções ao redor como se fossem sinais de rádio.
“Desculpa te
acordar, Ponyta, pode descansar, estou arrumando as coisas para iniciarmos
nossa jornada!” Wally contou a pokemon sem acreditar que essas palavras
realmente haviam saído de sua boca.
Ao abrir a
mochila, colocou algumas mudas de roupas, seu perfume preferido, uma revista
sobre as principais combinações de contest da temporada passada com a capa
estrelada por Wallace e reportagens sobre Lisia e outros coordenadores.
Levantando-se
na direção das prateleiras a sua esquerda, olhando para elas o menino franziu o
cenho ao observar bonecos dos seus desenhos preferidos, uma embalagem de um
panetone que havia pedido no natal e achara perfeito, seus fones de ouvido e
demais artigos de decoração.
No entanto,
sua visão repousou em um objeto: o pedaço de coral que Hop lhe presentara
quando foram em Mauville. Institivamente o menino ergueu o braço e colocou o
objeto em um dos bolsinhas na lateral da mochila.
“Talvez me dê
sorte” Concluiu Wally enquanto levava a mão ao bolso do sobretudo cinza que
usava.
Pegou seu
pokegear clicando no botão verde do aparelho que exibiu o painel de mensagens,
Hop estava no topo da sua lista de contatos, mas além da sua mãe havia mais
três nomes, aos quais ele havia mandado mensagem pela última vez a duas semanas
atrás: May, Brendan e Naveen.
Seu dedo
percorreu pela aba de todos lendo suas tentativas de interações frustradas.Wally
encarou o aparelho por alguns instantes, com o polegar direcionado a caixa de
texto, começou a digitar uma frase, mas optou por apagar e voltar a conversa de
Hop:
Dia Anterior:
Hop - Parabéns
Wally! Nem acredito que você realmente conseguiu encarar sua mãe, mal posso
esperar para irmos em uma jornada juntos!
Wally - Também
não é pra tanto, acho que ela ainda não me reconheceu totalmente, só porque a
Audino disse que vai até Mauville que ela deve ter deixado.
Hop - De
qualquer forma, eu penso que já é uma conquista.
Hop - And Hey,
estou indo pra rota 117 agora. Espero conseguir pegar um pokemon e pensar em
novas combinações, dizem que esse contest de Mauville vai ser bem grande.
Wally - Já?
Pensei que iriamos juntos...mas tudo bem, você pretende ensinar movimentos
novos pro Tokito?
Hop – Acho que
vou manter os mesmos e trabalhar na capacidade de movimentação dele.
Hoje:
Wally – Estou
saindo agora pra rota 117, onde você está?
Indo até a
janela próxima a mesa de jantar, Audino abriu a folha de vidro, parando por um
momento para respirar o ar junto com a brisa fraca e límpida da cidade. Seu
olhar seguia a rua composta por casas dos dois lados que desenhavam uma linha
reta até a praça, onde os bancos e brinquedos eram quase como borrões no limite
máximo da sua linha de visão.
Já havia
perdido as contas de quantas vezes havia ido até aquela janela para observar a
cidade, em festivais a rua ficava decorada com bandeiras assemelhando-se a
flores, no natal eram cordas lotadas de luzes piscantes que transformavam
aquele lugar em um cenário quase místico, nos dias comuns haviam crianças e
pokemons correndo por ali junto de senhores e senhoras voltando das compras.
Hoje a rua
parecia mais estranha do que nunca, já que não havia ninguém.
Sua mão
esquerda segurou firme o papel timbrado da carta de desligamento da Sociedade
Medicinal de Hoenn que havia recebido no entardecer do dia anterior. Sentia-se
livrando de correntes aos quais nunca soube quando lhe acorrentaram, porém um
medo apossara de si mesma à fazendo duvidar da veracidade dos passos aos quais
resolvera trilhar.
Era a primeira
vez que saia dessa forma ao mundo sem estar aparada por algo ou alguém.
“Eu fiz isso
por anos, estarei por mim mesma dessa vez e nem sei para onde ir” Audino
refletiu sem conseguir focar seu olhar em apenas uma coisa.
Fechando os
olhos, ela conseguia sentir: um fluxo silencioso, mas presente na madeira da
casa, no ar entrando pela janela, nas gramas farfalhando ao longo da rua indo
até as árvores na praça, se estendendo e contraindo conforme as pessoas
perturbavam a harmonia. Apesar das suas dúvidas sabia que era parte disso
agora.
“Maaaãe! Estou
pronto!” Wally gritou abrindo a porta com o tom animado enquanto Ponyta corria
para a sala com sua crina brilhando.
Isabel vinha
da cozinha, abaixo de seus olhos destacavam-se olheiras que não estavam ali
ontem durante a discussão. Ela carregava consigo uma bolsa verde com o símbolo
do centro pokemon, olhava de Audino, para Wally e Ponyta com uma expressão que
variava da dúvida para o ceticismo de que aquilo realmente estava acontecendo.
“Certo, Wally,
eu...bem, aqui está o kit de oxigênio portátil, você sabe, vem equipado com
máscara de nebulização, cateter e cânulas, não esqueça de fazer a nebulização,
como vai estar em um ambiente fora de casa faça a oxigenoterapia pelo menos
duas vezes por semana e não se esqueça de reabastecer o cilindro no centro
pokemon no meio da rota e...” A florista indicava os manejos dos equipamentos
contidos dentro do kit.
“Obrigado,
mãe, isso também me trás lembranças de quando ia a escola em Rubstoro, você me
deixava na passagem da caverna todos os dias antes de ir pra loja de flores”
Wally comentou sorridente a interrompendo e dando um abraço repentino em sua
mãe.
“Pooony!” A
unicórnio aproximou-se de ambos, ficando confusa ao captar em seu chifre as
emoções de Wally como um círculo de ondas expansivas ao redor. Em sua
propagação encontrava as ondas de sentimentos crescentes e inconstantes de
Isabel que apesar de contidas geravam impactos com as de seu filho.
“Você fazia
questão de contar do seu dia a dia na escola, lembro de quando um certo aluno
questionou como Roxanne podia ser arqueóloga se nunca tinha ido numa escavação,
o que provocou uma reunião de pais na semana seguinte para falar sobre bons
modos” Isabel recordou voltando a olhar para o rosto iluminado do seu filho por
um momento, suas mãos abriam e fechavam indecisas enquanto ela permanecia em
silêncio.
“Onde estão
Roselia e Shroomish?” Perguntou o garoto olhando por trás da mulher
vislumbrando a cozinha como se esperasse encontra-las.
“F-Foram para
a loja mais cedo...temos uma demanda um pouco alta hoje e pedi para que elas
preparassem as flores para montarmos os arranjos” Ela comentou como se tivesse
ensaiado as palavras.
“Uma demanda
alta numa terça feira?” Audino desdenhou posicionando-se ao lado do menino.
Alternando seu
olhar de Ponyta para Wally e do menino para Audino, ela vislumbrava as fotos no
painel de madeira do seu filho bebê, em Mauville, indo a escola e subitamente
suas sobrancelhas arquearam ao perceber a falta de fotografias atuais, como se
o menino tivesse parado de crescer.
“Obrigado pela
ajuda com o kit também, Audino...Ponyta, por favor, cuide bem do Wally e...bem
eu acho melhor vocês irem logo antes que eu desista dessa ideia, depositei
dinheiro na sua conta caso precise de algo e me mande mensagem todos os dias!”
Sua mãe comentou esforçando-se para conter lágrimas que ansiavam para sair como
numa erupção.
“Tchau, mãe!” Wally
comentou ao abrir a porta segurando na maçaneta abrindo a porta, Audino foi a
primeira a sair, seguida por Ponyta e em seguida ele passou pelo móvel,
deixando Isabel na casa, a mulher pouco a pouco levantou os braços, passando-os
por seu abdômen lentamente até que estivesse abraçando sua própria silhueta.
Apenas os
móveis de madeira testemunharam suas lágrimas, mas eles não podiam responder
seus questionamentos a respeito de quais decisões seriam melhores para Wally,
ninguém podia responder isso.
