Capítulo -9: Quanto custa uma conta de energia em Lumiose?

Notas iniciais: Tem sido uma experiência interessante escrever essa história e tem me empolgado muito, o que tem me deixado muito feliz, espero muito que se divirtam nesse capítulo xD.

Capitulo -9: Quanto custa uma conta de energia em Lumiose?

Silêncio...

Um sonho...

Serena era famosa...

E isso era apenas o que importava...

De repente...

    Um despertador tocava às 5:30 da manhã, a loira dava autógrafos para Diantha em seu sonho quando ouviu uma sirene bem ao longe, no entanto, ela se aproximava ficando cada vez mais intensa e a deixando nervosa.

“Meu deus, incêndio?” Gritou cuspindo em Diantha por acidente.

    O solo tremeu e a garota acordava de súbito suspirando e se vendo no quartinho de funcionários do centro Pokemon de Lumiose, que era bastante espaçoso se tratando do centro Pokemon mais importante da região, acima na sua beliche dormia Michelly a cozinheira e nutricionista em outra beliche dormiam Carlos e Damião os funcionários de limpeza e manutenção das máquinas.
    A garota olhou para os lados e via Espurr dormindo em um cestinho forrado com tecidos roxos ao lado de sua cama, as duas haviam ficado muito amigas ao longo daquela semana.

“Purr...Es-purr” A pequena bocejou também acordando.

“Eu entendo, mulher, quero dormir mais, porém o trabalho infelizmente não espera, vamos nos arrumar!” Serena disse à pequena que assentiu.

    Indo ao banheiro, a menina tomou seu banho rápido, já com o uniforme do centro Pokemon saindo do local para ir ao espelho, pois precisava de tempo para manter o cuidado com o cabelo, nesse tempo Espurr usava seus poderes psíquicos em uma dança para entregar-lhe os produtos de forma rápida.

“Bom agora sua vez” A menina de Vaniville sorriu quando a felina correu com os braços abertos saltando para seu colo, pela ajuda, Serena a escovava e deixava seu pelo sem pontas duplas.

“Puuurr...” Se espreguiçando no colo da menina, a gatinha adorava aquela rotina que ambas haviam desenvolvido durante toda a semana.

    Deixando o quarto com os outros funcionários começando a levantar, iam em direção ao refeitório onde o café da manhã estava sendo servido por Anisa Joy, a enfermeira chefe daquele centro Pokemon.
    Haviam quatro televisões espalhadas pelo refeitório, além de bebedouros, vasos com flores daquela estação e vários informativos e panfletos sobre eventos acontecendo na cidade como um desfile de Furfrou’s durante a noite, mais anúncios do perfume da Diantha, convite para a estreia de uma nova coleção com tema desconstruído inspirado nos lixões de Unova tendo como principal mascote um Trubbish. Porém um pôster com rabiscos chamou a atenção da garota, onde podia se ler:

“Valerie é uma Snubbull nojenta nunca será artista! Gente por que tanto ódio?” Serena perguntou sem entender.

“Acredite, é melhor você não se envolver com a comunidade artística de Lumiose sem fazer terapia...” A moça disse enquanto colocava alguns pães de queijo e pedaços de bolo em pratinhos junto do chá.

“O que quer dizer?” A menina perguntou pegando um para si e outro para Espurr, ambas se sentaram próximas à uma televisão onde havia um programa matinal em que o apresentador recebia dicas de como cuidar de mudas de plantas com Ramos.

“Óbvio que não são todos, mas trabalhar com público em Lumiose é muito mais difícil do que parece, por exemplo, assim que fui designada para esse centro Pokemon alguns artistas vieram criticar a estética do lugar, meu uniforme, as cores, que de repente eu já nem notava mais a importância do meu trabalho...” A Joy comentou com uma expressão distante organizando as porções dos outros funcionários.

“Puxa eu não pensei que as pessoas podiam ser cruéis assim...” Tomando seu chá, Serena absorvia as palavras da mulher à sua frente.

“Purr...Espurr!” A gatinha havia parado de comer seu pão, percebendo a mulher desanimada, a ofereceu.

