Notas Iniciais: Olá! Pensei nesse capítulo durante muito tempo, e sinto que estou muito satisfeito com ele. Liza visita o mercado de Mossdeep enquanto isso Audino sente uma presença perigosa
Capítulo 9: Você
realmente se enxerga como tão especial? Esse desejo não é somente seu!
No cais da
cidade de Mossdeep, do lado direito ficava a área responsável por encher
embarcações com cargas de produtos e mercadorias produzidas na ilha. Os marinheiros
e carregadores trabalhavam identificando as cargas e as alocando nos barcos que
possuíam apenas uma cabine e o espaço onde a carga ficaria disposta.
Do outro lado, ficavam as embarcações que transportavam as pessoas para cidades, Liza estava parada ao lado de Tate, ambos observavam sumir no horizonte o barco que levava seu pai e Steven, o campeão da região, para a expedição na Meteor Falls. A garota engoliu em seco enquanto lidava com o fato daquilo realmente estar acontecendo e ela não poder fazer nada a respeito.
Os irmãos sabiam
as opiniões de cada um e desde o dia em que lutaram na praia as coisas entre
eles estavam ainda pior. Com os dedos entrelaçados para baixo, ela sentia a brisa marítima soprando seus cabelos para trás, elevou as mãos apertando o lado que usava para manter seu coque conforme o pequeno
aglomerado de pessoas que também fora se despedia de seus parentes dispersava.
“Vou voltar
para o Centro Espacial, não esqueça que amanhã teremos de ir a Lilycove pra a
classificação dos ginásios de Hoenn” Foi o que Tate lhe disse antes de partir.
O dia estava
ensolarado, a adolescente passou os últimos dias se dedicando a completar o
programa de iniciação cientifica, mas sentiu que precisava de um momento para
respirar. Enquanto Tate seguiu pela avenida a esquerda, ela tomou o caminho da
direita em direção ao mercado local.
A cidade era
famosa por treinadores e aventureiros que gostavam de se arriscar em trilhas,
também havia um tradicional circuito de campeonato de pesca que sempre
acontecia na ilha, além da vegetação que povoava a praia como seu principal
diferencial.
“Oie Liza!”
Uma senhora a cumprimentou enquanto voltava do mercado com as compras para o
dia.
“Bom dia Liza,
vai querer o jornal?” Sorriu uma mulher que passava carregando uma bolsa com
alça atravessada pelo corpo repleta de papéis em tons cinzas timbrados com notícias.
“Claro, Julia,
estou ansiosa pelas notícias dessa semana!” A líder de ginásio aceitou
segurando o conjunto de papel seguindo em sua caminhada.
Conforme
passava por casas construídas com madeira e telhas avermelhadas, Liza conferia
as notícias como o fato de que Zuleide da rua de baixo perto da praia, havia
capturado um Snorunt, enquanto guiava um grupo de bikers pelas cavernas e
estava sofrendo pressão familiar para fazer um chá revelação do pokemon.
“Como vou
saber se tenho um glalie ou uma froslass na família? Ela não pode nos impedir
de saber!” Afirmava um dos filhos de Zuleide.
“Gênero é uma performance e quero que Snorunt seja livre!” Zuleide alegou em entrevista ao jornal.
Ao chegar ao
mercado, uma construção de madeira pintada em tons de marrons que combinava com
a areia da praia. Seu entorno era adornado com a vegetação típica da cidade,
grandes janelas nas laterais permitiam visualizar o mar enquanto realizava as
compras e bem na entrada uma placa informava: Mercado de Mossdeep.
Passando pela
porta de entrada, ela seguiu entre as boxes com diferentes comerciantes
trabalhando naquele momento, o movimento não estava lá muito grande, porém as
pessoas pareciam agitadas por um motivo ao qual a garota desconhecia.
“Você soube? A
praia estava coberta de lixo depois que o Centro Espacial notificou que daria
para ver um cometa dali” Uma senhora que vendia chaveiros feitos com madeira
dos galhos das árvores ao redor da praia.
“Eu vi várias
barracas armadas ontem e quando passei ali de manhã só vi embalagens e coisas
jogadas ali, acho que decidi e eu vou querer esse aqui da Geeta” Uma criança comentou
apontando para o chaveiro de uma mulher com um longo cabelo com detalhes
amarelos.
“Tem certeza?
Um senhor devolveu ele ontem, pois disse que depois que comprou só deu azar!
Mas se você quiser temos da Diantha também, ainda não vendeu nenhum” Ofereceu a
artesã.
A garota
seguiu sua caminhada esbarrando num senhor que a olhou irritado, mas ao
reconhece-la, abriu um sorriso voltando a falar com o vendedor.
“Como assim?
Eu preciso de cheri berry pra fazer a geleia do meu bolo, acabou meu estoque
ontem e preciso fazer mais pra vender!” O senhor comentou indignado.
“Devido à alta
demanda de ontem, acabou tudo o que eu tinha, os turistas compraram tudo!”
Lamentou o vendedor tentando procurar mais.
Após passar
por três corredores, Liza virou a direita passando por mais uma boxe, até estar
diante da loja de sua amiga Eleonor que junto de sua mãe vendia artigos
importados de outras cidades como livros de receitas, de locais, artigos
decorações e demais itens empilhados em prateleiras e indo até o final da loja.
“Oi Eleonor!
Tudo bem? Como estão indo as vendas?” Perguntou a líder psíquica chegando em
frente ao balcão da loja na diagonal, o sol ensolarado fazia um dia lindo, mas
também deixava aquele lugar bastante abafado.
“Ah, oi Liza,
olha não estão lá muito bem, as pessoas estão muito irritadas com o incidente
das árvores nas praias e não estão lá muito dispostas a comprar artigos de
outros locais” A garota de cabelos cacheados comentou apoiando o rosto em sua
mão esquerda.
“Que incidente
foi esse? Não estou sabendo” Liza respondeu interessada no assunto.
“É óbvio que
não está sabendo, e como assim as pessoas estão irritadas? Você também estava
reclamando desse assunto bem antes dela chegar!” Bruniel, um garoto que
trabalhava como ajudante no estabelecimento surgiu com os olhos baixos e a boca
contraída em uma expressão irritada.
“Bruniel agora
não, por favor, se controle” A garota virou-se para ele falando entredentes.
“Eu não
estou entendendo, eu fiz alguma coisa errada?” A líder de ginásio perguntou
olhando de um para o outro, normalmente eles costumavam ser amigáveis.
“O evento do
cometa divulgado pelo seu centro espacial foi ótimo, muitas pessoas, e aqueles
que não conseguiram ficaram até na praia, só esqueceram de avisar para ficarem
longe da área onde as árvores caíram devido ao navio que bateu contra elas” O
menino de cabelos escuros começou enquanto carregava um vaso decorativo com
padrões semelhantes aos de plusle e minun.
“Bruniel!” Repreendeu
Eleonor, mas ele continuou.
“E a operação
de retirar essas árvores do mar ficou ainda mais difícil com a praia lotada de
pessoas! Atrasou a chegada dos Spheal e Sealeo que trocam suas presas e
colaboram para a pesca e dificultou bastante os produtos aqui!” Bradou Bruniel
com as sobrancelhas arqueadas conforme a intensão de suas palavras ficava mais
claro.
“Eu não
sabia...eu não estava nem sabendo desse evento!” Liza justificou-se erguendo as
mãos para cima numa ato de defesa.
“É óbvio que você
não sabe e ninguém vai te culpar, sabe porque? Por que mesmo que você ame ficar
aqui conosco brincando de uma cidadã comum, você é filha deles e te
desrespeitar seria impossível, no fim do dia, você vai voltar pro seu palácio
de pesquisas e nós vamos ficar aqui!” Disparou o menino apontando para ela que
arregalou os olhos sem ter o que dizer.
