Notas Iniciais: Então, este capítulo era para ser algo muito simples, mas acabou virando algo diferente e com eles marcamos o início do novo arco da história, que eu gosto de chamar de Introdução ao Equilíbrio, e esse capítulo será fracionário, ou seja ele está incompleto e em breve vou adicionar a segunda parte.
Dito isto: Serena vai a Clario Town para conseguir mais público ao cobrir o Showcase que estará acontecendo.
Capitulo 7: O que é Equilíbrio para você?!
Relatos de tremores eram registrados por toda a
região, cidades próximas de Shalour eram afetadas com sua população tendo suas
casas destruídas, áreas ao redor de Camphrier Town também sofriam com graves
danos e altos índices de feridos nos incidentes relacionados aos tremores de
terra.
Diantha fizera o que podia promovendo ações sociais
buscando oferecer cestas básicas e alimentação, atrasara seus projetos afim de
garantir orçamento para a construção de casas provisórias para os afetados.
Entretanto, apenas isso não era o suficiente, era
necessário resolver o problema e a respeito dos terremotos: simplesmente não
havia sentido!
Os terremotos aconteciam em algum lugar e se estendiam
por Kalos, uma vez que suas ondas de energia abalavam um canto diferente do
território a cada dia, apesar de possuir conhecimento em várias áreas a campeã
não tinha tanta experiência com estruturas ambientais e no estudo de tectonismo
no geral para realizar um estudo aprofundado.
A muito contragosto, decidira ir a um lugar onde sabia
que não seria bem vinda, mas caso conseguisse poderia achar uma solução
temporária, então: Viajaria para Snowbelle City.
Wulfric o líder do ginásio de Snowbelle, era também
presidente da academia de estudos ambientais de Kalos e seus associados estavam
por dentro de todas as obras realizadas dentro da região monitorando o impacto
ambiental que trariam com sua realização.
Sua discordância em relação aos projetos da Campeã
existia há algum tempo por considerar suas propostas invasivas demais para a
natureza sem levar em consideração os Pokemon nativos, mas devido ao incidente com os Pokemon invadindo
Coumarine, a causa fora rapidamente associada a construção do metrô solicitado
por Diantha, presumindo que a construção perturbara os biomas próximos o que
dificultou as negociações da mulher em novos projetos pela região.
Diantha caminhava pela neve com alguma dificuldade,
havia descido do Mamoswine andando a pé em direção a entrada da cidade, suas
pegadas deixavam uma trilha atrás de si conforme o clima gélido transformava
seu hálito numa nuvem de fumaça gélida passando por si.
A neve caía impiedosa enquanto tudo o que havia ao seu
redor eram pinheiros cobertos por neve, vez ou outra Pokemon como Snover davam
as caras recolhendo um punhado de neve e voltando a desaparecer em meio a
imensidão branca.
“Senhor o que me passou pela cabeça quando decidi
caminhar pela neve de salto?” A mulher questionava suas decisões.
“Você só vai chegar até aqui, Diantha” Uma voz grossa
e um tanto rouca cuspiu seu nome.
“Até onde sei o direito de ir e vir é concedido a todo
cidadão natural ou estrangeiro que percorra por Kalos” Rebateu a mulher
avançando um pouco além da neblina que se formava encontrando uma silhueta com
uma capa esvoaçando por trás de si.
“Não quando se trata da minha cidade! Caso eu julgue
sua presença inapropriada, eu abrigo uma das maiores reservas ambientais do
mundo e não posso permitir a entrada de qualquer um!” Wulfric, o Líder de
Ginásio comentou e suas palavras pareciam carregar ainda mais a neblina que espreitava
ao redor dos dois.
“Wulfric, por favor, sejamos razoáveis, eu sei que
nossos métodos não são iguais, mas não podemos colocar nossas diferenças de
lado por um bem maior?” Dando um passo a frente para certificar que seu salto
não afundaria, propôs.
“Nem mais um passo! Os reitores de Snowbelle avisaram
a você que degradar tantos biomas por conta de um metrô apenas para satisfazer
sua necessidade de lucrar não era uma boa ideia! E no que resultou? Pokemon sendo feridos, uma cidade destruída, espécies saindo de seu habitat e tendo
suas casas depredadas e sabe-se lá quais as outras consequências!” A voz do
homem agora soava como um trovão no meio da neblina que causava calafrios a
atriz.
“Você tem noção do que faz?! Só porque é campeã não
significa que pode fazer o que quiser com Kalos!” O homem descruzou seus braços.
“Eu entendo o que quer dizer! Mas pense nas várias
pessoas de Coumarine e dos povoados próximos que simplesmente não conseguiam melhorar
de vida! Sem condições de treinar um Pokemon e se arriscavam para atravessar
uma floresta, um deserto e uma cordilheira de montanha e agora com o metrô
conseguem o escoamento de seus produtos!”
“Pessoas melhoraram de vida com um emprego, com a
oportunidade de visitarem seus entes queridos com um acesso mais rápido! Até
alguns estudiosos passaram a estudar melhor os biomas e a interação dos
Pokemon com a natureza por poderem se deslocar mais rápido, pergunte ao Ramos
e...” Rebateu a campeã sustentando seu olhar.
“Apenas egoísmo de gente da sua espécie! Ramos não
protege a natureza, só se importa com a beleza do que poda! O que justifica
sacrificar espécies de Pokemon inocentes para satisfazer seus ideais?!
Quantos Pokemon tiveram uma dura interrupção em seu modo de vida e tiveram que
realizar uma adaptação em outro lugar, qual a necessidade de submetê-los a
isso?” O treinador de gelo mantinha-se firme como um iceberg.
“Não fale como se todos os Pokemon fossem inocentes,
apesar de ótimos, é complicado conviver com eles! Diversos casos de ataques
todos os dias de pessoas que nem puderam ter a chance de revidar e acabam machucadas,
na maioria dos casos mortas! Não os condeno por isso, mas é necessário ter
equilíbrio!” Argumentou a mulher.
“Eles já estavam aqui antes! Eles possuem o direito a
preservação de seu ambiente muito antes do que nós! Snowbelle prioriza a Hiddew
Forest acima de tudo e todos vivemos sem nenhum peso ou morte em nossas mãos,
apesar dos nossos problemas sacrificamos os benefícios da nossa inteligência
pelo bem estar deles, você apenas usa recursos que os Pokemon não possuem!” Argumentou gesticulando
com irritação enquanto rangia os dentes.
“Nós dividimos o mesmo mundo! Apenas inteligência não
irá nos salvar em um confronto de verdade quando eles quem possuem o verdadeiro
poder! Acredite, é dificil para mim, mas estou procurando por um equilíbrio”
Começou a mulher sendo brutalmente interrompida.
“E O QUE É EQUILIBRIO PARA VOCÊ?!” Bradou o homem
perdendo a paciência.
“Ora faça me o favor! Nem tudo na vida pode ser
preservado! Sacrifícios são necessários, o sistema já era dessa forma desde que
me entendo por gente e nem todos usufruem tão bem dele quanto você, eu tenho o
poder em minhas mãos, mas não posso fingir que vivemos numa utopia onde tudo é
resolvido do dia para a noite! Estou tentando o máximo que posso! Mas se você
quiser ver as coisas pela sua ótica não iremos chegar a lugar nenhum... Eu vim
aqui justamente para pensarmos numa solução junt...” Disse se projetando um
pouco para a frente.
“Eu disse NEM MAIS UM PASSO!” Gritou o velho sacando
sua pokebola e a disparando no ar, no mesmo instante, agarrou o colar que
trazia no peito e sentiu toda sua raiva se dispersar em feixes translúcidos de
energia carregando suas ideias por fitas de luz e morte.
A pokebola mal havia se aberto, quando as correntes de
energia vindas de Wulfric abraçaram o brilho que a esfera libertava e davam a
Abosmanow a capacidade de transcender a vida e a morte, o Pokemon despencou sob
o solo causando um tremor com seu peso, os cristais reluzindo em suas costas, a
nevasca se intensificando enquanto a campeã levava uma mão ao rosto para
proteger o nariz e garantir que sua respiração não fosse comprometida.
“Blizzard!” Erguendo a mão o homem segurou em seu
colar com mais forças.
Os cristais nascendo em sua costa cintilaram reunindo
o poder invernal, ao abrir sua boca seu bafo era um hálito capaz de congelar a
própria nevasca, inflando seu peito soltou um sopro de poder contagiando a
nevasca ao redor e intensificando em direção a Campeã.
“Gardevoir proteja-nos com Psychic!” Diantha pediu
sendo projetada para trás, a medida que o golpe rumava contra si.
A Pokemon psíquica surgiu ao seu lado, com a joia em
seu coração reluzindo, ela abriu os braços traçando a forma das ondas mentais
que formavam seu poder e criando uma barreira púrpura na sua frente, a nevasca
buscava transpassá-la, mas Gardevoir possuía poder o suficiente para não
permitir.
“É bom que esteja avisada, Diantha, você não é bem
vinda aqui!” O líder comunicou e o olhar de ambos se encontraram.
A nevasca continuava caindo, o frio açoitava ambos os
treinadores, o idoso não parecia nem um pouco desconfortável parecendo até
sentir-se melhor quanto mais a temperatura caía ao lado de seu Pokemon, sua boca
fechada em uma expressão tão gélida quanto o próprio clima daquela rota.
“Que fique bem claro: eu não tenho medo de você,
Wulfric, mas meu objetivo ainda não é criar uma guerra civil, então respeitarei
sua decisão por hora e tentarei encontrar outros métodos para resolver o meu
problema” A mulher informou virando-se de costas.
Entretanto, lhe deu um último olhar por cima do ombro,
segurando o colar com sua Key Stone reluzindo enquanto ao seu lado, as ondas
psíquicas de Gardevoir causavam uma pressão distorcendo a nevasca que passou a
rodeá-las em uma fumaça gélida, respeitando sua posição.
Wulfric a olhou com mais atenção.
“Porém tenho a sensação de que em algum momento precisarei voltar, e caso isso aconteça, eu não hesitarei em usar todo o meu poder para entrar em Snowbelle custe o que custar!” Diantha finalizou retirando-se do local.
“Acelera motorista, em nome de Arceus!” Serena
segurando seu colar do mistério Steel rezando de olhos fechados, enquanto um
carro dirigia com uma velocidade acima do permitido atravessando a rota de
Camphrier Town e aproximando-se ainda mais do destino da garota: Clario Town.
A menina tivera um problema quando confundira alvejante
com amaciante, encharcando metade das suas roupas e as deixando de molho, assim
que voltou para lavá-las encontrou manchas irreversíveis em todas elas, chorou
por longos minutos até lembrar que havia marcado com Kiawe.
Usando algumas das economias que havia conseguido
aquela semana com a venda de suas sobremesas para contratar um motorista e
assim poder ir até Clario Town, torcendo para dar tempo.
“Se eu não conseguir mais seguidores que eu consiga ao
menos um desenvolvimento pessoal nessa cidade! Senão vou ter pago 500
pokedollars para absolutamente nada!”
O toque de seu telefone soou e assim que o pegou
reparou ser uma mensagem de Ária, seu contato estava salvo como Ária: Ex Kalos
Queen <3, se alguém dissesse a Serena que um dia ela estaria trocando
mensagens com alguém tão rica e famosa ela nunca acreditaria, mas durante a
última semana estavam desenvolvendo uma espécie de amizade.
“Bom dia, Ai que dia maravilhoso para se estar viva?
Estou preparando uma corrente de boas vitórias que vai hitar viu! Qual vai ser
a humilhação de hoje?” Digitou a menina da cama do hospital, ainda era
complicado usar apenas uma mão.
“Tô indo no showcase de Clario, mas me atrasei e não
sei se vou conseguir chegar” Serena enviou junto de vários emojis chorando.
“Aliás desde quando você gosta de correntes de
mensagens?”.
“Menina, Yachio vivia me mandando corrente de bom dia,
agora que estou no mesmo hospital fiquei nostálgica e vivo mandando no grupo da
família, o pior é agora eu até as escrevo para me sentir melhor” Ária sorria
enquanto digitava a mensagem.
“E como tá a sua mão?”.
“Tá só o cotoco! Brincadeira, sabe ainda é estranho,
mas acho que estou me adaptando” A menina comentou.
O sol entrava pela lateral da janela do quarto onde
estava internada, a enfermeira viera abrir as cortinas antes de trocar o
curativo da sua cirurgia, pensar que em alguns dias teria alta e deixaria aquele hospital a assustava, apesar
de não sentir tanto, sabia que ao sair dali enfrentaria o mundo de uma forma
diferente.
Arrumando os pés por baixo da cobertura, trouxe seu
braço esquerdo para perto de si, o erguendo em meio ao banho de luz onde era
possível ver uma sombra no formato de uma esfera por baixo da luva
que vestia.
A compressa de gaze colocada ali para dar volume e, ao
menos visualmente, ficar onde deveria estar sua mão lhe dava um certo calafrio,
pois conseguia sentir o mover de seus dedos e por vezes podia jurar sentir
dores mesmo que em teoria não a tivesse mais. Após tanto tempo, ter uma parte do seu corpo que não
conhecia era um tanto quanto assustador.
Enquanto conversava com Serena, recebera uma mensagem
de um número estranho, estava ficando melhor em usar apenas uma mão para mexer
no aparelho, trocando de conversa era a foto de Korrina.
“Iai... Eu peguei seu número com a Serena... Fiquei
preocupada sobre como estão as coisas com... Você sabe a sua mão e tudo mais...”
Com um sorriso a menina decidiu responder, voltando a digitar para a
funcionária do Centro Pokemon.
“A Diantha postou uma foto no meio da neve que já
me deixou inspirada para a corrente de hoje! Mas olha é melhor você chegar logo
nesse showcase” Enviou a menina.
“Por que tá rolando alguma fofoca?”.
“Pelo que estou vendo na televisão, o primeiro round está quase acabando!”.
“Finalmente, voltamos do nosso intervalo! Sentiram
minha falta? Porque eu senti a de vocês!” Pierre sorriu enquanto fazia uma
vênia e voltava a erguer sua cartola projetando sua imagem para o público, a
torcida batia as mãos em palmas compassadas gerando uma união sonora pelo
estádio enquanto o apresentador agitava a multidão.
A arena da cidade de Clario fora construída por cima
de uma antiga jazida de extração de minérios como forma de reforçar o que
tornava a cidade tão única: o esforço dos trabalhadores de extrair a matéria
prima, com as casas entalhadas em pedra e apesar do material rústica possuíam
uma arquitetura bastante acolhedora.
O estádio a céu aberto, com as arquibancadas entalhadas
em pedra, com o contraste das telas da competição que possuíam uma coloração em
bronze e possuíam bordas mais grossas para se confundirem com aquele material,
os camarins eram feitos de diferentes minérios com várias cores como um
mosaico.
“Relembrando o que temos nessa competição, o tema hoje
é: sorte! Isso mesmo, para homenagear esta linda cidade, os performers terão
pouco tempo para quebrar as pedras que dispomos em nosso cenário, pois em uma
delas está o broche que permitirá receberem o voto do público para a próxima
fase! Mas para alivio dos competidores também existem três armadilhas dispersas
entre as pedras para que possa obter um pouco mais de vantagem, é permitido
utilizar apenas um Pokemon e apenas um movimento, portanto, escolham bem!”