“Imagina, Espurr! Estou satisfeita, pode comer e a propósito achei incrível como vocês duas ficaram próximas em tão pouco tempo!”  Comentou impressionada.

    Antes que pudesse responder, a atenção de ambas foi captada para a televisão onde uma reportagem especial parecia se iniciar.

“E aqui começamos a cobertura oficial! A cerimônia do Brilho do Cristal Sundial esta prestes a iniciar!” Alexa uma repórter famosa da região comentava o ocorrido filmando na diagonal do grande cristal que brilhava em todas as cores antes da câmera parar de focá-la e dar destaque apenas no monumento.

    Um estranho brilho arroxeado parecia se destacar mais do que os outros, o que passava despercebido pela maioria dos turistas que se reuniam ali por perto.

“Como todos bem sabem, o grande monumento Sundial até hoje possui sua origem desconhecida, o que se sabe é que sua energia ressoa muito parecida com a energia que permite aos poderosos treinadores utilizarem a Mega Evolução” Alexa contava conforme a câmera dava enfoque em alguns dos detalhes reflexivos do cristal.

“Entretanto os cientistas repararam em algo, a cada uma semana das 8 às 10:00 da manhã é provável que o cristal emita um brilho e um pulso de energia que se espalha por toda a região, no entanto, o que essa energia causa é um completo mistério uma vez que ela se dispersa tanto que é difícil prever no que exatamente ela impacta” Completou a jornalista voltando a ser o foco da matéria e caminhando até o público.

“Por isso treinadores, turistas e pessoas de toda Kalos quando possuem um tempo livre costumam vir até a cidade para apreciar esse grande fenômeno, dedicando seus desejos para a vida ou pedindo pela alma daqueles que já se foram, até mesmo o famoso Siebold esta aqui conosco para apreciar, me conte, o que o trouxe aqui hoje?” Alexa perguntou o passando o microfone.

“Não sou muito supersticioso, mas acho o fenômeno muito bonito, estou inaugurando meu primeiro restaurante em Sinnoh e estou um pouco nervoso por se tratar de um público diferente... Então passei aqui para resgatar algumas boas energias.” O homem comentou sorrindo e se curvando de forma cordial.

“Obrigada! Ora vejam só! Vai começar!” Alexa comentou e a filmagem focou na pedra.

    Um pulso de energia que parecia vir do centro de Kalos afetou a pedra que ressoou em resposta brilhando em uma imensidão de cores que o espectro humano mal podia mensurar, o solo inteiro se iluminou conforme o poder infestava a terra e se expandia indo além das fronteiras de Anistar e se dispersando por toda a região.

“Que lindo! Espero algum dia poder ver de mais perto!” Serena desejou com o olhar brilhando.

”Purr! Purr!” Empolgada com o que viu, Espurr saltitava de sua cadeira.

(desculpa gente, mas eu não resisti)

“Bem, agora infelizmente temos de trabalhar, Michelly vamos definir o cardápio de hoje quando acabar de tomar seu café tudo bem?” Anisa a lembrou e a nutricionista assentiu.

“Certo para a câmera preciso de cerca de 30.000 dollars, com as vendas semana consegui apenas 450 dollars de lucro...” Anotando em seu caderninho a aspirante à famosa ficava um pouco desanimada com a realidade.

“Purr-Purr!” A gatinha a chamava para iniciar o dia, sorrindo.

“Você tem razão, se eu quiser que as coisas deem certo vou precisar me esforçar, vamos começar o dia!” A menina levantou-se guardando tudo em seu bolso e indo até a recepção onde os primeiros treinadores já chegavam para que a Joy observasse seus Pokemon.

“Tenho duas horas até o balcão de doces abrir, então vamos lá!” E então correu até a cozinha que ficava atrás do balcão com Espurr saltitando atrás dela.

    A cozinha era acoplada a uma espécie de estoque onde possuíam os ingredientes dos fornecedores, Serena se sentia quase importante fazendo aquilo, havia passado a semana inteira testando receitas novas para utilizar até chegar em uma boa opção de macarons.