“Nunca havia pensado por esse lado...”
Pensou em desculpar-se, mas como pediria desculpas por isso? Queria ter
respostas, mas só conseguia se sentir como uma criança sem assumir responsabilidades
pelo que fez.
“BRUNIEL! Liza,
isso não é culpa sua, você não tem como ir contra tudo isso e nem pediu pra
essas coisas acontecerem, ele só está descontando uma raiva que não tem outro
lugar para extravasar!” A caixa da loja buscou tranquiliza-la enquanto
disparava um olhar indignado para o menino que deu de ombros.
“Não...eu
entendo...eu...acho que estou de saída, com licença!” Envergonhada e sem saber
como reagir a essa situação, a garota saiu do estabelecimento.
Apressando o
passo, ela baixou a cabeça, juntando as sobrancelhas quando a irritação
balançou seu peito e ela seguiu mantendo os braços rente ao corpo. Sentia como
se todos conseguissem ver as suas falhas e detestava esse sentimento.
Desde a batalha
contra Tate, suas ações por mais que rodeadas de suas boas intenções,
terminavam numa espiral de consequências as quais ela não havia previsto. Ela lembrou
da pokebola de Lunatone, ainda travada em seu bolso, um lembrete constante de
que ainda estava falhando.
Antes de sair
da estrutura, ela ouviu um zumbido em seu ouvido. Com a mão direita ela pegou
em sua orelha, em alguns instantes o barulho cessou e ela decidiu voltar ao
laboratório.
A jornada de
Wally e Audino continuava em direção a Mauville, eles estavam bem próximos da
cidade, sendo necessário apenas atravessar o bosque Verdan, que possuía uma
trilha delineada para que os viajantes não se perdessem. Entretanto a vegetação
também estendia-se para os lados.
Alguns guardas
florestais vindo da cidade faziam ronda pelo local e ofereciam suprimentos aos
viajantes e pokemons que necessitavam de ajuda. No momento, Wally estava
próximo a entrada do bosque, em uma área de vegetação que utilizava como campo
de batalha.
Audino havia
improvisado um banco feito de um tronco de árvore, segurava em seu colo a
mochila do garoto e o kit de oxigênio enquanto balançava os pezinhos para
frente e para trás. Conseguia sentir o vento a cumprimentando e a vegetação do bosque
parecia saudá-la, como se fossem suas amigas, o que ao mesmo tempo que a trazia
certo conforto, era como ter uma multidão a observando atrás de si.
“Será que as
árvores falam mal das pessoas?” Perguntou-se em sua mente, voltando sua atenção
para o garoto a sua frente.
“Estamos perto
de Mauville e o contest está mais próximo do que nunca, precisamos polir nossas
habilidades o máximo que conseguirmos!” Wally comentou cerrando o punho e
olhando de Ponyta a Oddish que estavam a sua frente.
“Pony Ponyta!
Pon!” Relinchou a equina se colocando de pé em duas patas.
“Oddish Dish!”
Oddish ainda não entendia exatamente tudo aquilo, mas se pudesse dançar e
chamar a atenção estava disposta a tentar.
“Certo, assuma
a frente Ponyta vamos usar o seu Psychic Shield, inicie com Confusion!” O
menino ergueu a mão para a frente.
Se colocando a frente dele, Ponyta baixou a cabeça, fechou os olhos e manteve a concentração em seu chifre. Este faiscou em partículas coloridas, até acender como uma vela e incitar as ondas psíquicas em tons arroxeados a dançarem ao seu redor.
“Agora forme a
barreira!” Comandou trazendo o punho cerrado para perto do peito.
“Pooonyta!”
Abrindo os olhos, a Pokémon envolveu a energia com seu poder e a manteve sob o
seu controle, as emoções de Wally ressoavam em seu chifre e, apesar do peso
delas, formou um círculo em torno de si.
Ergueu a
cabeça à medida em que paredes psíquicas eram construídas seguindo o movimento
do seu pescoço formando uma redoma com a unicórnio no centro.
“Incrível, Ponyta! Você está melhorando em controlar a energia, seria bom se pudéssemos usar enquanto você corresse...mas podemos trabalhar nisso” O menino de cabelos verdes a parabenizou enquanto pensava em como utilizaria isso da melhor forma em um combate.
“Ddish...Oddish!”
Inflando as bochechas, a pokemon planta observava incomodada o sucesso da
amiga, e então saltou para a frente de Ponyta empurrando-a.
“Pony-Ponyta!”
Incomodada a unicórnio gritou para a parceira de time.
“Ei vocês
duas, acalmem-se! Oddish não pode empurrar os outros desse jeito, precisa
esperar o seu momento!” Repreendeu o garoto a fitando nos olhos enquanto Ponyta
mantinha-se ao seu lado.
“Oddish
Oddish!” Virando o rosto com um bico, ela discordou do treinador.
“Mas tudo bem,
é o seu momento agora Oddish, estive pensando em uma forma de melhorar os seus passos de
dança e acho que sei o que fazer” Wally comentou observando-a nos olhos e
atraindo a curiosidade da planta.
“Oddish?”
Perguntou curiosa.
“Sei que gosta
de dançar, mas acredito que dê pra tornar essa dança mais especial, Lisia
costumava utilizar gelo para aumentar a velocidade de movimentação da Luna
durante o grande festival, acho que podemos fazer algo parecido” Propôs o
treinador baixando os olhos enquanto falava com a nova parceria.
“Oddish Ddish”
Argumentou a planta ficando incomodada com a situação
“Calma,
garanto que isso não vai ofuscar ou impedir algo na sua dança, vamos só tentar
okay?” Perguntou o garoto de cabelos para a planta que virou de lado concordando, mas fazendo
bico.
“Certo agora
avance correndo e salte enquanto atira Acid!” Comandou erguendo a mão.
Decidindo
tentar, a pokemon disparou pelo campo verde, suas folhas balançavam por trás de
si. Ela flexionou as pernas e saltou no ar, inflando as bochechas com um giro e
em seguida cuspiu uma torrente de ácido em tom roxo que sujou o campo abaixo de
si.
“Agora passeie pelo ácido!”.
Voltando ao
chão, ela correu em direção ao chão coberto e conforme passava pelo líquido
corrosivo, ele reagia ao seu corpo veneno e mudava a textura se tornando mais
maleável, ao ponto da pokemon sentir a fluidez dos seus movimentos aumentando.
Como se
patinasse pela grama amolecida pelo movimento, a pokemon sentia o vento em suas
folhas e abriu um sorriso. Erguendo a perna, ela saltou com uma cambalhota,
pousando de volta no chão com um sorriso satisfeita.
“Deu certo,
você é incrível, Oddish! Acho que é o número perfeito para a nossa
apresentação” Wally comentou a ela.
“Oddish Dish!”
Comentou erguendo o rosto confiante, em seguida, virou-se para Ponyta exibindo
a língua em deboche, o que deixou a unicórnio incomodada ao se sentir
desafiada.
“Vamos
continuar praticando!”.
Alguns
instantes depois, um garoto de cabelos roxos cacheados e jaqueta azul com uma
gola felpuda caminhava cabisbaixo em direção ao final da rota. No entanto,
barulhos de grama atraiu sua atenção e ao focar seu olhar conseguiu vislumbrar:
era Wally e parecia estar no meio de um treinamento com suas pokemons.
“Então você
capturou uma Oddish depois de quase morrer sem respirar por conta do pó dela?
Não é meio perigoso você andar com isso?” Hop perguntou preocupado, enquanto
estava sentado em um banquinho feito de tronco.
