É como alguém alguma vez disse em alola: os sonhos
podem ser a própria essência da vida, eles revelam muito mais do que sabemos,
mas quem que da atenção para alolanos em Kalos? Apesar disso, a energia que flui
naturalmente da vida e da morte é o que balanceia a realidade nessa terra
garantindo que tudo possa ser infinito, mas as vezes até o infinito pode virar
algo além.
No entanto, as pessoas sonham em Kalos, não com a
mesma importância de Alola, na noite de hoje vários estão acontecendo e em um
desses sonhos um garoto de cabelos alaranjados corria atrás de um Chespin, seu
fiel companheiro e ambos passavam o dia inteiro brincando enquanto seu pai, um
homem de cabelos do mesmo tom o assistia da Cozinha com um avental conferindo
se o assado estava pronto.
“Papai eu quero ser um fotógrafo! Vou fazer as fotos da nova atualização da pokedex, você vai ver!”.
“Você vai sim meu filho, agora venha jantar, você e
chespin!”.
“Senhor Cascudo, vamos jantar!”.
No entanto, no centro pokemon de Lumiose, uma garota
sonhava em ser famosa, por todos os dias, era isso que desejava enquanto passava
boa parte do tempo refletindo em como faria para chegar nesse objetivo.
No quarto onde dormia, a keystone que possuía brilhava
em um tom de arco íris traçando o símbolo da mega evolução por baixo de sua
cama e, talvez, apenas por hoje seus sonhos seriam um pouco diferentes.
No sonho, Serena surgia em meio a uma caverna que já tinha ouvido falar: A Connection Cave, conectando as rotas 7 e 8 a cidade de Cyllage, apesar disso não sabia como havia chegado ali e muito menos o porque.
Era possível ouvir gotículas de água pingando das
estalactites no teto e os zumbidos dos Zubat se extendiam muitas vezes lhe
provocando a sensação de que algo estava muito errado, mas ao olhar de lado
conseguiu ver algo que fez escorrer uma única lágrima por seu olho.
“ESPURR!” Gritou enquanto a psíquica caminhava
seguindo para a frente, a ignorando, algo em si lhe incitou a segui-la e Serena
desatou a correu atrás de sua antiga parceira reparando que seu corpo deixava
rastros cristalizados.
“Espere por mim! Por favor, vamos conversar!” Pedia,
mas nada adiantava.
Seguindo por um corredor estreito, chegou em uma parte
da caverna mais extensa no formato de um círculo e as rachaduras na parede se
comportavam de um modo a parecer uma arquibancada improvisada, ao ouvir alguns
murmúrios no centro reparou ser de quem se tratava:
“Eu não consigo mais...eu não sei mais o que fazer! Minha
avó já não me apoia mais, o que farei?” Suspirava a garota caindo em torno de
seus próprios joelhos.
“Você vai contribuir para algo muito maior!” Uma voz
causando um arrepio pela coluna de Serena, falou incisiva.
Astrid encontrava-se no centro do círculo, um cristal
com símbolo de arco íris surgiu bem abaixo dos seus pés, os olhos de Serena
arregalaram-se ao reconhecer do que aquilo realmente se tratava, as paredes
subiram cristalizando-se em rosa e uma redoma de vidro prendia Astrid lá
dentro.
“Esse fardo já não é só meu! É DE TODOS VOCÊS E EU NÃO
O SEGURAREI SOZINHA!”.
“NÃO! Precisamos ajuda-la, precisamos fazer alguma
coisa!” Serena gritou vendo Espurr do seu lado observando a cena.
“Espurr! Por favor, me ajude!”.
“Preciso jogar na sua cara para que preste atenção as
coisas ao seu redor?! É apenas uma visão do que esta prestes a acontecer” A Felina
falou por telepatia ao virar-se para ela.
“Que isso Espurr! Você morre e quando volta já quer me
gatilhar? Além disso, você sempre soube falar desse jeito?” Perguntou a
aspirante a performer.
“Fui obrigada a tomar medidas drásticas para chamar
sua atenção, já que não me procura como deveria” A forma de Espurr
desfigurou-se em diversos cristais revelando uma mulher de cabelos ruivos e
roupas extravagantes com diversas joias pelo corpo.
“Q-Quem é você?” Impressionada e assustada, sua voz
saiu como um grito.
“Eu sou Nilou! E essa jovem corre sério perigo, você
precisa ajuda-la antes que seja tarde, meu tempo esta acabando dessa vez, por
isso você não deve perder o seu! A-Antes disso, peço, por favor que dedique-se
um pouco mais a sua Keystone, nós precisamos conversar antes que seja tarde!”
Dito isto Nilou sumiu deixando apenas a visão desfigurada de Astrid dentro da
redoma de cristal enquanto Serena tentava compreender tudo o que havia acontecido.
No pico do Plateau da liga pokemon, no ponto mais alto
da arquitetura de maior poder de Kalos uma batalha acontecia pela defesa do
título de campeã, no placar, Diantha ainda contava com 3 dos seus 6 pokemons
enquanto sua oponente Shauntal da Elite dos 4 de Unova já utilizava seu último
parceiro.
“Estou lisonjeada por ter sido tão humilde em me
deixar lutar com sua Gardevoir em pessoa!” Contou a especialista em fantasma
enquanto abria seu caderno ao mesmo tempo que Golurk entrava em guarda.
“Fiquei surpresa ao vê-la aqui, sou uma grande
admiradora de seu trabalho, mas receio que tenha de reparar no nível de minha
elite uma vez que todos foram derrotados por uma treinadora de mesmo nível...” Comentou
Diantha afastando a preocupação com o último item.
“Estou escrevendo meu novo projeto: um romance novo que narra sobre o impacto da derrota, ainda não decidi qual carreira seguirá o protagonista então decidi experimentar várias coisas procurando pessoas que me proporcionem essa experiência, entretanto devo confessar que foram poucas as que conseguiram chegar até as minhas expectativas” Shauntal declarava com um sorriso provocativo.
“Ficarei feliz em contribuir com seu estudo, Gardevoir
Hypnosis!” Pediu a representante de Kalos, ainda em sua forma base, Gardevoir
já contava com dois aumentos de poder devido aos Calm Mind utilizados na luta
anterior contra Chandelure.
“Faça tremer Golurk, Earthquake e não descanse até que
ela esteja de joelhos!” A especialista em fantasmas ordenou.
Antes que Gardevoir pudesse manifestar sua energia, reparou em seu vestido esvoaçando-se abaixo de seus pés conforme uma energia sísmica provocava abalos por todo o campo de batalha rachando a estrutura e abrindo explosões, que para um pokemon inexperiente já o levariam a derrota, mas a psíquica manteve a compostura usando de seu poder psíquico estabilizando sua posição.
“Perdemos um turno...droga, neste caso Gardevoir
avance e utilize Hypnosis!” Diantha gritou sua ordem.
“Avançar? Não faz bem o seu estilo, Golurk mantenha a
pressão e gostaria de um Curse!” Shauntal pediu enquanto as páginas de seu
caderno foleavam entre seus dedos e Diantha quase esperava ver palavras
saltando para fora do caderno.
Golurk realizou um novo pisar sobre o solo dispersando
a energia sísmica por todo o espaço, fazendo com que pedras fossem arremessadas
na direção da oponente, aproveitando da distração, embuiu seu corpo de chamas
espectrais surgindo de seu corpo e contaminando seus punhos, os cerrando, o
titã dispersou o poder em aura.
Gardevoir transformou a energia de sua alma em
barreiras psíquicas, erguendo suas mãoscomo se segurasse escudos suportou o
ataque das pedras, assim que avançaria a pokemon sentiu-se afetada pelo poder
do oponente, chamas obscuras queimavam desde a barra de seu vestido e causavam
uma dor latejante em seu peito: a maldição instalara-se em sua alma.
“Droga...já faz muito tempo que alguém não usa um
movimento desses, Gardevoir, resista, ele esta mais fraco agora!” Diantha
reforçou para sua parceira.
“Não contaria apenas com isso, reuna as sombras, é
hora de cobrar pela maldição Shadow Punch!” Shauntal gritou jogando o corpo
para o lado enquanto sua caneta dançava entre as páginas.
Gardevoir levava as mãos a cabeça, de seu peito,
chamas roxas caíam espalhando-se ao seu redor como veneno, seu corpo sofria com
as dores da maldição enquanto a pokemon utilizava de seu próprio poder para
estabilizar a praga e voltar a sua compostura.
Golurk desfez sua pose, desatando a correr, as chamas
espectrais disparavam na direção dele alojando-se entre seus punhos e os
enchendo de poder criando agora uma maldição física, erguendo o braço banhado
em um estranho poder esverdeado o pokemon acertou um soco na barriga da pokemon
que gritou de dor.
“Devo dizer que é desesperador, mas, já entendi como
quer brincar com meus medos durante a partida e diante disso eu consigo fazer o
meu julgamento, Gardevoir, eu irei por você, Mega Shinka e Hypnosis!” Pediu
Diantha firmando a postura em seu pé direito.
A mão da mulher encontrou o cordão pendendo de seu pescoço,
o apertando firme, com a certeza de que seus sentimentos brilhariam e explodiriam
em uma centelha de fitas de energia contendo a vida e a morte, que, juntando-se
ao peito de Gardevoir a permitiram soltar um suspiro de alívio conforme sua
forma agora tornava-se algo além.
Com um pulso de poder, a fada afastou o titã para que
pudesse completar sua transformação.
“E ai esta ela! Não permita que vá muito longe! Bullet Punch!”.
“Hypnosis com
poder total!”.
Em sua nova forma, a pokemon ergueu o braço desenhando
um círculo mágico a sua frente com o emblema de uma rosa e ao o tocar dispersou
uma imensidão de ondas psíquicas tranquilizantes, o punho de Golurk cerrado
endureceu-se como ferro e de suas laterais exibiam faiscas de poder como um
foguete, preparando-se para o ataque o titã entrou em contato com as ondas.
“Avante Golurk! Use das particulas de maldição!”
Shauntal advertiu.
“Mantenha o movimento, Gardevoir, não se deixe
abater!’.
Com a maldição a consumindo,a psíquica respirou fundo
e aumentou a incidência das ondas atormentando o gigante, a energia de seu
punho pareceu ceder e as partículas de maldição já não chegavam a ele, pois
estava adormecido.
“Foi um prazer, espero que esse cochilo lhe renda bons
sonhos para o seu romance, Gardevoir DREAMEATER!”.
Abrindo a mão, o comando de Diantha resoou pela sala,
com o poder transcendendo ao seu redor a silhueta da pokemon exibia um poder
roxo obscuro que tomava forma atrás de si conforme toda a sala se escurecia
atraindo o olhar da E4 de Unova.
As mãos da pokemon faiscavam de energia conforme a sua
frente um círculo mágico com uma rosa encravada ao centro surgia e atrás de si
uma silhueta 7 vezes maior que ela descansava, a rosa caiu do lacre soltando a
presença na direção de Golurk.
O pokemon fora atingindo pelo feitiço de Gardevoir
gritando de dor no processo enquanto uma explosão encerrava a luta com o cair
do titã e o triunfar da fada que retornava a sua forma original.
“Garde Gar Gardevoir!”(Hypnosis? Sério?! Da próxima
vez vamos tentar Stored Power também!) Reclamou a fada.
“Acho que exagerei na troca de movimentos dessa vez,
me perdoe” Diantha disse a parceira.
“Agora que já perdi como treinadora, acho que vou experimentar
a vivência de uma performer”.
Assim que Shauntal saíra da sala, a campeã arrumava os
pertences em sua bolsinha conferindo o que teria para o dia de hoje, quando
palmas soaram pelo Plateau, palmas de apenas uma pessoa corajosa o suficiente
para ir até aquele lugar sem ser convidada.
“Parabéns, Diantha, eu assisti tudo e devo dizer que
foi uma vitória! Você esta em forma e tudo mais, mas e os terremotos o que fará
a respeito?!” AZ perguntou da arquibancada.
