segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Capitulo 4: Eu e Eu Mesma!

Notas Iniciais: Estou muito ansioso para esse capítulo kkk, bom nele Serena tem algumas reflexões em Lumiose enquanto Ária digamos que tem um encontro consigo mesma em Coumarine!

Capitulo 4: Eu e Eu Mesma!

    Ás seis da manhã, Ária desembarcava no aeroporto de Coumarine, enquanto descia a escada rolante do avião utilizava um espelho e com um pincel esfumava uma base de um tom acima do seu para garantir uma cor ao seu rosto abatido, finalizando com um pequeno blush em suas bochechas e o levantar característico de seus cílios.

“Um pouco meia boca, mas deve dar para o gasto” Comentou consigo mesma.

    Tentava apagar as memórias do combate do dia anterior de sua cabeça pensando no próximo local em que poderia tentar, será que um ginásio ground ou fire seriam apropriados?
    Havia colocado a Key Stone que conseguira na praia como seu brinco, e utilizava um óculos escuro empurrando o carrinho com suas bagagens pelo local, havia recusado a ajuda de funcionários e se esforçava para caminhar o mais rápido que podia para a saída, sem que aparentasse estar fugida da policia.

“C-Com licença você é a Ária... a ex-Kalos Queen... eu sou muito sua fã e...” Uma moça se aproximou.

“Aquela fracassada? Imagina mulher! Faz tempo que aquela ali já não é nem fofoca quem dirá noticia! Mas boa sorte pra conseguir a foto!” Disfarçando a voz, ela correu para entrar no táxi.

“Pra onde madame?” O taxista perguntou sorridente.

“Pro hospital, por favor” Ária respondeu já retirando o celular da bolsa.

“Está sentindo alguma coisa? Quer um remédio, uma água... Eu tenho para dor de cabeça, pro estômago, pra dor no terceiro osso da parte esquerda da coluna, eu sempre dou um mal jeito...” O motorista comentava.

“Obrigada pela oferta senhor, mas vou ter de resistir a encantadora vontade de tomar todos os remédios e passar o resto da vida internada no sanatório de Coumarine! Tem balinhas de hortelã do Vaniluxo? Eu adoro elas!” A menina logo se lembrou.

“Mulher chegou essa última remessa aqui, em parceria com aquela performer famosa, a Ária, vem até com uma tatuagem que pode ser o galho da Delphox, um cílio da Aromatisse, uma asa da Vivillon... Quer?” Ofereceu.

“Ah... Lembrei que tô meio mal do estômago, é melhor não piorar com o Vaniluxo hoje! Vamos logo pro hospital”.

    Chegando em frente ao Hospital de Coumarine, Ária sentiu um arrepio súbito percorrer sua espinha ao recordar de outros momentos em que sua maior preocupação era o estado de Yachio, agora no entanto sabia exatamente o que acontecera e não poderia ser um clima mais mórbido.

“Com licença, estou aqui para lidar com os assuntos referentes a senhora Yachio e todas as formalidades...” Ária dirigiu-se a atendente.

“Ah sim, aguarde que irei pegar os documentos, um momentinho”.

    Ainda em pé, a garota de cabelos rosas tinha o prontuário da última noite de vida de sua mentora e amiga, num misto de apreensão, agonia e curiosidade de saber mais sobre seus últimos momentos, mas antes que tivesse a chance notou que o elevador havia chegado no andar, abrindo sua porta e dele saíam Diantha e Wikstrom.

“Obrigada de novo... Por vir aqui comigo... O que acha de vermos um filme hoje?” Diantha perguntou de mãos dadas com seu namorado.

“Um filme? E o que aconteceu com toda aquela discrição de antes, senhora campeã!” Wikstrom rebateu com um sorriso.

“Isso era antes deles descobrirem! Mas agora só se fala nisso então não tem problema, vamoos!” Insistia a mulher sorrindo.

“E deixa eu adivinhar, vamos assistir o filme novo que você fez sobre um jogo de dominó que envolve feitiçaria e ocultismo que você mesma colaborou para o roteiro?” O homem perguntava.

“Mas é óbvio! Eu opinei na cena final do filme, e fiz questão que minha personagem tivesse falas coerentes sobre os tráficos de mineiros para Johto colaborando com uma das Sliggoo daquele meu documentário, ela escreveu o roteiro pessoalmente! Tenho certeza que você vai amar, amor!” Advertiu.

“Tudo bem, tudo bem, então nós vamos, mas eu escolho a pipoca e você vai me comprar minhas trufas com licor de cereja!” Exigia o Cavaleiro da Elite 4.

    Ária observava de longe os dois deixando o hospital, Diantha era uma estrela em Kalos muito popular atualmente por seus filmes e pela defesa de seu título, apesar disso sempre fora muito reservada sobre sua vida pessoal e sentimentos o que a tornava uma figura em que todos podiam confiar, se ver e comentar sobre suas noticias, mas sem nunca afetar sua pessoa.
    Um dos seus maiores feitos foi ter conseguido se sagrar Kalos Queen e Campeã ao mesmo tempo e suas performances eram tão arrebatadoras chegando a arrastar multidões para vê-la se apresentar, mas acabou por renunciar do título por falta de tempo para lidar com ambos, deixou os palcos se dedicando a sua carreira como treinadora e atriz, prometendo uma Era de performances que até então nunca havia realizado.
    Até a noticia de seu namoro com Wikstrom, Ária nunca pensou em vê-la tão a vontade sem sua tradicional expressão neutra de sempre, ela parecia um pouco mais humana e a entrevista que assistira da Campeã ao qual mudou sua vida fazia um pouco mais de sentido.