Pierre explicava enquanto na tela mostravam imagens dos outros rounds, onde um
menino quebrava uma pedra e encontrava o broche, entretanto seu oponente o
atirava uma bomba que o fazia rolar para longe conseguindo a vitória com os
paramédicos correndo em direção ao outro.
“Vamos receber, com muito prazer, a penúltima bateria:
Performer André, Performer Kiawe e Performer Zezé!” Indo até a extremidade do
campo, o homem girou seu cajado e o bateu no chão enviando ondas luminosas como
se fosse capaz de distorcer o espaço.
O palco passou a emitir barulhos de engrenagens
girando, quando o chão se partiu no meio revelando uma face transparente que
dava visão para uma câmara subterrânea de mineração com vários pedregulhos
dispostos para serem quebrados num espaço aberto enquanto outros caminhos se
ramificavam contendo mais delas, a iluminação do local ficava por conta de
algumas lâmpadas num tom amarelado enquanto as câmeras transmitiam os vários
corredores por entre o telão.
A frente de Pierre, uma plataforma circular subia com
os três performers nela prontos para iniciar a competição.
“Eu vim aqui pra divulgar o mercado da minha mãe, lá
tem tudo por um precinho bom, não é Geraldo?!” Usando um capacete de lanterna e
mal aguentando segurar a bolsa com as ferramentas, um menino de cabelos roxos
junto de Geraldo, o Bunnelby acenava para todas as câmeras ao seu redor.
Ao seu lado, André trazia uma picareta por cima do ombro com um sorriso terno para o público, Braixen cumprimentava quem os aplaudia de pé, o menino fechou os olhos sentindo a euforia de todos os presente, antes de abri-los novamente com um giro coordenado junto de sua Pokemon ambos levaram uma mão ao peito enquanto estendiam a outra a plateia como um pedido.
“Fico muito feliz com todo o seu carinho, não existem
casos de sorte, tudo é o equilíbrio dos bons costumes em nossa amada Kalos!”
Com um beijinho para os fãs, o menino voltou a sua posição inicial.
E por fim usando um macacão marrom, um capacete que
deixava de fora seu topete vermelho e segurando uma bolsa com ferramentas atrás
de si, Kiawe era elevado pela plataforma com Salazzle sibilando ao seu lado,
sua cauda gotejava veneno corroendo a terra no solo, enquanto o menino parecia
estar nervoso.
“Eu me lembro de já ter quebrado algumas pedras em
Alola para assentar o terreno da fazenda, mas nunca fiz nada parecido... Tem
alguma tradição para isso?” Perguntava-se o garoto internamente.
“Se eu fosse de Clario Town e visse um monte de
performer quebrando pedra eu me sentiria ofendida, podemos agendar o
cancelamento?” O Twitter já pegava fogo.
“Me perguntando aqui se o Kiawe não está em
desvantagem? Acho que em Alola não existem pedras!” Outro usuário comentava.
“Em suas marcas, está valendo!” Pierre comentou
enquanto um sino tocava, o palco criou um caminho dando acesso ao terreno
subtarrâneo conforme os três correram em direção.
“Earthquake, Geraldo!” Gritou Zezé abraçando a mochila
a frente do corpo e correndo a frente dos outros adentrando a mina improvisada.
O coelho saltou com suas sobrancelhas arqueadas,
concentrando poder em suas orelhas ele disparou uma onda de energia sísmica que
se expandiu formando uma barreira de tremores sob o solo buscando impedir a
passagem.
“My Beloved! Vamos pôr esse coelho no seu lugar, Braixen atire Fire Blast!” Com uma pirueta, o menino sorriu conforme Braixen o atirou seu galho, a raposa conjurou faíscas alaranjadas que voaram ao seu redor se unindo na ponta do pedaço de madeira balançado pelo menino como se caçasse vagalumes.
Ambos seguraram o galho disparando uma torrente de
chamas que explodiu o ataque e atirou Bunnelby em cima de Zezé antes que ele
pudesse chegar até a primeira pedra.
“Obrigado, pela ajuda, vamos Sala...” Começava Kiawe, porém.
“Não pense que estou te ajudando, alolano, eu não me
igualo a pessoas como você!” E dito isto, passou uma rasteira contra o menino o
fazendo cair sentado perto de Salazzle que rosnou para o performer oponente já
correndo junto da raposa.
“Tisk!” Praguejou o menino percebendo seu atraso, e
por fim entrou na mina atrás dos outros.
Tirando a mochila das costas, Kiawe segurou um pequeno
bastão de ferro o usando como apoio e com a mão direita deu alguns golpes
contra a primeira pedra até que esta se partisse ao meio revelando o que havia
em seu interior: nada.
“Eu vejo o modo como você vem agindo nesses showcases!
Eu até posso aceitar você desse jeito, contanto que passe nossa cultura
adiante!” As palavras de seu pai vinham a sua mente.
“Tisk! Agora não!” Tentava desviar os pensamentos.
Passando para a próxima pedra com Salazzle ao seu
lado, voltava a repetir o processo, mas ainda não havia encontrado coisa
alguma, enquanto isso Braixen utilizava um pano rosado bordado com flores
molhado com uma solução calmante de camomila em seu rosto para amenizar a
poeira e não ativar sua alergia, movendo lentamente o braço ela dava apoio
moral a André que tentava de todos os modos quebrar a pedra.
“Mas que inferno! Os pobres de perto de Cyllage... Digo
os mineradores fazem isso parecer tão fácil! Não é atoa que estão traficando
tantos trabalhadores de Kalos para Johto, quem iria querer fazer isso?”
praguejou o menino quando finalmente conseguiu fazer uma rachadura no mineral.
Zezé no entanto, tirava marretas de dentro de sua
bolsa, equilibrando o peso do seu objeto com seus ombros a erguia para cima e
com um só golpe destruía as pedras com Bunnelby usando suas orelhas como uma
broca para o ajudar, assim que quebrou uma das rochas viu algo brilhante dentro
dela e seu sorriso cresceu.
“Hihihi”.
“Ufa! Uma já foi!” Passando a mão para retirar uma gota de suor da testa, o menino teve o vislumbre de mais de cento e cinquenta pedras que ainda precisava quebrar olhando para suas mãos, mas mal teve tempo de pensar em algo.
“BRAIXEN!” A raposa virou rapidamente para o menino
sentindo a cabeça pesar devido a labirintite.
“Mas que diabos...”.
Zezé saltou diante de uma das pedras, levando uma das
mãos para trás e atirando uma esfera, esta chiou e num piscar de olhos se
transformou numa rede de caça, o menino tentou se levantar para correr, mas no
meio do caminho fora pego e preso contra uma parede.
“Agora é só acabar com a Braixen nojenta dele e aquele
ali de uma só vez! Geraldo Earthquake!” Comandou.
“Braixen! Cuidado!” Esperneando preso contra a parede,
o performer tentava chamar atenção de sua Pokemon.
Sem tardar, Bunnelby saltou com suas orelhas imbuídas
com um poder elemental se concentrando em massas de energia sísmica e com um
impulso socou o solo criando um terremoto que visava atacar a raposa e Kiawe
que martelava a última pedra na sua sessão com bastante concentração.
O terremoto lotado de poder buscava engolir Braixen,
esta ouvindo a voz de seu treinador, corria sentindo tudo ao seu redor ruir
ainda mais por conta do seu distúrbio, era dificil, e por vezes sentia estar no
fim do mundo.
“BRAIXEN! Para as pedras!” Gritou o performer de Cyllage.
A raposa subiu pelas pedras com dificuldade de manter
o equilíbrio contando apenas com a voz de seu treinador para lhe guiar.
“SALA!” Avisou o menino bem no momento em que ele
terminara de quebrar o objeto revelando o broche que lhe daria a vitória.
O terremoto causado por Geraldo despedaçou várias
pedras dentro da câmara as atirando como uma onda de destroços para todos os
lados, antes que pudesse ser atingido por todas elas, o menino levantou-se.
“Sludge Wave!”.
Arreganhando sua boca, a Pokemon fez as tatuagens em
seu corpo se iluminarem conforme seu veneno crescia dentro de si e sua cauda
chicoteava pelo chão criando uma onda arroxeada que chegava a estalar faíscas
com a concentração do veneno, a colisão dos dois movimentos resultou num grande
impacto fazendo o broche voar para o alto.
“Que rodada meus amigos, qual deles conseguirá pegar o
broche?!”.
“BRAIXEN!”.
“SALAZZLE!”
“GERALDO!”.
Disparando em direção ao objeto, Bunnelby corria com
dificuldade por entre as pedras quebradas no local, almejando usar a última
para se impulsionar, no momento em que Salazzle surgiu com uma chibatada de sua
cauda contra o coelho o fazendo cuspir.
Braixen tentava acompanhar os Pokemon, com sua cabeça
girando e o chão tremendo ao redor de si, mesmo que o efeito do movimento já
houvesse passado, irritada a Pokemon pareceu ficar mais motivada disparando
enquanto ambos brigavam e embora parecesse que todas as pedras estavam sendo
afetadas por um tremor de magnitude desproporcional, a Pokemon saltou agarrando o broche.
“É agora, votem!” Pierre gritou.
“Sludge Wave, nela!”.
“Earthquake, quebre as pernas dela!”.
Os dois até tentaram, mas as luzes verde escuro que representavam André envolveram a raposa dando ao performer a vitória e um lugar no segundo round, Kiawe cerrou os punhos irritado, se tivesse sido um pouco mais rápido para pegar o broche assim que o achou...
Voltando ao camarim enquanto o resto do Showcase
acontecia com as performances, Kiawe olhava seu reflexo no espelho, o que
estava fazendo afinal? Desde a última competição havia conseguido seguidores
que de fato se importavam com ele, mas muitos dos comentários acabaram mexendo
com sua percepção das coisas.
“Olha só como é ridiculo, ele pensa que é artista de
Kalos, ele pensa que é performer!” Comentavam a respeito de um vídeo sobre uma
trend popular da região envolvendo dançar na frente de estátuas de Pokemons de
outras regiões como protesto para visibilidade das espécies nativas.
“E agora? Quem vai pagar meu psicólogo depois de você
postar esse ritual sem aviso de gore!” Um outro comentário a respeito de um dos
rituais tradicionais em Alola para dar mais força aos seus sonhos.
“É até bonito o que você está fazendo, mas precisa ser
desse jeito? Podia ter um pouco mais de Alola!” Sua mãe comentava consigo ao
telefone em alguma das chamadas.
Por mais que tentasse não dar atenção a esses
comentários, após vê-los inúmeras vezes, algo dentro de si pareceu ser superado
e a barreira que havia construído para não ser afetado acabou por ceder,
embaralhando seus sentimentos, distorcendo o verdadeiro ideal do seu objetivo e
prejudicando seu sonho.
“Como posso equilibrar as coisas?” Perguntou-se o
garoto, bem quando a porta do camarim foi aberta e Serena apareceu por ela
vestindo uma roupa metade rosa e metade preta com o cabelo preso com pompons em dois coques de ambas as cores.
A menina levou as mãos ao rosto e em seguida fez uma
cara de tristeza.
“Alô, Policia? Sim, sim é uma daquelas” Zezé denunciava
ao telefone com Kiawe o tomando o aparelho antes que terminasse e explicando
que era apenas um mal entendido.
“Ei aquela é minha amiga! Eu só não sei o que
aconteceu com ela...”.O menino voltou a olhar a ex funcionária do Centro Pokemon.
“Oioi galerinha da minha vida! Eu sou a Sese e... Eu
odeio todos a minha volta e agora vamos entrevistar esses performers imundos!”
A menina dizia alternando a personalidade enquanto Magnemite a seguia com a
câmera.
“Olha esse aqui! Gente que roupa mais fofinhaaa! Eu
estou apaixonada, como está sendo sua trajetória?!” A menina perguntou animada
para uma garota usando uma boina com uma trança única em tom preto, mas uma das
mechas se destacava em azul.
“Ai eu sou a Lessie, e eu adoro fazer ASMR e o meu
maior sucesso de público é o POV; Você é a Valerie e eu estou xingando você, as
pessoas dormem na primeira ofensa! Eu e Litleo passamos para a segunda rodada”
Comentou a menina empolgada.
“E ninguém nunca te falou o quanto você é genérica? Vá se tratar!” Alternando sua personalidade novamente, Serena deixou a garota prestes a começar um colapso.
“E você quando vai entender que os anos 60 já saíram
de moda? Ninguém aguenta mais bolinhas” Mantendo sua personalidade negativa, a
menina entrevistava.
“Ei eu competi com você no último showcase! Ai menina
que pena que você decaiu, mas um dia quem sabe você fica decente!” Bryan falava
enquanto limpava as plumas de seu Fletchinder.
“Ai que fofo seu Fletchinder! Quando esse lindinho vai
evoluir para combinar melhor com a sua estética?!” Serena perguntou voltando a
ser fofa.
“A Marcia nossa psicológa disse que ele possui um
pesadelo recorrente onde evolui e se torna fairy type! Isso o bloqueou
emocionalmente e estamos tratando desde então, mas ainda falta muito” O
Performer contou tapando as orelhas da ave que o olhava desconfiado.
“Ai desejo muitas melhoras e beijinhos suaves!” A
menina disse se afastando.
“Serena! O que está fazendo?!” O menino a perguntou
tirando do transe.
“Eu vi que ultimamente a estética sweet but psycho
estava ficando muito famosa entre as performers e estava tentando aderir, mas
pelo visto as poucas pessoas que estavam acompanhando a live, desistiram!” A
menina conferiu vendo os indicadores encerrando a transmissão.
“Você não acha que estava... Talvez forçando um pouco?”
O garoto sorriu.
“Acho que tem razão... Ainda estou tentando encontrar
meu estilo de produzir conteúdo... É mais difícil do que pensei, mas e o
showcase, conseguiu passar? Me desculpe pelo atraso...” Comentou a garota.
“Eu não consegui pegar o broche a tempo e acabei perdendo...”
Kiawe comentou triste.
No mesmo momento a porta do camarim foi aberta e uma
voz chamou por Serena a causando arrepios, uma voz que não esperava ouvir nunca
mais e imediatamente a fez sentir como se todas as suas conquistas tivessem
sido apagadas.
“A-Alicia? O-O
que está fazendo aqui?!” Perguntou assustada.
“Eu também estou feliz em te ver! Estou muito feliz,
na verdade! Eu... Eu quero agradecer a você, pois senão fosse pelo seu vídeo eu
nunca teria conseguido me tornar performer e provavelmente estaria na frente do
Centro Pokemon de Lumiose chorando pelo meu namorado ter terminado comigo...” A
menina comentou sorrindo.
“Eu bem que estranhei que nunca mais haviam falado sobre
a mendiga na praça... Então era você... Mas como você se tornou uma performer tão
rápido?! De qualquer forma, obrigada, mas eu não quero falar com você agora!” A
funcionária do Centro Pokemon disse com seu tom de voz ficando mais sério.
“Ai só aconteceu sabe? Uma agente de uma empresa falou comigo na rua para fazer publicidade de uma marca em troca de um biscoito, aí eu fiquei famosa e vi o seu vídeo e me senti muito inspirada! Ai comecei a competir, inclusive acabei de performar com o meu Meowstic você não viu?” A garota continuou a falar.