“O que acha dessa ganache de chocolate com frutas Cheri? Deixa os macarons num tom rosado e docinhos essa outra é de fruta Rawst para algo mais cítrico.” Serena falou pegando um saco de confeiteiro lotado com a receita.

    Então passou a decorar os macarons que havia modelado no dia anterior, Espurr havia ligado o fogo com seus poderes psíquicos o pré-aquecendo em cerca de duzentos graus, pegando luvas estampadas com o rosto de Siebold a menina colocou cerca de trinta macarons divididos em três fornadas.

“Ai deus, tenho dez minutos, Espurr seu trabalho hoje é ficar sentada a frente do forno e quando der o tempo você me avisa okay? Vou lavar os banheiros!” A menina correu indo do outro lado do centro Pokemon passando novamente pela recepção.

“Amor! A Seraphine começou a fazer uma nova campanha de marketing, parece que dessa vez é para uma empresa de vendas de berries em Hoenn, elas exportam para todo o mundo!” Uma menina comentou.

“É incrível! Daqui a pouco poderá ser você, vamos filmar seu vídeo logo após eu batalhar com o Clemont” A namorada a cumprimentou com um selinho e ambas continuaram vendo a campanha.

    A conversa durou menos de cinco segundos, mas foi o suficiente para que Serena se sentisse inferior e de certa forma invisível, rapidamente afastou os pensamentos e correu para pegar o kit de limpeza vestindo luvas de plástico e puxando um carrinho com produtos com estampa de Psyduck e Golduck para uma limpeza sem dores de cabeça.

“Adorei o slogan! Bem...vamos lá, AI FALA SÉRIO!” Enojada com o fedor ao entrar nos sanitários masculinos e colocar uma plaquinha amarela onde dizia: INTERDITADO

    A garota vestiu uma máscara para continuar andando no estabelecimento. Espalhando o alvejante pelo chão, a loira destampou uma garrafa azulada jogando o sabão de Golduck pelo piso amendoado, o produto prometia livrar as manchas durante todos os climas, lavou os espelhos com uma esponja e utilizou um esfregão para lavar as paredes enquanto a espuma agia no banheiro.

“Eu espero muito melhorar de vida quando eu estiver famosaaaaaa!” A menina gritou escorregando e derrubando o balde de água no chão tirando todo o sabão.

“Bom... Não foi da forma como eu pretendia, mas ao menos está sem sabão” Falou consigo mesma e levantou em seguida para continuar o serviço.

    Voltando ao balcão cerca de dois minutos atrasada, mas o cheiro ainda parecia bom o que aqueceu o coração da menina sentindo que todo o trabalho valeria a pena, Espurr sorriu, agitou os dedos e abriu o forno usando seus poderes telepáticos para tirar as formas com delicadeza e as pôr sobre a mesa.

“Ficaram lindos, Espurr! Nós conseguimos! Bate aqui!” A menina estendeu a mão para um high five e a felina psíquica devolveu o cumprimento com um sorriso e nesse momento tudo se apagou.

“Senhoras e Senhores, lamentamos informar que estamos enfrentando uma queda de energia nesse momento, faremos de tudo para resolvermos o problema, mas parece que toda a cidade também esta sem luz, obrigado pela compreensão” Anisa anunciou com um auto falante.

“O QUE?! MAS ERA MINHA CHANCE DE VENDER OS MACARONS!” A menina exclamou decepcionada. “Anisa o que houve? Tem algum Pokemon em tratamento nos aparelhos?” Serena perguntou saindo do balcão de doces carregando a Pokemon psiquica.

“Temos um, mas já coloquei a Ampharos conectada aos aparelhos para mantê-los funcionando e Damião a supervisionando manualmente para que tudo fique bem e o Octillery possa completar sua internação.” A moça respondia enquanto devolvia as Pokebolas de dois treinadores ao mesmo tempo.

    De repente a porta se abriu e Serena não conseguiu disfarçar sua surpresa arregalando os olhos e fixando seu olhar para a entrada, não só ela, mas todos os presentes voltaram sua atenção para a figura que entrava no estabelecimento: Diantha a famosa campeã e atriz da região de Kalos.