“E pensar que comecei a competir nos ginásios pelo modo como ela falava da sua experiência de luta naquela entrevista... Ver seu comportamento tão natural agora me dá uma vontade imensa de ter toda essa segurança e confiança... Mesmo tendo mantido meu título por quatro anos, parece tão pouco agora e minhas derrotas tornam tudo sem sentido” Ária refletia quando notara próximo a uma coluna, uma criança perto da saída olhando de um lado para o outro chorosa.

“Gente essa atendente foi arrancar o papel de um Trevenant pra esse documento?! Em nome de Arceus que demora! Ai deus será que vou ter que procurar os pais dessa criança agora?!” Praguejou indo até a criança, não reparando no brilho da Key Stone em seu ouvido.

    Ao ficar diante dela reparou que uma fumaça em tom branco cintilava ao redor dela, subindo e envolvendo a menina de cabelos rosados que até pensou ser um princípio de incêndio, mas não havia nem mesmo cheiro.

“Mas que diab...” Ária mal teve tempo de reagir, pois assim que o menino a olhou nos olhos e deu um sorriso travesso, só o viu saltar em sua direção, quando sua vista escureceu e...

    No Centro Pokemon de Lumiose, dentro da cozinha do local, Michelly olhava de um lado para o outro tendo certeza que ninguém a percebia, retirou um potche cheio de temperos, semicerrando os olhos concentrada, ela adicionava algumas sementes aromatizantes para temperar a farinha que utilizaria para fazer o suflê de hoje, sendo o cardápio especial.
    Adicionando água aos poucos, mexia com um fuê para que a massa não formasse bolotas e continuasse fofinha, após adicionar algumas castanhas retiradas dos arbustos de um Grotle que ela tinha entregado ontem a caridade, era hora dos preparativos finais:

    Assim colocou o cabo na tomada para ligar a batedeira.

“Pelo amor de Arceus, Socorro!” Quando de repente faíscas avermelhadas começaram a tomar conta do eletrônico, a mulher assim que percebeu jogou a batedeira no chão que explodiu fazendo um estranho barulho de grave com algumas harmonias.

“Michelly pelo amor de Arceus, que barulho foi esse e isso é cheiro de queimado?” Serena perguntou entrando na sala assustada.

“Menina, você não tá sabendo?” Michelly perguntou.

“De quê?”.

“Mulher, eu não sei porque, mas agora sempre que alguma coisa quebra aqui em Kalos a gente escuta esse som” Explicou a nutricionista.

“Isso não pode ser verdade...” Serena começava, mas foi interrompida.

“Pois espera ai só um instante”

    Passando alguns momentos, um barulho grave com algumas batidas pop ecoaram fazendo as paredes estremecerem e algumas louças da cristaleira quebraram, o som vinha da ala de máquinas do Centro Pokemon, seguido de um resmungo:

“DE NOVO!” Damião praguejava.

“Ainda não consigo acreditar...”.

“Pois é menina, nem eu, todo dia quando o Damião vai limpar essas máquinas ele quebra uma vassoura como é que pode? A gente não tem orçamento para isso” Michelly reclamava.

“Me admira que você não esteja preocupada com esse som”.

“Eu já me acostumei”.

    Saindo da sala, a garota foi cumprir com suas funções de limpar a fachada do Centro Pokemon, enquanto passava pano na poltrona e lustrava as pernas das mesas ela observou a fachada da banca onde costumava vender seus doces com Espurr, embora conseguisse dormir com seu cestinho ao lado da cama, ainda mantivesse as touquinhas e luvas que a felina acinzentada usava, não conseguia entrar no local sem enxergar Espurr sentada fazendo contas mesmo sem saber usar a calculadora.

“Preciso fazer alguma coisa sobre isso...” Suas palavras foram pegas no ar, dando a Mawile que as ouvira uma ideia.

    Um breu...

    Uma Escuridão...

    Até que um barulho grave preencheu o peito de Ária e a menina acordou com um susto de seu sonho, reparando que ainda estava num hospital e que uma garota havia quebrado uma estátua de vidro feita em Geosenge para dar de presente à sua mãe hoje, pois era aniversário dela, e chorava em meio aos cacos de vidro.

“Ai que susto, ainda bem que foi só o som de alguma coisa quebrando” Ária tranquilizou a si mesma e logo depois veio a dúvida:

“Por quanto tempo fiquei dormindo? E por que ninguém veio me ajuntar? Eu sei que perdi a relevância, mas poxa não precisava me tratar como se eu não existisse...” Falou levantando do chão.

    Olhou ao redor, até encontrar um painel eletrônico que mostrava o dia, horário e médicos disponíveis para o atendimento, então constatou arregalando os olhos: fazia dois dias que estava dormindo.

“M-Mas que merd...” Ária se virou quando um casal de dois homens de mãos dadas avançava em sua direção, se preparou para colidir com eles uma vez que não teria tempo para desviar, porém...

    Nada.
    Os dois passaram direto, pois não a enxergaram.

“Meu deus eu estou morta! Mas como que pode? O menino me deu um escorão e eu morri assim?” A menina comentava extremamente xocada com o que acontecia.

    Com as pernas fraquejando ela procurou uma poltrona para se sentar, questionando senão deveria poder atravessar esse móvel, mas acabou por afastar esse pensamento e com o queixo apoiado nas mãos ela tentava pensar no que fazer quando a televisão anunciou:

“E agora uma entrevista exclusiva com a Ex-Kalos Queen Ária! Ela que voltou a mídia faz dois dias e está falando tudo o que pode!” Uma repórter anunciava mostrando Ária em frente a um café cercada de repórteres.