“Você o quê?! Olha me desculpe, mas eu não quero
continuar essa conversa, Kiawe, você já está de saída? Eu acho que preciso de
um pouco de ar fresco!” Perguntou sentindo seu peito começar a apertar.
“Serena... Não vá assim, eu...”.
“Alicia! Já chega!” Encerrou esperando uma resposta do
menino ao seu lado.
“Já sim, acho que podemos tomar um sorvete se quiser
antes de ir!” O menino respondeu um pouco desconfortável tendo o olhar das duas
garotas sobre si.
“Ótimo, vamos lá!”.
“Você vai continuar me ignorando?! Você saiu da escola e nem avisou nada!” A garota gritou de volta.
“É bom não agir como se nossa amizade tivesse sido
ótima! Você sabe o que aconteceu! Vamos sair daqui, por favor”.
No fim do Showcase de Clario Town, Pierre havia dado
largada e a votação se iniciava, enquanto André estava ao lado de Alicia, já
preparado para a vitória, uma vez que os aplausos durante sua performance foram
os maiores, entretanto seus olhos mal puderam acreditar quando as luzes
esverdeadas foram substituídas por uma nova cor: roxo.
E essa cor dominou todos os holofotes indo direto ao broche
de Alicia, que se sagrou como a vencedora do Showcase.
“O quê?! Mas isso não está certo... c-como pode, a torcida era minha! Isso não é justo!” Gritou o menino.
Caminhando pelas ruas da cidade, Serena conseguia a
arquitetura entalhada em pedra que dava um tom bastante rústico para o local, a
fazendo sentir num momento parado no tempo de certa forma, mas pensar nisso
referente as memórias que compartilhara com Alicia, parar no tempo era a última
coisa que desejara.
“Você.... Você quer falar sobre o que aconteceu? Digo sobre
aquela garota? Eu só achei que devesse perguntar, mas se incomodar...” O menino
perguntou levando as mãos para trás da cabeça desconcertado.
“Eu... Eu não sei sabe” Suas palavras foram jogadas ao
vento, conforme paravam para atravessar a rua.
“Eu gravei vídeos sobre minhas receitas, mas pareceu
tão... Estranho de postar, fiquei preocupada pensando ser a coisa certa até simplesmente
não conseguir! Paguei por tudo de ruim que me ocorreu nesses últimos tempos e
ver a Alicia... Depois de tudo que aconteceu entre nós duas, ela simplesmente
conseguir me ultrapassar tão rápido, como sempre!” Fazendo uma pausa a garota pareceu
engolir suas lágrimas.
“Eu fiquei com inveja! Me senti péssima por não estar
fazendo progresso algum... Eu sou uma pessoa horrível não sou?” A garota
comentou com um sorriso desconcertado.
“Claro que não... Digo não é um bom sentimento, mas eu
acho que compreendo também senti bastante inveja hoje, ela parece ter te
afetado muito quando vocês estavam na escola ao que entendi” O menino comentou enquanto
ambos atravessavam a rua aproximando-se da sorveteria.
“Sim... Alicia foi minha primeira grande amiga... E ela me fez sentir como se as opiniões dela fossem tudo que importava, mas não importava o quanto eu me esforçava nada era o suficiente e... Eu estou tentando me encontrar agora! Eu me afastei por isso e não quero pensar nessas coisas por enquanto” O alolano a observou respirar fundo ao seu lado.
“Mas e você? O que quis dizer?” A menina perguntou.
Como resumiria tudo que estava sentindo no momento
para ela? Foi o que pensou quando ambos adentraram a sorveteria,
esta sendo feita de um tom quase bronze com os bancos da mesma estrutura acolchoados
com almofadas avermelhadas, o som dos garçons recolhendo as louças de vidro
dominava o salão assim que ambos foram sendo atendidos, sendo uma filial da
linha de sorvetes de Selena Gomez e das Blackpink’s, Serena sabia exatamente o
procedimento a seguir durante o pedido.
“Tem algum sorvete que tenha sido aprovado pelo
inmetro?” Perguntou para a vendedora.
“Todos, minha senhora, o sabor strummy que tem como
inspiração as plantações de Alola já que estamos no mês de visibilidade dos
oprimidos e...” A atendente respondia.
“Ai eu vou querer esse!” Kiawe perguntou.
“E esse pedaço de etiqueta rasgado aqui? Tava dizendo
que tava estragado! Eu bem que conheço vocês, a Selena Gomez me vendeu strummy
mais de quatro vezes no lugar de sorvete de verdade em Lumiose, qual o sabor de
verdade?” Pressionou a funcionária.
“Eu não sei do que você está falando...”.
“Sabe sim, vocês misturam água com gelo e corante vendendo
como sorvete para não terem de produzir!” Devolveu a menina.
“Sua Granbull, esse sabor de menta com chocolate que é
o de verdade de hoje” A funcionária contou enchendo duas taças e os servindo
enquanto os dois se dirigiram até a cadeira.
“Menina aquele ali não é o Ekko?” Kiawe perguntou
levando uma colherada até a boca.
“Não pode ser! Mas o que ele está fazendo aqui?” Serena
perguntou olhando de longe.
“Não sei, mas está com uma cara de abatido, vamos até
lá” Concluiu o alolano animado e ao mesmo tempo nervoso.
Com a cabeça apoiada sobre a mesa do estabelecimento, com
o olhar baixo, acompanhava sua mão mover o cubo mágico que havia trazido de um
lado para o outro, fechando seus olhos vez ou outra, mas a sensação dentro de
si não passava.
“Porque alguns momentos não podem durar para sempre?”
O performer se perguntava.
“É... E-está t-tudo bem?” Uma voz apareceu diante de
si, junto de um garoto familiar que vez ou outra aparecia em seu poketube.
Ao seu lado estava uma garota da qual também ouvira falar,
entretanto ela sumira dos holofotes já faziam várias semanas e agora ambos o
olhavam preocupados, Ekko pensou em inúmeras memórias que poderia resgatar, histórias
que poderia criar, ou só dispensá-los, mas em cerca de segundos se perguntou: há
quanto tempo alguém não falava com ele tão diretamente assim?
“Você não é o alolano que sofre xenofobia e a garota
que cuspiu numa Espurr? Olha parceiro... Eu acho que não estou muito bem e vocês?
Por que não se sentam comigo?” Surpreendendo a ambos pela sinceridade, o breaktime
performer sinalizou que podiam se sentar.
Serena sentou-se ao lado de Kiawe, que parecia tremer suas
pernas assustado por estar diante de alguém tão famoso, a própria também estava
curiosa pela conversa, mas a experiência anterior tornara dificil exibir qualquer
emoção positiva.
“Já que foi sincero, eu também serei, estou tentando
retomar minha carreira ou criar uma, mas não consigo chegar em nenhum equilíbrio
a respeito do que quero, nada parece perfeito!” Serena comentou desiludida, comendo
outra colherada do sorvete enquanto Ekko observava seu perfil no poketube.
“Dá para ver, você postou uma foto no pôr do sol com
legenda de gratidão, compartilhou um post sobre Glameow’s fofinhas serem a
resposta para a paz, fez um vídeo curto customizando uma roupa para vestir
quando for assaltada, depois uma foto sobre como Pokemon ghost deveriam acabar
com o mundo e alternou tanto de personalidade na live que o poketube quase a
baniu por falsidade ideológica... E você?” Ekko voltou a conversa para Kiawe.
“Isso virou algum tipo de terapia?!” Perguntou o
alolano desconcertado.
“E qual o problema? Eu adoro tomar sorvete e desabafar
sobre as infelicidades da minha vida! É para isso que venho em Clario Town,
fora o fato de que o sorvete é artesanal, o gostinho de água dá um certo charme!”
Comentou o menino tomando outra colherada.
“Eu estou muito confuso sobre tudo o que estou fazendo,
vocês dois são as únicas duas pessoas com quem consegui conversar sem sentir
que estou decepcionando todos ao meu redor... Quando vou gravar um vídeo, fazer
um trabalho ou qualquer coisa eu simplesmente travo só com o pensamento de como
deveria fazer aquilo!” Kiawe comentou e também tomou uma colher de seu sorvete,
não ficando muito satisfeito com o gosto.
Observando os dois, o performer teve uma epifania,
ultimamente Ekko vinha se sentindo nostálgico e com problemas em definir seu
objetivo, a última temporada de showcases havia sido incrível.
Rivalizar com Ária, Seraphine, Amélia e outros nomes o
fizera se sentir alguém importante, já que as expectativas eram altas para
saber quem daquele grupo se tornaria o novo representante de Kalos, mas no fim
ele não venceu a classe mestra, nem conseguira um lugar na competição por Era,
e só agora estava tentando lançar uma carreira mas a cada passo que dava sentia que gostaria de
voltar no tempo, tendo bloqueios no conceito da sua hora.
Porém algo na busca por autodescoberta daqueles dois o
motivou a olhar para si e tentar descobrir as coisas por uma nova ótica para os
ajudar.
“Falando sério, muitas pessoas pensam que equilíbrio
significa algo perfeito, algo indolor ou até mesmo uma decisão que vai deixar
qualquer um cem por cento feliz, mas para se estar nesse estado em qualquer
coisa é necessário o mesmo nível de balanceamento entre o que considera bom e
ruim o que nem sempre leva a boas atitudes... E para isso vamos todos participar
daquilo!” Ekko apontou para a televisão e os dois se viraram vendo Lysandre e Senhor
Cascudo.
“Boa tarde, Clario Town! Alcançamos ótimos números com
nossa parceiria com as agências de Sky Battle e nossa ação virou até uma trend
no poketube com diversos treinadores se conectando, nós da Team Flare, ficamos tão
felizes com isso que decidimos lançar uma nova promoção!”
“Eu chamo de Fast Battle Tournament! Façam agora mesmo
sua inscrição em qualquer loja da cidade e vá atrás dos Sky Trainers por toda a
cidade, no caminho poderá enfrentar e derrotar outros treinadores que estejam
participando para eliminá-los da competição e aquele que sobrar levará um Holo Caster
personalizado pelo Senhor Cascudo, com um autográfo, pelúcia e mais um brinde
exclusivo!” Lysandre anunciava deixando algumas das pessoas da sorveteria
interessadas, a garota ainda podia vislumbrar a mancha estranha em seu rosto.
“Mas por que vamos participar disso?!” Serena perguntou
confusa.
“Isso nem faz sentido!” Kiawe gritou de volta.
“Porque é uma trend que ficou famosa e você vai poder
gravar um vlog podendo conseguir audiência, pense no que eu disse e em como
você gostaria de assistir um vídeo sobre isso, quanto a você é um bom momento para
rever seus sentimentos e tomar uma decisão, ninguém perguntou de mim, mas eu
amo batalhas e já faz muito tempo que não tenho amigos para participar delas!” Explicou
o menino.
“Nós somos amigos?!” Serena perguntou.
“A gente acabou de se conhecer!” Kiawe gritou em resposta.
“Vamos não temos tempo!” Ekko chamou arrastando os dois em direção a recepção
Notas Finais: Me desculpem pela duração qualquer coisa kkk, e espero que tenham gostado dessa primeira parte do capítulo! Eu acho que foi um dos capítulos em que mais estou inseguro kk, mas gostei muito de escrevê-lo.
Notas iniciais: Gente muito obrigado pela paciência, e me perdoem pela demora mas tive alguns problemas, mas aqui está a segunda parte deste especial que deu mais trabalho do que imaginei, o que é equilíbrio para você?
Holo Caster, uma tecnologia desenvolvida pelo
conglomerado de Empresas Flare, gerenciado por Lysandre, o empresário havia
levado algum tempo para obter os investimentos necessários, de fontes ainda
desconhecidas, para tornar seu projeto realidade com o objetivo de oferecer uma
comunicação sem fronteiras e que não provocaria nenhum risco ambiental aparente.
Assim que Clemont ajudara a finalizar o projeto,
iniciou-se a tentativa de vendê-lo, o que em partes funcionou uma vez que
celebridades de Kalos possuíam seu Holo Caster e o dispositivo estava se
configurando como um artigo de luxo, entretanto este resultado não parecia
agradar as ambições de Lysandre.
Ao conseguir ainda mais investidores, o homem iniciou
campanhas que visassem tornar o dispositivo ainda mais popular entre todos os
tipos de pessoas de Kalos, unindo-se à empresa de viagens junto da organização
de Sky Trainers, Lysandre criou uma campanha que atingiu o objetivo que ele
procurava: com o objetivo de derrotar os Sky Trainers influencers gravavam suas
lutas e registravam sua jornada para encontrar um gerando um conteúdo que era
consumido por vários nichos de consumidores em Kalos aumentando a procura pelo
dispositivo.
Ao mesmo tempo as vendas das passagens da agência de
turismo Whirlwind aumentavam junto da adesão de pessoas a organização dos Sky
Trainers, para não deixar o hype daquela trend esfriar, Lysandre produzira
modelos exclusivos criando competições que tornassem dificil sua aquisição e
era um desses eventos que ocorria agora em Clario Town.
As Fast Battles aconteciam de surpresa
onde todos os treinadores da cidade se inscreviam para procurar por Sky
Trainers lutando contra eles enquanto podiam também eliminar-se entre si, o
objetivo: sobrar apenas um que levaria o prêmio,
E nesse momento, Serena corria por entre as ruas
esculpidas em paralelepípedos da cidade mineira, em seu pescoço ao lado do
mistério steel estava também um cordão que simbolizava sua inscrição no evento,
olhava para todos os lados tentando encontrar um Sky Trainer ou mesmo alguém
que a desafiasse.
Descendo por uma rua, a alguns metros de distância uma
garota loira desafiava um Sky Trainer posicionado acima de uma árvore, uma
Swanna sobrevoava os bancos de pedra do local enquanto a menina se reposicionava
tentando acompanhar a trajetória do oponente.
“Absol Double Team!” Astrid gritou erguendo a mão para
o lado.
O Pokemon desastre subiu em um dos bancos e com as
patas alinhadas ergueu seu pescoço com o chifre em sua cabeça reluzindo ao
criar versões de si por toda a extensão da praça enquanto sua treinadora pensava
em como alcançar o oponente no céu.
“Dance pelos céus! Hurricane, Swanna!” Movendo seus
braços para a frente e os levando ao peito, o homem comandou.
O cisne assentiu e em seu voo fez com que suas asas
reluzissem num tom azul celeste, reunindo camadas de ar acima e abaixo de si, a
ave as desfez num turbilhão de vento que envolveu toda a praça chegando até a
área onde Serena se aproximava, a garota segurou o cabelo e levou a mão ao
ouvido.
“Serena, você está bem? Que barulho é esse, mulher? Se
alguém tentar te matar avisa! Pois tá lá no regulamento que por mais pobre que
você seja isso ainda não é permitido!” Ekko assegurou pelo dispositivo na
orelha da menina.
“Eu estou bem, é só um movimento... de uma... Swanna!”
Falou com dificuldade.
“Qual a necessidade de nos comunicarmos desse jeito? E
como você pagou por eles? Aiii faz cócegas na orelha quando vocês falam!” Kiawe
sorriu enquanto conversava.
“Eu sou rico e qual é?! Somos amigos e assim podemos
ficar juntos mesmo separados, lembrem-se que o objetivo é sermos nós três os
finalistas para a luta final!” Ekko frisou e os dois assentiram.