“Meu deus eu nem acredito que isso é real!” A menina pensava observando a atriz caminhar, seus passos controlados, porém a mão enrijecida junto do semblante preocupado deixavam claro que não estava contente.

“A energia caiu até aqui? Mesmo com o gerador?” A mulher perguntou passando reto.

“Também não entendo como isso pode ter acontecido, o gerador não funciona, já entrou em contato com o Clemont?” Respondeu a enfermeira num tom natural.

“Mas que inferno, vai atrasar a produção dos teasers da revista e eu ainda tinha que defender o título... Eu estou pedindo para ele vir me encontrar aqui logo para resolvermos esse problema.” Diantha respondeu retirando seu telefone e passando a contatá-lo.

“Ela fala normalmente com a Diantha? Como isso é possível?” Serena ainda com os olhos arregalados olhava da Campeã para a enfermeira pensando como era possível.

    Passou-se algum tempo, Diantha havia se sentado em uma das poltronas, Anisa apesar de incomodada cuidava da administração do centro Pokemon enquanto lidava com as decisões do cardápio com Michelly, a maioria dos treinadores intimidados pela Campeã e pela falta de energia haviam deixado o estabelecimento.

    Serena discretamente arrumava o cabelo em um espelho e reparava senão estava fedendo a água sanitária, pensou em servir algum dos macarons que havia feito, porém no mesmo momento um garoto loiro ofegante atravessou as portas e se dirigiu à modelo.

“Me perdoe! Eu não fazia ideia da proporção que isso havia tomado!” Clemont surgiu tentando recobrar a respiração, havia corrido da torre até o centro Pokemon e correr não era uma atividade que praticasse muito.

“O que quer dizer? Você tem algum envolvimento com o que aconteceu?” Diantha indagou levantando da poltrona.

“Infelizmente sim... Eu estava desenvolvendo um novo pulso magnético para melhorar a distribuição de energia e utilizei quatro Magnemite do meu ginásio para regular o sinal, mas a intensidade das ondas saiu do controle e os sobrecarregou...” O menino explicava baixando a cabeça.

“E o pulso magnético causou uma interrupção na transmissão de energia ao invés de potencializá-la?” A campeã perguntou quase como se tivesse pena do menino.

“Sim, eu estou trabalhando em um sinal que mude isso, mas temos outros problema: os quatro Magnemite ainda estão por ai carregados, preciso de ajuda para encontrá-los e os chamar de volta as Pokebolas” Clemont contou preocupado.

    Serena pensou em todos os eventos que aconteceriam na cidade durante aquela noite e até mesmo durante aquela manhã, em como a cidade funcionava graças a energia e aquele menino loiro devia ser responsável por muitas das inovações que davam à cidade todo o seu glamour, ao mesmo tempo sua mente se perguntava: Quanto deveria custar uma conta de energia em Lumiose? Ela não pretendia obter a resposta.

“Bom, creio que podemos ajudar, Anisa você ou algum dos seus funcionários pode ajudar?” A atriz perguntou à enfermeira que organizava alguns documentos.

“Serena, você tem algo importante para fazer? Se importa de ajudar Diantha e Clemont com os Magnemite?” A Joy perguntou quase de imediato.

“Q-Que-e-eu? Bom, claro que ajudo!” A menina foi pega de surpresa, com Espurr a incentivando.

    Caminhou, com a psíquica no colo, até Diantha e o líder elétrico com as pernas tremendo ao ficar diante da mulher, o que ela notou dando uma leve risadinha, mas o loiro logo explicou o que precisavam fazer.

“Bem, são quatro Magnemite e no caminho para cá eu encontrei com um e acho que sei para onde fugiu, nesse caso vou atrás de dois e cada uma de vocês fica com um, assim que capturarem eles nós nos encontramos aqui, certo?” O menino disse oferecendo os objetos esféricos.

“Tudo bem... Nunca fiz algo parecido, mas vamos lá!” Aceitando a pokebola do treinador elétrico, Serena quase se sentia amiga dos dois.

“Quanto tempo eu não capturo um Pokemon dessa forma! Me lembra meus tempos de jornada;” A mulher ao seu lado recordava com a esfera em mãos.