“O quê?! Como assim eu estou aqui traumatizada! Como isso é possível?! Quem está controlando meu corpo?!” Ária gritava com ninguém podendo ouvi-la.


(deixe em looping por favor)

“Ai sabe como é né?! Eu tentei esconder, mas eu fracassei mesmo, minha carreira já estava um lixo e eu acho que é sobre isso entende? Mas já estou preparando um livro para lançar!” A impostora contava aos repórteres.

“Nossa, não sabia que era escritora! E a obra já tem título? Quando começou a trabalhar nela?” A repórter perguntou.

“Foi tudo ontem, estava em casa fazendo alguma coisa que os vivos fazem e me perguntei: Por que não escrever um livro de autoajuda psicológica e empoderamento mesmo que eu nunca tenha estudado sobre isso? E ai veio naturalmente, o livro se chama: Todo mundo tem o direito de ser feia!” A Ária impostora sorriu.

“NÃO! POR FAVOR, NÃO! O meu pior pesadelooo! Eu fiz meses de terapia e até uma promessa no culto da Mimi de que não viraria uma blogueira de autoajuda só porque flopei!” A Ária verdadeira chorava com um lenço de papel em mãos para secar seu rosto, mas sem saber se suas lágrimas eram físicas ou espectrais.

“É certamente muito necessário para a sociedade questionar os padrões de beleza, e você já sabe quais profissionais vai chamar para colaborar no projeto?” A repórter perguntou.

“Não, vou contar apenas com a sabedoria da luz divina que Arceus me deu, e agora já estou indo para outros compromissos” E com isto a impostora pareceu olhar diretamente para a verdadeira, que reconheceu o sorriso travesso do garoto anterior que tentou ajudar, a Key Stone em sua orelha cintilou quando ele disse “Pode ser dificil, mas uma hora vocês me acham por Coumarine”.

“Seu pirralho desgraçado! Você vai me dar o meu corpo de volta!” Furiosa a menina disparou atravessando a porta do hospital, correndo mais rápido do que jamais correra quando estava com seu corpo real.

    A Ária impostora andava pelo parque de Coumarine de braços abertos, olhava para as próprias mãos quase sem acreditar que realmente as possuía, até notar um olhar por entre as folhas a espreitar, com um sorriso malicioso ela se dirigiu até um senhor que vendia sorvete.

“Olá, boa tarde, você pode me dar um doce, um sorvete?” A impostora perguntava para o idoso.

“Olá querida, olha você sabe que esse sorvete é da marca daquelas duas moças, a Selena Gomez e a Blackpink? Se você passar mal o problema é todo seu” Respondeu o sorveteiro.

“Eu jurava que a Blackpink era um grupo de quatro garotas... Mas o que aquele demônio vai fazer com o meu corpo!” Furiosa Ária disparava em direção a si mesma.

“Eu sei sim moço, mas é que eu flopei sabe? Minha carreira tá toda no lixo e estou tentando recuperar, então sabe como é né eu mereço mais que os outros” Respondeu ao senhor estalando os dedos bem no momento em que a verdadeira estava a poucos metros do carrinho de sorvete.

    Uma Banette sorridente saltou do chão e com um sorriso macabro pulou nas costas de Ária a mantendo presa no mesmo local com braços espectrais dos quais a garota não conseguia se soltar.

“Mantenha ela bem quietinha, Anna”.

“Quem é Anna?” O sorveteiro perguntou.

“Ah ninguém, É só minha outra personalidade”.

“Ah entendo, hoje em dia é muito necessário ter mais de uma para lidar com os horrores do capitalismo, eu mesmo tenho cerca de sete, mas já que você está numa situação vulnerável toma aqui o seu sorvete” O moço ofereceu à impostora que agradeceu mostrando a língua para o espirito de Ária, passando a sair andando.

“Ainda bem que já estou morta, porque só provar esse sorvete já era capaz de me matar” Pensou no corpo da ex-Kalos queen.

“Nunca pensei que diria isso em voz alta, mas como eu sou insuportável!” Ária praguejou finalmente se soltando para continuar correndo atrás do espírito.

    O que se seguiu foi uma tentativa da garota de reaver seu corpo, enquanto a impostora tirava fotos com crianças alegando que a partir dali focaria em ser um ícone de animação de festa infantil, pois elas eram o futuro do mundo enquanto Ária era segurada por um Dusknoir e se esforçava para não vomitar com a cena.

“Apelo infantil é baixo demais até para você! Eu queria inspirar e não ser um ícone inatingível!” A verdadeira chorava.

“Quem não gostou da minha nova era, paciência, que estou fechada com Giratina e ela está sempre olhando por mim” O espirito no corpo de Ária fazia o símbolo do Mundo reverso enquanto algumas mães cobriam os olhos de seus filhos.

“Ai, as evangélicas e a Mimi vão mandar me matar depois disso” Ária pensava com Dusknoir pressionando suas costas contra o chão.

“Meu deus, a Ária passou esse tempo todo calada pra quando aparecer só vir falar merda, antes ter ficado calada mesmo!” Um comentava no Twitter.

“Gente vocês viram o comeback da Ária em Coumarine? A Glameow enlouqueceu!”.

“Ah então quando uma mulher injustiçada pela mídia fala suas verdadeiras opiniões quer dizer que ela está louca?”.

“Amor você já viu alguém dar opinião verdadeira na internet? Tá doida, vai lavar uma louça!” Os usuários brigavam no Twitter.