Ele, Wally,
Audino estavam sentados em banquinhos, o galariano havia preparado alguns
muffins na cozinha do centro pokemon antes de sair em jornada e agora
compartilhava o lanche com o amigo junto de um suco feito com um mix de frutas
amarelas de Hoenn.
“Não tinha
pensado nisso...mas até agora tem dado certo, eu juro, porém ainda preciso
melhorar muitas coisas” Sorriu o menino de cabelos verdes e o amigo notou como
ele parecia diferente e um pouco mais leve.
“O que
exatamente?” Hop perguntou com a boca cheia após morder um muffin.
“Com a Ponyta, não é
exatamente um problema, mas o chifre dela funciona quase como uma antena de
rádio, ela capta as ondas de emoções o tempo todo e isso a deixa cansada ou
exausta muito fácil...o que me deixa inseguro se serei o suficiente para
controlar isso em batalha” Admitiu enquanto encarava o suco em sua mão.
“Hm, sabe,
normalmente quando se usa um rádio, por mais que você tenha vários sinais, é
preciso sintonizar em um canal para poder estabilizar e ouvir, com a Ponyta
pode ser a mesma coisa” O galariano comentou após engolir o resto do bolinho e
relembrar da professora Magnólia escutando rádio em seu laboratório.
“Sintonizar em
um canal...como posso aplicar isso para ela...” Wally repetiu para si mesmo
enquanto as palavras ecoavam em si.
“Mas e você? O
que tem feito?” Audino perguntou.
“Eu...eu
tentei capturar um Wurmple, procurei na rota inteira, no parque wepear, no
daycare e até com um senhor idoso chamado Dave que me contou uma história sobre
Wurmple poderem evoluir em hisui, mas entendi nada” Respondeu colocando as mãos
nos bolsas da jaqueta azul e focando em outro lado da história.
“Um wurmple? Mas porquê?” Wally perguntou interessado.
“Li um pouco
sobre ele no guia de biomas que o professor Birch me deu quando escolhi o
Tokito, ele fala sobre como os wurmples são um mistério até o momento da
evolução e que não tem como saber se irá virar um dustox ou uma beautifly,
achei interessante como elas parecem não se planejar só aproveitam a sensação
de ser elas mesmas” Com os olhos baixos, uma sensação entorpecente em seu peito
tomou conta de si formando um sorriso fraco enquanto deixava seus pensamentos
fluírem.
Em seguida,
Hop retornou a expressão normal.
“Não sei se
entendi direito, mas tudo bem. Você acha que tem Wurmples por aqui Audino?”
Perguntou o menino a pokemon rosa.
“Olha, é
provável que tenha no bosque, as wurmples diferente de lagartas como caterpie
costumam descer para comer grama rasteira, então se procurar bem podemos achar”
Audino aconselhou.
“Então vamos!
Vamos ajudar a encontrar sua wurmple!” Wally encarou o amigo nos olhos com um
sorriso.
“Obrigado,
Wally e Audino” Hop sentindo seu humor habitual voltar a preencher seu peito,
levantou-se para arrumar as coisas.
Enquanto arrumavam
as coisas para partir em busca de explorar o bosque, Audino verificava os
suprimentos em sua ecobag. Detestava como a bolsa pesava, mas o peso do
cancelamento pelos ativistas de Fortree certamente seria maior se parasse de
usar.
No entanto, um
pulso soprou por suas orelhas, as árvores pareciam se agitar, o fluxo soprava
de forma natural, mas algo parecia estar próximo de interromper seu caminho. A
natureza ao redor pulsava e gritava em sua mente como um amontoado de vozes
dizendo que algo estava errado, um desespero percorreu seu peito, mas buscou
acalmar-se.
“Wally, Hop,
vocês precisam correr, agora!” Audino gritou para os dois.
“O que? Mas
porque?” Hop perguntou.
“O
que...espera, agora?” Wally perguntou para a pokemon que apenas o olhou séria e
o menino entendeu o recado.
As árvores, o
ar, o lago próximo, as folhas, a grama e até as nuvens lhe alertavam: alguém
invadiu aquele domínio, sua presença estranha causava uma espécie de repulsa
pela energia que lhe saudava.
Era diferente
da criatura que enfrentara anteriormente no estádio de Verdanturf que
simplesmente não fazia parte do fluxo natural das coisas, o ser que agora
aproximava-se parecia rejeitar o fluxo por vontade própria.
“Temos que ir,
agora!” Wally gritou segurando a mão do menino, com as coisas em mãos correram
na direção da floresta.
Audino moveu
os dois braços acima do peito modelando um quadrado brilhante em tons
esverdeados, havia percebido a movimentação estranha próximo a entrada do
bosque, ela enviou a energia e a expandiu em um escudo acima dos dois garotos.
Bem quando um
feixe de luz pura iria colidir contra ambos. Um impacto acertou a barreira e
resultou numa explosão que cobriu o local por inteiro.
A rota, por exceção de Audino, agora estava vazia já que os dois garotos conseguiram seguir bosque adentro, a pokemon rosa voltou-se para cima quando uma sombra semelhante a um jato a cobriu, era como voltar a semanas atrás quando escutara o chamado de Jirachi, mas com uma diferença: dessa vez estava disposta a lutar.
“Que
irritante, não consegui acertar o garoto! Mas não posso falhar com você mais
uma vez!” A voz telepática do Pokémon psíquico soou por toda a rota como se
houvessem alto falantes para amplifica-la.
“O que eu fiz
para você?! Eu nem te conheço, Jirachi me abençoou com esse poder por algum
motivo, o que você tem haver com tudo isso?” Audino questionou tomando o
cuidado para mantê-lo em sua visão temendo qualquer outra reação.
“Eu sou
Latios, muito prazer, poucos tiveram a oportunidade de um segundo encontro
comigo e escolheram ficar de tão bom grado, se te esclarece, só não é bom para
mim que você esteja andando por ai!” Latios abriu suas asas, estas irradiaram
um pulso de vento que preencheu toda a rota criando uma barreira de ar que cobria
metade do bosque e trancava o local em uma prisão de ventos.
Ao mesmo tempo
que os ventos limitavam a área que Audino podia ir, a capacidade de voo do
pokemon aumentou, este disparou com um estrondo rompendo a barreira do som.
Circulando sua oponente que tinha dificuldade em observá-lo e detectá-lo, uma
vez que ele sumia e reaparecia em seu voo, além de não ser parte do fluxo.
“Você parece
muito empenhado em acabar com as coisas para quem quer me impedir apenas por um
simples capricho” Elevando a voz, ela tentou conversar para que tornasse mais
fácil saber o próximo passo de seu oponente.
Mergulhando
com um giro, ele trouxe consigo partículas de poder que orbitavam seu corpo,
expandindo seus poderes psíquicos que afetaram as esferas as acordando. Enviando
as faíscas e as espalhando pelo solo.
“Está bem
confiante para quem praticamente acabou de sair das fraldas, você não entende
no que se meteu e nem mesmo do que agora faz parte” A voz de latios expandiu-se
novamente por toda a prisão de ventos, se fazendo presente mesmo que Audino não
quisesse.
Ao mesmo tempo
ela sentiu o chão esquentar ao seu entorno: estava cercada por pequenos focos
de luz que agora erguiam-se como colunas de luminescência pura infundida com
energia psíquica.
“Sinto muito, mas decidi que irei traçar o meu próprio caminho e não pretendo ser derrotada!” Audino anunciou, desde as leituras, o ataque daquela criatura misteriosa, praticara em sentir o fluxo e interagir com ele para que lhe contasse o que precisava.