“AZ...eu estou agora mesmo indo ter uma...reunião a
respeito disso, vá embora, você não é bem vindo aqui!” As palavras saíram quase
cuspidas.
“Sabe que isso tudo é culpa sua, não sabe?” Perguntou
o homem.
“E porque seria?”.
“Se tivesse decidido se juntar a mim e a TeamFlare,
com todos os recursos, nós dois juntos já poderiamos ter chegado a uma solução
mais rápida e plausível para essa loucura” AZ sorriu incisivo.
“Como se já não tivesse motivos o suficiente para
desconfiar de você”
“Até hoje a policia não encontrou nada”.
“Eu serei clara, AZ, você me culpa por uma decisão que
tomei, aponta todos os dedos na minha cara assim como todos em Kalos, mas
quando você estava no poder, ninguém ousou questionar as suas decisões! A falta
de investimento! O descaso com o povo e com os pokemons! Apenas batalhas e mais
batalhas...os MEUS PAIS tiveram que sofrer por algo que você poderia ter
evitado! Eu escolhi criar uma Kalos melhor, se quiser passar por cima das
minhas decisões...bem já estamos no pináculo é só me enfrentar!” Diantha bradou
enquanto sua Keystone cintilava.
“Não se preocupe, encerrarei por aqui” Concluiu o
homem.
Capitulo 10:
Crystal of Life Ato 2
No hospital de Coumarine, os feixes de luz ainda não
conseguiam adentrar totalmente o quarto onde a garota estava deitada devido
cortinas revestidas com duas camadas de tecido, a menina dormia tranquilamente
sob a cama, a prótese de sua mão esquerda descansava acima do móvel.
Ária dormia tranquilamente quando um barulho intenso
invadiu seus ouvidos revelando ser seu celular, ao leva-lo ao ouvido:
“Bom-m...”
“VAI MORRER PRECISAMOS IR PARA CYLLAGE AGORA!” Serena
gritara do outro lado da linha fazendo a garota assustar-se.
“Mulher, eu vou ter alta hoje, e a primeira coisa que
você sabe falar é de morte, não tem nem um bom dia?” Questionou a Ex-Kalos
Queen espreguiçando-se e conferindo a quantidade de poros em seu rosto após ter
aplicado a nova base da Skyla.
“Quando aquele espírito roubou seu corpo aposto que
você não ficou com gracinha” A outra disparou.
“28, 29...desgraçada não precisava agredir também! Ta
bom, mas como é suposto irmos até lá?” Ária perguntou ainda em sua contagem.
“Você é rica, paga um táxi, por favor, é importante!”
Serena frizou.
“Tudo bem, tô passando ai em uma hora! Meu deus eu
tenho certeza que eu não tinha 77 poros, eram 76 da última vez que
contei...aposto que essa safada usou bem as penas da Janna para baratear o
custo de produção do jeito que é em Unova, ouvi dizer que estão barrando as
serperior na fronteira das regiões para as indústrias de lá não fazerem roupas
com a pele das coitadas” Ária comentou agora se olhando no espelho, sua
keystone cintilou por um instante e ela respirou fundo.
“Gostaria que o dia fosse calmo hoje, mas eu preciso
entender melhor o que esta acontecendo!” E dito isto começou a se arrumar
enquanto chamava um táxi.
As placas indicavam um único caminho em frente que se
perdia no horizonte, mas caso cerrasse os olhos veria com clareza a Connection
Cave ao fundo.
Um passo e depois outro.
Era o que repetia para si mesma, não era o momento de
fraquejar, talvez pudesse desafiar o ginásio de Lumiose novamente? Quem sabe
algum outro...que ainda não tivesse sido derrotada...
Um refluxo de sentimentos chegou até a base de sua
garganta, Astrid sabia o que aquilo significava se deixasse acontecer, mas ela
controlaria tudo aquilo, porém enquanto tentava segurar suas reações naturais
não conseguiu impedir sua mente de puxar memórias que vez ou outra sempre voltavam
a tona.
Uma garotinha corria pela cidade de Maryshous, próxima
a cidade de Laverre e conhecida pela arquitetura de cemitérios, que diziam os historiadores,
terem sido feitos por algum povo de Kalos a mais de 400 anos atrás em meio a
guerra entre 4 povos que assolou a região, havendo cerca de 3 ali com suas
estruturas sendo feitas de colunas de mármore e os túmulos se assemelhavam a
sementes de árvores com até raízes simulando a germinação, até hoje
desconhecido a forma que utilizaram para essas construções.
Caminhando por uma das ruas, uma garotinha loira acenava
para os pokemons fantasmas do cemitério que a cumprimentavam de volta, ela
carregava consigo uma bolsinha no formato de um pumpkaboo onde chacoalhavam
algumas moedas, porém uma voz chamou sua atenção e ela voltou seu olhar para
trás do cemitério das flores cinzentas.
“Conseguiu quanto hoje? 50 centavos? Você não cansa
Astrid? Você sabe que ninguém dessa cidade consegue ser alguém de verdade, mal
temos escolas! Nós somos amaldiçoados por esses malditos fantasmas!” Um garoto
gritou em cima de um dos portões dos cemitérios.
“Não é verdade! Eu vou conseguir ser uma grande
treinadora!” Astrid gritou com a mão no peito, sem que esta percebesse um pokemon
de pelagem branca passou por uma das lápides rapidamente, a lançando um olhar,
e depois sumindo.
Piscando seus olhos no presente, a garota levou a
mesma mão ao peito, vendo a estrada vazia que levava para uma caverna a qual
ela já havia passado centenas de vezes com o mesmo sentimento, com apenas uma
única pokebola chacoalhando em seu bolso e seu estojo de insignias sempre vazio,
as lágrimas dessa vez apareceram.
“Não, Não! Eu vou continuar!” Dizendo isso, ela ergueu
o braço secando o canto dos olhos com a manga da camisa.
A garotinha continuou seu caminho seguindo por uma
estrada feita de pedras de cantaria que se destacavam como as cores mais claras
em meio aos tons fúnebres do resto das construções da cidade, as moedas ainda
chacoalhavam bastante, chegando até uma casa simples feita de madeira com cerca
de 2 quartos e com um pequeno jardim exibindo uma variedade de plantas
coloridas, seu andar se tornou rapidamente uma corrida.
“Vovó, eu cheguei! Você nem vai acreditar na sorte de
hoje?! Eu consegui! Eu consegui 10 pokedollars, em breve vou ter o suficiente
para viajar para Galar, eu já consegui 500 pokedollars vovó!” Anunciava na rua ao
ver a senhora na porta de casa que sorriu terna para sua chegada.
Porém seu caminho foi interrompido ao tropeçar no pé
de um homem, sua bolsa caiu no solo aos pés do sujeito enquanto ela olhava para
cima encontrando sua expressão mal encarada, a garota encolheu-se.
“Astrid! Não ouse tocar nela! Alguém, por favor, me
ajude!” A idosa comentou assustada.
“10 pokedollars pirralha? E pra que você precisa de
todo esse dinheiro? Deveria estar é estudando, me dê aqui esse dinheiro que vou
saber aproveitar melhor do que uma...” O homem disparou extendendo a mão para a
bolsa.
“Não! Não! Largue isso não é seu! Eu passei a noite
toda coando o suco de cherry berry para ficar gostoso! Por isso as pessoas
compraram, eu posso te ensinar também se quiser, não é dificil!” Astrid gritou,
em resposta, o homem pisou em suas costas a fazendo soltar um grito de dor.
“Problema seu, isso é para aprender a ficar esperta!” Abrindo
a bolsa, o homem pegava os trocados que Astrid havia ganhado, seu orgulho e
felicidade foram substituídos por emoções que ela não conseguia conceber e
apenas lhe causavam dor.
“ABSOL!” Rugiu um canídeo surgindo entre as árvores
próximas, por mais que suas pelagens fossem brancas agora se envolviam em uma
sombra obscura e apenas seus olhos irradiavam vermelhos.
“Astrid! SE AFASTE! É UM A-ABSOL” A senhora ainda mais
preocupada com a neta.
“M-Mas que por...!” O homem gritou ao ver a criatura
rugindo ao redor dele.
“SOL! SOL!” Com o chifre brilhando, absol reuniu
particulas de vento ao seu redor.
“Ei ei, ca-ca-calminho, eu sou a-a-amigo...amigo” Tentando
tranquilizar o pokemon, este porém atirou lâminas de vento que dispararam
contra o braço do sujeito o arrancando a bolsa e gritos de dor junto do sangue
que brotava das feridas.
“Desgraçada! Sua sorte é esse bicho ter aparecido!”.
Mordendo a bolsa, o pokemon desastre levou a bolsa até
a menina encolhendo as pernas e inclinando a cabeça como se esperasse algo em
troca, o que a garota logo entendeu e acariciou sua testa sorrindo com a
interação.
“Você é tão fofo! Muito obrigada por ter me ajudado”.
“ASTRID! Você esta bem! Meu deus você quase me matou
de preocupação, tome cuidado quando for falar de dinheiro assim da próxima vez!”
A idosa abraçou a neta que permitiu-se fechar os olhos para esquecer o que
havia passado.
“Você conhecia esse Absol? Dizem que são crúeis e
solitários, mas nunca vi um tão dócil assim” A senhora constatou.
“É um sinal de que um dia serei uma grande treinadora!
Você quer fazer parte do meu time, Absol?” Perguntou a garota ao canídeo que
respondeu acenando a cabeça.
“É você vai se tornar uma grande treinadora mesmo!”
Sua avó sorriu.
“Você vai se tornar uma grande treinadora, tenho certeza,
faça uma boa viagem”.
“Esta tudo bem, foi apenas uma derrota, tem que
começar aprendendo de algum lugar para se tornar uma grande treinadora”.
“Você venceu?! Tenho certeza que é o começo para se
tornar uma grande treinadora!”.
“Não conseguiu se classificar para a liga?! Bom tenho
certeza que na próxima você vai conseguir!”.
“Não acha que esta na hora de pensar em outra coisa? Já
é a segunda liga e você só conseguiu 5 insígnias...”.
“Astrid já chega! Você já tentou participar de competições
em todo canto! Mal consegue vencer treinadores de rotas que dirá a Elite! A maioria
dos seus pokemons a abandonaram por vontade própria e o que você quer que eu
faça?! Não vou continuar apoiando essa loucura, me ligue quando tiver algo bom
para contar!” Foi o que dissera antes da menina colocar o telefone de volta no
gancho do centro pokemon e tomar o caminho da Connection Cave.
Piscando novamente, percebeu já estar na porta da
entrada da caverna, seu peito parecia sangrar com todos os pensamentos que
passavam por sua cabeça enquanto ela andava tentando chegar do outro lado da
passagem.
Abriu os olhos e estava ao lado de sua avó em um
jantar.
“Astrid você não acha que é melhor voltar a escola? Pode
aprender como cuidar das lápides, conseguir um dinheiro e ai sim viajar!” Sua
avó sugeriu.
“Eu vou conseguir vovó! Os sucos estão saindo bastante
e falta pouco para eu conseguir o suficiente para a passagem de avião, Absol
esta muito mais rápido você tem que ver! Ah! E eu ia me esquecendo olha o que
encontramos hoje na floresta durante o treinamento” A menina mostrou uma pedra
colorida em sua mão que brilhava conforme os seus sentimentos.
Piscando agora suas pernas pareciam recusar-se a dar um
próximo passo o que deixava seu corpo cada vez mais fraco, sem que ela percebesse
estava diante de um local onde os muros de pedras pareciam arquibancadas.
“Não...Não eu...eu...o que eu estou fazendo?” Soltar
essas palavras soavam como golpes disparados contra si mesma.
“Nós vamos conseguir, Absol! Falta apenas um pokemon e
estaremos classificados para a liga! Por favor, levante-se!” Gritou a garota do
outro lado do campo de batalha antes de Absol cair no chão inconsciente.