    Serena estava sentada do lado de fora do Centro Pokemon, abraçava os próprios joelhos após mais um dia de trabalho observando o ir e vir das pessoas na rua, quando ouviu alguém se aproximando, Mawile ainda impressionada com o fato da porta abrir para ela caminhava com as mãos por trás do corpo.

“Mawile, o que tem ai com você?” A menina perguntou para a Pokemon que deu um sorriso.

“Wile-Wile!” A fada então a mostrou cerca de quatro papéis unidos por um clipe e ela o pegou nas mãos.

“Projeto de Vendas” Serena leu notando ser a caligrafia de Anisa, possuindo um desenho da atual e algumas ferramentas que indicavam uma reforma.

“Wile-Ma, Mawile!” Ansiosa, a metálica pedia para que a garota virasse a página.

    Então conseguiu ver os rabiscos sendo de uma nova barraca de vendas.
    A nova construção teria um formato mais arredondado com algumas folhas saindo em espiral para que lembrassem um brigadeiro ou um docinho haviam alguns rabiscos riscados de protótipos onde estes pareciam flores.
    Na próxima página havia informações sobre a identidade visual do novo negócio, pois tentariam usar tons de vermelho, amarelo, rosa e alguma outra cor que Serena gostasse para adicionar alguma personalidade, mas a metálica havia riscado o azul com um sinal de perigo.
    Na próxima página havia algumas opções de customizações, como um pequeno jardim de flores sintéticas que Mawile novamente havia riscado da ideia.

“Você gosta realmente de flores, não é? Tudo bem, nós podemos colocar o jardim!” Serena sorriu enquanto a fada ficava corada.

    Havia opções de customizar as cadeiras com materiais recicláveis e as cobrir com um veludo em tons pastéis para que ficassem convidativas e lembrassem algodões doces, enquanto nas mesas Mawile pensara em opções de toalhas que poderiam combinar e trocar em datas festivas, entretanto, respeitando sempre as cores do estabelecimento.

“É lindo Mawile... Mas não sei se... Eu não sei se consigo construir isso... Vamos precisar do material...” A funcionária caía o olhar um pouco entristecida, porém sua Pokemon não parecia disposta a se abalar.

    Puxando sua mão ela a levara até a recepção onde Honedge e Magnemite flutuavam juntos ao redor de uma quantidade grande de materiais como papelão, algumas placas de metal, garrafas recicláveis, tesouras, cola, veludo, tinta e outras coisas.

“Hone Hone Hone!” Tintilava a espada tentando absorver toda a informação com seu olho.

“Mite Mite Mite!” O outro chiava pensando em como acompanhar toda a empolgação de sua parceira fantasma.

“Mawile me pediu para ajudá-la a reunir isso nos últimos dias, acho que se o problema que te impedia de confrontar isso era a dificuldade inicial sobre como reformar e materiais creio que já foi resolvido, mas agora só você pode dar o primeiro passo” Anisa comentou para a garota enquanto Mawile se colocava junto dos outros três.

    Uma lágrima verteu de seu olhar, a ideia ainda era completada, mas ela ignorando o mal estar em seu peito, pelo menos por enquanto Serena assentiu e com a ajuda dos Pokemon iniciou o projeto de reforma de sua banca de vendas.
    Honedge imbuindo energia em seu próprio corpo, fatiava para ajudar a tirar o antigo papel de parede e desmontar a estrutura, Serena sentia que era como remexer num cadáver, pois a cada mudança que faziam era como se o cheiro pútrido das memórias em decomposição que cultivara ali se espalhasse numa aura em que se só ela podia ver.
    Porém seu olhar reparou em Magnemite, que a olhou de volta, ele também conseguia enxergar.

“Acho que parte de você tem razão, Magnemite, quero manter a maior quantidade de Espurr que eu puder, mas certas coisas acredito que precisam mudar!” Serena concluiu enquanto com um martelo e a orientação de Anisa recolocava as novas placas sob a estrutura de metal que compunha a barraca.

    Magnemite usava sua eletricidade até esta produzir faíscas de fogo funcionando como um maçarico e unir as estruturas em tom rosa e branco que eram colocadas na diagonal inicialmente, com as outras sendo viradas para a fachada fosse como um brigadeiro rosa.
    Ao redor Mawile enfeitava com babados de um pano franzido para ficar perto da embalagem com a porta sendo a entrada, a fada estava satisfeita com seu trabalho.
    Foram cerca de 3 dias de trabalho até que finalmente as cadeiras estavam customizadas, havia cerca de quatro jogos de mesa e cadeira, onde as toalhas possuíam padrões geométricos marcados por vermelho, rosa, amarelo e um tom purpura que pouco aparecia, este escolhido por Serena.
    Os assentos das cadeiras eram decorados por veludo e as cadeiras alternavam entre cadeiras comuns, pufes feitos de material reciclável e banquinhos que pareciam ter algodões doces em seus assentos.
    A fachada da loja se assemelhava a um brigadeiro, com a porta estando customizada, Serena admirava seu trabalho junto de seus três Pokemon que comemoravam o feito, a garota pensava em como Espurr teria ficado feliz em participar daquilo e com um sorriso triste se voltou para os amigos.

“Acho que podemos te dar um último presente!” Anisa revelou mostrando um pequeno retrato onde possuía Espurr com alguns rabiscos de boinas, óculos, latinhas e outros itens que ela usava feitos por Mawile.

“Wile!”. Disse enquanto os olhos da menina se enchiam de lágrimas.