O menino subiu
a rua afastando-se do centro da cidade, olhando ao entorno como se pudesse
gravar cada memória dali. Conseguia ver a plaquinha da cidade logo antes do
caminho que levava até a clareira.
“Veja Ponyta,
essa é Verdanturf town, não é muito, mas é agradável...” Wally comentou.
“Ponyy” A
pokemon olhou ao redor, porém, seu chifre continuava captando as emoções ao
redor, diversas ondas de sentimentos se propagando em vários formatos:
circulares, triangulares, assemelhando-se a corações, outras eram como um
relâmpago ou afiadas.
Tudo parecia
um borrão confuso ressoando em seu coração tornando difícil caminhar, pois a
cada passo sentia um peso em sua coluna que dificultava seu andar.
“Ei?! Ponyta?
O que aconteceu? Está tudo bem?” O garoto perguntou com sua voz desesperada ao
unicórnio assim que ela parou de caminhar com as pernas trêmulas e os olhos
fechados.
“Ponyta ainda
é um filhote ela ainda está se acostumando com tudo ao seu redor, talvez seja
melhor coloca-la na pokebola para descansar” Audino propôs e o menino
concordou, erguendo a esfera e retornando-a, segurou o objeto nas mãos
preocupado, mas optou por seguir em frente.
Os dois
seguiram em direção ao portal da cidade, olhando o arco de madeira que o
saudava como bem vindo e se despedia dele com um volte logo assim que ambos
passaram pelo local, Wally não sabia como colocar em palavras aquela sensação.
“Eu...não sei
se faz sentido, mas sempre pensei na minha vida como sendo reduzida a
Verdanturf e Rubstoro, como se meu mundo só pudesse ir até ali e agora que
estou indo além é como se eu fosse alguém novo no mundo” Wally comentou com a
pokemon enquanto ambos continuavam seguindo pela rota.
“Eu entendo
bem o que quer dizer” Audino sorriu com a constatação do garoto e ambos
seguiram os seus caminhos.
“Sejam muito
bem vindos senhoras e senhores a grande final do Contest da cidade de Lilycove!
Tivemos uma manhã repleta de combinações e coordenadores de alto nível durante
a primeira fase, com apenas 8 coordenadores sendo aprovados para o segundo
round e desses apenas dois sobraram!” Lilian comentou enquanto alternava seu
olhar para a plateia apresente público que ovacionou em resposta, ela falava do
centro do estádio a céu aberto que se assemelhava a uma embarcação, com a ala
da plateia sendo equivalente ao mar.
“Sem sombra de
dúvida esperamos uma grande batalha, ainda mais se tratando desses dois” O
senhor contesta comentou com sua cabine ornamentada com madeira semelhante ao
convés de um navio.
“E é notável!” Sukizo comentou em seguida.
“Ainda me
lembro de me sentir emocionada ao ver os dois combateram no grande festival!
Foi uma batalha sensacional, mal posso esperar para saber qual será o resultado
de hoje!” A Enfermeira Joy de Lilycove comentou entrelaçando as mãos.
“Então, sem
mais delongas, recebam ela a finalista do grande festival do ano passado e da
Copa Wallace desse ano, coordenadora Lisia!” Lilian comentou erguendo o braço
direito de onde a garota surgia por detrás de uma cortina decorada com o mar, acenando
ao público com um sorriso e exibindo as plumas brancas em seus braços.
“E do meu lado
esquerdo temos o ilustre Chaz, Top Coordenador e vencedor do Grande Festival do
ano passado, sem perder tempo, já lançou sua campanha de inscrição para se
tornar anfitrião e está colhendo os resultados!” A apresentadora comentou baixando
a mão esquerda quando o homem usando uma touca assemelhando-se a de um
confeiteiro surgiu exibindo seus músculos e sorrindo confiante para o público.
A adolescente
encarou seu oponente enquanto arrumava a presilha azul em seu cabelo, ela não
esperava encara-lo tão cedo. As memórias do grande festival ainda estavam
frescas em sua mente, ela e Chaz rivalizavam havia dois anos de modo que
durante o festival estava certa do que esperar dele, apesar dela o derrotar
menos vezes do que gostaria.
No fim, a batalha
fora mais difícil do que havia previsto com Chaz trazendo novos pokemons as
quais ela não conseguira lidar e a diferença de pontos para a vitória dele na final fora muito grande o que a deixou com um gosto amargo após o final do evento. E junto
da derrota recente para Dawn algumas dúvidas começavam a chegar em seu coração.
“Vocês já são de casa e conhecem as regras! 5 minutos no relógio e o primeiro que nocautear seu oponente ou aquele que tiver mais pontos leva para casa a fita Lilycove!” Lilian declarou o início da batalha.
“Vejo que
também não gosta de ficar parada não é?! Já fazem dois anos e não me lembro de
um único início de temporada que você não estivesse presente, mas não achei que
fôssemos ter uma revanche tão cedo” O homem comentou coçando a barba.
“Parabéns pela
sua campanha de anfitrião, e eu tenho objetivos em mente e uma derrota não irá
me afastar deles, Luna, por favor, eu preciso de você!” A garota girou com sua
saia plissada esvoaçando erguendo sua perna esquerda coberta por uma meia calça
e atirou a pokebola.
“Ainda
continua com só dois pokemons? Sinceramente, não sei como consegue, Hariyama
vamos com tudo!” Seu oponente iniciou a batalha com uma piscadela para o
público e enviando a pokebola.
A esfera
lançada por Lisia atirou notas musicais em um tom rosa pastel, elas se
reagruparam em um S conforme uma bola de luz se revelava por trás da projeção
como sua Skitty. Luna embolou-se passando pela figura girando enquanto está se
desfazia em brilho a medida que ela pousava balançando sua cauda.
Enquanto isso do outro lado do campo um feixe de luz liberava uma chuva de flores, e em seguida, Hariyama surgiu sob o campo com uma reverência, o pokemon sumô ergueu suas mãos gigantes apanhando o máximo que conseguiu as esmagando de uma só vez e fazendo com que um brilho o circundasse dando ênfase em sua pose.
“Skitty está
em total desvantagem nessa batalha, o que será que Lisia tem em mente?” O
Senhor Contesta comentou.
“As batalhas
de contest são muito mais que vantagem ou desvantagem, óbvio que isso ajuda,
mas um bom coordenador sabe fazer uso do que tem em mãos e Lisia é especialista
nisso” Rebateu a Enfermeira Joy.
“E é notável!”
Sukizo voltou a pontuar.

“Estamos
juntas a muito tempo e vamos mostrar tudo o que aprendemos desde então, Luna
use Heal Bell e chame a atenção para nós!” Comandou a garota erguendo a mão.
“Para a minha
campanha como anfitrião quero explorar uma copa focada em pokemons lutadores
onde a força seja o principal atrativo com tudo que aprendi em Dewford, e é o
que vamos demonstrar agora, Bullet Punch!” Iniciou o homem erguendo a mão.
“Prioridade...não
se desespere Skitty, espere por ele e mantenha o movimento!” A voz da
treinadora cerrou o punho próximo a cintura.
Com a prioridade do movimento, as mãos de Hariyama envolveram-se com uma energia metálica leve mudando sua cor drasticamente o dando destaque, cerrando-as em punho ele saltou e disparou em direção a Skitty atraindo a atenção do público para si e fazendo com que Lisia perdesse alguns pontos.
Luna observou a chegada do lutador e no momento certo, saltou a tempo do pokemon colidir com força contra o solo levantando uma grande nuvem poeira. A gata rosa ainda no ar passou a girar acendendo sua cauda num tom amarelado e invocando vários sinos que dançaram ao redor do pokemon.
Os objetos
passaram a evocar uma melodia pacifica que era embalada por uma dança de Skitty
enquanto esta percorria o corpo de Hariyama o irritando. O lutador sumô
remexia-se tentando tira-la dele sem sucesso.
“Vejam só!