“Gengar esta inconsciente, a vitória vai para o lider
de ginásio Wallace!”.
“Miltank esta fora de combate, a vitória vai para a
líder de ginásio Elesa!”.
“Você esta bem? Sinto que não esta escavando tudo o
que pode de si mesma, querida” Lenora, uma líder de ginásio de Unova contou a
garota.
“Por favor, nós vamos melhorar, eu prometo a você
Scolipede! Por favor, você foi meu primeiro pokemon, eu preciso de você! NÃO VÁ
EMBORA!”
“Eu vou ser uma grande treinadora, eles vão ver, e
algum dia toda essa cidade terá orgulho de mim!” Dizia antes de partir com Absol,
tendo uma visão inteira do lugar onde viveu.
“Eu sou um fracasso! Eu sou apenas...um fracasso! Eu
não aguento mais! Eu não sei mais o que fazer, eu tentei, eu tentei tanto me
manter segura ao pensamento de que as coisas melhorariam e era só eu continuar tentando,
MAS NADA MUDOU!” Gritou a garota e desabou sobre o solo com as lembranças se
confundindo em apenas um sentimento que sugava tudo o que possuía em seu peito.
Sem perceber uma poeira cristalizada surgia ao redor
da garota, cristais rosados choviam por cima e um brilho desenhava uma espécie
de losango que tomava conta de mais da metade do espaço livre da caverna, mas
ela não se importou, do que adiantiara?
Suas pernas estavam agora grudadas ao solo e as
lágrimas não iriam parar.
“Você foi o único que ficou comigo, todos foram embora
e no fundo eu não os culpo, porque eu entendo, eu tenho tanta vergonha Absol! TANTA!
Se eu pudesse achar alguém melhor para você...se eu pudesse sumir sem te
machucar...eu-eu já teria feito, eu não sei mais do que me orgulhar, todos os
dias acordo procurando algum motivo em mim que faça valer a pena andar sem
parecer apenas um boneco vazio, mas não consigo...” Conforme falava as gotículas
de saliva e suas lágrimas cristalizavam enquanto abaixo de si um cristal já
estava sendo formado.
“O único motivo é você! Deveria ter falado mais sobre
isso, mas o que mais desejo agora é agradecer, agradecer e te pedir muitas
desculpas, pois você e o que nós temos é o que me faz ter forças todos os dias!
Você merece tanto e eu o amo tanto! Eu não parei um só dia, porque anseio poder
vencer e chegar junto a você onde sei que podemos chegar, mas eu estou cansada...eu
estou tão cansada lutar, de dar tudo de mim e sentir que nada importa, nada do
que eu sou ou faço importa e eu estou tão...cansada...me desculpe!...”.
A pokebola em sua mão tremeu e quase chegou a quebrar
quando Absol surgiu e sua treinadora o abraçou, ambos pokemon e treinadora não
precisaram virar quando o cristal fechou-se em torno deles exibindo momentos de
toda a vida que já estavam cansados de saber, as lágrimas caíam cristalizando
antes de chegar ao solo.
“Que estranho, acho que não vou nem precisar discursar
com essa daqui, ela mesma já se derrotou” Uma voz dizia antes de surgir uma
silhueta, o corpo de Astrid cristalizava junto de Absol, mas de repente barulhos
como se algo estivesse se estilhaçando foram ouvidos.
“Vamos!” Erguendo seu HoloCaster que exibia um feixe avermelhado
decodificando e quebrando os cristais, Lysandre abriu uma passagem adentrando a
redoma que se expandiu, mas seu dispositivo não conseguiu sustentar a abertura
por muito tempo cerrando-se logo em seguida.
“O que esta acontecendo aqui?! Quem é você?” O homem
perguntou para a menina que arregalou os olhos ao encontra-lo e perceber-se naquele
espaço.
“O-O que esta acontecendo? Onde estamos?!” A garota se
perguntou, e agora, um barulho que soava como uma chave sendo aberta foi ouvido
por ambos e dessa vez do lado esquerdo uma nova passagem foi aberta revelando
Serena e Ária.
“ASTRID! Você está viva!” Serena gritou enquanto seus
olhos lacrimejavam.
“Como vocês sabem o meu nome?”.
“Conseguimos abrir a passagem com as nossas keystones,
mas não sei como iremos sair!” Ária contou e logo ambas perceberam Lysandre do lado
direito com o cristal expandindo-se ainda mais, as duas notaram no homem a
mancha arroxeada em seu rosto.
“Q-Quem? C-Como?! O que vocês duas estão fazendo aqui?!”
Bradou o homem irritado e confuso.
“Você é o responsável por isso! VOCÊ ESTA POR TRÁS DISSO QUE MATOU A ESPURR!” Serena alterou seu tom de voz, pegando uma pokebola junto a Ária.
“Eu não faço ideia do que você esta falando, mas se
você quiser brigar eu não recuarei!”.
“Astrid, fique conosco, ele não deve ser confiável,
nós iremos salva-la! Mas antes disso é bom responder-nos algumas perguntas!”
Frisou a garota de cabelos rosados junto a Serena enquanto encaravam Lysandre.
“Dialogar é sempre uma ótima forma de conseguir
informações minhas queridas, apesar de neste caso, eu saber tanto quanto vocês,
nunca recusaria uma proposta tão interessante!” Respondeu o o homem com um
sorriso.
“Droga! Não tenho poder suficiente para manter essa
distorção por muito tempo e muito menos para levar todos eles, preciso que saíam
antes que seja tarde!” A voz falava para si mesma.
Notas Finais: Espero que tenham gostado e comentem o que acharam até aqui, a parte 2 sai em breve com a conclusão oficial do capítulo.
“Qual o seu objetivo?! Fale!” Serena bradou dando um
passo a frente seu peito contraído em um nó, precisava vingar Espurr, como
podia ter esquecido dessa situação, de tudo que lhe ocorreu e não ter feito
nada para buscar a causa, a origem, uma vingança? Apenas ficara quieta
sofrendo...
“Serena, entendo que esteja irritada, mas precisa se acalmar e pensar um pouco mais! Não sabemos quem ele é e nem com o que estamos lidando...” Ária advertiu sentindo a base de seu pulso esquerdo formigar por baixo da prótese.
Astrid continuava ajoelhada no solo sem forças para
erguer-se, ela não deveria ter sumido? Não deveria ter acabado? O que elas
garotas estavam fazendo ali? Tentando virar o corpo junto da cabeça para obter
uma visão melhor percebia que seus pés e as patas de absol estavam presos ao
chão por uma força que não vinha dela, não sabia o que eram as paredes de
cristais rosadas os cercando, não entendia quem eram aquelas pessoas e porque
se importavam com sua vida.
“Receio que eu tenha tantas dúvidas quanto vocês, mas um
objetivo parecido, entender o que significa tudo isso! Então gostaria de lhes
devolver a pergunta, qual o vosso objetivo?” Lysandre perguntou com um sorriso,
a marca arroxeada em seu rosto reluziu deixando as duas garotas ainda mais
desconfiadas.
O olho do empresário passara a formigar, conforme ele
tentava piscar para diminuir irritação de suas pálpebras mais a sua própria
aumentava com fragmentos arroxeados que pareciam vazar da própria realidade
surgiam pelas laterais de sua visão, sacudiu a cabeça encontrando o olhar das
garotas que o fitavam buscando entender o que se passava.
“Ele esta mentindo! Consigo sentir, essa marca no
rosto dele...não sinto uma energia boa vindo dela” Serena disparou contra ele
enquanto sua Keystone reluzia fraca em seu bolso.
“Como pode duvidar de mim?! Eu levei anos rastreando
ele, gastei dinheiro para estar aqui foram vocês duas quem chegaram sem mais
nem menos me julgando culpado quando não eram nem suposto estarem aqui, se sabem
do que isso se trata porque não fizeram algo antes? O que vocês estão fazendo
para melhorar as coisas?!” Lysandre bradou irritado levando a mão ao rosto que
agora fisgava, sua irritação revelou fortes rugas de expressão abaixo de seu
olho que falhava em piscadelas e em uma dessas o cenário ao seu redor mudou
completamente: agora enxergava cavernas púrpuras e alguns vestigios de cristais
com fragmentos de pedras roxas caindo do céu, logo voltou a realidade ainda
mais afetado.
“DROGA! Isso de novo não!” Irritado o homem parecia
conter alguma crise.
“Nós não sabiamos! Passamos por muito para ganhar
essas keystones, não pode colocar o peso de uma região inteira em nossas costas
sendo que fomos apenas arrastadas para toda essa confusão! Você quem pesquisava
isso, porque não divulgou informações para ajudar a população?!” Posicionou-se
a ex-kalos queen ainda com a pokebola em mãos.
“Não quiseram colaborar comigo até que apresentassem
provas concretas, rejeitaram meus métodos de pesquisa por supostamente
prejudicarem os pokemons, a nossa segurança e a segurança da humanidade deveria
estar em primeiro lugar, por culpa de pessoas como vocês duas que tem a
oportunidade de contribuir e mesmo assim
ESCOLHEM não fazer nada para ajudar que as coisas escalaram para como
estão agora!” Lysandre vomitou as palavras curvando-se enquanto mantinha a mão
sobre seu olho sem entender, isso nunca havia acontecido antes.
“Ele tem razão...eu...eu não fiz nada para ajudar
ninguém...a A-Astrid...ela teria morrido se-senão fosse o sonho e eu nem teria
conhecimento...igual a Espurr morreu...eu só pensei em mim mesma durante todo
esse tempo” Constatando seus pensamentos, o brilho nos olhos da atendente do
centro pokemon falhou e o motivo de estar ali não tinha mais fundamento algum,
olhava para os lados buscando alguma determinação em si, mas tudo havia sumido.
Astrid pareceu sair de outro transe ao ouvir seu nome,
tentava falar algo, mas sua voz não projetava e tudo que conseguira fora
retornar Absol para sua pokebola.
“Serena...não! Não caía nessa, nós estamos tentando
fazer alguma coisa, viemos aqui para salva-la não pode se culpar por não
entender algo que ninguém entende! Viemos aqui para evitar mais uma desgraça
mesmo sem entender nada, mesmo com a chance de sairmos mortas, precisamos ficar
juntas se quisermos ter alguma chance de que algo bom aconteça!” A ex-kalos queen
pediu a amiga que se encolhia, ao tocar no ombro da garota as duas keystones em
seus bolsos reluziram e a dor nos olhos de Lysandre pareceu aumentar na mesma
proporção.
Porém com sua visão prejudicada, o homem enxergou
ondas de energias em padrões de vibracionais vindo das pedras que o cercavam
fazendo a dor em sua vista ficar ainda mais latejante, não iria continuar a
operação dessa forma e aquelas garotas não pareciam dispostas a colaborar e em
algum lugar uma criatura abria os olhos com seus anéis brilhando ao seu redor.
“Um paradoxo? Consigo sentir, mas sem eles não consigo
saber onde exatamente...talvez seja hora de deixar um escapar dessa vez”.
“Já que não irão colaborar com a minha causa, não permitirei
que continuem me atrapalhando a minha operação e acabarei de uma vez com isso, Pyroar
avante!” O homem de cabelo avermelhados declarou enquanto arfava erguendo a
pokebola e a atirando no ar.
“Droga! Não sei como vamos lidar com isso, Delphox, por
favor, em guarda!” Tomando a frente da amiga, Ária atirou sua pokebola em
seguida preocupada com o estado de Serena que percebendo tratar-se de uma luta
decidiu não ficar para trás.
“Mawile, por favor, vamos dar cobertura!” Lançando a
esfera, a aspirante a Kalos Queen ainda sentia-se travada diante daquela
situação.