“Pode colocar no balcão para dar sorte!” A enfermeira comentou recebendo um abraço da menina, agora tudo que faltava era a câmera, embora ela mal tivesse coragem para mexer no dinheiro que acumulara.

    Porém teria que deixar isso para outro momento, pois no dia seguinte iria para Coumarine.


    Ária agora estava sentada em um banco da praça de Coumarine, fazia três dias que tentava recuperar seu corpo e falhava após cada tentativa, sentia-se fraca e cansada, o que era estranho já que em teoria estava morta, mas não era isso que importava no momento.

“Gastei os últimos meses inteiros me odiando e me sentindo péssima... Não queria tirar proveito das pessoas com meu mal estar ou com minha situação... Não queria que ninguém pudesse me ver nesse estado! E agora ver alguém usar do meu corpo fingindo que tudo está bem, por um lado consigo sentir compaixão por mim mesma após muito tempo, mas também um ódio imenso por estar sendo desrespeitada!” Ária lançou suas palavras ao vento lembrando de quando observou sua vulnerabilidade e se sentira tão exposta que sua única reação fora correr.

“E o que você vai fazer a respeito?!” Perguntou uma voz grossa ao seu lado.

“Q-Quem é você! Olha já levaram meu corpo e eu literalmente só tenho essa alma para te oferecer” A menina respondeu arrancando uma risada do homem corpulento que sentou ao seu lado.

“Eu sei, espíritos obsessores são perigosos... Mas não estou aqui para isso, me chamo K’sante” O homem a respondeu com um sorriso.

“E você esta na mesma condição que eu?” Perguntou novamente.

“Não, eu estou morto faz muito tempo e acompanhei muitas coisas... Mas estou aqui porque você invocou minha Key Stone após mostrar sua essência em um momento de vulnerabilidade, e graças a esse novo momento de vulnerabilidade posso falar com você” O homem a explicou.

“Então já que está aqui... Por favor, chame Yachio! Eu preciso muito da ajuda dela e...” A menina começou e então recebeu a expressão triste do homem.

“Eu tentei mesmo entrar em contato com ela, mas ela já fez a passagem...” K’sante explicou.

“Como assim?”.

“Existem espíritos que ficam presos na morte por traumas, existem almas que ficam presas por obsessão a vida e existem almas que após morrerem conseguem fazer a passagem por não apresentarem nenhuma divida com esse mundo” Contou o homem.

“Mas... Eu não entendo! Por que você está aqui? E por que eu estou aqui?!” Ária pressionou com seu olhar ganhando traços de irritação ao arquear sua sobrancelha.

“Digamos que quando morri o desejo que carreguei na vida contagiou as energias ao meu redor e transformou minha alma em algo além...” K’sante continuou contando.

“Então esta dizendo que Yachio morreu da forma errada? Que ela não tinha desejos bons o suficiente para que a alma dela ficasse nesse mundo!” A ex-Kalos Queen gritou num acesso de fúria levantando-se.

“Você está escolhendo entender assim!” A voz dele voltou a se engrossar atingindo Ária “Não existe certo e errado nesses casos, existem fatos, as pessoas são muito maiores do que esse conceito e quando você morre não está preocupado com esse detalhe, só porque minha alma se tornou uma Key Stone não significa que os desejos de Yachio não eram válidos”.

    Voltando a sentar, a garota voltou a ficar em silêncio.

“Faz tanto tempo que minha alma percorre esse mundo... Eu fiz amizade com um Pokemon tão explosivo quanto um vulcão e por muito tempo a delicadeza dos meus gestos conseguiu acalmá-lo, mas a guerra que as tribos travaram falaram mais forte e na minha morte a única coisa que me sobrou para pensar foi no meu desejo... E por culpa disso me tornei nesse espirito... Acredite eu gostaria de ter tido um final como o de Yachio, mas vendo que posso lhe ser útil eu até que me sinto feliz”.

“Tudo bem... Me desculpe, o que posso fazer para sair dessa situação?!” Ária o perguntou ainda irritada, mas disposta a ouvir.

“Bom, já que você tem uma Key Stone das almas, você fica suscetível aos ataques de espíritos, para o seu azar creio que apenas com almas de outros que já se foram você possa se proteger, como você ainda é inexperiente o espirito basicamente a expulsou de seu corpo e você precisa tomá-lo de volta” K’sante contou.

“Isso é óbvio, eu tentei faz mais de três dias e não consigo! Como que eu ganhei uma coisa tão perigosa e ninguém fez questão de me explicar?!” Furiosa a garota de rosa gritava e o homem novamente voltou a sorrir.

“Você precisa entrar em contato com sua Key Stone, por mais que ele esteja controlando seu corpo, a Key Stone ainda é sua, ele não pode te tirar essa conexão... E é bom você se apressar, pois caso ele fique mais tempo em seu corpo não sei bem que consequências isso pode causar” Alertou o homem.

“Mas eu me sinto tão cansada... Não faço ideia de como eu faria isso... Eu nem sei o que é a Key Stone!”.

“A propósito, eu passei na ala de Yachio e descobri que ela deixou algo para você, talvez possa motiva-la” Disse entregando-a uma carta.

“Por que você não falou antes! Aliás como você pegou a carta se ela é física? Eu tentei comer ontem, mas não consegui segurar o garfo de jeito nenhum e...”.

“É espectral”.

Minha querida, Ária.

Eu acho que devo me desculpar, ao observar o modo como você lidou com a derrota, eu pensei se tratar de uma reação natural afinal foi uma derrota importante, mas em nenhum momento eu cogitei que essa derrota a faria questionar tanto quem você é, o que foi um total erro da minha parte.