Mas, Serena ainda tinha mais um objetivo: ela
precisava filmar aquela competição de um modo que fosse genuíno, mas todos
contavam suas experiências em vídeos curtos, não havia nenhum modelo a ser
seguido que estivesse fazendo sucesso agora.
“Pense em como você gostaria de assistir um vídeo
sobre isso” A voz de Ekko surgiu a sua mente.
Se estivesse assistindo aquela luta como gostaria que
fosse transmitida? Que tipo de coisa poderia ser interessante filmar? Das vezes
em que assistira batalhas pela televisão sempre ficava incomodada com a falta
de protagonismo nos movimentos dos Pokemon, eles gastavam tanta energia
criando e utilizando seus ataques que Serena considerava quase um crime não
mostrá-los.
Com a câmera em mãos ela capturou o movimento
azul-celeste e como ele fazia a poeira do chão se levantar, seguiu com a lente
filmando a copa de algumas árvores balançavam e o som que a habilidade emitia
buscando ao máximo mostrar a potência e a sensação de estar presenciando o
momento dentro de sua gravação.
Com dificuldade continuou acompanhando os clones do Pokemon desastre serem todos varridos um por um, desaparecendo em sombras que
retornavam ao solo enquanto Absol era atirado ao chão da praça com Astrid
buscando intervir por ele.
“Vejam o controle que Swanna possui de seu movimento!
Muitos Pokemon podem utilizar do Hurricane, mas a capacidade dela de manipular
a água dá aos ventos um brilho e uma umidade característica!” A garota comentou
no vídeo adicionando um filtro em câmera lenta que a permitisse capturar as
gotículas.
“Você quer mesmo lucrar em cima da minha desgraça?!
Você não tem vergonha!” Gritou Astrid.
“Minha filha isso é uma competição! Eu não sou obrigada!”
Rebateu.
“Mas e a sororidade?!”.
“Swanna Hydro Pump!” Usando dos ventos de sua
parceira, o Sky Trainer deslizava sobre o ar utilizando as membranas da roupa
para planar acima deles.
Em meio a gaiola de ar, Swanna abriu caminho enchendo
seu bico de água, este reluziu em azul conforme ela disparou uma torrente de
água varrendo todo o caminho acertando Absol e Astrid que foram atirados para
fora da praça enquanto Serena reposicionava sua filmagem.
Focando no modo como a água se dispersava e os bancos da
praça ainda molhados, ou mesmo pequenas poças de lama que se formavam devido a
terra.
“A quantidade de detalhes que posso transmitir é
imensa! Além disso podemos lutar com o vencedor que provavelmente estará
cansado!” A menina pensou consigo mesma.
“Absol, avance direto a ele com Sucker Puinch!”
Determinada, a loira voltou a se levantar, rugindo seu parceiro disparou em
direção a ave.
Suas garras foram tomadas por sombras, enquanto seu
próprio corpo parecia se derreter em meio a elas, num blitz obscuro o Pokemon
teleportou estando ao lado do cisne que assustou-se perdendo o controle dos
ventos que cessaram por um instante, enquanto Serena aproximava a imagem dando
enfoque na expressão surpresa da ave perdendo sua compostura.
“Vamos finalizar isso no próximo golpe!” Astrid já
levava a mão ao brinco iniciando o processo de mega evolução.
“Ah, mas não vai mesmo, afaste-o com Aqua Ring!” Pousando no banco da praça, o homem comandou.
Os feixes saídos da Key Stone presa na orelha da menina
tateavam pelo ar em busca do ponto de convergência, no mesmo momento, Absol
erguia o braço pronto para desferir um golpe que certamente a tiraria do voo,
mas um brilho cintilante tomou conta do corpo de Swanna.
Com um grasnado, ela ergueu as asas dando forma a uma espiral
de água que cresceu afastando Absol que foi atirado em meio ao ar, os feixes o
envolveram e sua transformação começava a acontecer.
“Não permitiremos! Brave Bird e finalize-a!”.
“ABSOL!”.
Envolvendo suas asas com um centelha avermelhada que
intensificou-se até tomar a coloração azulada, Swanna mergulhou chegando até
quase perto do chão e com um bater de asas tomou impulso para subir colidindo
em cheio com o oponente causando uma explosão ao descarregar todo o seu poder,
o Pokemon foi atirado para o solo inconsciente sem ter terminado sua
transformação.
“Eu o desafio! Magnemite, aqui vamos nós!” Após filmar
a colisão, a menina tirou uma pokebola do bolso e com um giro disparou a esfera
no ar libertando o metálico.
“De onde você saiu?! Achei que você fosse terceirizada
pela prefeitura!” Perguntou o Sky Trainer assustado.
“Diga X enquanto usamos Thunderbolt!” A garota se
divertia capturando a imagem do oponente.
“Sua nojenta eu não te cedi meus direitos de imagens! Swanna forme a prisão de vento!”.
Astrid correu até o seu Pokemon, ajoelhando-se ao lado
dele para conferir se estava bem enquanto erguendo seu olhar para um imã flutuando
e agitando seus polos conforme uma rede de energia elétrica se formava ao seu
redor e irrompia em direção a Swanna.
O cisne sentindo os danos do movimento anterior,
cerrou um dos olhos e grasnou criando uma nova camada feitas de grossas massas
de ar se sobrepondo enquanto rodeavam o metálico e sua treinadora.
Focando a visão de seu único olho, Magnemite inflou as faíscas enquanto os feixes elétricos
ganhavam mais vida buscando transpassar os ventos de forma violenta criando
estrondos semelhantes a uma tempestade de trovões explodindo com grandiosos
barulhos ao redor dos dois, tudo sendo captado por Serena.
“Não se mexa, estou terminando de cuidar da sua
pata... Está tudo bem” Com a voz terna, Astrid baixava seu olhar borrifando uma
poção sobre a pele de Absol.
Embora os estrondos ao seu redor pudessem fazer crer
que o mundo estava acabando ao redor dos dois, o olhar triste da treinadora e
de seu Pokemon desastre se encontravam em uma sinfonia que acalmava os dois
corações.
“É como estar numa tempestade! Eu sempre tive medo de
trovões, mas quase fazer parte deles me trás uma sensação de estar viva!”
Contava a garota tanto para a câmera, quanto pelo dispositivo.
“Isso é perfeito! Como performer digo que se quiser
passar sua essência no que produz o equilíbrio será feito de coisas que gosta e
o que aprendeu que não gosta, então sempre existirá quem enxergue uma parte ou
outra, mas é necessário que essas duas coisas façam sentido para você para que
no fundo consiga enxergar sua verdade nelas!” Ekko contou sorrindo.
“Swanna Hydro Pump!”.
“Magnemite Lock On e Sonic Boom!”.
Batendo as asas a ave disparou acima da tempestade de
ventos, inflando o peito ela enviou à frente um feixe líquido com grande
potencial destrutivo afastando as camadas de ar e ganhando ainda mais impulso
com a queda.
Magnemite vendo de onde o golpe estava, ergueu seus
imãs, estes emitiram um pulso magnético rastreando de onde vinha o movimento,
encontrado a aproximação do movimento de cima, fechando os olhos sentiu uma
faísca representando o ponto mais vulnerável do movimento.
Condensando seu poder magnético em um local disparou a
onda sônica que acertou o local conseguindo transpassar o ataque oponente e
acertar a oponente, desorientando-a por tempo suficiente para o próximo
combate.
“Vejam todos! Minha primeira vitória nas Fast Battles!
Magnemite vamos finalizar com Thunderbolt!” Abrindo sua mão a garota comandou.
Passando por entre ela, Magnemite chacoalhou seu corpo
de um lado para o outro, enquanto as faíscas elétricas concentravam-se em
espiral ao seu redor, carregado ele ergueu seus imãs guiando o raio disparado
por si até a cisne no alto, as faíscas irromperam por seu corpo arrancando
gritos da oponente e a atirando no chão inconsciente.
“CONSEGUIMOS! Vencemos mesmo! Nossa primeira batalha
contra um treinador!” Virando a câmera para si, a menina abraçava o metálico,
ambos sorriam com uma despedida encerrando a gravação.
“Roubando até eu ganho” Resmungou o Sky Trainer
entregando a Serena seu pingente simbolizando sua vitória.
A garota logo postou o vídeo em seu poketube com o título “Algumas lembranças da Nossa Primeira Fast Battle!” e apesar dos problemas com os sons, de nem todas as transições terem ficado do modo que imaginou, de algumas gotículas de água de Swanna terem ficado embaçadas se você chegasse a ver os riscos de vento com faíscas explodindo em trovões cintilantes e uma garota animada combatendo todo esse caos para mostrar sua verdade, então estava ali o começo da identidade que Serena desejava criar.
“Kiawe, o que costumamos dizer sobre Alola?” Sua mãe o
perguntava em uma memória antiga, o menino devia ter cerca de cinco anos.
“Que devia ser proibido a entrada de pessoas com o
psicológico abalado?” Respondeu o menino e a mãe sorriu, ambos estavam juntos
em uma entrada para o santuário do Vulcão Wela, onde adoravam a construção e
também dedicavam figuras em memória à Tapu Lele.
“Não! A outra coisa!” Repreendeu com uma gargalhada.
“Aaah sim! Em Alola todos os sonhos são válidos, desde
que você os compartilhe com toda a terra!” Sorriu enquanto observava as flores
rosadas que carregava em um vaso.
“Exatamente, os Tapus são um grande exemplo disso,
diz a lenda que Tapu Lele quando viva sonhou em curar e proteger todas as
pessoas, mas acabou descobrindo que não era tão fácil e apesar de sua morte,
seu sonho retornou mais vivo do que nunca após ela compartilhá-lo com esta
terra, eu gosto muito dessa versão da história” A mulher sorriu, e pegou o vaso
de suas mãos e o colocou diante da estátua, ambos fizeram um gesto de oração.
“E o que quer dizer com isso?” Kiawe perguntou.
“Essa passagem sempre me inspirou, pensar como o sonho
de Tapu Lele era algo incrível, mas em partes perigoso me deu capacidade para
julgar meus próprios desejos, hoje vou te ensinar algo: A Dança do Vulcão Wela,
foi criado por nossos ancestrais e conseguimos nos conectar com essa terra e
receber suas bênçãos em troca” A mulher disse.
“Agora não!” Kiawe gritava consigo mesmo.
“Smokescreen!” Gritava um garoto utilizando uma bandana
no braço direito.
Um cavalo marinho com escamas envenenadas saltitava à sua frente, inflando o peito ele disparou uma nuvem de fumaça que encobriu o Pokemon do garoto alolano, Kiawe ergueu um dos braços á frente e soube que
Marowak estava fazendo o mesmo, ambos iniciaram uma dança levando ambos os
braços para a frente enquanto seus pés iam de um lado ao outro.
Chacoalhando o corpo e erguendo as mãos para cima como
se estivessem exalando algo potente de dentro de si, ambos sentiram o sonho que
compartilhavam acender-se como uma centelha e Marowak acendeu sua chama
espectral o revelando em meio à fumaça, o Treinador o olhou com desprezo.
“Talvez não tenha chegado ao seu conhecimento, mas dançar
com Pokemon não é o que se faz numa batalha! Agora ataque-o com Poison Tail!”
Gritou o menino enquanto Kiawe sentia algo em seu coração fraquejar.
“Pai olha ali, tem uma garota com uma Brionne, ela é
incrível, ela fala sobre sonhos enquanto constrói aquelas coisas gigantes com a
água parece o que a mamãe fala aqui em Alola! Mas eu nunca vi ninguém de Alola
falando assim na televisão, será que eu consigo?” Kiawe um ano mais jovem
perguntava ao pai.
“Kiawe, por que não se concentra em fazer algo que seja
útil aqui para a fazenda, pode deixar para cantar no intervalo do trabalho” O
homem falou enquanto organizava os papéis preenchendo os itens que forneceriam.
“Eu sei, mas foi útil! Vocês estão fornecendo strummy
da terra batida pelos Mudbray para essa companhia, porque eu venci aquela
competição de dança na praia e divulguei a nossa fazenda!” Kiawe rebateu.
“Não pode simplesmente viver contando com a sorte,
Kiawe, aconteceu uma vez apenas” O pai o respondera.
Impulsionando-se
com a cauda, o cavalo-marinho saltou transmitindo suas toxinas para a parte
inferior do corpo até esta acender e com um giro acertou-a contra Marowak que
entrou em guarda empunhando o osso como um sabre.
“Aproveite a aproximação e ataque com Water Pulse,
atinja-o na cabeça!” Gritou o menino.
“Vamos mostrar um pouco da nossa nova combinação, inspirada na Melody e na Mouise! Marowak Perish Song!” O Performer comandou.
Girando seu bastão, Marowak empurrou Skrelp para trás
este ainda carregando o movimento, tentou atirar a esfera, mas o fantasma já
havia desviado levando a mão ao peito e retirando um espectro de energia o Pokemon a imbuiu em seu osso que reverberava uma melodia fúnebre.
Skrelp passou a ouvir um estranho som e assim que
olhava para Marowak conseguia ver fragmentos de almas erguendo suas mãos do
chão vindo em sua direção, mas ao piscar os olhos haviam sumido.
“Não ligue para isso, mais três turnos e se não o
derrotarmos ele deve cair também! Ataque com Aqua Tail dessa vez!”.
“Screech!” O ex-trial captain comandou imitando um
microfone com as mãos.
Marowak levou o osso à boca como um microfone e
limpando a garganta soltou um grito potente que se uniu ao som fúnebre de seu Perish Song, Skrelp avançava com sua cauda envolvida num turbilhão de água, mas
conseguia ver notas musicais o rodeando e exibindo um som potente que
pressionava seu peito enquanto as almas pareciam vir para buscá-lo.
“Skrelp! O que você está fazendo?! Ataque-o ele está
bem na sua frente!”.
“O Screech realmente conseguiu aumentar o efeito do Perish Song, é divertido! Vamos finalizar com Flare Blitz!” Kiawe concluiu
erguendo a mão em punho enquanto o blitz de chamas de seu Pokemon explodia o
cavalo marinho envenenado e seu treinador lhe dava seu pingente com o símbolo
de vitória.
“Acho que isso funciona mais com a Melody e a Mouise,
não é muito a nossa vibe, mas foi muito divertido fazer algo diferente!”
Comentou o menino com seu Pokemon que assentiu.
“Eu sabia que seus cílios não deveriam ser perfeitos o tempo todo!” Pensou o menino, mas ignorou o pensamento.
“D-Do que está falando?!” Kiawe perguntou sem
entender.
“Você fica o tempo pagando de Alolano, escorrendo até a última gota de coisas para as pessoas terem pena de você e agora que viu que não te convém está simplesmente fazendo algo diferente, mas pode tentar o quanto quiser, não vai dar certo!” André seguiu andando para a frente e o fechando no corredor.
“Kiawe? Kiawe o que está acontecendo?” Serena
perguntou pelo dispositivo ao ouvir a voz distorcida de quem falava com ele.
“Terem pena de mim?! Você está louco?! Cadê toda aquela
história de que Kalos era justa e isso e aquilo? Vai procurar o que fazer!”
Disparou o menino com a voz falhando seu peito se enchendo de memórias.