As três esferas libertaram as criaturas, o rugido do
leão se instaurou por todo o espaço e Serena jurou que viu o pelo do pokemon
crepitar como se fossem labaredas a pressão do seu poder era grande causando um
impacto sobre seu peito fazendo a garota questionar ainda mais seus atos até
ali, Mawile colocou-se a sua frente junto de Delphox que manejava seu cajado
atendendo ao comando de Ária.
“Eles lutarão entre si? Ótimo não terei de derrotar um
por um, o que vencer me ajudará a tirar os outros!” A voz falava consigo mesma esforçando-se
para manter a redoma de cristais ativa.
“Agora Pyroar Flamethower acabe com tudo!”
Ambas as patas do leão cravaram no chão em sua pose
projetando-o para frente conforme seu rugido era sufocado pelo nascimento das
chamas no interior de sua garganta, sua pelugem reluziu como uma fogueira e em
seguida cuspiu uma imensidão de chamas potentes com o calor derretendo algumas
pedras soltas do solo enquanto rumava em direção as duas garotas.
“A concentração do poder dele é imenso! Não podemos
disputar força diretamente, Delphox neutralize-o com Shadow Ball!” Estendendo a
mão, a garota realizou seu comando nervosa.
Tomando a frente, a raposa flexionou os joelhos, seu
cajado acendeu-se com uma chama sombria que movimentando-o junto com seu braço
ao entorno de seu corpo formava esferas arroxeadas espectrais enviando todas em
cadeia contra o ataque oponente.
As chamas de pyroar colidiram com o conjunto de
esferas lambendo-as quase todas até o fim, devido a grande quantidade de
esferas as chamas morreram em uma explosão gerando em um impacto poderoso, as
duas garotas firmaram seus pés no chão para manterem-se de pé com seus pokemons
temendo pelas treinadoras, do outro lado Lysandre apenas retirou algumas pedras
presas em seu cabelo.
“Isso vai ser mais fácil do que pensei, preciso me
lembrar de pegar essas keystones para análise depois que eu acabar com vocês! Pyroar
Flare Blitz!” Gritou o homem.
Astrid se prendia junto a parede de cristais para não
ser consumida pelo calor da batalha, enquanto assistia tudo horrorizada, mas
sem conseguir tomar algum partido na situação, sentia-se presa em seu própri o
corpo.
“E-Ele é muito poderoso...n-nós...nós não temos a
menor chance! E-Eu não me preparei para isso, mal consigo enfrentar um
treinador!” Serena gritou dessa vez apavorada.
“Ma-Mawi? Ma?!” Irritada a pokemon não entendia o que
acontecia com sua treinadora.
“Serena?! M-Mas o que esta havendo com você?! Delphox
foque todo o seu poder em seu cajado e quero um grande Mystical Fire para o segurar!”
Gritou Ária tentando pensar em algo, ainda que no fundo se perguntasse como
saíriam dali vivas.
Pyroar baixou a cabeça enquanto sua pelugem brilhava e
as chamas nasciam ao redor de seu corpo grudando-se em sua juba como se fossem
parte delas e logo um míssil de chamas estava indo em direção as duas, Mawile
saltou a frente determinada a parar o ataque.
“MAWILE CUIDADO!”.
A fada metálica cruzou os braços enquanto sua bocarra
reuniu energia encantada, com um giro ela criou um ciclone brilhante girando no
sentido horário planejando parar o inimigo com a estabilidade, mas as chamas
mal foram afetadas quando o leão explodiu com tudo a atirando contra Serena que
caiu no solo com dores em seu braço por segurar sua parceira, as presas
metálicas da bocarra feriam sua pele e apesar de não estar de pé suas pernas
tremiam pelo medo daquele momento.
Pyroar seguiu até a raposa, Delphox rugiu brandindo
seu cajado este reluziu dando vida a um laço de chamas místicas controladas com
seu poder psíquico, erguendo o objeto como uma artista olímpica, laçou o leão
agarrando o laço com uma das mãos e pressionando para baixo afim de segurar sua
investida conseguindo atrasa-lo para surpresa de Lysandre.
“Desfaça e atire tudo com FLAMETHOWER!”.
Interrompendo bruscamente sua corrida, Delphox tombou
no solo pela pressão que colocava no laço, Pyroar engoliu as chamas de seu
movimento, as alimentando com o calor de seu interior, para um novo rugido com
ainda mais poder de fogo e destruição acertando a raposa em cheio levantando
uma explosão que as atirou contra a parede cristalizada.
“Estou tentando livrar o mundo de um demônio, levei
anos de pesquisa para desenvolver o que tenho, minha vida inteira passou a ser
sobre isso, levei meses para encontrar o incidente que me trouxe a esse lugar,
como vocês chegaram aqui? Como me acusam de ser o culpado?! EU?! Bem já não
importa mais, pois qualquer esperança que tinham morre aqui, estou ajudando não
só a mim como a todo o mundo perdi muito tempo tentando convencer aos outros,
portanto, quem duvidar de mim merece o mesmo destino, Pyroar finalize com
Overheat!” Gritou o homem abrindo suas mãos.
“Elas não podem morrer todas aqui! Vai comprometer
todo o propósito dessa feitiço! INFERNO PRECISO DAR UM JEITO!” A voz gritou
desesperada.
“O-O que esta acontecendo?” Alicia olhava de um lado
para o outro.
“Me desculpe, Ária...eu...eu pensei que pudesse
salva-la...eu...parecia tão capaz no sonho...e-e-eu não sei...não acredito que
tudo acabará assim por minha culpa...se eu tivesse me preparado mais....”
Serena desesperava-se com Mawile nocauteada em seu colo com lágrimas brotando
involuntariamente devido ao calor massante naquela redoma de cristal.
“Vai ficar tudo bem...Serena...eu prometo, nós vamos
dar um jeito!” Foi o que a Ex-Kalos Queen conseguiu dizer ainda que não tivesse
mais certeza de nada.
O corpo inteiro de pyroar fumaçava conforme sua juba
agora realmente pegava fogo crepitando em tons intensos de avermelhado
reluzindo nos cristais rosa, estes respondiam a luz intensa mudando sua coloração
para um vermelho quase sangue, os olhos do leão fixaram-se nas garotas conforme
ergueu a cabeça, abriu as bocas e seu bafo tomou forma de uma enorme bola de
fogo acompanhada de uma espiral de chamas que iam em direção a outra
extremidade daquela prisão cristalizada.
Foi tudo muito rápido, Astrid apenas sentiu a força
que prendia suas pernas sumir, quando ergueu a cabeça para olhar: um feixe de
energia cristalizado acertou o movimento de Pyroar, o embate das forças causou
uma enorme explosão, o impulso atirou Astrid, Ária e Serena para fora da prisão
junto de seus pokemons, deixando apenas Lysandre que não entendia o que estava
acontecendo.
Uma morte.
Uma garota
Uma escuridão.
A superação e agora...
Uma agonia.
Serena buscava tanto curar a si mesma nos dias de luto
por Espurr e quem poderia culpa-la afinal? Mas em seu sonho, Nilou deixara
claro que poderia ter procurado por ela, poderia ter feito mais, poderia ter
tentando controlar seus poderes, era lutara com um espírito de um restaurante
afinal, porque não contara a ninguém? Porque não procurara ninguém? Havia salvo
Ária é verdade, mas a expressão decepcionada de Espurr em seus sonhos a
machucara tanto a ponto de move-la por completo nas últimas horas.
Ao ver o sofrimento de Astrid, sem entender nada,
imaginar que esteve em seu mesmo lugar, tão feliz quando toda sua felicidade
fora arrancada de si sem nenhum aviso prévio a fez tomar um choque de uma realidade
ao qual nem havia percebido que estava alheia, o que gerou um profundo
descontentamento com sua própria atitude, como pudera dar mais valor a uma
câmera do que as pessoas que sofreram tanto quanto ela?
Negligência? Egoísmo? Covardia? Fraqueza?
Porque ela fora abençoada com esse poder se mal sabia
por onde começar para fazer um bom uso dele? De repente sua mãe até parecia
certa...seus progressos anteriores vindo do esforço que fazia para alcançar
seus sonhos pareciam tão pequenos e insignificantes a ponto de serem levados
por uma brisa e tudo que sobrava depois era ela.
Apenas ela.
Uma garota olhando para uma imensidão vazia que uma
vez já estivera lotada com seus próprios sentimentos e agora era apenas uma
confusão.
“Serena! ACORDE! Por favor, eu preciso de ajuda!” Ária
gritava com Delphox ao seu lado sustentando escudos psíquicos, quando a garota
abriu os olhos vendo que ainda estava na Connection Cave, viva, olhou ao redor
vendo um grupo de 7 pessoas vestidas com ternos laranjas avançado contra elas,
enquanto Astrid estava atrás das duas ainda encolhida e segurando a pokebola de
Absol.
“Ária...eu...me desculpe, eu me sinto tão culpada,
como pude ser tão egoísta, eu poderia ter ajudado tantas pessoas, ele esta
certo! Eu não tenho poder algum, eu...eu apenas superei como se fosse uma
provação qualquer...ela era minha amiga e eu...” Esse sentimento apertava seu
peito como se fosse indigna de tomar qualquer decisão que viesse a seguir.
“SERENA! Já chega! Escuta nós não sabíamos nada do que
estava acontecendo conosco, essas coisas literalmente apareceram para a gente e
não vieram com nenhum manual de instrução e...” Ária impaciente gritou com a
garota que pareceu ficar ainda mais ansiosa.
“Mas eu não procurei saber nada...eu não fui atrás
direito...só foi por conta da Korrina, mas eu mesma nunca tentei entender o que
era isso....como não pude pensar que isso aconteceria com mais pessoas além de
mim?!” Perguntou-se a menina.
“Escuta só! Se quer bancar a salvadora imaculada que
pensa em tudo e todos, tudo bem, só é bom que tenha um primeiro conselho em
mente, você e eu não recebemos nada disso de graça! A ESPURR MORREU! A YACHIO
MORREU! Não aja como se nós tivéssemos sido simplesmente abençoadas, porque não
foi assim! Eu perdi a minha mão! Um espirito roubou o meu corpo! Isso não é uma
história simples onde nós saímos ilesas, Serena!” Gritou Ária conseguindo a
atenção da funcionária do centro pokemon.
“Acabamos de quase morrer dentro daquele cristal para
salvar uma garota de um inimigo que não conseguimos ver! Ainda estamos tentando
entender e você não pode carregar isso tudo simplesmente sozinha! Mas já que
esta tão preocupada, chega de se cobrar por viver e foque no que temos agora
que é: essa menina para tentar salvar viva e aproveitar que aquele homem não
nos matou lá dentro, para tentarmos sobreviver aos capangas dele para talvez sairmos
daqui vivas antes que ele saia desse cristal!” Ária gritou com a voz ofegante
após pronunciar tudo.
“Quando foi que você ficou tão determinada?”.
“Eu quase morri porque um espírito roubou meu corpo, perdi meu braço num incidente, nas últimas semanas fiquei num hospital esperando uma mão nova e agora quase morri de novo isso te dá uma pequena experiência com a resiliência! Agora me ajude, por favor! Eu não vou conseguir sem você!”.
“Tudo bem...me desculpe pelo surto...o sonho me afetou
mais do que deveria...v-vamos lá, vamos lutar juntas dessa vez!” A aspirante a
performer sorriu envergonhada, firmando a mão no chão, suas pernas ainda
tremiam, mas ela ergueu-se sob os próprios pés retornando Mawile e se
desculpando com sua parceira metálica entretanto ao invés de se encolher pegou
outra pokebola.
“C-Como...” Astrid tentava, mas sua voz ainda não
projetava depois de toda a experiência, a alguns instantes atrás ela havia
desistido de tudo e ela ainda estava ali, ainda sentia-se vazia e uma parte
desse sentimento era bom, pois se falasse ela teria que acreditar que estava
viva.
“Houndour Flamethower! Peguem essas intrusas!” Um dos grunts
gritava.