Me partiu o coração ao descobrir seu término, o abandono de seus Pokemon especialmente a Vivillon e o modo como lidou com sua carreira, mas não estou aqui para culpá-la, escrevo essas palavras porque meu quadro se agrava a cada dia e toda vez que toco no assunto você o desvia e eu acabo me deixando levar para não tornar suas preciosas visitas em uma tortura.

Você é uma pessoa maravilhosa! Até conhece-la eu não me lembrava de ter formado uma amizade tão duradoura, os cinco anos que passamos juntas foram incríveis, a cada performance que assistia me inspirava a ser alguém melhor e mesmo que não concorde com seus ideais idiotas de romance, que suas sugestões de bebidas sejam péssimas, mesmo que odeie meus jogos de tabuleiro e ache todos os meus carros cafonas.

Compartilhamos grandes momentos juntas e consegui encontrar um novo significado para as apresentações que sobre as quais eu mesma ensinava, quando a via performar, sempre a vi como a Rainha de Kalos ideal, lamento imenso que tenha perdido, mas não deixe isso a limitar você é muito querida, espero que com minhas palavras grafadas nesta última carta que escrevo... Que você sinta vontade de voltar nelas até que consiga concluir algo de bom.

Com muito amor, Yachio.

“Acho que já sei o que fazer!” Ária anunciou para K’sante.

    Ária caminhava pela cidade de Coumarine agora com o olhar focado, o impostor que estava com seu corpo descansava na fonte principal da cidade em formato de Jumpluff, ele encontrou seu olhar determinado e com um sorriso se ergueu, porém parecia que nenhuma das pessoas presentes conseguia ver o que estava acontecendo.

“Você vai devolver o meu corpo!” Gritou.

“Eu quero ver você tentar!” Vendo seu próprio sorriso maquiavélico conforme a impostora pisava sobre o solo e uma mão espectral se erguia forçando a saída de onde quer que estivesse presa enquanto dos lados cerca de três Banette espreitavam pelo local.

“Eu já vi muitos como você, sabia? Estou naquele hospital faz tanto tempo e só vejo idiotas como você desperdiçando uma chance de viver uma boa vida!” O espírito lançou as palavras e uma dor latejante surgiu no braço da menina, mas esta sustentou a situação.

“Então só porque morreu acha que pode julgar a vida dos outros?!” Devolveu a ex-Kalos queen sentindo suas emoções vazarem do peito e estendendo a mão observou a Key Stone cintilar no ouvido de seu próprio corpo.

“Ataquem-na!” Gritou o espirito obsessivo.

    Dusknoir rugiu reunindo espectros de almas e enviando todas contra a garota enquanto as Banette que espreitavam abriam o zíper de suas bocas enviando uma corrente de uma ventania carregada de sombras, os golpes iam em direção à Ária que focou no único sentimento que tinha no momento: raiva.

“Se essa pedra está em conexão comigo, é minha única chance! Delphox, Aromatisse! ME AJUDEM, POR FAVOR!” Gritou a menina.

“Você só esta com vontade de viver depois que descobriu o quão ruim é estar morta! É sempre assim com vocês, toda vez que perdem algo é ai que começam a dar valor, que nobreza existe nisso?!” Ela gritava para si mesma enquanto a pedra cintilava no ouvido da obsessora.

“Você roubou o meu corpo! É a minha experiência e foi tudo que eu pude fazer por mim mesma! Apesar dos problemas eu tenho orgulho disso e não vou deixar você me dizer o que eu posso ou não sentir!” Ária gritou com as lágrimas vertendo de seus olhos.

    De seu bolso da Ária impostora feixes de luzes surgiram e serpentearam materializando em Delphox e Aromatisse, a raposa de fogo rodou seu galho e com um piscar e olhos incendiou um círculo mágico enviando uma torrente de fogo que iluminou e aqueceu todo o corredor negro que o cenário havia se transformado e explodiu contra os ataques de Dusknoir, Aromatisse girou em torno do próprio eixo levantando os braços como se estivesse solta numa dança.

    Ao seu redor uma cortina de fumaça rosada a protegeu dos movimentos de Banette, ambos os Pokemon se colocaram ao lado de sua verdadeira treinadora, não questionando um momento sequer quem era a impostora com o seu corpo, pois já sabiam.

“Obrigada... De verdade! Vamos! Delphox Mystical Fire, Aromatisse Moonblast!” Gritou a menina começando a avançar em direção ao seu oponente.

“Não fiquem parados aí olhando, me ajudem!” gritou sua oponente vendo outros Pokemon fantasmas se amontoarem para ver o que ocorria, mas não intervindo.

    Dusknoir ergueu seu punho envolto em sombras e desapareceu em uma fumaça espectral se projetou para trás de Ária que seria golpeada, mas sua Pokemon ergueu as mãos orando por energia da lua criando uma esfera à sua frente funcionando como escudo, após expandir o movimento atirou o fantasma para longe.

    As Banette saltavam uma após a outra, dando os braços em um giro elas sumonavam fantasmas corrompidos por uma energia purpura que disparavam um após o outro contra Ária, a menina corria ao lado de Delphox.

    A bruxa ergueu seu galho agora tomado por inscrições de fogo em sua extensão e o empunhando com orgulho deu vida a um enorme espectro de fogo que cintilava em diferentes tons e conforme as assombrações tentavam atacar a menina, Delphox girava o bastão controlando seu próprio fantasma.
    A criação de fogo engolia os fantasmas das Banette, cuspindo bolas de fogo que acertavam as bonecas assombradas e as atirava contra o chão, sem outras opções, a impostora observou Ária correr em sua direção.