“Com calma, Kiawe, não deixe essas coisas te
abalarem!” Ekko o lembrou.
“Eu defendia isso, até aquela nojenta me vencer! Como
ela conseguiu? Eu tenho mais seguidores! Eu construí um legado e como ela pôde,
a performance dela nem foi boa! Não foi justo!” O performer de cabelo esverdeado comentou
parecendo indignado.
“Então o problema é você achar que tudo está girando
em torno de você! Eu não tenho nada haver com a sua história! EU NUNCA SEQUER
FUI UM OPONENTE PARA VOCÊ! Qual o sentido de me atacar” Kiawe gritou com as
lágrimas vertendo por seus olhos.
A vitória de Seraphine, uma estrangeira de Paldea que
tornou-se Kalos Queen e destronou Ária contando sobre seus sonhos, sua visão de
mundo, que criava performances mirabolantes e construiu todo um legado chegou a
Kiawe por meio do celular que comprara com muito sacrifício após realizar
trabalhos em sua fazenda.
Ao observar a vitória daquela garota, sentiu uma chama
nascendo dentro de si, apesar de não dançar para se conectar com o Vulcão Wela
durante aquele momento, se sentiu mais ligado do que nunca com sua terra ao
mesmo momento o santuário de Tapu Lele cintilou para ele com o brilho de suas
escamas e então soube: era o nascimento do seu sonho.
Juntando o que tinha de suas economias, o garoto
resolvera tentar a sorte para conseguir o reconhecimento que tanto desejara de
seus pais, de si mesmo e se desse sorte, como dizia seu pai, para Alola.
“Por que você não desiste?! Eu não entendo, você não
faz parte desse mundo e fica tentando forçar essas coisas que ninguém nunca viu
como se fossem normais!” André o confrontou novamente.
“Porque elas são normais para mim! E só porque ninguém
nunca viu não significa que não devam ser apreciadas! Eu não entendo o que
estou fazendo de errado!”.
“Mas e a Finneon que você ganhou? Você não se livrou
dela, porque no fundo você sabe o que ela significa! Você nunca será um de
nós!” O performer o confrontou e Kiawe sentiu o que quis dizer.
Kiawe fora atingido por um aquário desde o VMA, e
desde então seu primeiro pensamento fora simplesmente devolver Finneon à natureza, mas assim que foi tocar na pokebola da Pokemon um pensamento ocorreu à sua mente:
Existiam Finneon em Alola, eram raras, mas existiam e
apesar do comentário terrível da mulher seria tão ruim apreciar belezas de
outras regiões? Usar o que já sabia de Alola para criar um estilo único que o
desse visibilidade como alolano, mas acima de tudo como Kiawe? E que culpa
tinha Finneon que o olhava com tristeza por ser descartada em meio a um mal
entendido? Então a manteve em sua pokebola por mais algum tempo.
Entretanto não abrir aquela pokebola por todo esse
tempo fez com que sua cabeça despertasse todas as coisas que não conseguia
resolver, com aquela pokebola fechada as falas e questionamentos de seus pais
ganhavam mais espaço quando olhava para cima enquanto os comentários sobre si o
sepultavam abaixo
A cada interesse por algo novo, se culpava por estar
traindo sua região, por não ser o suficiente e por estar fugindo de seu próprio
estilo enquanto seguir com o que sabia sempre causava problemas mesmo que fosse
a mais trivial das coisas como saudar o sol com um rápido sinal de mãos.
“Me desculpe, Finneon, Marowak e Salazzle, eu falhei
comigo mesmo e com vocês em arrastá-los para tudo isso! Meus pais me falaram a
vida toda para compartilhar e seguir meus sonhos e assim que o fiz me deram as
costas com julgamentos a todas as minhas decisões caso eu não provasse o tempo
inteiro ser digno! Gostar das coisas de Kalos: um erro, pois a cada novidade
que compartilho recebo mais de 100 tiros por ter tentado algo diferente como
ter gostado de um sabor característico de um salgado!”
“É maravilhoso estar no palco e me sentir incrível,
mas ao sair está sendo insuportável saber que mal tenho a chance e que não
passo de um Alolano qualquer querendo ser, quem sabe, alguém” O menino caiu sob
os próprios pés com Marowak tentando acalmá-lo, as pokebolas de Finneon e Salazzle
caíram ao seu redor enquanto as lágrimas vertiam em uma erupção.
“Maro-Maro!” Desesperava-se o Pokemon enquanto
observava André um tanto satisfeito como se recuperasse o controle de sua
humilhação anterior.
“Porque ninguém se empolga comigo” Desabafou o garoto
por fim enquanto observava Finneon em sua pokebola o observando de volta.
“Kiawe... Me desculpe! Eu não fazia ideia de que se
sentia assim... Eu lamento muito por tudo que te aconteceu, não tenho como
consertar o que ouvem e os comentários que te fazem, mas acho que deveria ter
falado o quanto eu o tenho como uma inspiração também, suas postagens e suas
mensagens de apoio quando precisei me motivaram a seguir em frente não só como
performer, mas com a minha própria identidade e acredite, eu sei, como é sentir
que as coisas não fazem sentido, porém eu me empolgo muito com tudo o que tem
feito e você precisa continuar!” Serena o chamou pelo dispositivo e sua fala
além de o confortar causara as cócegas o arrancando um riso.
“É complicado, quando estamos em um momento de
ansiedade onde tudo o que fazemos parece estar errado e a cada ação nossa
surgem 50 questionamentos que precisamos lutar contra, mas por favor, não
desista! Eu fiquei surpreso com sua frequência de postagens e principalmente
por você não ter perdido sua essência mesmo sofrendo tantos ataques conforme te
acompanhava, não dá para ignorar o passado e os meios não são justos, mas se
precisar de um equilíbrio não deixe isso te definir coloque seus sentimentos a
prova e assim que vencer verá que terá valido a pena!” Ekko também o falava.
“Espera... Vocês me acompanham? De verdade?” Kiawe
perguntou quase que incrédulo.
“Claro que acompanhamos! Acredita que eu até aprendi a
fazer aquela tapioca que você falou e fiquei viciada com a Mawile, a Michelly
até me roubou a receita aquela nojenta” Contou a funcionária do Centro Pokemon lembrando-se do sorriso imenso da nutricionista.
“Confesso que seus vídeos me deram motivação neste
momento de bloqueio, motivação o suficiente para questionar minha Era e tentar
achar um novo modo de encará-la, estamos com você, mas é importante que você se
apoie em quem você é, quem você está experimentando ser e acima de tudo em quem
você for se tornar, não deixe ninguém atrapalhar a sua experiência!” Ekko o
chamou e as palavras de ambos o trouxeram de volta.
Encontrou o olhar surpreso de André o encarando, o
equilíbrio de seus pensamentos estava na sua própria experiência e no quanto se
dedicava para tentar chegar no Kiawe que desejava ser, não iria conseguir
reproduzir ou inventar as coisas boas sempre, mas no momento bastava admitir:
“Eu sou Kiawe! Eu sei de onde eu vim: Alola e graças a
isso posso testar tudo o que eu puder mostrando minhas raízes e unindo com as
belezas que encontrei aqui, sem que eu ou outro alguém precise sofrer por
isso!” Levantando-se devagar, ele agradeceu Marowak guardando a pokebola de
Salazzle e tomando a outra esfera na mão com carinho.
“Se você quiser se humilhar ainda mais, por mim tudo
bem! Braixen!” Disparando a pokebola da raposa, o menino a jogou em frente.
“Finneon! Eu me arrependo muito por a tratar dessa
forma, quero conhecê-la, se ainda quiser estarei aqui apreciando tudo o que
você é!” Sorrindo para a pokebola do peixe, o menino girou em torno do próprio
eixo e disparou a esfera esta tremendo como se ansiasse para libertar quem estivesse
lá dentro.
“Acabe com ela! Braixen Psyshock e seja certeira!” Agressivo, o esverdeado avançava.
Braixen pisou sob o solo retirando da cauda seu galho
e o girou sob as mãos disparando em direção ao feixe luminoso enquanto um
rastro de feixes elétricos a seguiam sendo contagiados por sua energia
psíquica, como uma fita, ela o disparou contra a oponente.
Finneon foi liberta em um amontoado azulado brilhante que se partiu revelando a forma do peixe, este com um sorriso por finalmente estar libertado e motivado pelas palavras do garoto abriu suas barbatanas como asas, sem o comando de Kiawe, conjurou nuvens acinzentadas acima dos dois garotos onde pingos de chuva desciam em espiral embalados pelo vento açoitando e encharcando o cabelo de ambos que caíam sobre a testa.
“É um Rain Dance! Eu nunca vi nada parecido, nem com
os Pokemon da Lana!” O garoto comentava impressionado enquanto, a chamada Beautifly dos Mares se moveu para desviar da investida inimiga.
As gotículas de água cercavam o peixe que sorria feliz,
abrindo as barbatanas dorsais sentindo a liberdade quando todas as partículas
se ligaram às suas duas caudas e a triplicaram de tamanho enquanto brilhava em
um azul intenso cercado pelo fraco cintilar das escamas rosadas, refletindo seu
brilho, ela olhou para Kiawe que sentiu uma lágrima escorrer por seu olho.
“Sua habilidade, Swift Swim... Me desculpe, eu fui
horrível com você, você é perfeita” Kiawe disse ainda sem dar comando algum.
“Finn-Finne
Finneon!” A Pokemon disse.
“Você quer mesmo tentar?” Perguntou o menino e o peixe
assentiu.
“Chega! Não pode simplesmente me ignorar como se eu
não estivesse aqui! Eu deveria ter sido o vencedor hoje, você deveria estar
pior já que perdeu para mim, como está melhor do que eu?! A minha vida inteira
eu aprendi que deveria estar no topo, que era justo! Braixen Fire Blast!” André
comandou irritado.
“Brai-xen... Bra!” Compartilhando da raiva do menino, a
raposa inflou as labaredas de seu galho e disparou em direção a oponente
enviando as chamas que apesar da chuva, ainda queimavam intensas o suficiente
para deixar surgir uma fumaça que a envolvia.
“Aqui vamos nós, Finneon Bounce!” Pediu o menino
comandando um Pokemon pela primeira vez sem dançar para realizar a conexão.
Com a velocidade aumentada graças a sua habilidade, as
escamas emitiam seu brilho quando Finneon bateu suas asas saltando para o alto,
do solo Braixen equilibrava-se na ponta dos pés com piruetas enquanto atirava
uma sequência de estrelas flamejantes que a perseguiam no ar.
Envolvendo-se por uma fina camada de vento que
bloqueava as gotículas ela nadou pelo ar desviando das concentrações de fogo
que explodiam atrás de si indo em direção a oponente pronta para acertá-la
quando...
“Psyshock! Defenda com o seu galho e a mantenha
presa!” Pediu o menino surpreendendo Kiawe.
Braixen segurou o pedaço de madeira com as duas mãos,
seus olhos brilharam enquanto ela o imbuía com seu poder, as faíscas logo
vieram no momento em que Finneon colidira consigo, ela o levantou para impedir
o ataque iniciando uma disputa de força entre as duas.
Com faíscas sendo jogadas para ambos os lados e a
energia do confronto a mantendo no mesmo lugar, as duas chocavam-se com tudo o
que tinham, porém o galho da raposa começou a apresentar algumas rachaduras
devido ao embate.
“Finneon Redemoinho!” Pensando rápido o trial captain
respondeu.
“Finnn!” Gritou a aquática conforme avançava mais, a
raposa sentindo seu poder vazar, segurou o objeto com mais força condensando
seu poder e gerando mais faíscas.
Ao mesmo instante esferas de energia solar cintilavam
ao redor de seu corpo se concentrando num sol artificial acima das duas que
ganhava força para em breve disparar, devido ao grande esforço, Braixen não
conseguiu escarpar da enxurrada de água que surgia do chão e a engolia junto de
Finneon que era arrastada pelo próprio poder, mas devido a força de suas
nadadeiras conseguiu recuperar o controle.
No momento em que o feixe solar atingiu o redemoinho causando uma explosão que atirou o peixe no ar e a raposa no
solo.
“Vamos finalizar, André, nem tudo na vida é sobre você e, apesar do que dizem, as pessoas não estão preocupadas com o que é
justo todos os dias, você que precisa saber o que é justo para você! Water
Pulse!” Kiawe gritou erguendo a mão.
“Braixen defenda-se...!” André começou, mas assim que
a raposa pegou o objeto para invocar seu poder este se partiu em vários pedaços
a arrancando um grito de surpresa, ficando paralisada.
Finneon enquanto isso voava em meio aos pingos de
chuva criando uma espiral de água que culminou em uma esfera pulsante e com
uma cambalhota ela acertou com suas nadadeiras enviando o movimento que atingiu
a raposa e a atirou contra o solo inconsciente e sem o seu galho dando a
vitória a Kiawe.
“Kiawe?! Está tudo bem?” Ekko perguntava pelo
aparelho.
“Está, comigo está sim, nós vencemos! Obrigado,
Finneon por tudo e por me mostrar quem você é, acho que podemos começar do
jeito certo dessa vez, gostaria de se juntar à minha viagem?” Perguntou o
garoto.
“Finneon!” Assentiu o peixe.
André rastejou até sua parceira, as lágrimas desceram
tingindo-se pela cor preta da máscara de cílios e caíram sob seu colo enquanto
colocava a cabeça de Braixen sob seu colo e recolhia os pedaços do galho
quebrado.
“Eu adoro escalar montanhas, André! Do topo consigo
ter uma visão do esforço que tive, e simpatizar com a trajetória dos outros ao
meu redor, deveria tentar da próxima vez!” Convidou seu tio Grant em uma
lembrança perdida.
“Para mim chegar ao topo já é o suficiente” Saindo de
um bondinho com Fennekin em seu colo um André da mesma lembrança respondia.
Os dois eram apenas fragmentos em sua memória, assim como o galho de sua parceira, o esverdeado apenas observou Kiawe se afastar para o próximo desafio.
Um barulho retumbava pelo coração de Ekko, uma
ansiedade que não era ruim de sentir, uma empolgação que nascia a cada batalha,
era finalmente o que estava buscando? Estava acontecendo? Sim! Talvez ali
pudesse relembrar aquilo que perdeu.
“Agora como viemos treinando, Teddiursa use Slash!”
Ekko comandava unindo as duas mãos tirando alguns segundos para um alongamento
caricato, arrancando risos do Pokemon, em seguida com um gesto de mão seguia
com o comando.
“Até parece que vai conseguir! Fletchinder avance com
Flame Charge e aumente sua velocidade” Um Sky Trainer pedia erguendo a mão do
lado de uma farmácia que vendia todos os tipos de remédios feitos com esporos
de Foongus que diziam animar o dia de qualquer um.
Ekko era um competidor famoso, possuía seus parceiros
fieis como Togekiss ou Torterra, mas que graça teria usá-los e vencer os
oponentes desse modo? Não! Ele buscava um sentimento de euforia e empolgação,
mas acima de tudo com justiça.
Como havia feito uma nova captura: Teddiursa, um
pequeno urso laranja comilão que parecia disposto a aprender, estava dedicando
seu tempo a ensiná-lo havia quase um mês enquanto não conseguia superar seu
problema.