    Ainda encantada por estar ali, a menina andava pela cidade com Espurr em seu ombro, apesar da falta de energia elétrica as lâmpadas projetadas por Clemont absorviam a luz solar e distribuíam em ondas para manter painéis e a iluminação característica da cidade funcionando.
    Alguns donos de estabelecimento irritados com a interrupção de seus serviços faziam ligações e conseguia-se ouvir seus berros indignados, no entanto, Serena já estava preocupada por não conseguir encontrar sinal algum de Magnemite por ali.

“Ai Espurr, onde será que esse bicho foi parar?” Perguntava nervosa. “Diantha esta contando comigo! Se eu a decepcionar ela pode falar mal de mim para a mídia e o que será da minha carreira?” Teorizava.

“Purr! Es-purr! Espurr!” A felina debochou e logo após sentiu algo em seus níveis de poder apontando para um lago.

“O que você está... São estalos sob a água?! Vamos lá dar uma olhada!” A garota correu em direção ao laguinho.

    Naquela área ficavam algumas lojas indies, ou como alguns diriam: lojas que floparam, basicamente marcas como "Eu Chatto Mesmo", com artigos como um microfone com cinco autofalantes acoplados prometendo uma experiência única na fala.
    Ou mesmo um estabelecimento administrado por Lua que se dizia vegana, mas vendia frutas produzidas naturalmente por Grotle e Snover como iguarias em pratos, inventados por ela mesma, segundo alguns biólogos desequilibrava o equilíbrio natural e era um desserviço para a humanidade.
    Conforme Serena se aproximava uma melodia calma e familiar era tocada por um dos autofalantes que ainda funcionava com a pouca energia distribuída pelas lâmpadas, era uma das melodias mais pessoais que Seraphine havia lançado, provocando uma onda de nostalgia na menina de Vaniville ao lembrar-se de todas as vezes em que a ouviu para sonhar com uma vida melhor.

“Lá vai, a música que aquela Spoink fez pra forçar que é Indie” Uma moça comentava enquanto tentava escolher uma moto.

“Sim, acha que é só colocar uma melodia sem letra e pronto, mas me diz amada você vai querer um capacete?” Respondia Rosalia, dona do estabelecimento que havia flopado por descobrirem que usavam excrementos de Grimer para produzir combustível.

    Aproximando-se do lago sem ninguém notar enquanto estava escondida em um arbusto junto da psíquica, a garota conseguiu ver que os estalos amarelados vinham na verdade de um Magnemite que tentava de todas as formas fazer as faíscas prateadas que o carregavam desaparecerem de seu corpo, uma vez que não gostava do que via no reflexo da água.

“Mite...” Incomodado o Pokemon tentava girar seus imãs para dispersar a eletricidade, mas não conseguia ficando ainda mais frustrado.

“Ele não gosta da aparência... E parece estar mal humorado, se nos aproximarmos de qualquer jeito ele pode não gostar e ir embora!” Serena constatou fitando a pokebola em suas mãos.

    Reparando que as faíscas eram apenas uma questão estética e não exibiam mais nenhum pulso, a menina começou a pensar.

“Espurr-purr!” Concordou a gatinha.

“Já sei! Espurr você me ajuda com seus poderes psíquicos?” A menina perguntou e a felina assentiu.

“Senhoras e Senhores, fiquem atentos!” A menina saltou do arbusto tendo arrumado seu cabelo em duas marias chiquinhas, seu avental se transformava em um pequeno blazer por cima do ombro e tinha um graveto como microfone.

    Enquanto isso Espurr corria ao seu redor utilizando folhas para formar uma gravata borboleta e frutinhas vermelhas como presilhas em seus pelos.

“Mag mag mag” Chiava o elétrico sem entender.

“Temos uma nova atração neste lago! Espurr, por favor, Disarming Voice!” Serena pediu estendendo a mão.

    A felina sorriu dando piruetas ao seu redor, juntando as mãos próximas à boca encantando sua voz com seus poderes e transformando-a em uma energia que se expandiu em direção a água causando uma perturbação ordenada nela.