Não tivera
respostas de Jirachi quanto a suas perguntas, mas poderia deixar isso de lado
por um momento, pois apesar de não saber o que precisava saber, sabia ao menos
quem era. Fechando os olhos ela sentiu o fluxo que percorria por ela agora se
tornando um consigo mesma, espirais de poder fluíam em disparada em torno de
si, sua consciência ampliou sua conexão e seus olhos podiam enxergar ainda mais
do que outrora.
Suas antenas
aumentaram de tamanho, seus pelos aumentaram até quase tornarem-se um casaco,
botas surgiram em seus pés a medida em que abria os olhos e encontrava-se em
sua nova forma.
Latios
manipulou as torrentes luminosas para se encontrarem no centro em direção a
Audino, em resposta ela ergueu as mãos rapidamente formando uma barreira cor de
rosa buscando proteção, manipulando-a em uma esfera no momento em que a luz
emergiu como um vulcão em erupção.
Mantendo o
poder, uma explosão engoliu o local onde a pokemon normal estava rachando o
solo e atirando pedras por entre a estrada e incinerando a grama que ali estava,
no entanto, a pokemon permanecia em seu lugar desfazendo a barreira e encarando
seu oponente enquanto os ventos balançavam suas orelhas.
“Como aprendeu
a controlar tão rápido? Você teria sido promissora, mas não tenho tempo para
perder com você!” Ele comentou sarcástico enquanto girava o corpo, suas asas
abriram-se enquanto ele banhava todo o seu ser em uma energia arroxeada brilhava
em tons galácticos.
Mergulhando do
alto e ganhando velocidade, investiu contra a pokemon a acertando um golpe em cheio,
com a colisão, Audino mal teve tempo de sumonar um ataque sendo atirada contra
o solo. Os ventos seguiam pressionando e aumentando a velocidade de Latios que
bailava no ar já disparando para um novo ataque.
“P-Preciso
pará-lo!” Levantando-se com dificuldade e superando a pressão dos ventos contra
a estatura de seu corpo, ela se pôs de pé novamente.
Desejando uma
forma de parar seu movimento, suas mãos foram encobertas por uma energia
espectral fantasmagórica, moldando-se em garras sombrias. Sem tempo para se
perguntar como fizera aquilo, ela disparou em direção ao pokemon que a
confrontava.
Este avançava
com estrondos assemelhando-se a trovões a cada misero metro que percorria em
uma velocidade incrível, com o fluxo ao seu favor, Audino reuniu poder em suas
mãos e com um salto disparou em direção a ele.
A colisão de ambos
resultou em um estrondo, era uma disputa entre as garras sombrias que buscavam
fixar Latios naquele lugar e o corpo do pokemon que ansiava por subjulgar sua
adversária transformada, ambos não desejavam ceder.
“Responda a
minha pergunta!”.
“Vocês
escolhidos são tão irritantes, só porque recebem poderes acham que podem fazer
o que quiserem! Mas para a sua informação nem sempre as coisas saem como
queremos!” Latios rugiu de raiva e um novo impulso surgiu com a pokemon sendo
projetada para trás.
Ele voltou a
voar com a energia psíquica que o cobria dissipando ao seu redor, os ventos
voltaram a pressionar em uma nova rajada. Audino levou as mãos protegendo os
olhos e ao voltar enxergava de longe faíscas nascendo do solo e levitando para
o circular, ela já sabia o que viria a seguir.
As lufadas de
vento buscavam atrapalha-la, mas confiando em si mesma, reuniu o fluxo em torno
de si em uma aura esverdeada, ela desejou ter voz para subjulgar aquela
situação e então sentiu o poder vindo até si. As massas de ar trazidas por
Latios condensavam-se em nuvens que pairavam acima da rota onde combatiam com
as sombras encobrindo Audino em sua corrida.
O pokemon a
observava avançando, e no instante em que ela emergiu da sombra de uma das
nuvens formada por sua tempestade de ventos, ele abriu os braços comandando as
partículas de luz que o circundavam, estas atiraram feixes de pura
luminescência em linha reta contra a pokemon.
“Eu preciso
saber, estou cansada de não obter respostas!” Audino em meio a sua corrida,
pisou com firmeza sobre o solo e um círculo formou-se abaixo dos seus pés
irradiando um tom verde, ela desenhou acima de si e um símbolo semelhante a uma
folha surgiu no centro de uma inscrição mágica.
Tomando
folego, a pokemon abriu a boca conforme sua voz era amplificada pelo símbolo em
ondas sonoras de puro poder. Estas distorciam o ar ao redor tornando sua
trajetória contrária e desestabilizavam a unidade das partículas de luz que
atiravam contra si as explodindo no meio do processo.
O som
reverberou causando explosões em diversos cantos da prisão de ventos, as ondas
continuaram atravessando e acertaram um golpe em Latios que o projetou para
trás com alguns danos, ele fitou a adversária com espanto ao perceber que havia
realmente sido atacado.
“Eu respondi
ao chamado desse poder pelo meu desejo de ser mais e sei que consigo ser
especial por algum motivo! Preciso entender o que eu sou e se está tão disposto
a me parar, é porque você deve ter ao menos alguma pista!” Audino o desafiou em
meios aos ventos fazendo suas orelhas e antenas balançarem.
“Você está mais
forte é verdade, mas você realmente se enxerga como tão especial? Esse desejo
não é somente seu! Eu já matei diversos como você ao longo do tempo tanto
humanos como pokemons, quando eu acabar você vai ser só mais uma que deu sorte
de viver um pouco mais” Latios respondeu em tom de escárnio, mas Audino
percebeu uma fraqueza em sua fala, mas não teve tempo para explorá-la.
Os olhos do
pokemon lendário agora exibiam um brilho amarelado conforme as nuvens
condensadas por ele agora escureciam reverberando suas intenções em faíscas que
estalavam umas contras as outras, emanando uma pressão ao qual fazia a pokemon
rosada começar a questionar a si mesma.
“Eu não sou
algo que você pode compreender!”
Wally correu
com Hop para dentro do bosque, segurava a mão do menino com uma mão e com a
outra garantia que sua bolsa e pertences continuariam ali. Correndo sem olhar
para trás, eles se distanciavam da entrada do bosque, porém o esforço logo
cobrou seu preço.
Chegando a um
ponto onde estavam cercados por árvores e haviam três opções de trilhas para
seguir: uma na esquerda, na direita e no centro. O garoto de Verdanturf parou
para recobrar o ar. Projetando o corpo para frente e mantendo as mãos sob o
joelho, o menino buscava recobrar o fôlego inspirando fundo.
“Wally?! O que
esta havendo? Cadê a Audino?” Hop perguntou com os olhos arregalados.
“Ela vai ficar
bem...é como te falei, essas coisas estão atrás dela e não entendo o que
são...só sei que eles são muito fortes...mesmo que voltassêmos...não temos como
enfrenta-lo agora” Wally explicou entre pausas, mas ao acabar de falar uma
lufada de vento soprou do início do bosque os atingindo.
“E como a
A-Audino vai lidar com isso s-sozinha...?” Perguntou o outro menino enquanto
levava as mãos para frente do rosto, o vento soprava fazendo sua jaqueta quase
sair do corpo revelando a camisa preta que utilizava por baixo.
As árvores
balançavam, galhos dos troncos delas se partiam caindo ao redor dos dois
garotos e adentrando o bosque, tufos de terra açoitavam suas pernas mesmo
protegidas por suas calças ainda sentiam a pressão do solo. E com isso, um
barulho de chiados e zumbidos vindo de ambos os lados revelava um comboio de insetos
que fugiam desesperados.
O bosque
costumava ser calmo, e aquelas criaturas não sabiam para onde correr seguindo
pelo caminho do centro que levava a Mauville. Illumises zumbiam desesperadas,
Volbeat piscavam seus clarões, surskits corriam desajeitadas pela floresta
provocando ainda mais confusão.