E não o entenda mal, ele sabia que seu problema não
era a coisa mais urgente do mundo e que podia se dar ao luxo de tirar alguns
instantes para pensar, mas não gostava de sentir que estava preso no tempo.
Fletchinder dava voos em ziguezague incendiando as
plumas em seu corpo que acendiam como um risco de um fósforo até que as
labaredas estivessem estabilizadas e com uma dança no ar ele disparou em
direção ao urso quem, como havia sido ensinado, observou o timing do movimento
oponente.
Aquecendo o corpo com um sapateado e pegando o ritmo
do movimento inimigo em seus pensamentos, o Pokemon normal se ergueu sob ambos
os braços e com o impulso deles deu uma cambalhota no ar aproveitando o eixo da
rotação para deixar inflar as garras por entre seus dedos triplicando-as de
tamanho e trocou seu gestual para algo mais agressivo alternando um braço pelo
outro e empunhando as novas unhas.
“É agora! Já visualizamos o tempo dele! É um dois por
dois, espere até o um e meio e quebre!”.
Ekko possuía um dilema: a ideia do tempo sempre lhe incomodava,
talvez fossem complicações da infância e o quanto desejou que as horas,
minutos, segundos passassem e elas nunca o correspondiam.
A verdade é que não entendia o porque uma força
misteriosa parecia se articular por trás de todos os empurrando para uma
direção em que alguns não desejam ir, outros não faziam ideia de que estavam
sendo empurrados e quem desejava ir mais rápido precisava esperar.
E pensar desse modo o fez desenvolver uma certa obsessão pelo tempo, contando os segundos enquanto engraxava sapatos, reparando
no tempo das músicas que passou a cantar, no timing das performances que
articulava ou nas batalhas que disputava o que compartilhava com seus Pokemon.
Teddiursa conseguiu visualizar o meio das asas de
Fletchinder, elas batiam num ritmado de modo que ele conseguia contar de um a dois
observando seus movimentos principais, a articulação da ave envolvia um subir e
descer, numa dessas subidas um pouco antes de se estabelecer na posição certa
por cerca de um segundo, o peito da ave ficara totalmente exposto. E então Teddiursa atacou.
Empunhando suas garras o Pokemon o acertou arrancado
gritos de dor da ave que sentiu um choque percorrer seu corpo devido ao acerto
crítico do movimento que resultou na derrota do oponente, este o entregou seu
colar.
“Muito bem! Você foi incrível!” Ele dizia ao Pokemon,
porém a cerca 31,536,000 segundos atrás Seraphine a atual Kalos Queen, o
parabenizava no camarim após ele terminar sua primeira performance na Classe Mestra
que o deu uma classificação para o novo round.
“Sorte de principiante, evolução no meio da
apresentação é complicado! Eu vi sua shiny stone cair e já ia comentar no Twitter, porém não quis ser malvada e te derrubar com a minha fandom, mas se
cair comigo no próximo round se prepare pois todos os meus conceitos já estão
definidos desde que entrei!” Amélia sorria terminando a maquiagem, o conceito
de hoje envolviam raios ao redor de seus olhos como um delineado e delicadas
pedras em suas sobrancelhas, era a próxima a se apresentar.
“Os observadores retornarão ao palco hoje, acompanhem
com a hashtag #Lissandra #TheBoss para que consigamos vencer” Lissandra uma
performer famosa por suas fantasias feitas de gelo agitava todos os festivais
de cosplay que aconteciam com os observadores seu grupo formado por um Glalie,
um Avalugg e um Crabominable.
“E estamos batendo o recorde de visualizações de todas
as edições da Classe Mestra tanto na internet quanto em nossa audiência em
casa! E não só isso, mas lideramos todos os programas de Kalos, nossa querida rainha
Ária gostaria de dizer algumas palavras?” Pierre passou o microfone a Ária.
Surgindo com um grande vestido que deixava uma cauda
para trás, uma tiara reluzente em sua testa, luvas cintilantes terminando em
pulseiras de ouro e com Vivillon em seu braço esquerdo pousando de forma
delicada, a Pokemon observava a multidão encantada.
“Obrigada, então, terminamos a primeira apresentação e
devo dizer que fiquei surpresa, o nível subiu muito e todos foram incríveis!
Quero parabenizar a todos que chegaram aqui e tenho apenas um pedido: Vamos
fazer essa noite ser incrível, hoje por apenas essa noite seremos imortais,
seremos inesquecíveis! Se desejam me destronar fiquem a vontade para sentar-se
no castelo, mas certifiquem-se que vão durar até o final do baile!” Ária
finalizou seu discurso com os aplausos e gritos do público reverberando em seu
coração e em todos os que almejavam seu posto no camarim.
Para Ekko aquela noite havia sido inesquecível e arrebatara
tudo que vinha depois em sua vida.
Se sentira atemporal, se sentira imortal e pela
primeira vez parecia ter tempo o suficiente, mas tudo se tornara em lembranças
gravadas em seu coração, seus oponentes não o respondiam com tanta frequência
agora, sua era nem sempre conseguia passar seu conceito ao público e nada
atingia aquela sensação de satisfação, que temia não ser capaz de atingir
novamente.
Abrindo os olhos, enxergou Teddiursa o abraçando e
então aquela crescente empolgação de outrora se esvaia em seu peito e o
pensamento que ficava era: o que é que estou fazendo? De novo?!
“Ursa? Ursa?” Teddiursa perguntou vendo o maxilar do
performer se contrair.
A sabotagem e outros pensamentos ruins viriam com
força até que ele estivesse lotado disso, entretanto uma vez o tirara daquele
transe.
“Ekko, você parou de responder? Foi derrotado?” Kiawe
perguntava enquanto tomava uma água.
“Estou muito animada para chegar a final e poder
mostrar meu vídeo para vocês como combinamos, mas acho bom protegerem os
ouvidos porque o áudio ficou estourado e quase matei uma senhora do coração que
clicou na thumb pensando ser um ASMR” Serena contava com os estrondos acontecendo
ao redor de si.
“Não vá perder hein?! Nós combinamos que a final seria
entre nós três!” Kiawe o chamou.
As palavras simples, mas eficazes de ambos passaram
por sua cabeça como um limpador de para-brisas tira a sujeira de um carro, o
permitindo enxergar Teddiursa preocupado a sua frente, a euforia pela vitória
do urso estava ali, a euforia por chegar ao final daquela competição também
ainda estava ali.
Ekko nunca ousara questionar a soberania daquele
momento em sua vida, as performances que fizera, as pessoas com que falara, as
memórias que o rondavam usando o quão bem se sentiu ali para classificar o que valia
ou não a pena em sua vida, mas agora que queria fazer algo diferente, conseguia
ver que o que tanto incomodava, talvez fosse a resposta que precisava para encontrar
seu equilíbrio:
Precisava seguir em frente.
“Sabe Teddiursa” O menino chamou pelo pokemon.
“Teddi-ddi-ursa?” Perguntou o urso.
“Pela primeira vez me ocorreu que ando sendo injusto com as coisas ao meu redor, com a minha própria Era e com você também, mas já é hora de, ao menos por hoje, deixar o tempo me jogar para a frente!” O menino sorriu para o parceiro e o colocando no ombro determinado.
“Bem vindos a todos que acompanham nossa transmissão
oficial! As Fast Battle chegaram ao seu último embate declarado pelos próprios
treinadores! Teremos um final onde três treinadores lutarão para que um se
consagre vencedor e leve para casa nosso holo caster personalizado! Não é mesmo
senhor cascudo?” No centro da cidade acima de um palanque improvisado Lysandre
perguntava ao Pokemon.
“Ches-pin, Ches!” O Pokemon saltava de sua cadeira empolgado.
De uma das ruas, Kiawe saía com apenas uma pokebola em
mãos, havia recolhido cerca de 15 colares de treinadores durante o percurso, conseguia
ouvir os comentários e os tormentos de seus pais, mas eles equilibravam com a nova
certeza que trazia em seu peito.
Da outra rua ficando de frente com o garoto, surgia
Ekko, com mais de 25 colares recolhidos dos treinadores e um aceno para o público
que vibrou ao vê-lo na live começando a entoar um canto de seu último rap
lançado agradecido pelo artista com um símbolo de coração.
Indo fundo em sua mente, era possível ver uma corda amarrada
em seus sapatos o ligando as memórias que arrastava atrás de si, cada passo era
dificil e parecia não fazer sentido, entretanto mantinha sua cabeça erguida prestando
atenção apenas no que estava a sua frente.
E na rua que ficava ao meio de ambas, uma garota surgia,
sem acreditar ainda que estava ali com uma mão arrumando uma mecha e uma câmera
presa a cintura, Serena surgia com cerca de 14 colares em sua mão, havia
gravado e retratado todos os combates que tivera.
Alguns vídeos ela havia odiado, pois o áudio estava
horrível, a transição não estava boa, mas apesar dos problemas haviam momentos em
que ela simplesmente havia ficado fascinada pelo que fora capaz de transmitir,
e graças ao evento estar em trend, seu primeiro vídeo contra Swanna já rendia a
ela 500 visualizações e agora seu número de 50 seguidores havia avançado um
pouco chegando a 150.
Entre o público que se aproximava para ver o
desenrolar da competição, Alicia lançava seu olhar fixo a Serena, que não notava
sua presença.
“Com o agradecimento a nossos patrocinadores que tornaram
mais um evento deste possível! Daremos inicio a essa final, cada um terá
direito de usar apenas um Pokemon e aquele que continuar de pé após os outros
dois caírem sairá como vencedor. Comecem!” Gritou Lysandre e ergueu uma das
mãos.
“Não vou pegar leve hein?! Fazer essa trajetória
contigo me deu uma nova noção sobre mim, Finneon eu escolho você!” Kiawe anunciou
enquanto atirava a pokebola no ar.
“E quem disse que quero isso? Teddiursa essa vitória já
é nossa faz tempo!” Gritou o performer.
“Conseguir ver meus gostos começarem a aparecer em uma
identidade que estava dentro de mim todo esse tempo já valeu a competição para
mim, mas agora quero focar em vencer, Mawile!” Serena com um giro enviou a
pokebola de sua parceira.
As três esferas fizeram chover as criaturas no campo
de batalha, os três encararam-se assim como seus treinadores ansiosos para dar
inicio aquele combate.
“Envolva todos REDEMOINHO!” Kiawe gritou colocando uma
perna para a frente e girando um braço.
O peixe flutuando à sua frente, chacoalhou-se batendo as
asas passando a ir em direção aos seus oponentes que o aguardavam observando, Mawile
sentiu a textura do paralelepípedo mudar abaixo dos seus pés reparando que uma
espiral de água ganhava forma e antes que pudesse gritar fora arrastada pela enxurrada
junto de Teddiursa num tornado que se concentrava no centro, agitando a
multidão com gritos.
“Quanta água! É o clássico capítulo de praia? Nesse
caso prepare-se para a foto, Charm Teddiursa!” Ekko pediu com um beijinho.
O eixo de rotação do redemoinho formado ao redor dos
oponentes fazia com que os dois revirassem submersos enquanto Finneon nadava por
eles coordenando a correnteza com o movimento de suas caudas, Teddiursa abriu
os olhos e seu corpo cintilou uma aura rosada conforme dramatizava fotos atraindo
o olhar dos oponentes que eram enfeitiçados sentido seus ataques diminuírem.
“Gente vamos engolir esse Alolano com farinha?” Perguntou
alguém no Twitter.
“O mundo tá perdido mesmo né?” Respondia uma conservadora.
“Vamos tomar o controle, Mawile Fairy Wind e encante
essa correnteza!” Encontrando sua voz, a menina comandou.
Mawile afundando devido ao peso de seu corpo, sentiu a
energia brotando em seu interior e ao abrir sua bocarra soprou um vento encantado
que tomou conta da massa de água, as correntezas tentavam resistir, mas já estavam
encantadas.
“FINNE!” Gritou o peixe ao sentir a água sair do seu
controle e ser atirada junto de Teddiursa finalizando seu Charm.
“Agora dispare
Flash Cannon!” Serena comandou com a mão
aberta.
“Bounce e use o impulso para sair dai!” Kiawe gritou.
“Segure nela e saia também!” Ekko falou por cima.
Mawile abriu os braços na água enquanto partículas de
luz se concentravam no interior de sua bocarra, ela a colocou para a frente vendo
a água envolver a luz devido a pressão criando uma combinação dos dois elementos
em um feixe duplo.
Finneon abriu as asas sentindo uma fina camada de vento
a envolver, com um beijo, saltou preparando-se para fugir.
“URSAAAA!” Com os olhos arregalados, o urso agarrou o
peixe que protestou, mas ao ver o feixe em sua direção foi obrigado a desviar
ganhando os ares conforme o tornado tornava-se apenas lembrança em um
espetáculo de brilhos após a sua destruição.
“Agora Slash!” Ekko pediu.
“Iron Head nele!”
Serena comandou por cima.
“Finneon!” (Vagabunda traidora eu te salvei e é assim que você me agradece!) gritou o aquático conforme as unhas do urso cresceram e ele acertou com grande potência o atirando ainda mais alto
O urso mal teve tempo de pousar, pois envolvida em um
blitz de energia metálica, Mawile se projetou para a frente em direção ao
oponente, conseguindo contar o tempo de aproximação ao olhar, Teddiursa fez seu
sapateado deslizando de joelhos e jogando a cabeça para trás como um astro do
rock enquanto a metálica passava por cima dele
“Bounce do alto!” Kiawe pediu novamente.
“Já sei, vamos pegá-lo dessa vez expanda Fairy Wind e
bloqueie a no ar!” A funcionária do Centro Pokemon pedia, estava concentrada na
batalha.
“É o nosso momento, Thunder Punch e acerte os dois!” Sacudindo
os ombros, Ekko comandou empolgado.
Em queda livre, Finneon aproveitava do impulso para
criar uma camada de ventos ao redor abrindo suas nadadeiras que brilharam em um
tom rosado enquanto seu olhar focava seu alvo, Mawile ao pousar voltou seu
olhar para o aquático movendo as mãos como se girasse uma bola e as levantando.
Um funil feito de vento encantando surgiu acima bloqueando
a investida do peixe que continuou contra ele, Teddiursa correu dando estrelas
pelo campo e por fim se jogando no alto com os braços carregados de energia
elétrica prontos para descarrega-los em suas adversárias.
“Nade pelos ventos do Fairy Wind e acerte ele! O alolano
pediu.
“Flash Cannon nos
dois!” Serena vendo a oportunidade perfeita.
Sorrindo, Finneon abriu suas caudas como asas e passou
a aproveitar dos ventos para se mover ao redor do urso que tentava desferir seus
socos, mas mal chegava perto, em um de seus erros a Pokemon o acertou com uma
placagem o enviando para o chão.
A fada metálica respirava tentando começar o próximo
movimento, vendo a oportunidade, Teddiursa se virou ainda com dores, erguendo o
punho e a socando no rosto arrancando um grito devido ao impulso da queda e a
jogando perto da treinadora.
“Não! Levante-se por favor!” Pediu a garota.
“Aproveite que está no ar e vamos fazer Rain Dance!” O
menino pediu conforme o peixe chacoalhava as caudas e Kiawe o acompanhava formulando
movimentos que lembravam a dança tradicional de sua terra, mas reformulada.