Lisia se aproveita da natureza furtiva de Skitty para assumir a liderança da
pontuação e o que temos agora é uma melodia suave, mas Hariyama não parece
estar gostando o muito o que lhe tira grandes pontos!” Lilian comentou enquanto
o público sorria da comparação.
“Não ficamos
paradas desde a final e não irei sair daqui sem vencer dessa vez, Luna Play
Rough e traga mais diversão pra esse palco!” A treinadora de sootopolis pediu
abrindo a mão.
“Hariyama,
cuidado, agarre-a com suas mãos!” Chaz chamou pelo parceiro, mas este não
conseguiu reagir a tempo.
“Nyaah!”
Saltando para o ar com um sorriso travesso, a gata deu uma cambalhota enquanto
sua cauda acendia em um tom rosa.
Em seguida,
disparou contra o lutador açoitando seu rosto com um golpe direto, indo para
baixo e acertando outro movimento em seus joelhos o fazendo tombar e arrancando
alguns pontos do Top Coordenador.
“Muito bem,
Luna!” Comemorou a garota sorrindo ao acompanhar os pontos do adversário
reduzindo no telão.
“Vejo que continua bem determinada, mas eu sou um Top Coordenador agora e começo minha campanha como anfitrião, por isso iremos mostrar ao mundo que força vai muito além do físico! Vacuum Wave e expanda o movimento!” Chaz sorriu apertando o nó no lenço que utilizava no pescoço, fazendo um movimento com os braços, os levando ao peito e os estendendo para as laterais.
Enquanto se
distanciava, Skitty arregalou os olhos quando Hariyama ajoelhado emitiu energia
através de suas mãos e com um movimento só bateu palmas fazendo expandir um
pulso de poder prateado varrendo Luna e a atirando para o alto, enquanto
fagulhas de brilho caiam sob o lutador de sumô que levantava ovacionado pelo
público.
Os pontos de
ambos ficaram bem próximos.
“Não! Luna,
recomponha-se e mantenha o olhar fixo no Hariyama” Lisia chamou pela parceira,
voltando-se para o oponente. Ele não havia utilizado os movimentos dessa forma
nas últimas batalhas.
“Precisa
mesmo, pois deixei para testar minha nova combinação justamente contra você
quando soube que estaria nesse contest, forme Surf!” Pediu o top coordenador cerrando
os punhos com um sorriso encarando Lisia com intensidade.
“Merda, ele
está levando isso muito a sério...e com um ataque em área, precisamos de um
jeito de contornar isso ou seremos arrastadas por essa enxurrada...Luna rápido recupere
sua postura, por favor!” Com as sobrancelhas arqueadas, a menina pediu para a Skitty
que ainda girava em meio ao ar com a potência do último movimento.
Hariyama
concentrou-se, as extensões amarelas de seu corpo esvoaçaram quando ele baixou
ambas as mãos sob o chão e, no instante seguinte, as ergueu juntas dando vida a
uma onda que surgiu a sua frente levantando partículas azuladas de brilho, a
massa d’água erguia-se como um tapete cobrindo boa parte do campo e respingando
gotículas nos jurados.
“HariiiiYAMA!”
Com um giro ele abriu a palma da mão de uma só vez soprando o movimento na
direção da pokemon normal que caia na direção do ataque.
“E um uso fenomenal das mãos de Hariyama que não perde um movimento os executando com precisão, força e beleza! Os pontos agora estão igualados e como será que Skitty irá sair dessa enrascada?” O Senhor Contesta perguntou.
“É notável!”
Sukizo adicionou seu comentário.
“Ele realmente
evoluiu, todos os seus movimentos são calculados...assim como Dawn que parecia
ter tudo sobre controle..,mesmo que eu esteja longe dos meus objetivos, cheguei
até aqui e irei seguir em frente! Skitty forme Water Pulse e surfe com ele pela
onda!” Surpreendendo a todos a garota girou fazendo sua pose.
“NYAAAAH!” Gritando em desespero até ouvir o comando da garota, Skitty bateu no próprio rosto se recompondo. A gata reuniu gotículas de água abaixo de si moldando uma esfera pulsante e brilhante sob suas quatro patas.
Colidindo
contra a onda, a natureza pulsante do movimento repeliu as ondas a impedindo de
cair, com isto, Skitty passou a surfar pela massa d’água sorrindo enquanto se
divertia com a situação, as ondas colidiam umas com as outras atrás de si
criando um cenário intenso a qual a plateia ovacionava Luna deslizando sobre as
águas, arrancando mais pontos do oponente.
“Chaz, você
pode ter vencido uma vez, mas não estou disposta a sair desse contest sem essa
fita!” Provocou a finalista assumindo a liderança.
“Realmente,
você conhece muito bem os seus pokemons, mas eu vim preparado para isso, agora
Hariyama Ice Punch e congele tudo de uma vez só!” Com um punho cerrado para
frente e o balançar do lenço em seu pescoço, chaz comandou seu movimento.
“O que?!” A
garota abriu a boca surpresa.
Erguendo a mão direita para cima, Hariyama reuniu energia gélida fazendo com que sua luva alaranjada brilhasse num tom azul cristal, cruzando os braços, em seguida o lutador disparou uma palmada sobre a onda dispersando a energia de uma vez só.
Num piscar de
olhos, toda a onda foi tomada por uma energia gélida que cristalizou-a por
inteiro com um brilho cristalino e fumaça gélida, com exceção da esfera de
Skitty, com a mudança de textura repentina a gata desequilibrou-se caindo sobre
a onda congelada que agora se assemelhava a um tobogã.
A esfera
d’água partiu-se a encharcando e arrancando diversos pontos de Lisia.
“E eles não
param por um segundo, Skitty assumiu a liderança e logo tomou um caldo em seu
surf, com a onda congelada e sem seu Water Pulse ela agora rola em direção a
uma colisão nada agradável e seus pontos descem juntos” Lilian comentou
enquanto o público acompanhava apreensivo.
“Vamos
finalizar isso, Hariyama Force Palm!” Gritou o homem flexionando os joelhos e
abrindo a palma como se fizesse o golpe.
“Ele utiliza
sempre a força de uma forma a qual não consigo acompanhar...ultimamente todas as
lutas estão indo num ritmo agradável até eu desafinar e perder...espera é isso!
LUNA HEAL BELL BEM ALTO!” A menina de cabelos azuis gritou para a sua parceira.
Hariyama se preparava para executar seu movimento assim que Skitty rolasse por todo o tobogã de gelo, no entanto, ao ouvir as palavras de sua treinadora a gata rosada ignorou as dores em seu corpo, concentrando suas forças em fazer surgir um comboio de sinos acima de si.
Este embuídos
pela mágica da pokemon, circundaram a onda congelada emitindo uma melodia alta
e agora estridente que se propagava em ondas esverdeadas. As ondas sonoras
batiam contra o gelo provocando fissuras e rachaduras em sua base que pouco a
pouco foram se espalhando até que a onda inteira se despedaçasse em diversos fractais.
“O que?!” Chaz
se perguntou incrédulo.
“Deu certo!
Luna não podemos perder tempo, aproveite esse turno e use Shock Wave!” Lisia
comandou erguendo um braço com a mão para cima.
Em meio aos
pedaços de gelo, Skitty eriçou seus pelos estalando faíscas elétricas azuladas,
estas se uniram numa bola de eletricidade em suas costas, conforme ela inclinou
o corpo disparando uma onda única de eletricidade.
Esta acertou
Hariyama em cheio que não teve tempo de reagir aos acontecimentos, o pokemon
gritou recebendo a eletricidade estalando em seu corpo.
“E vejam a
forma como o gelo cai ao redor de Skitty e reflete sua eletricidade dando um
tom de roxo a sua pelagem a fazendo parecer magnífica em meio a uma cena de
caos! Chegamos nos trinta segundos finais dessa batalha, quais desses dois
coordenadores irá levar a fita de Lilycove para casa?!” Lilian perguntou.
“Serei eu,
Luna salte pelos fractais de gelo para pegar impulso e acerte-o com Play
Rough!” Com confiança em sua voz, a coordenadora iniciou a ofensiva final.