“Somos só eu e você agora!” Gritou a menina correndo e saltando em sua direção, mas o espirito a segurou e agora as duas se encaravam.

“Eu consigo ver a dúvida em seus olhos! Você sabe que não é digna! Eu já vi tantos como você, dizem que vão mudar e quando recebem uma nova chance fazem tudo outra vez” Cuspiu na cara da menina.

“Isso não é da sua conta!” gritou a garota.

“Você não tem poder o suficiente para lidar comigo!” gritou Ária.

“Vamos ver se eu não tenho!”.

    Sua Key Stone cintilou até o limite e então o corredor negro onde todos estavam começou a ganhar uma luz branca cintilante, porém a iluminação não queria se limitar apenas ao chão passando a envolver Ária, Delphox e Aromatisse em uma redoma de luz.

“Não! Você está invocando algo que não pode controlar, você não tem energia para isso! Pare!” gritou a impostora.

“Saia do meu corpo!” Pressionou Ária conseguindo sentir o tato de sua mão verdadeira e seus outros sentidos enquanto a assombração era extinguida.

    Entretanto agora tudo que conseguia ver, era que estava trancada em uma espécie de prisão branca.

“Você não é digna!”

“Você não deveria manipular o que não conhece!”

“Humanos não são permitidos!”

    Do lado de fora, o que era o corpo de Ária agora era uma espécie de esfera de energia massiva que surgira ali deixando todas as pessoas alarmadas, por não entenderem o que ocorria enquanto uma grande quantidade de Pokemos do deserto, das florestas e do mar próximos agora se dirigiam à Coumarine, e junto deles Korrina e Serena, pois uma semana havia se passado e era o dia de marcarem uma aula com Ramos.

Notas Finais: O próximo capitulo será o último capitulo desse arco de cinco capítulos focado na superação da Espurr, Serena e Korrina estão indo até Coumarine, Ária esta presa em algum tipo de redoma mesmo após ter extinguido seu espirito enquanto pokemons de muitos tipos se dirigem até Coumarine, o que está acontecendo? 

4 comentários:

  1. não acredito que vc acabou esse capitulo assim eu vou pro maranhão acabar com vc pessoalmenteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee meu deus k em primeiro lugar eu achei esse capítulo perfeito, mas quero falar da lore dos espíritos, eu sou 100% adepto a esse tipo de história, amo esses elementos místicos, poderes e tudo o que transcende de certa forma, amei as classes de espíritos apresentadas, o K'sante afinal era o da Key Stone da Aria e não a yachio (me chocou também), eu realmente adoro essa parte da história e para onde ela está caminhando, a situação com esse espírito foi incrivel, divertida e muito certeira para que o que a Ária está passando, a reflexão do "você só percebe a importância depois que perde" é muito comum mas o jeito que você a usou aqui foi uma surpresa, porque a Ária não só perdeu a carreira, os Pokemon, o namorado e a dignidade coitada, mas ela perdeu agora a vida k pra alguém que estava sedento por voltar a viver e acho muito forte esse espírito falando pra ela sobre ela estar recusando a oportunidade de viver uma vida boa, olha eu acho que isso me deixou muito reflexivo também sobre o que eu estou fazendo com a minha própria vida, achei todos os diálogos de Ária com o espírito ótimos, a batalha mesmo rápida foi ótima de se ler, amei as primeiras descrições de Delphox e Aromatisse e o modo como elas se comportaram, também quero uma tatuagem do cílio da Aromatisse, mas voltando, amei a continuidade com o Dusknoir que provavelmente foi alguém como aquela moça da Serena, só que a Serena a salvou de virar isso e fazer a passagem, esse Dusknoir não deve ter tido a chance, adorei as Banette também e como tinham muitas parecem talvez as mais comuns para espíritos acabarem virando, adoro a Anna e as personalidades do vendedor de sorvete daquela marca duvidosa, por incrivel que pareça eu gostei da musica do blackpink até pq parecia mais a taylor swift cantando?? nao sei acho que surtei, mas a música da candace foi perfeita e adoro como ela é sua musa inspiradora da vida basicamente, amei o título desse cap e toda a situação que se estendeu, a Ária se chamando de insuportável, a conversa com o K'sante, o pensamento dela e como ela exige informações da key stone mas ao mesmo tempo a forma como ela afirma pro espírito que não é da conta dele o que ela faz com a própria vida, mas com certeza a carta da yachio a deixou mais inspirada talvez, porque tudo que ela escreveu ali me tocou muito e esse momento da leitura da carta imaginei a voz das duas ao mesmo tempo e um olhar fraterno da Yachio sobre a Ária, amei tudo mesmo e como fez esse capítulo uma transição para o próximo onde parece que vamos ter algum surto pq a Ária ficou presa em algum lugar que ela não deveria estar k será que é aquele lugar que a moça da serena falou pra serena, que tinha uma sigla que eu esqueci k mas adorei imaginar as pessoas confusas com o que rolou com a Ária, mas pq os pokemon estão sendo atraídos pra lá eu não faço ideia