“Noibat Supersonic
e Air Slash! Atordoem-nas!”. Outros gritavam.
“Gravelers Rock Tomb!”.
“Excadrill DRILL RUN!” Pediu o outro Grunt.
“Delphox, suspenda a defesa, fique na retaguarda e
descanse um pouco, você lutou muito, Aromatisse preciso de um Moonblast bem
poderoso para bloquear o movimento!” Ária pediu enviando sua outra pokebola.
“Magnemite, por favor, Sonicboom e neutralize as ondas dos Noibat! Honedge preciso de um Shadow Sneak e fatie as pedras!” Serena gritou atirando ambas as pokebolas uma seguida da outra.
Delphox baixou seu cajado com um longo suspiro
enquanto posicionava-se atrás de sua treinadora, os cachorros corriam um atrás
do outro rosnando para as oponentes, saltando no mesmo momento movendo seus
pescoços em movimentos parecidos enquanto arreganhavam as bocas disparando
correntes de chamas varrendo o chão em direção as três garotas.
Aromatisse surgiu de um feixe de luz, reparando na situação, fez um circulo no solo com os pés e erguendo as mãos com fragmentos de pó de fada surgindo do encantamento e acumulando todos em suas mãos, logo tudo tornou-se em uma esfera simulando o brilho da lua, a expandiu e a enviou para a frente com uma explosão que neutralizou as chamas em uma imensidão de brilho, os cachorros rugiram em protesto, preparando-se para o próximo movimento.
Já pelo ar as ondas dos Noibats choviam por cima das três
meninas as pertubando e ganhando tempo para que alguns outros morcegos
costurassem o ar criando lufadas de vento que tornavam-se foices em suas asas
sendo disparadas com grande potência, Magnemite colocava-se acima das três para
as proteger.
Movendo seus imãs em um movimento anti-horário ele
produziu ondas sônicas que expandiram em um pulso eletro-magnético com
frequência suficiente para neutralizar as ondas distorcidas dos gritos dos
morcegos os pegando de surpresa, semicerrando seus olhos concentrou as ondas em
um aglomerado até tornar-se fisicas ao redor de seus imãs e disparou projeteis
sônicos acertando os oponentes como num jogo de tiro.
Dois Gravelers deram as mãos e unindo seus poderes
fizeram chover uma cortina de pedras na intenção de soterrar as três garotas,
as pedras brilhavam polidas e caíam em sequência com grande potência desejando
destruir tudo ao seu redor, porém Honedge girava em torno de seu próprio eixo
pegando pressão enquanto a realidade ao seu redor era fatiada para embuir sua
lâmina com energia espiritual e com um só golpe cortava certeira as rochas em vários
pedaços que alcançavam o solo como pétalas inofensivas.
“C-Como v-vocês...” Astrid ainda tentava continuar frase, mas ainda sentia as palavras presas em um nó na sua garganta.
“Muito bem, vocês dois foram ótimos, vamos conseguir!”
Serena gritou contente, porém logo notou algo que deixara passar, um brilho
surgiu no canto diagonal da sua visão e era tarde demais ao perceber uma
silhueta avançava dando-se conta de que era semelhante a uma broca brilhando em
um tom metálico e deixando um rastro em bronze atrás de si.
“Mite-mite!” Percebendo a aproximação, o pokemon
preparou-se para desviar.
“Magnemite, cuidado, por favor, atire Sonicboom!”
Pediu a performer.
“Aromatisse ajude-o com Disarming Voice! Delphox
prepare Shadow Ball!” Pediu Ária a sua parceira tentou, mas fraquejou ofegante
sem conseguir dar vida as chamas de seu cajado.
“Avancem agora, Fire fang e não parem!”.
“Mantenham o Air Slash para pressiona-las!”.
Excadrill seguia seu comando, Magnemite ainda tentou
reunir energia em seus imãs, mas não fora rapido o suficiente, a toupeira
metálica acertou-o em cheio com uma grande explosão onde apenas seu zumbido de
dor fora ouvido e em seguida foi ficando cada vez mais fraco a medida em que
perdia seu eixo de gravidade.
Os cachorros saltaram com suas presas incendiando-se
em direção a Aromatisse que preparava seu golpe para ajudar Magnemite, mas ao
notar a aproximação virou-se rapidamente semicerrando os olhos, afastando a barra
do vestido moveu as mãos a frente dos lábios como se passasse um batom
fazendo sair um pó encantado dando vida a um círculo mágico ampliando o poder
de sua voz repelindo os oponentes e provocando nuvens de fumaça ao atingi-los.
Um dos houndour que fora lançado ao ar, ainda tinha
suas presas envolvidas em chamas, aproveitando do balanço do golpe
impulsionou-se em direção a Honedge cravando os dentes na espada causando uma
explosão que a atirou contra o chão acertou Honedge, ao notar, a garota correra
saltando para segurar a espada no ar antes que pudesse cair no chão, as lufadas
de vento passaram raspando por seu cabelo.
“Finalize-o Metal Craw!”.
Serena pensou em não fazer nada, afinal, tudo aquilo
estava acontecendo por motivos que ela sequer teve como controlar, mas já
estava farta de perder as coisas sem ter nenhum tipo de controle da situação,
Honedge ainda podia lutar e havia uma chance de sua voz chegar a magnemite
também.
“MAGNEMITE, NÃO VOU PERDÊ-LO DE NOVO, VOCÊ CONSEGUE!
USE TODO O SEU PODER!” Gritou a garota sem saber de onde estava tirando
confiança.
“Mite! Mite!”.
Excadrill ainda no ar, girou o eixo de seu corpo, afiando as garras ao abri-las incentivou as particulas de metal em seu corpo fortificando-as e saltou em direção ao oponente determinado a acabar com aquilo.
Magnemite girou seus imãs a maior velocidade que
conseguia, criando uma corrente sônica e elétrica ao mesmo tempo, o pokemon
lembrou-se de tudo que havia passado e desejou ter mais poder, desejou ser mais
para enfrentar aquele oponente e ao ouvir a voz de sua treinadora acreditou que
era possível.
Seu corpo foi envolvido por uma luz metálica que
tornou-se azulada e um pulso de poder repeliu Excadrill asim que este disparou
seu arranhão para fazer contato, o metálico sentiu seu olho aumentar e agora
possuía três perspectivas, seus imãs agora triplicaram de quantidade criando o
triplo da corrente elétrica e pulso magnético.
“M-Magnemite!” Serena comentou impressionada, era a
primeira vez que via algo acontecer com algum de seus pokemons o que a deixou
extremamente emocionada.
“Ele evoluiu! É um Magneton agora, parabéns Serena!”
Ária sorriu feliz pela amiga.
Magneton sentindo-se mais poderoso girou os imãs de
seu corpo todos ao mesmo tempo produzindo ondas magnéticas tão potentes criando
um campo de frequências sonoras insuportáveis para Excadrill e os outros
pokemons que tinham suas defesas baixadas.
Feliz com o seu novo poder, o pokemon girou em torno
de seu próprio eixo contente, os parafusos de seu corpo desprenderam-se
tornando apenas pedaços de metal acoplados um ao outro criando uma esfera
massiva que logo se iluminou fervilhando de poder, semicerrando seus três olhos
o metálico impeliu um feixe de poder avassalador varrendo o chão com a toupeira
que fora nocauteada em seguida fazendo os Grunts recuarem.
“Metal Sound e Steel Beam, pelo visto ele aprendeu novos golpes com a evolução! Mas vamos aproveitar para criar uma distração e fugir, Aromatisse Moonblast!” Ária pediu erguendo a mão.
“Magneton Discharge e atinja todos eles!” Serena
comandou empolgada em seguida.
Aromatisse saltou, seu vestido esvoaçava ao seu redor
conforme ela orava, pedindo por fragmentos da lua que apareciam girando envolta
de si, todos concentrados em uma esfera potente que com uma piscadela de seu
olho e um sacudir de seu vestido foi chutada em direção aos oponentes.
Magneton zumbiu empolgado, seus imãs faiscaram
produzindo corrente elétrica nos seis pontos diferentes do seu corpo, com um
giro em torno de seu eixo para dar ainda mais vida as esferas, o pokemon
semicerrou os olhos alimentado as concentrações e fazendo chover uma teia de
cadeiras elétricas caindo sobre os oponentes como raios do céu.
Alguns pokemons desviaram com seus treinadores,
enquanto outros eram varridos e nocauteados pelos movimentos, e no meio de toda
essa confusão as duas viraram-se para Astrid que num impulso súbito pronunciou:
“C-Como conseguiram voltar a lutar tão rápido?!”.
“Sinceramente...eu não faço ideia, mas temos que fugir
agora ou não vamos conseguir continuar!” Serena respondeu retornando Honedge e
Magneton.
“E você vem conosco, precisamos sair daqui agora!”
Ária comentou dessa vez segurando na mão da menina, que sentiu a realidade
voltando a si, suas pernas levantaram e junto delas correu para fora da caverna
começando a reunir forças para enfrentar o mundo real.
“O-O que foi aquilo? Elas foram jogadas para fora, mas o que esta acontecendo aqui?!” Lysandre perguntava-se olhando de um lado para o outro, ainda estava preso naquela redoma e Pyroar permanecia ao seu lado e a irritação em seu olho, por fim, havia cessado.
“Até que enfim! Já não estava mais aguentando, agora
sim poderei finalmente levar um só!” A voz surgiu ecoando por dentro da redoma
de vidro que voltou a brilhar em um rosa intenso.
“Roar!” Rugiu o leão intimidado chegando mais perto do
treinador, assustado com o ocorrido, mas preferindo ignorar o sentimento, o
empresário continuou.
“Quem é você? Revele-se agora, é você não é Hoopa?!
Pode se mostrar!” Gritou o homem e ao ouvir o nome a voz gargalhou.
“Você realmente acha que sabe muita coisa não é?
Jamais me chame disso de novo, você não tem o direito de pronunciar meu nome
após manchar sua boca chamando essa...coisa! Agora prepare-se é chegada a
hora!” A voz elevou-se quando uma silhueta se projetou sobre os cristais
reluzindo em um tom ainda mais intenso de rosa.
Lysandre de súbito tentou projetar-se para trás, mas
suas pernas já estavam presas ao solo e tudo que conseguiu foi cair sobre os
próprios pés impotente, tentando não desesperar-se o homem buscava manter-se
são e lembrar-se de que aquela presença ainda era alguma criatura viva, não era
uma criança com medo do que não podia ver, no entanto seus lábios começavam a
tremer involuntariamente...
“Eu pensei em levar este daqui, mas você não se
importaria tanto com ele não é mesmo?”.
Pyroar assustou-se, não conseguia mover suas pernas e
os cristais subiam por suas patas, sua pelugem antes parecia uma fogueira e
agora ameaçava ser encoberta por cristais que pareciam congelar a realidade do
pokemon em relação ao resto do mundo, o leão mal conseguia sentir o solo sob
suas patas ou o fraco vento balançar sua juba, seus rugidos de irritação
perdiam-se com rugidos de medo.
“Pyroar, acalme-se nós saíremos d-daqui” Lysandre
afirmou com a voz fraquejando, sentia um embrulho no estômago virando um nó
cada vez mais apertado.
“Mas já esta gaguejando? Ainda nem começamos, mas você
esta certo, vocês dois saírão daqui, porém ele não”.
O homem levou cerca de dois segundos para entender do
que se tratava, uma única lágrima escorreu pelos seus olhos ao perceber que ao
cair sob seus pés, derrubara uma pokebola agora posicionada em diagonal com
relação a onde estava agora, pokebola essa que já tinha mais de 6 anos e que levava
para todos os lugares que se lembrava, suas pernas não se moviam mais, seus
braços também pareciam presos ao solo assim como o corpo de Pyroar.
“Não é ridiculo? Você ai lutando por ele, se
esforçando para que ele se importe mais com um pokemon que nem se deu conta que
deixou cair!”.