“Eu não sei,
mas precisamos confiar nela, ela é a única que tem poder para isso” Wally
respondeu com dificuldade apertando o olho quando outra lufada de vento soprou
por entre eles, dessa vez mais forte o forçando a ir ao chão para se segurar.
“LOUDREEEED!”
Irritado, um pokemon gritou de forma incontrolável, as ondas de som
materializavam-se ao redor e disputavam com os ventos gerando um barulho
ensurdecedor, havia tido seu sono interrompido e com toda aquela confusão viu
os dois garotos como inimigos.
“Que pokemon é
esse?!” Hop apontou para a criatura que se erguia bloqueando a passagem do
caminho do centro, enquanto isso alguns Volbeats e Illumises uniram-se a ele
para lutar contra os dois garotos que julgaram como invasores e a causa daquilo
tudo.
“É um Loudred,
a caverna de Verdanturf é famosa pela morada de Whismur, Loudred e Exploud’s,
mas alguns andam de lá até aqui, deve ter se instalado no bosque por ser mais
pacifico” Wally levou a mão ao ouvido enquanto levantava com os gritos
invadindo seu ouvido.
“Droga, eles
acham que somos inimigos, o que vamos fazer? Teremos que lutar?” Hop perguntou
levando as mãos à cabeça em confusão, quando uma lufada de vento soprou
novamente.
Os ventos
açoitaram algumas árvores próximas sacudindo as copas e soltando um comboio de
folhas que choveram pelos garotos, caindo sob o solo da nova batalha que
parecia se instaurar, no entanto um grito chamou a atenção dos dois.
Em meio as
folhas, uma lagarta vermelha contorcia-se em queda, com um reflexo rápido, Hop
saltou agarrando-a no meio do ar. Com a Wurmple em seus braços, o garoto sorriu
para o inseto que conseguiu acalmar-se.
“Um Wurmple,
você conseguiu, Hop!” O menino de cabelos verdes chamou a atenção, reparando em
seguida sua roupa estar toda suja devido a terra.
“É verdade!
Ehr...olá? Olha, não temos muito tempo então vou ser direto, quer fazer parte
do meu time?” Com seus cachinhos roxos esvoaçando, ele perguntou a lagarta a
mantendo firme em seus braços.
Wurmple olhou
ao seu redor: um novo sopro de ventania preenchendo o bosque e derrubando
galhos por todos os lados, Loudred preparando outro grito e os zumbidos de
Illumise e Volbeat materializando-se em ondas sonoras que desciam sob os dois
garotos, insetos correndo de um lado para o outro sem saber o que estava
acontecendo.
“Wurmple-Wurm!”
Assentiu a lagarta não vendo uma opção melhor.
“Bem vinda ao
time, vou te chamar de Marina!” Ele a saudou e a Wurmple apenas aceitou.
“LOUUUUDREEEEDD!”
O grito pareceu ainda mais forte, conforme as orelhas do pokemon acenderam como
leds em uma caixa de som para em seguida soprarem ondas sonoras graves e
intensas fazendo o chão tremer e pressionando os dois garotos e a lagarta para
trás.
“Precisamos
lutar...não temos outra escolha, se ficarmos aqui teremos problemas! Ponyta e
Oddish, por favor!” Com a cabeça começando a doer devido
aos gritos intensos, o menino pegou as pokebolas em seu bolso e as atirou ao
alto.
“Tokito e
Marina eu preciso da ajuda de vocês!” Hop endireitou a postura liberando seu
inicial e soltando wurmple no solo.
Os quatro
pokemons agora estavam lado a lado e passaram a encarar os oponentes que os
confrontavam. Iniciando um ataque ofensivo as Illumises abriam suas asas
criando pequenas fagulhas verdes assemelhando-se a insetos e as disparavam
contra os dois garotos.
Por cima
deles, Volbeats voando rente ao solo disparando pequenos tiros de lama em
direção aos pokemons, Loudred se preparava para outro de seus gritos.
A confusão de
sentimentos pesou para Ponyta, sentia estar sendo consumida pelos barulhos que
a cercavam sem conseguir um ponto de equilíbrio. Seu chifre parecia pesar tanto
ao qual ela não conseguia suportar.
Ela logo se
viu em uma zona de sentimentos as quais todas as emoções se assemelhavam a
ondas coloridas enquanto ela permanecia em um local escuro. Não tinha poder
para ilumina-la com seu chifre e a realidade lhe parecia desconexa.
“Ponyta agora
use Fairy Wind e rebata os ataques da Illumise, Oddish use Acid agora no chão
para se mover com mais velocidade como praticamos!” Wally gritou abrindo a mão.
“Tokito contra
ataque os Volbeat com Water Pulse! Marina use String Shot em quem você puder!”
Hop ergueu o braço acima.
O mudkip
balançou sua cauda de um lado para o outro, sentindo a água revirar dentro de
si, ele saltou disparando uma esfera d’agua que explodiu ao ser acertada pela
lama e disparou contra um dos Volbeat o atirando contra uma árvore com grandes
danos.
Em seguida,
Oddish flexionou as pernas saltando, abrindo a boca ela cuspiu uma quantidade
grande de ácido que passou a corroer o chão. Ela patinava por entre o ácido
chutando o veneno contra os inimigos que se dispersavam para evitar.
“Oddish
Oddish!” Ela sorriu olhando para trás e vendo Ponyta sem conseguir mover-se,
sabia que estava brilhando mais do que ela.
Aproveitando a
deixa, a lagarta cerrou os olhos e de sua boca cuspiu um fio de seda que se
amarrou em Loudred restringindo seus movimentos. As Illumise em resposta
pressionaram seu movimento contra os quatro pokemons, no entanto, Ponyta
permanecia travada com os sentimentos a pressionando.
Os feixes
luminosos em formato de inseto estouravam contra os pokemons, sendo ainda mais
efetivos em Ponyta que tombou sob as próprias pernas. A unicórnio sentia-se
impotente naquela situação.
“Pony...Pon” Gemendo com a dor pesando em seu chifre, os sentimento de Oddish reverberavam em si, gostaria de confrontá-la, mas o temor e ódio dos insetos lhe deixavam soterrada com seu próprio poder e diante de tudo que enxergava sentia-se impotente, como ajudaria Wally dessa forma?
Mesmo atrasado, o grito de ódio de Loudred ecoou ainda mais forte, suas ondas fizeram o chão tremer e causaram explosões ao entrar em contato com algumas áreas do solo. Elas se materializavam em anéis cintilantes infundidas com seu poder acertando os pokemons os garotos e os fazendo tombar com grandes danos.
“Droga, Ponyta
é a que mais possui ataques em área, mas ela não consegue atacar dessa forma, precisamos
ajuda-la!” Wally perguntou-se começando a se desesperar, não queria se sentir
novamente como antes, queria ajudar sua parceira.
“Precisamos de
todos para derrotar isso, fale com ela, irei te dar cobertura!
Mudkip agora forme um Water Pulse grande e o atire contra o chão! Marina atire
fios de seda contra a maior quantidade que conseguir vamos criar uma abertura!”
Hop pediu planejando reduzir a mobilidade dos oponentes.
Tokito ergueu
a cabeça concentrando uma esfera pulsante de água, mantendo o foco nas patas
dianteira ele baixou o pescoço disparando a esfera contra o chão em uma
torrente d’água que se elevou contra os oponentes.
O ataque
massivo fez os insetos voadores escaparem e acertou Loudred o projetando para
trás, focados em escapar do movimento, Wurmple viu a oportunidade comprimido
sua seda em esferas brancas brilhantes, ela erguia a cabeça atirando-as em
sequência buscando acertar seus oponentes e reduzir sua mobilidade.