“Finneon está muito longe, use Slash antes que se
levante!”.
Os pingos de chuva perdiam sua forma em pequenas
explosões de água ao colidirem com o rosto do urso e com as garras já
respondendo a sua vontade partiu em disparada contra a Pokemon que ainda
levantava com a colisão.
“I-Iron d-defense!”
Serena lembrou-se do movimento ainda surpresa pelo
ocorrido.
“Aproveite o momento para combinar Redemoinho e Bounce!”
Kiawe pediu.
Com um sorriso no rosto, Ekko viu uma boa
oportunidade, Teddiursa seguiu seu movimento enquanto escamas metálicas desenvolviam-se
no corpo da fada, esta tinha sua resistência aprimorada cruzando os braços a
frente do rosto enquanto seu oponente a golpeava.
Com sua habilidade ativada, Finneon exibia suas
gloriosas asas e despencou dos ares as partículas de chuva se reuniram a frente
como um tornado e o peixe mergulhou por ele envolvendo-se com o ar e criando uma
grossa camada unificada pelos ventos do movimento em um míssil espesso
arrancando a admiração dos outros.
Partindo em disparada, Finneon focou sua visão atingindo
Teddiursa de uma só vez e o levando ao alto.
“Bem a tempo! Parceiro, Counter!” Comandou o menino.
Abrindo os olhos com uma expressão vingativa,
Teddiursa sorriu para Finneon que percebeu seu erro tentando desfazer o golpe,
mas a água ao seu redor era espessa demais, fechando um punho que concentrava a
energia de todas as dores que sofrera na luta, o urso adentrou a camada de água
e com um só golpe socou o rosto do peixe o despencando do alto.
“FINNEON! CUIDADO!” Pediu Kiawe.
“Mawile finalize
com Flash Cannon!” Sem tardar, Serena aproveitou
da confusão.
A metálica mirou o Pokemon com o olhar, reunindo luz
atrás de si enquanto a sombra cobria a frente de seu corpo lhe dando um tom
sombrio, Mawile sacudiu sua bocarra como um rabo de cavalo jogando a esfera
metálica no ar.
A tomando nas mãos, disparou um raio contra Finneon
que não teve chance de escapar sendo atirada contra o solo inconsciente.
“Coitada ela foi explodida!” Kiawe constatou
frustrado.
“Focaram ele porque é alolano tenho certeza!” Um
usuário comentava.
“Como que pode essa gente hoje em dia? Tanta tecnologia e ainda tem gente com esses pensamentos no mundo de hoje” Uma outra
respondia.
“Sim menina, aproveitando, você viu o Kiawe dando
entrevista dizendo que vai levar a Finneon num especialista?” Perguntou no
Twitter.
“Meu Arceus! O mundo já era, onde já se viu Alolano
querendo tratamento psicológico?”.
“Agora somos só eu e você, Serena, Thunder Punch!” Estendendo
a mão como um convite, o performer sorriu com um giro.
“Agradeço imenso pelos conselhos e por me incentivar a
participar disso, sinto que encontrei o começo do meu equilíbrio, mas ainda
iremos vencer, Iron Head!” Serena pediu levando uma mão ao coração e erguendo a
outra.
Caindo dos céus, Teddiursa deu cambalhotas enquanto
seus punhos se enchiam de eletricidade e levando um para trás e o trazendo a
frente preparou-se para um soco enquanto Mawile saltava com arcos de energia metálica
liberados de sua cabeça a envolvendo o suficiente para que ela se assemelhasse
a um foguete.
Ambos se chocaram com uma colisão de faíscas sendo
repelidos logo em seguida para lados diferentes.
“Persiga-o use
Flash Cannon!”.
“Você é uma estrela dance por entre os flashes!”.
Girando sua bocarra, Mawile disparou uma sequência de
raios incompletos buscando acertar o Pokemon conforme ele se movimentava, mas
apesar do cansaço Teddiursa possuía seu gingado consigo escapando das
investidas da adversária com maestria com corridinhas para a frente, piruetas e
cambalhotas, em uma dessas se projetou em direção a ela.
“Slash!”.
“Iron Defense!”.
Afiando as garras, o Pokemon de Ekko desferia arranhões
ardendo contra a pele metalizada da Pokemon, apesar de sua resistência
aprimorada não conseguiria resistir para sempre, Serena precisava tomar alguma
decisão... Ela havia visto batalhas, havia gravado, havia chorado, se escondido o
suficiente e já era de conquistar algum espaço por si mesma.
“Não pode ser diretamente, o Counter pode fazer efeito... Mas
tem uma coisa que podemos fazer, Fairy
Wind e use por baixo, limite os movimentos dele!”.
Concentrando-se a Pokemon abriu sua segunda bocarra
que soprou um tufo de vento encantando que varreu o chão com poeira, mas envolveu
Teddiursa que passou a ser levado pelas correntes sentindo o pó encantando em
seu corpo.
“Droga! Charm diminua o ataque dela! Não podemos perder”
Ekko sentia uma grande empolgação, uma empolgação genuína, não era um evento
que o daria prêmios, mas certamente seria uma recordação que o faria sentir que
viveu e neste momento o significado de sua era fez seus olhos brilharem.
“Flash Cannon, de costas não o observe!”.
Tentando enfeitiçá-la, o urso falhou, assim que a
metálica virou-se de costas carregando seu movimento como um canhão disparando-o
de sua bocarra com alta precisão, Teddiursa levou as mãos a frente do corpo
sendo acertado pela luz e atirado contra o chão com danos no corpo, sua vontade
de lutar ainda ardia em si.
“Acho que finalmente encontrei! Não desejo ser
controlado pelo tempo, e meu próprio tempo não precisa ser sempre arrebatador a
ponto de me prender num lugar para sempre, nesta pequena batalha me sinto capaz
e gostaria de eternizar essa memória e a sua memória em equilíbrio, minha Era,
é isto! Teddiursa Thunder Punch e vamos acabar com ela!” Ekko gritou com os
olhos brilhando.
“Passei tanto tempo dizendo a mim mesma que queria ser
uma performer famosa e esqueci o principal: como eu iria fazer? O que isso
realmente significa para mim? Ainda não sei por completo, mas hoje percebi o quanto
alguns detalhes são importantes para mim e tenho certeza que fazem parte da
minha identidade. Mawile vamos por tudo nesse movimento, Iron Head, por favor!”
Serena pediu com um giro e encarou o oponente sustentando seu olhar.
Kiawe os observava enquanto segurava suas três
pokebolas, olhando para Marowak e Salazzle com lembranças de Alola enquanto Finneon
representava algo novo em sua vida, e sua vontade de misturar ambos agora
existia entre eles.
Mawile olhou para sua treinadora orgulhosa e com faíscas
energizando seu corpo, com um grito de guerra a Pokemon passou a correr, em
seguida flutuar e as faíscas costuravam um aglomerado de energia metálica que a
envolviam como os sentimentos de Serena começavam a envolver seu coração numa casca
sólida e só sua.
Enquanto Teddiursa, com as lembranças dos movimentos cravados
em seu corpo e se fazendo presente pelo cansaço que geravam após a luta
pareciam definitivos, mas ainda queria compartilhar um último para sanar a
dúvida do que aconteceria e a energia da dúvida fluiu por seus punhos gerando
eletricidade, a usando para combater.
Um soco e uma investida se colidiram em um só com um
grande pulso de poder e uma explosão arrebatadora envolvendo ambos os
participantes numa fumaça que após passar revelou o resultado final:
“Eu... Eu venci!” Serena levou as mãos ao rosto
aparando suas próprias lágrimas, correndo em seguida para abraçar sua parceira.
“Ela está diferente, ela não pode simplesmente me
deixar para trás, vou recuperá-la! Vamos ser amigas de novo!” Alicia comentava observando
a amiga receber o prêmio de Lysandre, por algum motivo, Serena evitava olhar no
rosto do homem.
Prezada Serena.
Nós da Flash Pose Studios estamos atrás de uma nova modelo! No entanto queremos que o
comprometimento com a nossa empresa seja genuíno, então estamos organizando um seletivo
com cerca de 24 pessoas com diversas provas que serão apresentadas em Lumiose
na sede de nossa empresa.
Estamos aceitando todos os tipos de pessoas desde
ricas, famosas, pobres, flopadas, usuárias de potches, fofoqueiras e até detidas
pela policia e como você faz o requisito do último tópico está apta para seleção,
caso queira responda o formulário e esteja disponível no dia com sua caixa de
maquiagem própria.
Atenciosamente, Lissandra Dona e Gerente
administrativa.
Notas Finais: espero que estejam gostando e comentem o que acharam, muito obrigado por lerem <3
Esse capítulo foi perfeito e me deixou pensando em várias coisas ao mesmo tempo... além que fiquei muito do lado do Wulfric, a forma como ele vê as coisas não é perfeita, mas se beneficia os Pokémon então que se danem as pessoas, morram mesmo!
ResponderExcluirPor outro lado, Diantha está tentando solucionar os problemas dos humanos e tentar um equilíbrio que satisfaça as necessidades de todas as espécies, porém isso vai ser bem complicado porque ao tentar mudar algo na natureza, ela vai precisar repor, o metro causou muito incómodo à fauna e flora, agora os terramotos são a consequência disso porque o planeta não se ambientou a algo que não deveria estar ali... sem a ajuda ou o interesse de Wulfric acabarão não chegando a solução nenhuma, já que o Wulfric se isola na sua cidade e prefere culpar a Diantha pelas desgraças do que a tentar ajudar a encontrar uma solução benéfica para ambos. Antes achei que fosse algo do Volcanion mas agora estou convencida que Zygarde está tentando arrumar o mundo do seu jeito e imagino que Lysandre tenha uma outra solução... uma solução final...
As Fast Battles me intrigaram e me lembrou da Battle City em Yugioh, adorava aquele conceito e quero muito ver como vai fazer aqui. Adorei eles simplesmente ficando amigos do Ekko e debatendo sobre suas vidas como se já se conhecessem á muito tempo, ele se mostrou alguém bem acessível logo no começo e contrario da Melody não parece pedir algo em troca, mesmo os arrastando para as Fast Battles xD
Enfim, amei o showcase também, gostei da forma como descreveu os Pokémon e os perfomers se movendo e toda a imagem do campo de mineiros. Em resposta aquele comentário. Alola só tem pedras meu amor... dificil é achar algo que não seja pedra.
Também adorei a forma como o Abomasnow entrou em campo, me senti assistindo uma cutscene de Final Fantasy ou Dark Souls com o boss da caverna se revelando.
Sobre Alicia fiquei algo confusa, Serena nunca tinha percebido que a mendiga era a amiga de escola dela? Also ela tem uma Meowstic e me veio á ideia dela ser a Espurr... vamos de teoria? Vamos!
Então, Serena perdeu tudo, né? Mas tudo tem que ter um equilíbrio, logo para uma pessoa perder, outra tem que vencer... e se Serena e Alicia estão ligadas? Serena começou ganhando e Alicia perdendo, virando mendiga e quando Serena perdeu, ela venceu a vida que seria de Serena... não sei se é um reach da minha parte, mas faz sentido na minha cabeça pelo tema do cap ser equilibrio... a natureza é perfeita, se ela perde de um lugar precisa repor... então a Espurr teria aparecido para Alicia sem memórias e as duas foram encontradas pela agencia que teria abordado Serena naquele mesmo dia que ela perdeu tudo... pronto, pensei nisso agora. Posso estar viajando, mas gostei e partilhei, pronto.
Amei esse capítulo, ou a primeira parte dele... eu gostei bastante como você incluiu a sua visão e usou seus personagens para debater sobre ela, nenhum dos dois está certo mas ambos têm boas intenções, mesmo o Wulfric sendo um tanto hipocrita por usar Pokébolas, mas enfim...
Do outro lado Kiawe ainda com os mesmos problemas para vingar em Kalos, levando com comentários menos simpáticos e as duvidas dos seus pais, contudo se mantendo fiel a si mesmo e fazendo amigos importantes como o Ekko agora. E ainda temos Aria que precisa de se habituar a viver só com uma mão, adoro a positividade recente dela, vamos ver o que acontece quando voltar ao mundo real. Estou amando essa história, se ainda não era obvio, seus personagens me cativaram imenso e torço por eles... ok, eu admito que ri um pouco com as piadas contra o Kiawe e os alolanos, mas a forma como ele age ignorando elas me agrada bastante, porque para mim esses comentários maldosos veem de pessoas que precisam de atenção para viver e sem a devida atenção acabam desaparecendo... attwhores não passarão!
Venha a próxima parte antes que eu precise de dividir esse comentario como o Davi faz pq ele fala muito...