Seus olhos arregalaram-se refletindo a intensidade do
brilho rosado dos cristais que se acumulavam na esfera como uma peste se
alastrando, em seu peito era como ter seus sentimentos mais inocentes
corrompidos por uma força que estava além do seu controle, tudo que podia
fazer, no entanto, era assistir.
“Não, por favor, é a última coisa dele que me
restou...você não pode leva-lo!” Assistir e chorar.
As lágrimas caíam uma após a outra e ao seu redor a
silhueta de Diance era substituída por memórias que Lysandre conhecia tão bem e
já que não havia um dia sequer onde não as revisitasse.
Há alguns anos atrás, Lysandre vivia o que considerava
ser a melhor época de sua vida, apesar do divórcio com sua esposa, ambos
separaram-se de forma amigável e mantinham a guarda compartilhada de seu filho:
Trevor, um garoto de cabelos ruivos, curioso e animado que enchia os dias do
jovem empresário de alegria em meios aos desafios de manter sua grande empresa
de comunicação em Kalos funcionando.
“Papai...eu amo você!” Disse o pequeno, de modo tão
simples e singelo, durante mais um dos passeios simples onde tomavam sorvete em
um dos parques de Lumiose e conversavam sobre as mais diversas coisas.
“Obrigado filho...e-eu o amo mais do que tudo!” Sorriu
emocionado, antes que Trevor pudesse perceber Lysandre já o havia puxado para
um abraço não se importando com o sorvete que manchava um pouco sua camisa.
Lysandre nunca tivera uma boa relação com os pais, por
não acreditarem em seu negócio e suas capacidades, sempre o criticavam por seu
trabalho ao invés de o incentivarem o que resultava por vezes em muitas brigas
e uma sensação de solidão em todas as decisões que tomara em sua vida, a
principal delas: um empréstimo para começar sua empresa de comunicação, que o
permitiu iniciar no mundo dos negócios sem olhar para trás, pois qualquer
dúvida o levaria ao fracasso e potencialmente a prisão por inadimplência.
Então, assim que vira os primeiros minutos de vida de
Trevor na maternidade de Coumarine prometeu a si mesmo que iria compartilhar
com os filhos momentos simples, especiais, complicados e até mesmo os tristes o
que cumpria com muito orgulho.
Levava o garoto para conhecer suas rotas preferidas da
região, em campos onde podiam brincar com skiddos, para pescar, tomar sorvete,
almoçar em lanchonetes questionáveis de Lumiose segundo sua ex-esposa e ainda
planejava outros momentos como andar de Mamoswine pelas neves, ainda
investigando se era liberado pelo Inmetro, entretanto a lembrança mais feliz
que guardava em seu coração, ocorrera sem que pudesse prever.
“Papai Papai! Veja o que eu encontrei lá em cima, é
uma máquina de congelar o tempo!” Trevor corria pela casa da família próximo a
onde hoje é Anistar, balançava um objeto com uma grande lente no centro, até
então desconhecido para ele.
“Você...” O homem fazia pausas entre as gargalhadas,
usava um avental enquanto cozinhava um assado “Você encontrou o que?”.
“Uma máquina de congelar o tempo! Veja, você aperta
esse botão e ela congela o tempo, é incrível! Ela congelou até o senhor cascudo
nela!” O menino comentou virando a tela que mostrava a imagem de um Chespin em
uma bancada do laboratório de Lumiose, era o único inicial que não havia sido
escolhido na época em que Lysandre visitara seu amigo Sycamore.
“Escute, na verdade, isso se chama câmera e de certa
forma, você esta correto, nós usamos elas para congelarmos momentos, esses
momentos congelados nós chamamos de fotos e fui eu quem tirou a foto desse
Chespin que você esta vendo” Ajoelhou-se diante do garoto o explicando como
funcionava a lógica daquela máquina.
“Eu prefiro chama-lo de Senhor Cascudo! Ele é o
pokemon mais legal que já vi...ah, papai! Você quer tirar uma...como chama
mesmo? fo-foto comigo? Vamos congelar um momento nosso no tempo!”.
“É claro que quero, meu filho! Vamos se arrume e diga
X!”.
Com isso o gosto de Trevor por tirar fotos de tudo e
todos, sobretudo de pokemons, crescia cada vez mais onde a ponto de tornar-se
seu grande sonho tirar imagens cada vez mais complexas e únicas das especíes de
pokemons, Lysandre assistia com orgulho seu pequeno filho desenvolver suas
ideias e o incentivava a tirar cada vez mais fotos, estando grato por poder
partilhar e compreender da sua visão de mundo.
E então, resolvera presentea-lo, a maioria das
crianças recebia um pokemon com 10 anos apenas, mas Trevor falava tanto no
senhor cascudo, que no seu aniversário de 8 anos Lysandre conversara com
Sycamore sobre a possibilidade de dar um Chespin ao garoto caso sobrasse
naquele ano, e conforme o combinado, o empresário despedia-se com um beijo na
testa de seu filho que ainda dormia para buscar o pokemon, imaginando o sorriso
do menino quando finalmente o recebesse.
Lysandre tomou o gosto de ver filmes de ação pelo
relacionamento que tivera com sua ex-mulher, e nos filmes quando uma morte
importante acontece o mundo todo para em câmera lenta e é como se tivesse todo
o tempo do mundo para ter todos os tipos de sentimentos, naquela tarde
descobrira por si mesmo: não era nada disso.
Ao chegar na porta de sua casa que ficava perto de
Anistar, apesar de não lembrar exatamente como a cidade se parecia nessa época,
com a pokebola do inicial de grama em mãos, um rastro roxo no céu disparava
como um cometa em direção a sua casa e antes que se desse conta toda a
propriedade que conquistara como fruto de seu trabalho e previsões sobre o
mundo dos investimentos de Kalos fora engolida por uma espécie de buraco negro.
A fonte instaurara-se na base da casa disparando raios
roxos que serpenteavam pela estrutura da casa a derrubando, sugando-a para a
dobra da realidade que havia criado, rachando as paredes, destruindo os bancos
do jardim, queimando a vida de todas as plantas e reduzindo o lar de Lysandre a
uma lembrança que a realidade apenas esquecia que já havia produzido.
Triturando não somente as telhas do teto, como todas
as lembranças felizes que tivera ali, o homem de cabelos laranjas assistia
boquiaberto sua vida ser arrancada de si como um bandete e por fim enxergou
Trevor ainda desacordado, o garoto flutuava no ar envolto por uma arroxeada,
estava desacordado e ao seu lado uma criatura com chifres e anéis em suas mãos
sorriu.
Lysandre queria gritar, queria espernear, saltar e
salvar seu filho até ali, mas tudo fora tão brutal que suas pernas fraquejaram,
ele não tinha pokemons para chamar naquele momento, não tinha ninguém com quem
contar, estava sozinho e até sua voz o abandonara.
“N-N...-O-O...TREVOR!..ISSO...ISSO NÃO PODE
ESTAR...A-A-AA-CONTE-CENDO!” As palavras não saíram.
“Desculpa, Hoopa não fez por mal, mas finalmente
livre!”.
E dito isto, balançou seus braços encantando os anéis
em seus braços, estes brilharam em um tom intenso de dourado e se abriram, em
seu interior exibiam uma quebra ainda maior da realidade com tecidos roxos e
dourados se entrelaçando produzindo a essência da vida e da morte, com um
equilíbrio os mantendo o que produzia um poder destrutivo latente.
Criando uma pressão em todo aquele local, pressão essa
que Lysandre nunca imaginou que fosse possível sentir, era como estar diante de
um oceano com ondas gigantescas rumando contra si e a cada segundo em que se
aproximavam o homem tomava ciência de seu real lugar no mundo: apenas um pequeno
grão de areia que seria arrastado pela enxrrada.
Os aneis posicionaram-se ao redor do buraco negro suprimindo
sua força com facilidade, o transformando em um portal para um mundo semelhante
ao que estava, mas tudo nele possuía uma coloração roxa variando do púrpura ao
magenta para nuvens, solo e árvores.
A criatura adentrou o local com um gargalhada e em
seguida Trevor fora sugado para dentro e assim que o anel fechou uma explosão
de poder paradoxal afetou toda aquela área acertando Lysandre e o atirando em
direção a uma árvore desacordado com a pokebola do Senhor Cascudo em sua mão e
uma marca arroxeada em seu rosto que podia ser vista apenas por ele mesmo já
que para algumas pessoas ela simplesmente não existia.
“NÃO, POR FAVOR! NÃO O LEVE É A MINHA ÚNICA LEMBRANÇA
DELE, EU JÁ O PERDI UMA VEZ!” Arqueando suas sobrancelhas Lysandre gritava
desesperado, ser bombardeado com aquelas lembranças transformava sua tristeza
em rajadas de ódio latente.
“Na hora do desespero, todos vocês viram apenas
crianças querendo que as coisas simplesmente desapareçam do nada, que tudo se
resolva e no auge do egoísmo torçem para a vida sentir pena de vocês, mas não
pensam duas vezes antes de imporem o peso do erro de vocês na costa de quem não
tem nada haver APENAS PARA SE LIVRAR DA RESPONSABILIDADE!”.
A voz trovejou dentro da redoma de cristal, os fragmentos
cobriram toda a pokebola que se cristalizou por completo, sendo despedaçada
logo em seguida.
“Esteja feliz, humano, a vida dele´é para um propósito
maior!”.
“Não...eu não acredito...isso de novo...”.
A redoma de cristal agora desaparecia, e Lysandre
permanecia na mesma posição com as lágrimas caindo, seu terno estava sujo de
poeira e fumaça, seu cabelo ainda mais desgrenhado que de costume enquanto
tentava em vão levar as mãos ao rosto para conter seu choro que não cessava.
Durante toda a sua vida, Lysandre tinha muito apreço
por suas memórias inocentes, que o lembravam o período em sua vida onde confiar
nas pessoas e em si era algo natural, fácil como respirar, e todas as pessoas
ao seu redor eram sinceras ao seu julgamento, mas ao entrar no mundo dos
negócios muito jovem aprendera a desconfiar de tudo e todos, a se preocupar com
a possibilidade de um golpe, do fracasso do investimento e sentira saudades de
ser uma pequena criança com seus simples, onde seu maior dilema era arranjar
alguém com quem brincar, não importava quem, bastava que dissessem um sim.
Quando olhava para dentro de si sentia vergonha de
todos os sentimentos ruins que cultivara, o que o seu eu de 8 anos diria para
ele se pudesse vê-lo? Será que se orgulharia? No que ele havia tornado? Será
que sentiria vontade de brincar consigo?
Essas memórias estavam cristalizadas em seu peito e
eram o que definiam sua vida, no dia em que perdera Trevor tudo ruiu, sua
criança interior perdeu-se dentro de sua mágoa em algum ponto tão profundo que
o próprio não tinha fôlego para mergulhar e tudo passou a ser por Hoopa, passou
a persegui-lo numa obsessão de entender, de vingar, de descobrir se Trevor tinha
alguma chance de estar vivo e a única âncora que mantinha seu espirito preso a
quem já fora um dia era o Senhor Cascudo e os sonhos de Trevor que o pokemon
carregava consigo inconscientemente.
O homem por vezes imaginava como seria se seu filho
tivesse saído para explorar o mundo, que fotos teria tirado? Imaginava a
primeira derrota do filho e como o consolaria para mais tarde vibrar com sua
vitória? Será que realmente seguiria a carreira de fotográfo até o fim? Como
seria sua exposição em Santallune? Talvez pudesse ter colaborado com Viola quem
sabe...eu trabalhar com a revista de Allexa? E ele ansiaria pelo dia onde se
encontrariam em uma lanchonete qualquer de Lumiose para conversar sobre os dias
como fizeram tantas vezes quando pequeno.
Mas ele se fora.