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  2. então temos toda a parte da serena, primeiramente a michelly, vc deveria colocar aviso de gatilho e mudar a classificação da história para +52 por causa dos potches isso não é coisa de arceus viu garoto, adoro o novo surto de kalos com aquela musica tocando quando algo quebra tenho até medo mas por precaução quando vc começou esse capitulo com a instrumental de Sal eu já escondi meu air fryer pra ele não acabar explodindo. Eu juro que toda a cena com hideaway foi perfeita, a forma como a Mawile desenhou, como elas conversaram e como todos construíram juntos, a honedge toda feliz e o magnemite tentando acompanhá-la, como a serena e o magnemite se entenderam ali, como tudo ficou (amei imaginar os bancos e tudo reciclável), ficou muito especial e um dos momentos mais bonitos da Serena também com seu time, também ficou clara a diferença de Serena para Ária nesse capitulo, eu lembro daquilo que a valerie escreveu sobre a alma ser forte ou algo assim, a serena tem a alma forte ao que parece já que ela conseguiu lidar com aquele espírito da moça e como demorou um pouco mas se decidiu a fazer algo para mudar o que estava acontecendo, já pra Ária não foi assim e desde que perdeu tudo coitada está desse jeito, mas amei ver a Diantha no começo e como a Ária pensou sobre ela, achei a cena mto boa e diantha e wikstrom são uns fofos nem acredito que me fez shippar alguém com o wikstrom mas tudo bem
    definitivamente estou muito ansioso para o próximo capítulo, por favor escreve logooooo

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  3. Se me perguntarem por que é que eu odeio crianças vou mandar ler esse capítulo... imagina tar de boa, tem um pirralho chorando, eu de boa vontade vou lá ter com ele e o bicho vira o capeta? Deus me livre! Crianças são tão creepy, credo.
    "Mas o que aquele demônio vai fazer com o meu corpo!" É por coisas como estas que eu penso que já vi demasiados animes e talvez seja melhor parar...
    Mas enfim, gostei bastante da parte da Aria, o começo com ela fingindo ser outra pessoa e ridicularizando sua vida passada, foi preciso alguém roubar seu corpo para ela perceber o que estava perdendo, é uma boa reflexão para dizer que nunca estamos felizes com o que temos e a busca pela felicidade é um caminho que além de não o sabermos traçar sequer sabemos o que felicidade realmente significa...
    Achei mesmo que a Keystone dela fosse a Yachio, mas nos apresentou um personagem novo, o Croissante (n sei pq, mas comecei chamando ele assim) gostei da história dele e da lore envolvendo os espíritos, já tínhamos tido um pouco com a moça do restaurante e agora isto me leva a pensar que a linha que separa o nosso mundo e o outro está muito frágil e prestes a quebrar, Fiquei bem curiosa sobre a história dele e devemos ter mais nos próximos capítulos, sua lore está bem viciante =P
    Agora quero saber o que aconteceu com a Aria, ela não pode morrer mesmo, right? Pode?
    Na parte da Serena achei que as avarias fossem provocadas por um Rotom, mas depois da piada continuar eu parei de pensar isso e apenas aceitei o novo surto da fic xD
    Foi muito fofo por parte da Mawile começar o projeto da banquinha de vendas e adorei ver o Magnemite empenhado nisso, ele aceitou mesmo as novas companheiras e senti uma faísca entre ele e Honedge... posso estar vendo coisas, mas... sei não. Se bem que, como que uma espada e um iman... er..nada, esquece que eu falei alguma coisa hehehe...
    Enfim, o contraste entre Serena e Aria é notório, Serena está fazendo tudo para seguir em frente e superar a perda da companheira, que a meu ver foi bem mais forte do que simplesmente ser derrotada, Aria foi bem mais fraca e por isso perdeu o corpo... mas agora penso, quantas mais pessoas vemos em Kalos e pode lhes ter acontecido o mesmo? Será que toda a gente apresentada é quem diz ser? Diantha era uma mulher recatada e agora que seu relacionamento é publico ela sai com Wikstrom sem qualquer pudor... será que... hmmm agora vou ficar desconfiando de todo o mundo, peço desculpas se julgar mal, mas vocês me obrigaram a isso.
    Gosto de como a sua história é sobre lidar com a perda e a incerteza do futuro, os personagens se apresentam todos cheios de vida, mas todos eles têm algo que os assombra e devemos ter capítulos deles lidando com seus fantasmas pessoais -e Pokémon fantasmas tb-
    O capítulo ficou otimo <3

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  4. Eu sempre fiquei curiosa com a arial desde que ela apareceu anteriormente e no episódio passado pudemos ver um pouco mais dela mas agora ela está competindo com korrina por quem é minha preferida da fanfic, eu estou indecisa 🦝 Porque a ideia dos spirits está incrivel e a situação de trocar de corpo foi bastante delicada vendo o que estava fazendo com o corpo dela e a fazendo pensar sobre sua vida ao mesmo tempo que é só isso que ela pode fazer no momento por si mesma e eu consigo me identificar muito com ela pelo momento que estou vivendo, por isso amei muito ^_^ Também acho ela estar desafiando os ginásios por sua motivação algo legal e um motivo bem diferente para se fazer isso como sempre você é muito criativo com os objetivos dos seus personagens nunca é só pelo óbvio o que me faz pensar também sobre a Serena e seu sonho de ser famosa desde criança o que será a levou a querer ser tão famosa assim ⌒(=∵=)⌒ Sobre a Serena foi muito linda e me fez chorar muito ver ela montando sua loja com os Pokemon acho que foi dos momentos mais legais da estória com o Magnemite e ela compartilhando essa experiência com os novos parceiros e o apoio da Mawile. Prevejo um grande momento no proximo capitulo com o final deste estou muito ansiosa!! Nota 1000 foi perfeito!! 🌈🌈🌈

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Capítulo 12: Isso é coisa de Arceus?!

Notas Iniciais: Meu deus, eu nem sei o que falar, pois esse capítulo era para ser rápido e bem...podem ver o que aconteceu, muito obrigada p...