“Agora
Hariyama foque sua força e jogue-a para longe usando a energia do seu Force
Palm!” O Top coordenador gritou erguendo a mão em defesa.
Erguendo sua
cauda e a sacudindo em meio ao ar, Skitty saltava por entre os pedaços de gelo
conforme um brilho rosado reluzia por trás de si. Ao chegar no último, ela se
impulsionou em direção ao oponente prestando atenção em seus movimentos.
Hariyama
estendeu os braços para a lateral, abrindo ambas as mãos e concentrando uma
energia expansiva no centro da palma delas, ele observou a chegada da pokemon
felina, assim que esta se aproximou ergueu as mãos prontas para disparar.
Entretanto,
usando o impulso da queda, Skitty girou como uma bola e acertou um golpe com
sua cauda por cima das mãos gigantes as forçando para baixo, bem quando o
pokemon liberou a energia causando um estrondo e uma explosão.
O pulso de
poder rachou o campo abaixo de si e ergueu uma nuvem de poeira seguido de um
impacto que fez voar o cabelo de ambos os treinadores e atirou Luna para perto
de Lisia enquanto Hariyama fora forçado para perto de seu coordenador com os
pontos de ambos caindo.
“E o tempo
acabou! Dessa forma senhoras e senhores, o coordenador que se consagra vencedor
do Contest de Lilycove é ninguém mais ninguém menos do que ela, Lisia e Luna!
Meus parabéns!” Lilian apontou para a direita enquanto os holofotes caiam sobre
a garota.
“C-Conseguimos!
Vencemos mesmo, Obrigada Luna, você foi perfeita!” Lisia abriu um sorriso
agachando e abrindo os braços para a gata que correu em sua direção para um
abraço.
“Nyaah!”.
“Acho que
ainda precisamos praticar mais essa força, Hariyama, mas obrigado por ter me
ajudado a chegar tão longe” Chaz agradeceu o pokemon que agora ficava
cabisbaixo devido a derrota juntando as mãos envergonhado.
“Parabéns
Lisia, você me surpreendeu bastante nessa batalha, acho que você aprendeu a
trabalhar bem sobre pressão, mas será que não está na hora de variar mais os
seus pokemons também?” O homem foi em sua direção com uma expressão curiosa a
ela.
“Obrigada,
Chaz, você também foi incrível como sempre, acho que estou bem como estou
agora, obrigado pelo conselho, mas ainda tem coisas que quero alcançar com Ali
e Luna, e um novo pokemon atrapalharia as coisas” A garota respondeu com os
dois braços ao redor de Luna que ronronava em seu colo.
“Ainda
pensando em superar o Wallace?! Você realmente não muda” Constatou o top coordenador sorrindo.
“Exato,
conheço a Milotic e os outros pokemons dele faz anos, e se eu quiser vencer
preciso focar o máximo de esforço em criar meus pokemons da melhor maneira! E
não tenho como fazer isso da forma que eu quero se tiver muitos!” Lisia
respondeu com convicção em suas palavras.
A rota 117 era
extensa, caracterizada também por ter uma rica diversidade de vegetação, onde
arbustos e gramíneas preenchiam o solo e os arredores, muito utilizada por
aqueles que costumavam realizar atividades físicas e não queriam ceder as
recentes inovações do setor feitas pela cidade de Mauville.
Wally
caminhava cabisbaixo ainda preocupado com o que havia acontecido com sua
ponyta, mal parando para reparar nas belezas naturais do local. A jornada mal
começara e esse problema já começava a martelar em sua cabeça.
Audino
acompanhava os passos do menino, ainda não fazia ideia de para onde iria ou o
que devia fazer, começando a questionar o propósito dessa jornada e senão
estava maluca quando decidiu perder seu emprego, sua vida e propósito por uma
voz misteriosa em uma floresta.
A pokemon
olhava para a frente, onde a rota se dividia em dois caminhos para a direita e
a esquerda devido a uma reserva ambiental, o Parque Wepear, que se concentrava
no centro. No entanto, uma figura colorida a chamou a atenção ao vê-lo em
direção a uma casa bem próxima ao final da rota.
“Ei! Aquele
ali não é o Urbain?” Audino perguntou apontado para o menino.
“É mesmo, o
que será que ele está fazendo aqui?! Vamos atrás dele!” Vendo uma oportunidade
de distanciar-se dos pensamentos o menino se dirigiu em direção a ele.
Ao chegar ao
local, uma casa estilo cabana com o telhado em tons de verde escuro, com um
cercado decorado por arbustos com flores nas laterais indicando que a
propriedade possuía uma grande área mais para trás. Diante da porta uma placa
lateral informava: DayCare Sapphire, abrindo a porta, o menino deu de cara com a
recepção.
Decorada com
tiras de cor verde pintadas a mão nas paredes ao redor, haviam cadeiras de
espera com poofes próximos, uma estante exibindo um prêmio de semifinalista dos
concursos de criação pokemon em Kalos, a direita de Wally uma televisão acoplada
na parede de frente para as cadeiras de espera passava algumas informações.
“Então Soraya
onde eu assino?” Urbain perguntava apoiado no balcão de madeira avermelhado da
recepção.
“Pedimos
desculpas novamente pela demora, tivemos um problema com nossa impressora e o
cartório de Slateport estava dificultando as coisas...mas pode assinar aqui”
Uma moça com a expressão ansiosa apontada em uma prancheta, atrás dela estavam
exibidos alvaraz de funcionamento atualizados do estabelecimento.
“Urbain, o que está fazendo aqui?” Wally perguntou ao garoto enquanto este pegava uma caneta. E posicionava o papel para a assinatura.
“Wally?! Pelo
visto você esquece rápido das coisas, eu vim no daycare adotar a Milcery
daquele dia que nos conhecemos, finalmente consegui sair daquela cidade ridícula,
nem cafeteria tem lá acredita?!” O menino de Mauville comentava enquanto
preenchia seu nome e indicava que era um coordenador num termo de concessão de
cota para minorias.
“Ué, você já
experimentou ir na barraca de bolos da Maria Claúdia, é tudo artesanal e feito
por ela...” O menino defendeu a cidade, lembrando o quanto adorava o bolo com
sementes de girassol.
“Wally, coisas
artesanais só tem glamour quando é um estabelecimento de verdade fazendo e não
uma coitada qualquer” Debochando do garoto, ele finalizou a papelada entregando
a recepcionista.
Nesse meio
tempo, Audino levava uma mão ao queixo enquanto conferia um móbile feito de
madeira repleto de livros dispostos para o público. Ela passava a mão direita
pelas sessões que contavam com exemplares sobre ecologia geral, criação de
pokemon básica para iniciantes, até chegar em um que chamou sua atenção:
Entendendo a Natureza de Hoenn.
“Bom, iremos
lhe dar um formulário de adoção, junto das principais preferências de
alimentação da Milcery, um relatório das suas habilidades e a pokebola dela”
Soraya informou enquanto entregava uma pasta ao garoto com os itens informados
por ela.
“Agradeço
muito, mas onde está a pokebola dela?” O menino perguntou após conferir o
material.
“Então sobre
isso...” A mulher começou a explicar, quando a porta a direita do balcão da
recepção se abriu revelando o criador pokemon que os dois meninos haviam
encontrado.
“Eu não
consigo encontrar ela! A Milcery se escondeu de novo, vamos precisar apelar
para aquilo novamente!” O homem praguejou enxugando uma gota de suor da testa e
ajeitando o boné verde que utilizava para cobrir o cabelo, sem perceber que não
estava sozinho.
“Meu deus, ela
desapareceu?! Será que ela foi sequestrada?” O menino de Verdanturf comentou
surpreso.
“Como assim
ela sumiu, eu vou ter que esperar de novo?!” O coordenador de cabelos
loiro-avermelhados perguntou já ficando indignado enquanto o criador arregalava
os olhos surpreso.