“Ponyta!
Ponyta, por favor, me escute!” Wally cerrou ambas as mãos e chamou sua parceria
que continuava caída de olhos fechados, o vento soprava fazendo balançar seus
cabelos enquanto ele chamava por ela.
“Pony-Pony Ponyta!” Tudo o que conseguia pensar, era que não conseguiria fazer nada naquele momento. Sua visão escurecida lhe permitia apenas enxergar cores de sentimentos que abafavam suas próprias vontades aos quais sintonizava sem conseguir parar.
Indo até sua
parceria, ele a abraçou preocupado, porém a unicórnio continuava sem saber o
que fazer. Observando a situação, Oddish sentiu o prazer de ter brilhado mais
que sua parceira de equipe aos poucos ser substituído por um sentimento
diferente: gostaria de poder fazer alguma coisa.
Não havia
graça em competir se os oponentes não fossem a sua altura para ela, e se ia
fazer parte dessa equipe, Ponyta deveria ser capaz de algo e ela iria mostrar
isso.
“ODDISH!”
Sacudindo sua folha, a pokemon controlou a quantidade de polen ao qual liberava
soltando uma fina camada de um aroma calmante que rodeou a psíquica.
“Oddish?!”
Wally chamou pela pokemon que o observou diretamente e ele entendeu o que ela
queria fazer.
“LLUMISEEE!” Zumbindo e criando diversas figuras coloridas, a pokemon inseto disparou os como um exame contra a planta que agora estava indefesa.
“Estamos aqui, Tokito Rock Throw!” Interveio o galariano erguendo o braço.
Saltando a
frente da pokemon broto, o axolote reuniu poeira com sua cauda brilhando em um
tom laranja, ele formou uma rocha e a disparou em sequência contra o inseto o
atirando contra uma árvore com grandes danos.
“Agora String
Shot!” Com o dedo simulando uma pistola, o menino de jaqueta comandou Marina.
Enquanto está
imobilizava Illumise, Loudred se viu irritado pela derrota. Após acumular
poder, suas orelhas voltaram a se acender e arreganhando a boca ele disparou
uma nova sequência de ondas sonoras, rachando o caule das árvores e varrendo os
pokemons de Hop.
Oddish fixou
seus pés sob o solo mantendo seu pó calmante, enquanto Wally abraçava Ponyta
sabendo que deveria agir agora.
“Ponyta você
precisa me escutar! Eu estou aqui, Oddish também, você é forte sei que
consegue!” Wally chamou pela pokemon.
“Oddish Oddi
Oddish!”(Se você não tiver condições de competir comigo que graça vai ter
quando eu brilhar mais que você?”).
A pokemon
sentiu uma dormência em seu corpo, ao levantar seu olhar na zona escurecida dos
sentimentos que seu poder a permitia ver, finalmente conseguiu abrir os olhos,
duas ondas pareceram ficar mais fortes e brilhar em meio ao arco íris de
emoções que a bombardeavam.
“Você não
precisa cuidar de tudo de uma vez em uma multidão, precisa sintonizar com o que
você quer, esse é o seu poder!” Wally chamou por ela.
“Oddish
Oddish!” (É a sua dança garota, abra os seus olhos, faz alguma coisa, pois está
dando pena de você nesse estado).
Sentindo seu
chifre voltar a reluzir e iluminar a escuridão ao qual enxergava com sua própria
luz. Com isso conseguiu enxergar com clareza: acima as ondas acima
materializavam em diversas cores brilhando com suas próprias luzes. Veio
tentando lidar com o peso de todas o tempo inteiro, mas isso a soterrava.
Talvez só
precisasse escolher uma rota para a qual seguir, e sabia qual queria escolher.
Seu chifre reluziu em um tom roxo e banhou seu corpo com poder psíquico. Apesar
do peso dos sentimentos que corriam em sua direção o poder psíquico permitia
com que corresse livremente por aquela dimensão.
Entrando em
contato com as duas ondas que ressoavam consigo, a pokemon continuou de pé
conforme elas brilhavam e ressoavam, delas dois fios vieram em sua direção e
entrelaçaram em seu chifre e a unicórnio escolheu sintonizar com eles. Abrindo
seus olhos e enxergando Wally e Oddish junto de si.
“Você
conseguiu!” Wally gritou orgulhoso.
“Oddy Oddy!” Debochou a planta.(vou deixar você ter seu momento dessa vez).
“Detesto
interromper o momento lindo de vocês, mas precisamos finalizar agora antes que
elas se soltem!” Hop comentou com todas as illumises e volbeats tendo sido
imobilizados pela seda de Marina que arfava sob o chão cansada pelo esforço.
Enquanto isso
Loudred preparava o que poderia ser seu movimento final contra os dois garotos
caso esses não agissem rápido.
“Aqui vamos
nós, mirem todos os seus esforços no Loudred! Oddish avance com Mega Drain
agora, Ponyta Confusion!” Wally pediu erguendo a mão.
“Tokito Water
Pulse!” O galariano investiu.
Erguendo o pé
acima da cabeça, Oddish saltou girando, suas folhas iluminaram da base de sua
cabeça até as pontas, ela as projetou para a frente enviando esferas verdes
iridescentes que acertaram Loudred. O pokemon gritou sentindo sua energia sendo
drenada pelas esferas e voltando até o pokemon broto.
Porém o ódio
dele inflou ainda mais e suas orelhas reluziram inflamadas pelo ódio e o dando
ainda mais poder.
Tokito saltou
girando com a esfera pulsante em sua boca, ele disparou o movimento que atingiu
Loudred em cheio o atirando sob o chão com ainda mais danos e o corpo completamente
molhado. Erguendo a cabeça, o pokemon planejava usar seu movimento dali mesmo
já deixando o ódio espalhar pelo seu corpo.
Ponyta
canalizava o poder em seu chifre, quando sentiu a energia vingativa de Loudred
açoitar a zona sentimental a qual conhecia. No entanto, dessa vez sabia para
onde focar sua energia, sintonizando com as emoções de Wally e Oddish, ela
abriu os olhos com ondas psíquicas a rodeando.
Com mais
agilidade ela ergueu o pescoço, o chifre reluziu irradiando seu poder e
disparando uma torrente de onda psíquicas que se formaram em um raio e
explodiram contra o pokemon normal o atirando contra o chão inconsciente dessa
vez.
“Seu poder
psíquico aumentou! Foi bem mais rápido para fazer o Confusion dessa vez!
Parabéns, Ponyta! Oddish você também foi incrível, nem acredito que
conseguimos” Wally ajoelhou-se abraçando a unicórnio que se jogou contra ele
enquanto a pokemon broto sorria orgulhosa de si mesma.
“Tokito você
foi sensacional e muito obrigada por nos ajudar Marina” Sorrindo enquanto fazia
cafuné na cabeça de seu inicial e retornava a lagarta cansada.
Os Volbeats e
Illumises dispersaram ao ver o mais poderoso deles ser derrotado.
“Isso foi
muito intenso...obrigado por estar do meu lado...nunca pensei que viveria esse tipo
de coisa tão cedo, mas sinto que lutar com você aqui fez ainda mais sentido” O garoto de Verdanturf
contou ainda de joelhos no chão.
“Imagina
Wally, somos amigos e não importa o que aconteça, quero estar do seu lado!” Hop
sorriu em resposta aliviado por terem conseguido.
“Acho que o
contest de Mauville nem me parece mais tão assustador” Brincou Wally enquanto
se levantava.
“É verdade...mas e a Audino? Será que ela está bem?” Hop perguntou ignorando o tópico a respeito do contest.