E Chespin também, não sobrara nada e o homem sentia
todas as suas frustrações flutuando ao redor de si, livres, sem nada para as
manter presas e o golpe de todos esses sentimentos o fazia vagar por dentro de
si procurando algo em que se sustentar, algo para se agarrar e fazer passar a
dor enquanto sua mágoa o perseguia como uma presa e naquele momento, o
empresário, o presidente da team flare, o treinador imponente era apenas isso:
um fugitivo dentro de seu próprio eu.
Conforme a redoma caía, perto dali, uma chama acendia,
o que era estranho pois não havia nada inflamado ali, mas caso chegasse mais
perto era possível ver o contorno círcular de uma Keystone sendo forjada por
chamas e levitando em direção ao homem que pela primeira vez não conseguia
fugir de seus sentimentos, não tinha nada ao que se agarrar e enfrentava a
realidade de sua vida adulta.
Suas mãos foram forçadas para a frente e antes que se desse conta, sentiu o calor frio da pedra em suas mãos, no entanto, suas lágrimas não haviam cessado
“Vai passar, não se preocupe, mas é bom aproveitar,
chorar faz bem!” Uma voz infantil comentou.
“Q-Quem é você?” O homem comentou vendo uma menininha
de longos cabelos ruivos brincar com uma espécie de ioiô rústico.
“Sou a Zoe, morri faz muito tempo por ficar amiga do Yveltal como meus pais me disseram que aconteceria, bem se quiser conversar comigo vai ter que descobrir mais sobre essa pedra ai que por sinal tem a minha alma dentro, o mundo dos espíritos é muuuito chato e infelizmente essas regras existem para que todos não descubram a história, se é que me entende”.
As três garotas finalmente haviam conseguido sair da
caverna estando agora diante da rota 8 que as levaria para a cidade de
Ambrette, estavam num monte elevado de terra e abaixo delas era possível ver o
caminho gramado acabando logo em frente a uma praia, a noite já havia caído e
com ela as estrelas refletiam seu brilho sobre as águas.
Parando para caminhar, uma brisa leve soprou pelo
rosto de Astrid balançando seus cabelos como se a cumprimentasse, levantando
uma mão ela puxou uma mecha para trás da orelha com um sorriso e olhou para a
lua, ela sempre era tão bonita assim?
O cheiro da maresia invadiu suas narinas e a fez sentir-se em transe, não havia nenhuma repreensão por estar ali, não havia culpa por estar ocupando aquele espaço, o vento a cumprimentava como uma velha amiga e ela olhou ao redor das duas garotas que ainda pareciam processar o que acontecia, mas se certificaram de que ela as acompanhasse até o fim e então baixou o olhar
Encarando a pokebola que estava em sua mão, horas atrás tudo o que desejara era sumir, desejou tanto que por um momento sentiu que de fato sumiu, mas mesmo sem saber aquelas duas a haviam devolvido uma nova chance, e Absol nunca saíra de seu lado, levando a esfera até a sua bochecha ela a beijou com carinho.
E no momento, não sentia nada, apenas uma paz por
estar de volta, seus olhos marejaram ao voltar a encarar a lua com a pokebola
de seu parceiro em mãos, sem nenhum remorso em seu peito, ainda havia muita
coisa o que resolver, desculpas a pedir para Absol e vestígios desses problemas
para lidar, mas...
Serena desabou no chão sobre seus joelhos, estava
cansada, sua cabeça doía a lembrando de tudo que acontecia, ela vasculhava os
momentos anteriores buscando algo para se culpar, algo onde houvesse errado,
deveria estar pensando nisso para garantir que da próxima vez nada acontecesse,
certo?
Mas não estava, focava em observar Astrid e como
apesar de tudo, ela realmente havia conseguido, Astrid continuava viva e isso a
enchia de orgulho, lutar por alguém era difícil como dizia os contos que lera
de Shauntal, mas sempre imaginara que fosse inevitável como o roteiro mandava
aos personagens, mas descobrira ser uma instituição muito mais complicada onde
questionara todo o seu julgamento sobre si para tomar uma posição e ser capaz
de salvar outro alguém.
E com tudo isso
seu peito se enchia de uma sensação, semelhante a uma flor desabrochando, e
essa sensação dizia que era capaz de mudar o mundo do jeito que era, seu
esforço para conseguir sua câmera e gravar suas publis de chá não a diminuía em
nada as ações que fosse praticar em diante e acima de tudo...
Ária ainda arfava, sua cabeça nem conseguira manter
todas as memórias do que tinha acontecido, passar pela experiência da morte de
sua carreira e uma quase morte real a fizeram valorizar os momentos presentes e
seu primeiro impulso foi tirar o espelho do bolso com sua mão esquerda, o abrir
e conferir se seus cílios estavam no mesmo lugar.
Para sua sorte estavam, ainda que com um pouco de
fuligem e uma pequena camada de poeira cobria sua pele, mas estava tranquila
pois Skyla prometia que sua nova base conseguia tratar da pele e garantir mais
brilho, embora a ex-kalos queen não tenha notado uma mancha arroxeada pequena
perto do pescoço.
(KORRINA) - Ária, você esta bem? Não respondeu a tarde toda...você ia sair do
hospital hoje e estava esperando para irmos fazer algo juntas -
(KORRINA) – Não que você precise fazer algo comigo, eu
só pensei que...talvez seria bom para comemorarmos que você saiu do hospital e
tudo mais... –
(KORRINA) – Mas senão quiser não precisa...
Vendo as mensagens, Ária sorriu para si mesma, seu
coração aqueceu mais um pouco assim que ela digitou.
(ÁRIA) – Estive um pouco ocupada hoje, mas eu adoraria
sair com você <3!
Olhando para o céu estrelado, sorriu e pensou...
“Ainda estou viva!”.
“Obrigado, Astrid e Ária, v-vocês me fizeram ver que
nem sempre terei todas as respostas e...nem sempre isso será um problema,
dependerá da forma como eu encarar e fico muito feliz por estar bem!” Serena
confessou envergonhada.
“Eu quem agradeço, vocês...vocês sinto que me deram
uma segunda chance, eu não sei o que teria acontecido se vocês não chegassem e
nem sei como chegaram...estou feliz por voltarem,..eu não sinto nada no
momento, o que é bom, mas também me deixa em dúvida do que fazer!”Astrid
confessou segurando a pokebola com as duas mãos.
“Só conseguimos salva-la porque você se permitiu ser
salva, se quiser por ir comigo a Cidade Termus, estou indo para lá desafiar o
líder do ginásio, pode pensar no que fazer e terá companhia!” Ária convidou a
menina.
“Hm...eu acho que posso ir s...”.
A fala da garota fora interrompida por um toque de telefone
que vinha do celular de Serena, que ela nem sabia que tinha, assustada a menina
levou o telefone ao ouvido.
“Alô quem é que liga?” Perguntou.
“Alô, é a Serena? Estamos ligando para confirmar a sua
participação no Pobre da Semana no programa da Sandra, esta disponível?”.
“MEU DEUS É TROTE? É CLARO QUE ESTOU! Mas pera vocês
não iam mandar um email?” Perguntou a menina.
“Revemos nossos conceitos e concluímos que nem todos
os pobres possuem um computador e acesso a internet, mas pelo que consta na lei
um celular é uma necessidade básica de qualquer cidadão regular de Kalos”.
“Tem razão, eu mesma nem sabia que tinha um, descobri
hoje!”.
Astrid ainda olhava a lua ao lado de Ária quando de
repente um vulto passou por si e ela pôde jurar que eram seus problemas
voltando para atormenta-la, mas assim que percebeu viu que era apenas uma
garota com a ponta dos cabelos loiros pintados em um tom de rosa, usava uma
bolsa aberta onde cadernos, canetas e outros materiais de arte desafiavam as
lei da física, a garota a encarava fixamente e já estava a deixando
desconfortável.
“Qual o seu problema, não sabe que não é permitido
encarar alguém por mais de 4 segundos em Kalos? A pressão social causa muitos
gatilhos! Quem é você?” Ária disparou incomodada.
“Eu sou artista! Eu sou nova aqui!” A menina respondeu
prontamente.
“Ui e quem foi que falou isso para você?!” Serena
perguntou curiosa finalizando a ligação.
“A Sandra, fiz um acompanhamento pela equipe da Sandra
assim que cheguei e ela me deu esse selo de artista, veja” A artista exibiu um
distintivo onde estava escrito: Mina certificada como Artista por Sandra.
“Nossa, ela é artista mesmo! E o que você quer?”
Astrid comentou impressionada.
“Eu sou Mina, tento desafiar os limites das artes
servindo horrores na minha carreira em diferentes linguagens afim de me tornar
a maior do planeta, infelizmente nem todos compreendem minha arte e
recentemente fui banida de Alola pela Aether Foundation considerar antiético
meu projeto de ensinar as Mareanies o conceito de anarquia e em como o sistema
impele nossa consciência crítica de classe e unindo-se as corsolas, elas
exigiram do governo um feriado onde sua relação de presa e caça deixasse de ser
divulgada como atrativo, pois queriam ser presas e predadoras em segredo,
infelizmente o governo não aceitou bem e muitas pessoas terminaram envenenadas”
Explicou enquanto Ária ficava em choque com as imagens de Corsolas invadindo
lojas e depredando propriedades privadas.
“E então, meu novo projeto se chama-se Um Cheiro de
Sucesso! Pesquisei a respeito das Spritzee’s que eram utilizadas no passado
como forma de hierarquia social, a spritzee que exibisse o melhor cheiro era da
família mais bem sucedida e uma spritzee fedida era motivo de humilhação
pública e banimento, então estou procurando três pessoas mentalmente afetadas
com suas carreiras profissionais para cuidarem de uma Spritzee desde o ovo e
relatar para o meu projeto, estou documentando tudo no Poketubers para desse
modo conseguir seguidores o suficiente para virar performer!” Mina explicou
apontado para Astrid como a escolhida.
“Que coisa específica, não sei se me sinto ofendida ou
feliz, mas já que não estou fazendo nada eu aceito!” Astrid disse com a garota
ficando feliz pelo que aconteceu.
“Obrigada por colaborar, a propósito demorei, mas
reconheci você, é a Serena não é? A propaganda que você fez do Therapy Chá são
muito boas! Estou até tomando o que tem essência de Roselia, espero que se
torne performer para competir num showcase!” A artista disse virando-se para
Serena deixando a funcionária de Lumiose animada, ambas as garotas deram as
mãos.
“Meus deus uma artista me elogiou!”.
Em Laverre, a cidade das fadas, os moradores dali
viviam envergonhados por saberem que Valerie nunca seria relevante, mas não era
isso que importava agora, no centro pokemon da cidade Seraphine a Kalos Queen
deitava na poltrana da recepção com seus fones de ouvido, em seu celular uma
notificação aparecia, era madrugada e ninguém a incomodaria.
“A inauguração da biblioteca de Dendemille contará com
o lançamento de um livro de escritores locais, além de uma presença misteriosa
e a apresentação de artistas locais, venham dar suporte!” Seraphine lia,
parecendo animada com a ideia.
Um garotinho com moletom azul surgiu por ali procurando a enfermeira joy local para curar seu pokemon, a garota esperou ser reconhecida, mas o menino mal a olhou, dando de ombros continuou sua leitura.
Nas ruas de Dendemille, uma garota carregava um balde com cola e um monte de cartazes, parando em frente ao moinho da cidade, pagachou-se pegando um pincel passando a substância sobre a parede e em seguida pressionou um dos cartazes o colando, onde podia-se ler:
“Show da Roxie Kalosiana em duas semanas, venham dar
suporte!”.
“Ask, essa cidade verá, me tornaria muito maior do que
ela, ask” A garota dizia tirando fotos em seguida e postando na conta do
Poketubers.
Perto dali uma Alicia tomava um therapy chá, havia
perdido o último showcase o que havia deixado um pouco triste, mas no momento
assistia a publi de Serena com Grace, ao seu lado um Meowstic.