“Droga
Albert...acalmem-se, a Milcery sempre teve essa personalidade desde que chegou
aqui, mas fizemos contato com um Daycare de Galar para nos ajudar a cria-la e
conseguimos um jeito de encontrá-la, podemos contar com a ajuda de vocês e isso
pode tornar as coisas mais rápidas se quiserem” Soraya explicou buscando
tranquilizar os dois meninos.
“Bom, eu não
tenho nada melhor pra fazer, então eu irei!” Wally se prontificou.
“Ai meu deus,
já que você diz que vai ser mais rápido quanto antes eu sair desse lugar,
melhor!” Urbain comentou com desdém enquanto guardava a pasta que recebera da
criadora em sua mochila.
“Então tudo certo, vocês podem me acompanhar
para a área de vivencia do DayCare!” Albert chamou os dois abrindo a porta
novamente e passando por ela.
“Vem Audino,
estamos indo para cá!” O menino de cabelos esverdeados chamou pela pokemon.
“Já estou
indo, será que eu posso levar o livro?” Audino perguntou ainda interessada em
sua leitura enquanto sentava em um dos poofs.
“Pode sim, só
tome cuidado para não rasgar” Soraya respondeu enquanto ela, Albert e Urbain
ignoravam o fato de que a pokemon tinha acabado de falar.
Ao passar pela
porta, estavam na área do criadouro do Daycare que cobria um vasto terreno
apresentando diferentes variações para diferentes pokemons, haviam alguns que
Wally conhecia como Roselias próximos a arbustos e Cherubis tomando sol nos
galhos das árvores.
A frente, um
lago de porte médio cristalino estava localizado com um feebas beijando a
superfície por algum motivo desconhecido. Outros pokemons que Wally desconhecia
como uma espécie de raposa de tons obscuros descansava deitada sob uma área que
conectava o gramado com uma vegetação mais parecida com o cerrado.
Onde diglett’s
emergiam e sumiam por baixo da terra brincando com um trapinch que não entendia
como eles estavam fazendo aquilo. A formiga ia de um lado para o outro
encantada com os movimentos do pokemon toupeira.
“Uau, é quase
como se fosse um santuário! Que bonito” O menino de cabelos verdes comentou
impressionado.
“Essa é a
ideia, eu competi nos concursos de criação em Kalos para conseguir patrocínio
para abrir meu próprio Daycare, infelizmente cheguei apenas na semifinal e com
o que eu ganhei deu para construir o que estão vendo, ainda é pequeno, mas
estamos trabalhando na divulgação” Albert explicou a respeito orgulhoso de seu
próprio feito.
“Concursos de
criação, o que é isso?” Urbain perguntou ao homem enquanto observava a raposa
deitada sobre a grama.
“São concursos
que buscam qualificar os melhores criadores pokemons, a Associação de Criação
Pokemon de cada região define a região que será realizada a cada ano e os
competidores se organizam, envolve batalhas temáticas, prescrição de dietas e
avaliação de saúde” Soraya explicou enquanto o coordenador de Mauville assentia
desconhecendo totalmente o assunto.
“Bem, no
momento, a maioria dos pokemons está disponível para adoção com exceção do Pit
o Trapinch que foi deixado sob nossos cuidados para virar um Flygon, ele demora
a processar como as coisas acontecem, mas estamos trabalhando nisso e a Zorua
que foi deixada aqui pois o treinador era honesto demais para ensinar Sucker
Punch a ela e gostaria que trabalhássemos nisso” O criador continuou a
explicação sobre os pokemons, conforme contava cada detalhe, seus olhos
brilhavam de empolgação o que contagiava Wally.
“Tudo isso é
muito bonito, tudo é muito legal, mas eu quero a minha Milcery!” Protestou o
garoto impaciente mantendo as mãos dentro do bolso da jaqueta.
“É claro, bem,
Milcery é um pokemon que por natureza é atraído por aromas aos quais possa
utilizar para mesclar em seu corpo e evoluir, porém essa Milcery é ainda mais
curiosa por novos aromas, por isso iremos misturar ingredientes para produzir
um aroma e atrai-la nos potes de comida” Soraya apontou o indicador para um
espaço com uma rampa de subida para um espaço cercado por madeiras onde ficava
disposto um expositor de alimentos e diversos comedouros para a alimentação dos
pokemons.
O espaço era
conectado a uma cozinha, sendo utilizada para preparar as refeições. Os quatro
e Audino que continuava lendo seu livro, se dirigiram ao local. Os criadores
pokemon foram a cozinha pegando diversos tipos de Berry e condimentos junto de
uma tabela nutricional com as misturas recomendadas, cada um deles deveria
realizar uma mistura para que o aroma atraísse a pokemon.
“Bem, se ela gosta de novos aromas, creio que utilizar qualquer combinação dessa não irá atraí-la, por isso, vamos construir nosso próprio aroma, Ímola!” Analisando a tabela, Urbain levou a mão ao bolso tirando a pokebola da parceria e a libertando.
Observando o
menino começar a misturar coisas junto de Chikorita, Wally enrijeceu sua
expressão, pegando a pokebola de Ponyta do bolso e olhando para o objeto
indeciso sobre o que deveria fazer. Albert que sentava no chão ao seu lado,
tirando as luvas que usava nas mãos para começar a manipular as berry, observou
modo como ele agia.
“Lembro que
você estava esperando um ovo chocar quando nos falamos naquele dia, deu tudo
certo?” Perguntou o rapaz.
“Sim, nasceu
uma ponyta natural de Galar, mas hoje mais cedo estávamos começando nossa
jornada e ela simplesmente não parecia conseguir se concentrar, ficou cansada
de repente e não entendo o que está acontecendo com ela” Contou o garoto
levando a mão ao peito e fitando o outro com um olhar preocupado.
“Ah! Ela é
psíquica, olha eu não tenho muita experiência prática com essa espécie, mas já
li a respeito, as Ponytas de Galar tem uma relação muito forte com sentimentos,
o chifre delas funciona quase como um radar atraindo todo tipo de sentimento de
forma natural o que faz com que elas não confiem em quase ninguém quando são
selvagens” Explicou o homem fazendo um gesto giratório com o indicador para
simbolizar as ondas.
“O tempo
todo?...mas o que eu posso fazer a respeito disso? Não tem como parar?”
Perguntou o menino tentando pensar em uma solução.
“Pokemons
psíquicos normalmente tem habilidades naturais que com o passar do tempo vão
sendo estabilizadas com seus poderes, sua Ponyta nasceu a pouco tempo e
provavelmente não deve ter poder psíquico o suficiente para lidar com isso, mas
tem coisas que não é necessário parar imediatamente desde que você deixe claro
a ela que está disposto a passar por isso junto dela” O criador disse voltando
a mistura e deixando o garoto pensativo sobre o que ele acabara de dizer.
“Hm, vamos
ver, considerando as localidades dessa região, aposto que nunca ouviram falar
em um Casteliacone, mesmo que seja clichê, acho que ela merece conhecer um
pouco de cultura e se tiver bom gosto melhor ainda!” Comentou o menino com
Ímola.
“Chico Chico!”
Concordou a Chikorita.
“Primeiro
vamos fazer a base da mistura com Oran Berry!” O garoto cortou fatias da fruta
azulada em meia lua, esmagando para criar uma pasta que aromatizava o arredor.
A seguir, ele
soltou do cacho da fruta algumas bluk berrys, junto de um ralador o menino
pressionou o vegetal sobre o objeto fazendo cair uma cortina das raspas roxas da
casca do fruto sobre a pasta. Com as vinhas, chikorita segurava uma colher
misturando o que estavam criando.
“Acho que até dá
pra chamar isso de releitura, vejamos, temos a base, um pouco de doce e agora
precisamos de algo refrescante” Refazendo os passos, ele pegou uma Revival
Herb, destacando uma folha e a picando em pedaços pequenos para misturar junto
do conteúdo.
Adicionando um
pouco de água ele misturou o conteúdo, por fim, pedindo a chikorita que utilizasse
o aroma natural da folha em sua cabeça para potencializar o sabor. Enquanto os
outros ainda terminavam suas misturas, puderam sentir um cheiro refrescante
tomar conta do local.