Dentro da cúpula de ventos de Latios, faíscas luminosas nasciam do solo e eram atraídas até o pokemon. Ao reunir uma grande quantidade o dragão voador disparou como um míssil e ao seu redor as faíscas inflamavam em feixes de luz buscando varrer Audino sob o solo num golpe certeiro.
A pokemon
erguia a mão formando uma barreira rosada em seu antebraço que utilizava para
defender dos ataques. O seu oponente a pressionava de vários lados e um raio ou
outro a acertava causando danos e a pressionando no limite da barreira de
ventos, não havia para onde fugir.
Diversos
pedaços da estrada estavam destruído ao longo que a batalha se prolongava.
“Preciso dar
um jeito de ataca-lo, mesmo tendo mais controle do meu poder ele claramente
possui muito mais” Audino tentava achar uma solução, Latios parecia querer
acabar com a situação o mais rápido possível, os ataques eram massivos e defende-los
exigia muito esforço.
Uma nova
saraivada de luzes se prolongava em sua direção, dessa vez rachando o chão abaixo
de si enquanto ela mantinha sua defesa reunindo placas cor de rosa a sua frente
buscando dissipar o pilar de luz incidindo contra si.
“Não é
irônico? Você vai morrer por uma causa que nem conhece!” Latios chamou
novamente sua atenção e a pokemon reparou em todas as nuvens acima de si
escurecidas.
Com seus olhos
amarelados, uma a uma, as nuvens se iluminaram com as massas de ar aquecendo,
colidindo umas com as outras. A cada colisão o som do trovão estourava pelos
ouvidos da pokemon médica a ponto de fazê-los arder, mas nenhum eletricidade
surgia mostrando o controle de Latios sob seus poderes.
Num piscar de
olhos, um clarão iluminou o céu acima de si lançando rajadas de eletricidade
procurando por ela como alvo final. A visão de tantas de uma só vez a fez sair
do lugar de confiança ao qual se colocara no inicio da batalha.
Não
conseguiria defender tantas de uma vez, arregalando os olhos, Audino buscou
correr seguindo pelas laterais da parede de vento com o desespero a fazendo
sentir sozinha naquele instante e pela primeira vez cogitou a possibilidade de
tudo acabar ali.
“Mas já esta com medo? Não era esse o seu diferencial? Você não era parte do fluxo?!” Desdenhou o pokemon com escárnio.
“Isso é uma grande piada, eu me desfiz disso e agora eu consigo atuar com o meu próprio poder! Eu sou um pokemon lendário, parte da natureza! Entretanto meus poderes estão além da sua compreensão e agora além do fluxo também!” Berrou o dragão psíquico enquanto os trovões explodiam entorno dela.
Tentando correr conforme as flechas elétricas acertavam o solo e irradiavam energia por toda a extensão do local, Audino gritou no momento em que energia elétrica irrompia do solo explodindo atrás de si e a atirando contra o solo e machucando seu peito.
Forçando-se a
levantar em uma corrida que parecia ser interminável, as nuvens não cessavam os
seus trovões e apenas contornavam o campo esperando o momento em que a fada se
cansaria para finalizá-la. Saltando bem no momento em que um dos raios acertou
o solo abaixo de si, ela foi engolida pela eletricidade e a energia que emergiu
da colisão em seguida.
Caída sob o chão,
com os pelos sujos de terra e pedras batendo contra o rosto, Audino ainda
sentia a eletricidade dissipando pelo solo, olhando ao redor conseguia ver o
campo de treinamento de Wally carbonizado, os troncos de madeira aos quais
sentava não existiam mais, a rota esburacada como se um terremoto a tivesse
partido de dentro para fora.
Precisava se
levantar, mas como? No início sentiu que tinha o suficiente para enfrentar
Latios, mas descobriu que ainda não tinha forças para fazer com que ele
respondesse suas perguntas.
Ela acompanhou
conforme mais nuvens eletrizaram-se prontas para disparar o golpe final, no
entanto ela não conseguia se conectar com aquelas nuvens, não conseguia ver
através delas, então, uma faísca estalou em sua mente:
“Ele não é
parte do fluxo! Ele não pode retirar poder do ambiente, tudo precisa ser criado
por ele! Não estamos lutando usando as mesmas energias!” Audino pensou
lembrando das partículas de luz indo até o pokemon primeiro antes de poderem
ganhar vida, o vento que os cercava e os próprios trovões demoraram para serem
conjurados.
A pokemon
focou seu olhar no oponente que a observavado alto, apesar das muitas dúvidas,
possui uma resposta sobre o que queria. Ela era parte do fluxo e isso não
poderia mudar, pelo contrário, era o seu momento de ser.
Sincronizando
com a energia que fluía ao seu entorno, suas mãos brilharam em amarelo à medida
em que a terra iluminou-se aos seus pés reagindo pelo mesmo tom. Ampliando a
incidência do fluxo ao seu entorno ela fez com que aquela região fluísse de
forma contínua e se tornasse uma só naquele estante ressoando a soa vontade.
Conseguia
sentir o ambiente e até o seu pisar na terra ressoava para si mesma em pequenas
fagulhas elétricas que ali residiam, como se estivessem ligadas por um mesma
circuito. Quando os trovões dispararam encontraram resistência devido a uma
barreira feita da natureza daquela energia, tendo dificuldade de quebrar a
corrente para atingi-la, como um escudo.
“O que?! Como está fazendo isso?! Você está eletrizando, mas como é possível você nem está em contato com o eletrizante, a não ser que...?” Latios perguntou incrédulo.
“Eu li a respeito dos assentamentos energéticos, estive em contato maior com o fluxo e entendi que ele pode responder a minha vontade, mas sei que não é esse o limite. Como faço para dominar essa energia? Eu preciso entender! RESPONDA A MINHA PERGUNTA!” Com a voz incisiva ela o olhou de forma fixa enquanto pressionava os trovões erguendo as mãos, o brilho amarelo no solo intensificou-se e faiscava ao seu redor conforme dissipava os relâmpagos do oponente assim que esses se aproximavam dela.
“Cada ser vivo
em Hoenn possui uma predisposição para uma das 5 naturezas do fluxo, eu assim
como os outros lendários somos uma junção delas, temos a força da natureza em
nós! Porém isso é apenas uma farsa, o fluxo não passa de uma forma de
manipulação. Jirachi oferece uma oportunidade aqueles de descobrirem sua
verdadeira natureza e enxergarem a verdade de Hoenn, mas tome cuidado, desejos
não passam apenas de maldições que aplicamos a nós mesmos!” Latios explicou do
alto.
“Jirachi me
disse para buscar a verdade da minha natureza, então uma das cinco naturezas do
fluxo, mas eu preciso escolher uma então?...Espere porque está me contando
isso?” Audino perguntou após tirar os olhos dele por um instante enquanto
ponderava sobre a resposta.
“Porque não
vai mais importar se você sabe ou não já que não viverá o suficiente para
isso!” O pokemon possuía uma expressão rígida em seu rosto conforme a observava
do alto.
O sentimento
de repulsa ao seu redor cresceu conforme um grande contingente de partículas
nasceu e foi em direção ao pokemon o rodeando. Como insetos rondando uma fonte
de luz, Latios acumulava seu poder e as esferas brilhavam inflamando e
reluzindo toda a energia que acumulavam de uma vez só.
Era o confronto final, a pokemon fada sentia isso, junto de um temor que assolou seu peito. Não teria o suficiente para vencer, mas precisa garantir que ao menos sairia viva. Desfazendo o fluxo continuo, ela bateu ambas as mãos e a energia acumulada emergiu e foi em sua direção à medida em que ela armazenava tudo em uma única esfera.