e eu hablo mesmo
ExcluirE já vamos começar hablando sobre esse capitulo fracionário, eu senti que ele passou muito rápido e não sei se li rápido demais ou se algumas partes dele poderiam ser maiores, você disse no final do tamanho mas eu não achei não, acho inclusive que você poderia ter aumentado um pouco mais a parte do Ekko embora eu entenda também que como já estava pensando que estava mto grande quis parar (estou assumindo isso pq é algo que eu costumo fazer), mas sério acho que principalmente quando o Ekko fala sobre equilíbrio, que é uma fala muito boa na verdade, acho que ela poderia ter ficado mais marcada se você tivesse interagido um pouco mais com o sorvete (o surto), não sei citar exemplo agora mas vc sabe quando num desenho ou filme tão tentando explicar alguma coisa e pra isso usam outra de exemplo? hora de aventura fazia bastante isso eu acho tipo o jake explicando o que acontece quando ele morre, mas enfim, acho que teria sido legal brincar um pouco com isso tipo a cobertura quente no sorvete frio, eu amei mesmo o que ele disse de forma apressada, ao mesmo tempo que depois de euphoria do bts que vc desgraçada me fez ouvir, vc começou a mencionar mais minutos e indicadores de tempo na narração se adequando a cena do ekko, o dilema do personagem também é mto legal e foi bem satisfatório encontrar o Ekko numa sorveteria e conversar um pouco com ele, vou voltar a falar nisso mais tarde, porque queria usar isso pro restante do que vou hablar aqui
ResponderExcluirAcho bem divertido que de algum jeito mto legal vc criou uma estética para Crystal of Life, cada música é realmente uma cena e adoro isso, mas também a ideia de um tema para o capitulo, aqui sendo o equilíbrio com personagens tentando alcançá-lo, compreendê-lo ou até refutá-lo, eu definitivamente amei o começo desse capitulo e a cena foi muito visual, bem descrita, foi tudo mesmo, a diantha e o wulfric pareciam poderosos demais e parece que tudo foi uma prévia de algo que ainda (igual diantha usou pra falar de guerra civil que me deu ate medo do que ela pretende) mas parece que foi uma previa de algo que ainda vai acontecer e esse algo sendo o confronto dos dois, adorei a gardevoir afastando a nevasca, os cristais do abomasnow mega evoluido, a cena toda e os argumentos tanto do wulfric como da diantha,
pelas falas dela no ultimo capitulo eu preferi esperar para tirar alguma conclusão sobre e aqui ver a discussão dos dois foi bem interessante, vc a fez mto bem com duas visões tentando prevalecer, por mais que a Diantha fale em equilíbrio ela também está certa de que são preciso sacrifícios, já o Wulfric está certo do ponto dele e quando ele pergunta o que é equilíbrio pra ela, acho que é uma boa pergunta, uma coisa que acontece é construírem coisas sem calcular impacto ambiental e tudo que envolve, não me parece totalmente o caso do metrô que a Diantha mandou fazer, porém como faltam informações do processo disso e como acho que a base da discussão foi muito bem pontuada, não vou me aprofundar tanto porque acho que nem precisa, mas a Diantha como ela mesmo tem ciência ela não tem conhecimento total disso tudo e as intenções dela são ótimas mas para obras assim e todo o resto creio que é preciso de um planejamento com bastante gente ligada ao meio pra chegar num consenso, o equilíbrio talvez, não é uma decisão perfeita como o Ekko diz, não vai agradar a todos os lados, não vai ser perfeito, e com isso diria tanto para os humanos como para os Pokemon, não concordo com a Diantha falando que eles não são inocentes, achei os dois lados bem radicais em tudo, a Diantha mais discreta mas ela tbm, de qualquer forma o que mais me chamou a atenção foram os terremotos que continuam acontecendo e isso é coisa do Zygarde (pelo trailer e pq equilibrio ne é o tema dele, terra, etc, eu não tenho mtas teorias sobre ser ele ou não pq já estou convencido de que é, aí chega na hora e é o Malphite do lol e eu te bloqueio), eu começo a pensar que aquela fala emblemática do trailer da Diantha sobre questionar os métodos dela ou algo assim seja pro Wulfric num eventual confronto deles, e também penso se o Wulfric não foi o antigo campeão que perdeu pra ela por ele já ser idoso e ter coragem de peitá-la assim em batalha, enfim agora vamos seguir
ResponderExcluirmds eu ri muito do humor desse capitulo tbm, a diantha de salto na neve, a serena com o acidente na roupa dela e depois mudando de personalidade coitada, e os pokemon perfeitos na parte do showcase (clickbait sua vendedora de potches), eu adoro o fletchinder ana maria desconfiado kkkkkkkkk e o problema dele com o sonho fairy type aposto que vai pra paldea conhecer irelia e terastalizar espero que sim, tambem a da trança única curioso isso aí né onde será que já vi uma trança única, Lessie icônica estava torcendo para ela até Alicia chegar. Nossa eu odeiooooo o André venceu o Kiawe só pra perder no final o que foi bom tbm mas coitado do Kiawe me deixa mal ver ele competindo pq como ele recebe tantos comentários desse jeito (embora o twitter não goste de ninguem) ele parece não ter chances mesmo se for bem sucedido algumas vezes, mas o maior dilema dele ainda é o jeito de fazer as coisas, as falas dos pais, o equilíbrio tbm, gosto que o kiawe esteja aqui para complementar esse arco e essa discussão, vc mostrou bem que seus personagens não estão por acaso na historia com suas tramas, tbm estou ansioso para valerie dar as caras e eu poder ofender ela com mais base
eu amei a chave do kiawe com andré, braixen, zezé e geraldo o bunnelby que não está todo duro pelo contrário tinha muito molejo esse bicho super energéticousando earthquake destruindo pedra nao gostei dele espero que zezé decaia pra influencer, mas eu ri mto do menino que foi explodido antes deles kkkkkkkkkkk tbm gosto de como escreve o pierre, mas voltando, foi bem divertido acompanhar os três nessa disputa, eu passo mal com os performers se humilhando por minutos de fama, eles agora minerando gente coitados, tbm gostei do andré não tendo força o suficiente pra isso foi bem legal, adoro a braixen dele com labirintite alergia e aposto que tbm tem apneia do sono, o sludge wave da salazzle foi otimo e o earthquake tbm, os movimentos da braixen mto legais, gostei de como os usou, achei roubado o andré vencer tinha que ser o kiawe mas nem sempre o bem vence, pelo menos a Alicia icônica levou a melhor no final provando por A+B que a Riko é filha da Serena com o Ash e o Greninja é irmão dela e não pera
ResponderExcluirai a Alicia eu estava esperando por ela depois de todo o tempo que ela passou chorando, eu amo como algumas coisas funcionam aqui tipo ela ter aceitado uma publi em troca de um biscoito kkkkkkkkkkkk eu acho mto divertido isso, adoro essa aleatoriedade e surto que vc coloca tbm me atrai mto, a alicia é uma personagem que mal conhecemos porém dá pra traçar algumas linhas de sua personalidade ou comportamento, eu não acho que ela faça por mal com a serena, mas eu conheço mta gente parecida k que não me cai mto bem, ah você está fazendo isso? opa me deu vontade de fazer tbm - e de repente super bem sucedido - mas aí entra aquilo, dá pra culpar? não sei, mas irrita? sim!!! isso me lembra até o lol tbm em relação a habilidade de jogar aquilo k de repente surge alguem que joga a 2 dias e é melhor, irrita mas fazer oq, a Alicia com um meowstic ainda bem provocativo, parece tudo que a serena poderia ter, uma vitoria, uma meowstic (espurr viva), uma carreira, conteudo, o que quer que tenha acontecido na escola, gostei de como ela foi introduzida naquele momento mas tbm queria maaaais talvez eu esteja sendo mto chato mas diria que para a alicia e para o ekko podia ter dado um momentinho a mais só pra eles, ainda assim amei tudo, acho que a Alicia gosta de azeite e quero mto mais dela ansioso mesmo
sobre a aria coitada ela tbm está em busca de equilíbrio talvez, só o cotoco porém ela está positiva, a korrina mandando mensagem meu deus a korrina é mto sapatão escrevendo, tomara que a aria responda assim "podemos ser amiga?" e a korrina mande uma foto de costas empinando falando "sim meu amor"
ResponderExcluire aí, a serena com o kiawe, gosto da conversa deles, foi mto natural e espontânea, eu adoro como o kiawe compreende o que a serena sentiu sem ser de um jeito tipo "AH VC SENTIU ISSO? EU TBM SINTO VAMOS FALAR DE MIM", foi uma naturalidade que eu tento alcançar no que escrevo tbm com momentos de dois amigos interagindo, adoro a amizade do kiawe com serena eles são perfeitos, amo quando eles encontram o ekko nessa sorveteria duvidosa, eu diria que esse capítulo "terminou" (pq ainda vai ter mais) da minha forma preferida pq foi mto divertido eles "pera como assim nós já somos amigos?" e depois "vamos não temos tempo!" kkkkkkk me deu mta vontade de continuar lendo, a ideia da competição parece bem divertida e quero ver o que mais sobre equilíbrio vai colocar, talvez respostas já que o título é uma pergunta e nessa primeira parte vários personagens se perguntaram o mesmo?
estou doido para descobrir (leia com a voz da seraphine), continue por favor eu amei esse capitulo mesmo <3
OMG esse episódio!!! 🦝🦝🦝 Bom que você avisou que é fracionário assim eu vou ficar de olho no blog pra ver quando atualiza. . Eu achei o começo perfeito com a Diantha foi um momento muito epico marcante e narrado com excelência, me deixou pensando sobre os Pokemon no meio ambiente como seres vivos mesmo e na sociedade porque eles tem poderes e autonomia e acho que nunca aprofundei esses pensamentos gosto muito da visão que o senhor propõe nunca li algo assim. Achei a Gardevoir muito linda eu amo tanto ela ˓( ˶ ❛ ꁞ ❛ ˶ )˒˒ Também amei o showcase eu também achei que o ep fosse ser sobre ele mas ficou mais de fundo e trouxe o Kiawe para a continuação dele também e o André não venceu dessa vez mas surgiu uma personagem que achei muito interessante a Alicia, a relação dela com a Serena parece muito desgastada e eu adoro quando aparece uma personagem do passado que mexe com todas as emoçôes!!! Ela ter um Meowstic me deu gatilho hahahah E o Ekko falando sobre o equilibrio acho que foi um dos momentos mais legais da estória eu lembro de amar a Era dele, estou muito curiosa para ver o que mais aguarda na continuação. Me Diverti muiito lendo, ri mais do que deveria com a Aria falando da mão dela no hospital e amo muito o Kiawe e a Serena eles são o melhor match de amizade!!!! 🌈
ResponderExcluirHa e o meu shipp vive Korrina e Aria!!!!!!! Щ(・`ω´・Щ)
Excluirai mas a parte 2 ficou babado mesmo <3 eu amei como separou os três para terem seus momentos na competição, eles se perguntaram mesmo o que era equilíbrio e foi lindo ver a Serena captando os movimentos da Swanna, pensando no que queria filmar, e esperando a fracassada da Astrid com aquele Absol de papel dela morrerem pra ela ir lá vencer o sky trainer, essa Swanna tomou release e depois foi humilhar o Cilan tenho certeza, ops não pode falar disso que é gatilho pra vc né, sorryyyy
ResponderExcluiramei como escreveu os movimentos de voo da swanna e do fletchinder (mais um garota?), vc me elogia por escrever esses bichos que voam mas vc faz muito melhor eu amei mesmo, o brave bird maravilhoso da swanna e esse fletchinder icônico tomando uma surra pro meu novo personagem preferido da sua fanfic, teddiursa mais conhecido como Bear Who "com uma dança no ar ele disparou em direção ao urso quem," amo o urso quem, Bear Who você é eterno e eu torci pra você até o finneon ser explodido na última luta quando comecei a torcer pra serena porque vi que ela tinha alguma chance, amei que foi ela a ganhar essa competição e ficar com o holo caster, embora eu não ache que esse prêmio foi tudo de bom considerando o desaparecimento de diego para o upside down presenciado por allexya lyandra que está demorando para ter um comeback, providencie imediatamente
adorei a luta do marowak inspirado na melody e na mouise fiquei seriamente preocupado em quantos direitos humanos o kiawe iria ferir por ter alegado isso mas foi tudo bem, amei ele tentando algo novo e logo vindo a branca do andré apontar dedo, andré você não cansa não? quer ir tambem pro print mo? ou vc vai apagar. essa vergonha que vc ta passando
André você nunca será alguém, vc criticou Alicia que tem 100% da minha curiosidade no momento, vc menosprezou kiawe, vc gatilhou finneon e ensinou solar beam pra sua braixen com labirintite meu deus, será que foi pq ela precisava pegar sol e acabou aprendendo? adorei o momento do kiawe de queda e seus amigos o levantando, eles criaram laços tão legais e a serena contando o quanto se inspira nele tb e exaltando sua amizade, o ekko falando que o acompanha e o aconselhando, também na luta da serena o ekko hablando, depois na do ekko os dois o motivado com a simplicidade, foi maravilhoso mesmo e definitivamente amo o momento que o Kiawe percebe que os dois o acompanham e que Michelly roubou sua receita de tapioca, foi perfeito <3 Também amei os flashbacks aqui em itálico, ficaram mesmo muito bons até o do André com uma frase bem impactante do diálogo com o tio grant (coitado imagina ser tio do andré), amei aquilo de para ele estar no topo basta, isso diz bastante sobre ele. Os do Kiawe também foram mto bons, amei saber mais sobre Tapu Lele, Alola, costumes, a relação dele com os pais e outros detalhes que vc colocou ali, complementou bem seu dilema e acho que precisávamos mesmo disso para nos conectarmos melhor com Kiawe, o mesmo com Ekko porque entendemos bem melhor seu conceito da Era, ele mesmo também entendeu isso melhor, mas é mesmo algo dificil quando parece que vivemos o melhor momento/época de nossas vidas e ele acaba e nada mais se iguala a aquilo, depois ficamos tentando fazer tudo ser memorável e acho um ótimo detalhe o Ekko querer o Holo Caster para eternizar essa memória desse dia tb, eu sou mto assim de guardar coisas de dias memoráveis pra mim como se elas pudessem eternizar isso, amei as conclusões dos três personagens durante essa batalha, a Serena encontrando sua voz, sua identidade, o Ekko se entendendo sobre suas questões com tempo e decidindo se deixar ser empurrado para frente e se surpreender com o que vai acontecer, o Kiawe também se encontrando mesmo ainda com seus conflitos, ele tem certeza de quem é, do que quer e do que vai fazer, eu amo seu Kiawe, os três ficaram mesmo lindos eu amei <3 Adoro tudo que o Kiawe diz para a Finneon também, foi linda a simbologia, quando me dei conta do conceito do Finneon ser um Pokemon nativo de outra região e raramente visto em Alola apesar de existir lá também, isso foi bem legal, amei que a Finneon surrou com gosto a Braixen do André que deve ter girado tanto naquele redemoinho que está sendo medicada agora mesmo, as descrições de voo da nossa beautifly dos mares foram lindas e amei o Rain Dance mesmo que ele tenha vindo com um shade pra Lana que não é nem capaz disso, será que a Mallow também não tanka um Sunny Day essa ridicula?
ResponderExcluirBear Who foi perfeito adoro o charm, adoro o slash, o counter, o thunder punch, muito versátil ele, o sorrisão antes do counter pra finneon me lembrou até Michelly aquela usuária de potches, enfim eu amei mesmo ele, adoro os momentos que seus personagens conversam com os Pokemon também tipo o Ekko nesse cap constatando as coisas ao Bear Who, o Kiawe com as pokeballs dele e Serena que também pede por favor para Mawile e se entende melhor a cada dia com ela, adorei ver Magnemite também bem e dando vida para as faíscas, ele é perfeitinho
agora Lissandra gente, os observadores são um surto e o final foi perfeito, deixando uma prévia do que vem aí possivelmente, adoro que eu tb estaria apto na categoria fofoqueiro, mas é sobre isso espero que Serena fique famosa agora e volte a ser performer (desejar que alguem vire performer é desejar o mal dessa pessoa? fica a duvida)
o capítulo completo foi sensacional, amei a discussão toda sobre equilíbrio e tudo que acompanhamos nele, as lutas foram inspiradoras, bem descritas e super visuais, amei todas as músicas dessa segunda parte sem exceção e me afeiçoei ainda mais com esses personagens, estou mto ansioso para os próximos acontecimentos dessa história, Lysandre, Diantha, a cotoco, Alicia, VALERIE, podem virrrrrrrrrrrrr
Eu fracassei!! 🦝🦝🦝🦝🦝🦝 Não conferi se tinha atualizado o episódio, me desculpa a demora mas eu achei incrível! A competição de batalhas e todos os momentos foram perfeitos, eu amei ver o Magnemite batalhando de novo, ele está tão bem e é tão forte que acho que vai evoluir em breve, o que estou curiosa para ver também. Além disso eu gosto muito de como escreve ele e escreve batalhas, tanto que essa segunda parte passou voando, eu realmente amei e morri de rir com o garoto que foi derrotado de uns tempos para hoje eu estou muito ligada em Pokemon acho que já aprendi o nome de quase todos os novos hahaha mas entre todas as batalhas a minha preferida foi a do kiawe com o andré é impressão minha ou está rolando um enemies to lovers?? Porque se estiver eu já adorei!!!! Os movimentos e as músicas são tão bons, a amizade dos três e como foram se equilibrando também achei muito incrível, eu não canso de admirar seus personagens e sua escrita, acho que o próximo ep promete muito com a Lissandra (eu estou amando que você também é lolzeiro e adaptou a historia dos observadores para os pokemon dela sério eu amei hahaha) 🌈
ResponderExcluirAinda esperando o próximo!!! 🌈
ExcluirOieeeeee já postei dois capítulos, me perdoe pela demoraaa
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