“Uau, o que é
isso?” Soraya perguntou impressionada.
“Um pouco de
decência na sua vida graças ao Casteliacone, como vocês não conhecem a base
desse sorvete?” Orgulhoso, ele explicava enquanto erguia o pote tentando
espalhar mais do aroma.
Foi então que
uma árvore próxima começou a chacoalhar e de dentro dela saltou Milcery com o
corpo sujo de amarelo devido as Nomel Berry do vegetal, uma fruta que não era
facilmente encontrada na região. A pokemon flutuou na direção do garoto.
“Não é
possível” Wally comentou incrédulo.
“Funcionou
mesmo, oi querida! Vejo que você tem um bom gosto” Elogiou o menino e a pokemon
creme de leite enrusbeceu envergonhada.
“Milce Mil
Mil?!” Perguntou a pokemon.
“É a base de
um sorvete muito famoso na cidade de Castelia, quer um pouco?!” Ofereceu o
coordenador.
“Chico Chico!”
Imola incentivou a fada que pensou por um curto período de tempo e acabou
aceitando.
Aproximando,
ela raspou um dos bracinhos na mistura e levou a boca. Fechando os olhos para
experimentar o sabor, primeiro sua língua ficou meio dormente, em seguida, sua
boca foi invadida por uma sensação gélida, mas refrescante com um fundo doce
que a deixou impressionada.
“Milce-Milcery!
Mil!” Exclamou a pokemon impressionada.
“Fico feliz
que tenha gostado, eu e Ímola queremos descobrir juntos as maravilhas das
cidades, pode experimentar muito mais sabores como esse, o que acha?!” Urbain
propôs erguendo uma das mãos.
A pokemon
estendeu a mão no mesmo instante, aceitando a proposta. Passando a rodear o
coordenador animada enquanto Soraya e Albert respiravam aliviados por terem um
cliente satisfeito, Wally ainda estava indeciso sobre o que fazer com Ponyta e
Audino estava com foco total no livro que tinha em mãos.
Os três
despediram-se da dupla de criadores, com Wally e Urbain pegando o contato do
Daycare para o caso de precisarem de alguma consulta online. Antes que se
colocassem adiante para seguir com a jornada pela rota 117, Urbain apontou para
o menino de Verdanturf.
“Que tal uma
batalha antes de seguirmos?” Propôs.
“O que?! Como
assim, porque?” Surpreso com a atitude, Wally mal conseguiu entender.
“Bem, ainda
está cedo e quero conhecer um pouco mais sobre como a Milcery funciona em
batalha, e ela não é experiente ainda e como você também não é, acho que pode
ser uma boa” Explicou erguendo os ombros e fazendo um bico.
“Eu não
sei...o-o que você acha Audino, você pode ser a juíza?” Wallly perguntou a
pokemon rosa, a tirando de seus pensamentos.
“O que? Ah,
acho que pode ser uma boa oportunidade sim!” Concordou sem saber do que se
tratava.
Os dois
afastaram-se da estrada principal, indo até uma área gramada a direita da via
de terra, com Wally a esquerda segurando sua pokebola e fitando Urbain a
direita com determinação. Audino também já estava posicionada no meio do espaço
que seria utilizado como campo de batalha.
“Muito bem,
essa será uma batalha 1 contra 1, o primeiro a nocautear o pokemon adversário
será considerado o vencedor, todos prontos?! Comecem!” A pokemon normal
anunciou baixando o braço direito.
“Milcery é a
sua estreia, vamos construí-la juntos!” O coordenador sorriu com um giro e
atirando a esfera para o alto.
“Ponyta aqui
vamos nós!” O garoto de Verdanturf ergueu um braço para cima e atirou a
pokebola com um único gesto.
As duas
esferas atiraram seus feixes de luzes quase ao mesmo tempo revelando a pokemon
creme de leite que girou balançando os bracinhos. Enquanto Ponyta
materializava-se para fora do objeto, sua crina exibia um brilho fraco enquanto
ela olhava ao redor com uma expressão confusa.
“Me desculpe,
Ponyta, eu não compreendi você direito, mas agora eu entendo melhor e sei do quanto
é complicado lidar com os poderes do seu chifre, mas você não precisa passar
por isso sozinha, vou estar com você!” Chamando pela pokemon o menino sorriu
para ela enquanto falava.
A aura de
sentimentos ao qual ele emanava circundou o local, ressoando em seu chifre e
permitindo com que a unicórnio se sentisse mais calma.
“Pony Ponyta!”
Assentindo em resposta emocionada com o gesto dele, sorriu se voltando para a
sua oponente.
“Desse modo
aqui vamos nós! Comece com Confusion!” Gritou o garoto erguendo o braço para
frente.
“Certo,
Milcery, vamos começar o preparo nessa Cafeteria com o seu Aromatic Mist!”
Estalando os dedos, o outro comandou.
Mantendo as
quatro patas sobre o chão, Ponyta sentiu seu poder psíquico fluindo por seu
corpo e o concentrou no chifre. Criando uma esfera arroxeada na ponta dele, ela
disparou um feixe em espiral na direção da fada.
Balançando seus bracinhos, Milcery respingava fluidos de creme para todos os lados, estes estouravam evocando partículas de brilho que preenchiam o ar criando uma névoa fina. O cheiro se propagou pelo ambiente o que evocou memórias para Wally de quando sua mãe costumava fazer o doce preferido dela: pão de mel.
No entanto, a
batalha ainda estava acontecendo, o cheiro da névoa deixou Milcery maravilhada
pelo cheiro ao redor, enquanto seu corpo tornava-se mais espesso e sua defesa especial
mais alta. O feixe da unicórnio a acertou em cheio, a pressionando alguns
centímetros para trás, sem causar tanto dano.
“Você
realmente gosta disso não é? É muito bonito! Sinto que poderemos construir
muita coisa com esse movimento, mas agora é nossa vez, Milcery o especial da
casa com Draining Kiss!” Gritou o garoto com o indicador para frente.
“Bem, se ele
fortificou a defesa especial, precisamos tentar ataques diretos Ponyta desvie
dos ataques e use Tackle!” Wally contra-atacou contraindo um braço para perto
do peito enquanto estendia o outro para a direita.
Ponyta raspou
um casco dianteiro sob a grama no solo, tomando fôlego para iniciar sua corrida
em direção a fada. Sua oponente ainda encantada com o cheiro no ar, sorriu
satisfeita, fazendo o topo de sua cabeça de creme mover-se como se o leite
estivesse fervendo.
Milcery
brilhou em tons de rosas, movendo seus bracinhos como se desenhasse pelo ar.
Formando lábios que incendiaram-se com um brilho rosa e foram enviados como
bombas em direção a psíquica.
Galopando pelo
terreno, Ponyta esforçava-se para desviar dos ataques atirados contra si. Eles explodiam
pelas laterais deixando a grama suja de creme e com um brilho no ar. As explosões
desconcentravam a unicórnio enquanto seu chifre captava a intensidade das ondas
de confiança de Urbain e a empolgação de Milcery.
“Ponyy...”
Fechando um olho enquanto se aproximava, a pokemon não viu quando um dos lábios
brilhantes veio em sua direção, a acertando diretamente e a lançando ao ar.
“Wally!”
Audino chamou pelo menino.
“Ei o favoritismo
ai ein!” Urbain desdenhou por cima.
“...Preciso
fazer alguma coisa, Ponyta você consegue, não desista!” Com a voz alternando
entre altos e baixos, ele tentou chamar pela parceira, seus sentimentos
traçaram uma linha indo em direção ao chifre da pokemon que interceptou o
sinal.
Utilizando-o
como base para se manter, Ponyta reposicionou-se, voltando a galopar pelo
gramado ela se jogou em direção a Milcery que recuperava os danos perdido e foi
atingida pela golpe e atirada contra o chão com mais danos.
“Você melhorou
um pouco em confiança, mas é bom que aprenda que movimentos físicos tem suas
desvantagem, Sweet Kiss e confunda-a!” O garoto de cabelos rosados comandou cerrou
as duas mãos em punho e contraiu os braços para perto do abdômen.