“Mag...” Curioso sobre o que acontecia, o elétrico olhava em todas as direções.

“Muito bem, querida, use Confusion e faça um espelho com as águas” Com um floreio a menina pediu.

    Espurr ficou na ponta dos pés imaginando-se como uma bailarina enquanto seu corpo era dominado por seu poder psíquico e em seguida encantou todo o lago que foi tomado por uma aura azulada, ela ergueu as águas que cercaram Magnemite como um grande espelho onde sua imagem era refletida e as faíscas ao seu redor reluziam.

“Welcome to Lumiose! Imagino que seja estranho sair e ver tantas coisas que podem fazer você não gostar do que vê em si, mas olhe só como as faíscas fazem brilhar seu corpo de uma forma incrível!” Serena o elogiou, enquanto o Pokemon magnético reparava no tom prateado de seus imãs cintilando, amando a forma como pareciam.

“MITE!” Empolgado ele se via no espelho de água.

“Bom, Clemont está te esperando no centro Pokemon, venha comigo e depois podemos pensar em outros exemplos de faíscas para você!” A menina sorriu estendendo a pokebola.

“Mag Mag Mag” O Pokemon chiou voltando para a esfera.

“Espurr nós conseguimos!” Comemorou com a felina pulando em seu colo para um abraço.

“Purr-Purr!”.

“Muito obrigado por terem me ajudado! Eu já estou programando um sinal que vai desfazer tudo o que aconteceu, entrará em vigor daqui a uns 15 minutos!” Clemont agradeceu ao receber as pokebolas e as colocando no bolso.

“Foi um prazer, sendo bem sincera nunca tinha feito nada parecido!” Serena comentou empolgada.

“Gardevoir me ajudou a localizar Magnemite, segundo ela Magnemite tinha decidido ignorar o mundo e viver dentro do botão da estátua de uma Roselia” Diantha comentou com um saquinhos de doces em mãos.

“Não sei porque temos tantas estátuas de Roselia em Kalos com Florges sendo uma Pokemon das flores característica da região...” Clemont comentou confuso.

“Eu nunca havia parado para pensar desse modo...” A menina comentou pensativa.

“A propósito, Serena, Anisa me apresentou seus macarons enquanto você estava fora e eles são muito bem feitos, a ganache de diferentes sabores dá um toque único que me faz querer comer os dois! Deixei o dinheiro no seu balcão” A atriz comentou e as pernas da menina voltaram a tremer.

“O-Obrigada!” A menina disse no mesmo momento em que uma das pokebolas saltou do bolso de Clemont e dela saiu o Magnemite que Serena havia ajudado.

    O Pokemon imã flutuava ao redor da garota, esta sorriu de volta para ele.

“Vejo que ficou realmente feliz com o ocorrido, Wow...” O pequeno jogou-se em sua direção para um abraço.

“Acho que depois disso, só tenho uma pergunta, você se importaria em ficar com o Magnemite?” O garoto perguntou.

“Sinto que também deveria capturar a Espurr, nunca a vi tão próxima de ninguém e vocês tem se dado tão bem!” A enfermeira também comentou.

    Com os olhos lacrimejando, a garota olhou seus dois novos parceiros, seu primeiro dia em Lumiose havia sido um desastre, no entanto uma semana depois ela finalmente começava a sentir que seus esforços estavam valendo a pena.

“Aproveitando o momento... Eu fiquei o dia todo sem trabalhar por conta disso, então... Se importam em fazer uma foto para eu postar no Twitter e movimentar minha conta?” A campeã perguntou.

    Enquanto tiravam a foto, uma notificação de mensagem no celular de Clemont de um contato chamado Lysandre, dizia:

“Tenho um novo tipo de sinal que pode ser usado para comunicação e soube que você se interessa por ciência de dispersão de ondas, então que tal me ajudar a terminar de desenvolver o conceito do Holo Caster?”.

    Serena possui 850 dollars, estando a apenas 29,150 dollars de uma câmera

Notas finais: sendo bem sincero esse capítulo foi um dos mais divertidos e espero muito que tenham gostado!