Latios emitia
um pulso de tons roxos ao seu redor que se dispersou pelo ar, fechou os olhos o
expandindo e incitando todas as esferas. Ao abrir, suas pupilas sumiram dando
lugar a uma energia roxa, ele projetou o corpo para trás e em seguida para
frente.
“Eu não posso falhar, já fazia muito tempo desde que eu não tinha uma batalha tão longa! Mas agora já chega, vire parte da natureza novamente!” Sua voz propagou-se com seu julgamento final.
As esferas
tremeram, explodindo em um raio luminescente concentrado de todo o seu poder
que uniu-se de uma só vez e disparou contra Audino. Esta passeava suas mãos
pela esfera que criava num movimento circular, como se as abraçasse, ao ver o
golpe rumando contra si desfez o abraço.
A luz irrompeu
criando uma clarão e dele flechas coloridas nasceram, formadas da sua vontade e
do fluxo ao qual era parte, e dispararam colidindo contra o pilar de luz.
Audino sustentava sua magia, mas a energia contra si era pesada demais.
Os ventos
perdiam suas forças, as nuvens criadas por Latios dissipavam conforme ele usava
sua energia inteira naquele movimento buscando finalizar sua oponente de uma
vez só.
“Não posso disputar poder com isso, preciso fugir...Latios quer me matar aqui, mas não parece querer fazer isso com outras pessoas” Admitiu a pokemon para si mesma enquanto tentava pensar em uma forma de sair viva daquele combate.
Com um
suspiro, ela ergueu as mãos novamente incitando as flechas. No entanto, a magia
atribuída a elas fazia com que a luz que as dava vida expandisse o clarão.
Latios pressionou novamente e nesse momento a colisão das energias concentradas
passou a explodir as flechas, o pokemon sorriu e investiu certo de que estava com
a vitória.
Usando seu
último resquício de poder, Audino desfez seu movimento e concentrou o fluxo em
si. Começando a correr quando a explosão acertou o solo abaixo de si e o
impacto fez um impulso a atirar para o lado contrário em direção ao bosque, com
o corpo protegido pelo fluxo ela aterrissou metros adiante.
Com dores pelo
corpo, mas com a adrenalina pulsando, a pokemon desatou a correr pela floresta
buscando fugir. Latios por sua vez permaneceu no ar, recobrando o fôlego após o
movimento, percebeu sua energia quase esgotada.
“Não acredito
que não consegui...ela fugiu...de novo! Como isso pode ter acontecido!”
Andando de um
lado para o outro no final do bosque bem a frente do conector de rotas entre
Mauville e a rota 117. Wally estava preocupado, continuando seu movimento
incansável enquanto Hop estava sentado em cima de uma pedra perto de um arbusto.
“Eu ouvi um
estrondo ao longe e ela ainda não apareceu” O menino disse com a expressão
afetada.
“Acalme-se,
tenho certeza de que ela está bem!” Hop tentou confortá-lo, mas sabia que era
inútil, naquele momento já havia dito tantas vezes para manterem a calma ao
ponto de nem saber mais o significado dessa palavra.
Os dois
escutaram passos vindo de dentro do bosque, viraram-se ao mesmo tempo para
encontrarem Audino de volta em sua forma comum, coberta de terra, com
ferimentos e cortes no corpo, especialmente um bastante profundo em sua
barriga.
“E-Eu
consegui...ao menos...fugir, obrigado por esperarem” A pokemon comemorou sua
própria conquista, em um momento de orgulho.
“Audino! O que
aconteceu com você?” Wally disparou num tom ríspido no momento em que ela caiu
sob os próprios joelhos inconsciente.
“Precisamos
leva-la para o centro pokemon em Mauville agora!” Foi o galariano quem tomou a
atitude, pegando-a por baixo e a carregando em direção ao portão do conector de
rotas com o menino de Verdanturf ao seu encalço.
Recebidos por um painel tecnológico na entrada do estabelecimento que dizia: Bem Vindos a Mauville, Aproveitem a estadia, por enquanto aqui estamos construindo o futuro.
Notas Finais: Chegamos ao final de mais um capítulo! O que será que aguarda Wally e Audino em uma nova cidade? O que é o eletrizante que Latios comenta e quais as consequências pela sua falha?










































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O ELETRIZANTE DEVE BEM SER O REGIELEKI, ESSAS 5 ENERGIAS AI DEVEM SER OS REGIS NER, ai eu quero ser parte do fluxo
ResponderExcluirentão o que jirachi faz é dar uma oportunidade de descobrirem sua verdadeira natureza entre as cinco? ou jirachi dá a oportunidade para quem já descobriu? pela fala do latios fiquei confuso mas pelo contexto parece ser de descobrir, não de quem já descobriu, mas ainda assim por que jirachi deu essa oportunidade para audino, será que é pq ela sofria machismo de um gay doentchy? bem possivel
gente e a audino quase morreu, meu deus, coitada, o corte profundo na barriga será que tem cura será que ela vai levar ponto ou o heal pussy vai bastar? que a anisa faça milagres
eu amei esse capitulo ele foi 100% ação embora tenha começado com a liza tomando fecho no mercado, ai será que ela vai descobrir qual é a natureza dela? não acho que seja uma questão de escolha tbm igual a audino sugeriu. não sei até que ponto acreditar no latios já que ele está querendo matar a audino por algum propósito, mas ele falou que o fluxo é uma farsa, tudo manipulação e os desejos são maldições em nós mesmos, gente o que será que tudo isso quer dizer? vou guardar essas informações comigo
a batalha foi muito feroz e os movimentos estavam incríveis, amei todas as músicas do capitulo tbm, a da liza foi mto boa do number tedie(voce nao se respeita e quer falar do jão), os movimentos de audino e latios estavam muito criativos e visuais, você apostou em palavras e descrições bem tonalizadas que configuraram um cenário muito interessante para o combate, gosto de quando a audino vê o lugar todo destruindo e lembra de mais cedo o wally estar treinando ali e ela sentada no tronco, gosto da audino em conexão com o fluxo e entendendo a partir disso o que ela pode fazer, isso vem dos últimos capítulos também, ficou muito bom e foi um combate assim formidável está de parabéns
e meu deus a ponytaaaaaaaaaaa gente o hop incapaz de achar uma wurmple EM HOENN, o surto, mais fácil achar a pokédex inteira de galar mesmo oldy, mas adorei a cena do encontro com a wurmple e como ela preferiu ir com ele porque não tinha outra opção melhor kkkkk amei a marina
ponyta eu ameiiiiiiiii muito mesmo, essa zona dela de frequências é muito linda de imaginar e muito legal também, gosto da continuidade porque ela já se viu nesse lugar outras vezes principalmente naquele capitulo que o wally é um fudido com ela e depois pede desculpas, gosto da analogia com o rádio e acho que ficou muito legal a resolução até o confusion final. A ODDISH É BIRUTAAAAAAAA gente ela é loka ela promovendo rivalidade, ela dançando no ácido, ela humilhando a ponyta para motivá-la a ser alguém porque queria ela no seu nivel, gente a oddish é simplesmente dona de si, e o hop tem o cuzinho bicudo
tokito apedrejou uma illumise mulher, e esse loudred cheio de ódio espero que ele seja recorrente, quero ele se aliando com latios, E POR SINAL, Latios mirou no wally ne? porque ele queria atingir o garoto tbm??
também gosto da diferença que você descreve da presença do latios para a do deoxys
estou animado pelos próximos passos de todos os personagens e eventos, e para a cirurgia da audino
me senti péssimo porque o wally estava correndo e eu fiquei pensando que ele ia ficar sem ar ativando a asma coitado
amei muito continue por favor