“Não vamos
perder dessa vez, F-Fairy Wind e disperse-a!” Wally respondeu comandando a
primeira coisa que conseguiu pensar.
Com Ponyta ainda
se reposicionando após o impacto, Milcery aproveitou flutuando e unindo as duas
mãos e criando uma bola feita de creme. A fada depositou um beijo na mistura
que se acendeu em rosa, a pokemon soltou a esfera na direção da oponente.
A unicórnio pousou
no chão já acendendo sua crina, de seu chifre um pulso de vento em circulo
surgiu e se propagou tentando varrer o golpe oponente atingindo Milcery novamente,
mas não sendo o suficiente para destruir o ataque que a atingiu.
Sentindo seu chifre
ficar mais pesado, suas pernas pareciam trocadas de modo que não conseguia se
orientar. Tudo ao seu redor tinha cheiro de doce e a risada do pokemon creme de
leite estava presente por todos os lugares.
“Ponyta! Ponyta me escute, por favor!” Pediu o treinador de cabelos verdes sem conseguir ser ouvido.
“Muito bem,
Milcery esses são nossos primeiros clientes, então vamos oferecer uma cortesia!
Prenda-a com creme sobre o chão!” Testando suas ideias, o menino de mauville
parecia se divertir.
Criando uma
esfera esbranquiçada, Milcery girou disparando uma rajada de creme sobre o
solo. Esta logo tornou-se espessa prendendo as patas de Ponyta sobre o chão, a
pokemon agora não conseguia mover-se.
“Gostou? Toda
cafeteria que se preze precisa ter um bom chantilly! Milcery vamos continuar
com Draining Kiss!” Desdenhando, Urbain voltou a comandar erguendo a mão
aberta.
“Acho que
estou ficando enjoado de tanto doce...nesse ritmo vamos perder...Ponyta, você
precisa me escutar, saia dai! Como vamos lutar desse jeito?!” Perguntou-se o
garoto olhando as próprias mãos como se tentasse obter uma resposta.
“Mil Mil Milce
MIL!” Milcery voltou a girar em torno da própria silhueta, desenhando um lábio
gigante no ar com as mãos. Este se acendeu em um tom rosa quando ela o disparou
contra Ponyta e a acertando em cheio.
O corpo da
pokemon foi iluminado em rosa a medida que um pouco da sua vitalidade era
sugado e convertido em cura para a oponente, que agora restaurava uma pequena parcela
dos danos.
Ponyta
continuava sem entender o que acontecia, tudo ao seu redor parecia tão
silencioso que ela não conseguia compreender como seria possível existir dessa
forma. Olhando de um lado para o outro ela buscava o que sentia antes, algo
para se apegar.
“O chifre dela funciona como um radar atraindo sentimentos de forma natural” As palavras do criador voltaram a Wally, o menino concentrou-se fechando os olhos, focando no sentimento que gostaria de transmitir a pokemon.
“Desistiu? Vai
ser outra vitória minha! Ataques de fada não funcionam tão bem contra psíquicos,
então vamos finalizar a moda antiga, vá buscar a conta com Tackle!” Com um giro
o garoto parou em sua pose com o dedo erguido em V.
“Ponyta, você
me deu coragem para buscar meus próprios sonhos, eu não sei bem como te ajudar,
mas quero muito tentar, essa sensação, a sensação de que podemos fazer algo
juntos é algo que nunca havia sentido e quero continuar fazendo isso com você!”
Imaginando essas palavras condensadas numa espécie de orbe, o menino ergueu as
mãos como se realmente a segurasse, em seguida, ele a dispersou ao redor.
Em meio ao
silêncio, Ponyta sentiu um ponto de luz vindo de seu chifre. Sem entender o que
aquilo significava ela sentiu uma onda em forma de anel até ela. Os sentimentos
pareciam querer abraça-la, junto dele, outros também vieram, mas ela escolheu
ignora-los e focar no que era importante para si: Wally.
Abrindo os
olhos, ela se voltou contra Milcery que rumava em sua direção.
“Ponyta! Agora use Confusion ao seu redor e ataque com tudo que você tem!” Wally pediu determinado.
“Milcery não deixe que saiam sem pagar a conta, acabe com ela!” Urbain comandou erguendo o indicador.
Ponyta com as
patas presas no chão, baixou a cabeça e energizou seu chifre em tons de roxos. A grande quantidade de ondas voltou, mas ela esforçou-se fazendo surgir ao seu redor ondas psíquicas, elas ganhavam vida e se levantavam numa cúpula brilhante,
a fada adentrou o movimento no momento em que a unicórnio fechou o ataque.
Acertando Ponyta
em cheio, tirando seu controle do movimento que explodiu em pulso de poder
levantando fumaça ao redor e jogando as duas pokemons para lados opostos, assim
que a fumaça passou revelou ambas inconscientes.
“E acabou,
como ambas as pokemons estão incapazes de continuar, a batalha será considerada
um empate!” Audino proclamou baixando a mão e encerrando o combate.
“Ponyta!”
Gritou o garoto indo até ela e a pegando no colo.
“Pony Pon...”
Envergonhada ela se desculpava.
“Você foi
incrível, Ponyta, vamos trabalhar melhor nisso!”.
“Milcery,
muito obrigado, você usa seus movimentos de uma forma muito divertida e sinto
que nos daremos bem juntos, inclusive acho que te chamaria de Big Big” Urbain
segurava a pokemon em seus braços, enquanto ela sorria cansada pelo esforço da
batalha.
“Tragam as
duas aqui, eu irei cura-las” Audino ofereceu esfregando ambas as mãos que
começavam a emanar uma aura esverdeada, os dois garotos colocaram suas pokemons
no chão enquanto a pokemon normal dispersava sua aura entre elas buscando
revitalizar suas feridas.
“Parabéns pela
batalha e obrigado pela companhia hoje, você evoluiu muito desde que nos
conhecemos” Urbain elogiou o garoto e em seguida, suas bochechas enrusbeceram “Mas
você ainda precisa praticar uma combinação decente se quiser participar em
Mauville”.
“Obrigado, eu
ainda estou tentando entender a Ponyta, ainda não tive tempo direito de pensar
nisso, mas creio que até lá devo conseguir alguma coisa, você vai participar do
contest?” Perguntou o garoto.
“Acho que não,
preciso passar em casa e falar com os meus pais o que...provavelmente vai me
levar um tempo, mas usarei esse tempo pra conhecer melhor a Big Big e testar
novas combinações com Ímola” Olhando no horizonte como se pudesse enxergar o
que o esperava ao final da rota, ele explicou.
“B-Boa sorte,
eu acho, espero que fique tudo bem...se quiser quando chegarmos em Mauville
podemos ir em algum lugar, eu não conheço a cidade muito bem e você parece
gostar...” Sugeriu o garoto de cabelos verdes sem saber o que dizer.
“Ora, como
pode você ter saído desse fim de mundo de cidade e estar me dizendo para ficar
bem! Mas obrigado, pegue o meu ID do pokegear e podemos conversar quando
chegarmos lá” Disse enquanto tirava o aparelho do bolso, exibindo os números
para que o outro anotasse.
Em seguida,
com as duas pokemons curadas, eles se despediram tomando caminhos opostos nas
rotas.
“Audino, o que
foi que você ficou calada hoje? Quase não falou nada” Sem entender, o garoto a
observou sem reconhecer a atitude.
“Não foi nada,
só estava ocupada pensando em algumas coisas” Audino respondeu, recordando de
um trecho que lera no livro:
Segundos pesquisas
registradas pelo professor Birch, a região de Hoenn é marcada pelo que ele chamou
de assentamentos enérgicos. Onde existe um fluxo maior que impera a natureza,
mas é marcado por assentamentos que seriam concentrações de poder indo além do
que os pokemons comuns conseguem manifestar e afetando todo o ambiente.