“Nós somos amigas, não pode me ignorar para sempre!”.
Notas Finais: Espero muito que tenham gostado do capítulo, creio que respondemos algumas perguntas e deixamos outras, foi um capítulo MUITO especial para mim e que demorei muito kkk, obrigado por lerem e contem o que acharam e se estão ansiosos para os próximos.
“Você vai sim meu filho, agora venha jantar, você e chespin!”. Na realidade ele queria dizer “Anda um pai educando um filho para ele decidir que quer tirar fotografias como profissão. No meu tempo queriam ser jogadores de futebol ou drag queens, profissões de respeito. Onde que eu falhei?” O garoto de cabelos laranja sonhou a versão que ele queria que acontecesse, me perdoe por mostrar a realidade…
ResponderExcluirEstou gostando de como você vem destacando a importância dos sonhos e suponho que não seja em vão. (Como se vc n tivesse falado comigo sobre esse assunto…)
Mas continuando, a primeira parte me arrepiou ao ver a Astr… digo, Alicia prestes a ser consumida pelo cristal, o que me leva a pensar se a keystone de Serena, ou Nihlou, tem omnipresença e sabe tudo o que vai acontecer ou apenas consegue transmitir algo que esteja prestes a acontecer… não sei, mas gostei bastante do final com a sombra quase sendo derrotada pelo excesso de pessoas no interior da sua distorção cristalizada. Also, pensei que Lysandre estaria ali para ajudar a Alicia, já que não esperava encontrar uma humana ali e não achei a hostilidade da Serena justificável, não havia nada que ligasse o Lysandre ao cristal, mas ele nem tentou se defender e até aliciou ao conflito em vez de tentar resgatar Alicia ou usar as meninas para o ajudarem a pegar a Diancie… questões… questões… essa história está muito boa mesmo e tem me deixado muito intrigada.
Também gostei de ver a Diantha em ação e sua insistência no Hypnosis parece ter incomodado a Gardevoir, isso ligando com os sonhos novamente me deixa com teorias sobre a Kalos com que Diantha sonha, se é um sonho mesmo dela ou o espírito em sua Keystone que de certa forma a manipula a tomar certas atitudes, como ir contra o AZ…
And amei a história da Alicia e do Absol, gostei da forma como construiu a relação deles e me fez importar com os personagens, se bem que você fez isso para eu chorar quando eles fossem cristalizados e quase resultou… fiquei com medo por eles e com vontade de ver o que vai acontecer no próximo capítulo. Esse cliffhanger me deixou ansiosa, posta logo o próximo!
nossa mas terminou na melhor parte do capítulo que odio, eu deveria ter parado no aviso do gatilho, mas enfiiiim
ResponderExcluirvocê chamou a Astrid de alicia o cap todo garota você tá bem?? encerrou a carreira da alicia aqui, vai ser eternamente vinculada com essa funk rave astrid, embora ela tenha me gatilhado mto o cap todo
não percebi o trevor mto bem mas ele é filho da lysandre que deve ter destaque na continuação daqui
senhor cascudo é pokemon do trevor... mas ficou com o Lysandre pro marketing daquilo
algo me diz que o sonho do começo do capítulo era do Lysandre e não do trevo, você diz que era um sonho acontecendo, não que era dele... enfim, acho que foi sim
amei o sonho da serena, a espurr me deixou preocupado até se revelar a Nilou, gostei muito dessa ser a introdução do ato 2 da história, faz sentido e temos muito já estabelecido, então ver essas personagens numa nova fase delas com novos chamados pra aventuras é mto bom
amei a luta da diantha, o hyonosis fiquei chocado, dreameater, muito sonhadora cis vc nesse capítulo, e a shauntal eu morro com ela perdendo e decidindo virar perfirmer, meu deus totalmente desmoralizada, mas as descrições da luta foram impecáveis principalmente o curse com shadow punch, e como a gardevoir reagiu com a maldição, ficou lindo
o AZ esse ridículo tava doido pra diantha expulsar ele dali, abusado, podre mendigo sujo e alto, mas ele tocou no assunto team flare né, e começamos com sonho do Lysandre, depois lysandre reaparece... a narrativa se ligando aí, nada é por um acaso, o cão é muito bem articulado
e a Astrid coitada, a história dela é tão triste ela sofreu tanto coitada, uma loira branca amaldiçoada do jeito que você gosta de escrever, mas amei o absol e ela, foi violentah a cena e você deve ter se achado muito pesado pesadona escrevendo sangue, adorei os dois e não sei se julgo a avó dela, a querida só fracassa, mas coitada tá meio que lutando contra a maldição da cidade, bem perspicaz essa narrativa inclusive, gostei mesmo
mas quando ela diz que queria sumir sem machucar o absol eu fiquei com um aperto enorme, me conectei mto com ela e de repente tenho pena de humilhar a Astrid... mas nossa imaginei que ela nao fosse morrer, mas pera aí como o holo caster fez aquilo? pq o lysandre tava ali??? não sei se acredito tanto nele, aquele troço no olho dele, a serena que já presenciou o holo caster surtando, o Diego e a bunnelby toda dura, ela deve ter ficado loka mesmo, eu tô com a cotoko Aria, não confio em homem
falando nela ansioso pela korrina ter comeback
and
a diancie??? a Nilou entrou no caminho dela levando serena pra lá, e acredito que o lysandre também possa ter sido avisado por ela, talvez? ou pelo az? bem estou ansioso pela continuação, gostei muito do capítulo e da forma que usou a informação que já tínhamos da diantha ter uma nova batalha pelo título pra introduzido a shauntal na fic, continue joao
meu deus eu estou sem palavras
ResponderExcluirmentira porque eu vou comentar então não posso estar sem palavras não sou a prestigio da sona
meu deus esse capítulo, essa continuação dele, eu não estava preparado, não imaginei que viesse responder tanta coisa, meu deus o lysandre ele consegue enxergar o reino da diancie ou algo do hoopa, mas eu tenho quase certeza que aconteceu o mesmo com a aria e não foi consequência da base da skyla, eu acho que esse roxo é como o do Lysandre, mas o que será que é isso? é por ter sido exposta ao poder do hoopa? eu acho que foi sim mas isso de libertar que o hoopa disse foi tao macabro, e parece algo diferente do que aconteceu com espurr, agora fico pensando porque o holo caster pisca quando sente a presença do hoopa, então o Diego sumiu e foi levado pelo HOOPA e agora ele está aí sem memórias? ou hoopa se apossou dele? o mesmo pode ter acontecido com trevor e na verdade ele está vivo namorando o tierno? eu acho que o trevor é pir
nossa o trevor coitado gente mas não.gosto de criança tanto assim então não ligo pra ele muah mas o sr cascudo amo como ele fala que é o pokemon mais incrível que já viu achei inocente e foto, amo o lysandre pensando sobre sua inocência bem taylor Swift, fiquei muito mal que o sr cascudo morreu meu deus eu achei apavorante a cena eu não.queria que fosse o pyroar e aquela música nossa foi tenso, a diancie é uma desgraçada, estou preocupadissimo com o que vai acontecer agora porque o lysandre deve estar 20x mais insano, louco e sagaz depois dessa, ele gatilhou a serena e achei isso incrível, toda a cena da serena e seus questionamentos foram perfeitos, bem colocados e coerentes e complementam a personagem.dela seu arco com a morte da espurr e sua maturidade e senso de justiça, a serena parece começar a se impor sobre sua própria vida e situações, como quando ela se impôs pra mãe dela, agora ela percebe que não fez muito nessa situação da espurr e é compreensível como a aria disse muito bem (eu amei a fala dela) e que não foi uma benção esses poderes, gosto de como isso chama a serena pra fazer mais e mais ainda, estou mto ansioso pelo futuro dela
ResponderExcluirAMEI que o Magnemite evoluiu, foi uma cena épica perfeita e linda, ele mereceu tanto, foi lindo a serena falando sobre não perder ele outra vez, eu fiquei mesmo aflito quando ele foi atingido e se feriu porque lembrei de como ele ficou internado da outra vez sem expectativas de melhora e nossa eu me importo muito com ele, adorei os novos ataques tbm ansioso pra ver o que ele vai fazer com eles
a Delphox lutou muito lenda militante com escoliose amei as descrições do combate, todos os pokemon pareciam em suas melhores versões e estavam muito bem representados, bem conduzidos e escritos amei as performances de combate de todes, aromatisse nunca será artista avisa
eu também achei muito lindo e delicado tudo que fez com a Astrid e como escreveu ela nesse capítulo, acho que as descrições dela principalmente a do começo e a última dela dessa segunda parte foram impecáveis, eu amei a conclusão das três comemorando que ainda estão vivas diferente da bunnelby toda dura que infelizmente foi de diancie
ai gosto de tudo que o lysandre falou e como fez ele ser convicto de sua visão de como ele se vê nisso tudo e do que ele espera que os outros façam acho que compreendi bem melhor o personagem dele e espero pelo capítulo onde ele vai virar maquiadora
amei o confronto com os grunts e os gravelers dando as mãos achei pir
e nossa a Mina kkkkkkkk não tava esperando, ansioso pelo futuro dessas três, uma spritzee fedida está pra nascer, temos o chupão roxo na aria, o pobre da semana, serena não sabe o que houve com cascudo tbm, aí gente k que vai acontecer eu não sei tô igual a mawile sem entender, aliás acho que a mawile vai ter.algum problema muito em breve
e a delphox lutou muito
adoro como a aria fala que não tem mão e eu rio mas gente amo uma pcd no topo
E AI ESTOU SUPER CURIOSO PELO FUTURO DA HISTORIA
amei a roxie kalosiana acho que vou me matar quando ela ganhar seu capítulo, ASK
amei as escolhas musicais e estou em completo surto porque o Diego apareceu, mas ele tinha sido levado pelo hoopa, gente o que?? eu não sei mesmo eu tô apavorado e ALLEXYA LYANDRA viu isso acontecer assim como serena viu, essa é a parte que eu mais tenho dúvidas sobre essa história desde o vma
and ALICIA E MEOWSTIC YAAAAAAZ QUEEN SLAY eu amo amoooooooo quero muito um capítulo focado na alicia e na serena, estou mto ansioso mesmo, eu amei demais esse capítulo e amo mto essa história to mto ansioso pelos próximos acontecimentos
agora uma thread sobre como a honedge reforça padrões estéticos e comportamentais e incentiva o consumo de drogas:
Trevor é filho do Lysandre :o por essa não esperava… lembrei de repente da criança desaparecida em Anistar que você falou num dos primeiros capítulos, mas não pode ser o mesmo né? Já que aqui aconteceu a alguns anos e o outro foi naquele momento… porém Anistar parece ser um núcleo de desaparecimentos…
ResponderExcluirFiquei com pena do Lysandre, perdeu tudo coitado, vou o apoiar na destruição de Kalos a partir de hoje, danem-se todos! Se bem que perder o Trevor é um tanto faz… fiquei com mais pena pelo Pyroar.
Ok, então agora temos Diancie que leva Pokémon e Hoopa que leva crianças, terá algo a ver com a energia das almas que surge das Keystones? Fiquei a pensar que ambos estão tentando reunir o maior numero de almas para alguma coisa, uma guerra entre os dois? É uma teoria… alias, o aparecimento do Diego é confuso, ele tinha sumido e agora aparece como se nada tivesse acontecido… será que tem memória do que aconteceu ou é só um espírito vagando pela cidade sem memórias do que passou e ainda acha que ta vivo?
Gostei muito da batalha, Serena está tão mais adaptada aos combates, tem crescido tanto embora ainda tenha muitas incertezas, mas sinto ela mais madura com o que tem acontecido. Amei a evolução da Magnemite, ela é o elo de Serena com o passado junto de Espurr e essa evolução foi como o salto que Serena precisava dar para esse crescimento, adorei como tudo aconteceu.
A história segue perfeita e cheia de mistérios, venha o próximo!!