Esses assentamentos
se caracterizam por terem 5 tipos de natureza: elétrica, dracônica, gélida,
metálica e rochosa. O professor teoriza que essas energias no passado
alternavam seus domínios pela região influenciando todo o clima, mas por algum
motivo, as cinco energias se estabilizaram ou foram estabilizadas, mas ele
ainda propõe uma última teoria: de que cada ser vivo em hoenn possui uma
predisposição para um dos 5 tipos de assentamentos e de que os pokemons
lendários possuem poder acima deles, por isso são tão fortes.
“Se eu não sou
mais um pokemon comum e nem um lendário, então o que eu sou?” A pokemon
perguntava-se em seu interior.
As águas da
enseada estavam calmas naquele momento. Elas pareciam fazer carinho sobre as
rochas nas quais os bancos a frente do Porto de Lilycove localizava-se. O porto
composto por três compartimentos marcando as divisões por torres de telhados
vermelhos, possuindo uma entrada principal ao qual pelo horário ao entardecer
recebia seus últimos visitantes ou passageiros.
Lisia estava
sentada em um dos bancos de madeira de frente ao local, ela conseguia
vislumbrar o cais, o tom cinza de concreto preenchido com o dourado do sol no
horizonte produzia uma bela vista, as últimas pessoas já haviam percorrido a
extensão do caminho e os marinheiros faziam os últimos ajustes das embarcações.
Ali estava
empoleirada sobre a cerca de madeira avermelhada, de olhos fechados, ela
aproveitava o som fraco das águas, enquanto Luna deitava-se ao lado de Lisia no
banco descansando após a performance, a coordenadora de cabelos azuis claros
encarava a fita no novo case que recebera após a vitória.
O primeiro
espaço estava preenchido, os outros quatro ainda esperavam as novas conquistas.
A menina tinha o ombro erguido sob o joelho segurando o pokegear que aguardava
a chamada ser atendida do outro lado.
Após o BIP característico,
uma voz cansada atendeu o telefone.
“Wallace...digo
tio, como está hoje? Você viu a minha vitória de hoje, pensei em novas
combinações usando o Heal Bell da Luna e...” A garota começou empolgada, mas
logo um suspiro do outro lado da linha foi como um abafador das suas palavras.
“Infelizmente
não vi, manter a empolgação na copa wallace exigiu muito de mim, mas parabéns
pela vitória, eu fui chamado pra ser juiz de um contest, mas não sei se irei,
amanhã irei ao cemitério de Sootopolis, terá um ritual em homenagem devido a um
mês de falecimento do Juan e...” Wallace interrompeu as próprias palavras.
“Entendo, tem
alguma coisa que eu possa fazer por você? Podemos ir juntos no contest, eu
posso competir!” Lisia ofereceu com a voz apressada.
“Obrigado
Lisia, mas agora não...eu preciso desligar agora! Tenho que ajudar o Steven a
se preparar para uma expedição” Ao finalizar as palavras, a garota escutou o
som característicos da ligação finalizando.
Fechando o aparelho
em suas mãos ela baixou ambas na altura dos joelhos, antes que a garota tivesse
tempo de processar o que sentia um barulho de estrondo preencheu o local. Luna
levantou a cabeça curiosa e em seguida correu em direção as escadas que levavam
a pista de movimentação de cargas e passageiros.
“Eii! Luna,
volte aqui, Ali vá atrás dela!” Pediu a menina para a ave dracônica que
levantou voo em direção a companheira de equipe.
Lisia correu
descendo pela rampa de acessibilidade com corrimões metálicos, fazendo um
movimento de ida e volta até estar no mesmo local que a gata. Ali bateu suas
asas e pousou ao lado de uma lixeira caída na pequena área de vivência com
alguns bancos e gramados para os passageiros.
Revirando os
olhos, a garota se dirigiu até o objeto metálico caído, o levantando e assim
que o fez ergueu as sobrancelhas surpresa. Skitty cutucava um ovo de pokemon
com a cauda, enquanto este sacudia-se de forma bruta.
“Meu deus o
que é isso?!” Gritou a garota.
Notas finais: Esse capítulo ficou enorme, mas me orgulhei muito de cada linha, espero que tenham gostado de apreciar um pouco mais desses personagens e que estejam dispostos a apoiar suas jornadas <3.













































































































PONYTA? ELA É PSIQUICA
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ai eu AMEI esse capítulo, foi tão gostosinho junto das músicas ver o wally e a audino e a pony poo saindo de casa pra começarem uma jornada, ai ficou tão adorável e de certa forma um movimento de retomada de uma era mais simplória com o encanto de estar saindo de casa simplesmente pra se maravilhar com o que vem por aí, mesmo que o wally tenha dado 5 passos, ficado sem ar e pensado que não sabe o q está fazendo, mas esse primeiro passo é importante e seguir o urbain (ou alguém) nessas horas também é válido, gosto do wally falando sobre sair daquele mukifo de cidade e se sentir alguém novo também, isso é bem legal e enquanto isso a audino mesmo que compreenda ela está cheia de dúvidas tbm, a ponyta sendo doente, quero dizer, sensível, ela deve ter captado tantas dúvidas desses dois que só faltou morrer ali mesmo
de certa forma o day care foi bem colocado aqui e acabou ajudando a todos, amei toda a sequência de adoção da milcery que não pode ver um cheiro que já vai atrás, imagina ela sendo comida pela mega victreebel jesus coitada, eu amei a Big Big e espero grandes feitos de seu Draining Kiss que perturbou muito a ponyta, adorei ver uma luta de uma milcery vc foi mto criativo, e adoro o tackle sendo quase um movimento ancestral do jeito que eles comandam KKKKKK
o wally está percebendo mais sobre como ele também pode afetar ao seu redor e criando mais consciência sobre isso, a mudança de postura na batalha foi bem legal e acho que a ponyta pode ajudar ele na recuperação dele também, tipo uma terapia talvez, fico pensando se o hop não fez questão que fosse uma ponyta por isso
and O QUE AUDINO LEU NO LIVROOOO A LORE GOSTOSA DELICIOSA ai me tremi todo sabendo desses details, estou muito animado para ver mais sobre, adorei as palavras que vc usou nisso aí e gente o birch pela 1 vez sendo retratado como alguém que estuda alguma coisa como eu adoro
amei tbm a descrição da audino sentindo o fluxo no começo e dps se perguntando o que ela é
e temos a parte da Lisia no capitulo, o que parece um novo núcleo da história que me pergunto se vai se cruzar com Liza e Wally em algum momento, e acho que vai sim porque o wallace menciona o steven e a expedição, e no núcleo da liza também vemos um pouco disso, parece que eles vão se encontrar em algum momento e o que será que vai acontecer para unir essas 3 mulheres liza, wally e lisia? um beijo lopunny liza
ResponderExcluiramei muito a batalha com o chaz, os movimentos estavam ótimos, mesmo que a skitty nojenta luna da lisia tenha vencido, gente se eu fosse ela teria vergonha, isso tudo será que é falta de dinheiro pra comprar outra pokebola? agora com esse ovão aí deve bem nascer uma eevee pq ela é mulher
amei muito o water pulse na onda e o heal bell ficou magnífico, ao mesmo tempo que o vaccum wave do hariyama usado dessa forma mostra bem o estilo do chaz, que mesmo nesse contest parece estar tentando coisas novas já que a lisia menciona que ele está usando os movimentos de outra forma, acho isso legal, agora ele querendo virar anfitrião será que vem aí? fiquei triste no final com o wallace falando desse jeito com a lisia mas eu ri do juan ter morrido ai coitado acho bem que foi a skitty que matou, e a Ali empoleirada tbm me fez sorrir
gosto das dúvidas, gosto da música e amo a finalização do capitulo com o wally criando um vínculo com o urbain, trocando numero, cada um indo pra um lado (quem serão os pais delu??), ficou tudo tão bonitinho e orquestrado, me deu uma sensação muito agradável de começo para essa história
estou muito contente parabens